Seguindo a tendência de retração nos postos formais de emprego no setor de Comércio (devido à continuidade das demissões de parte dos funcionários temporários contratados no período de final de ano), coube mais uma vez ao segmento de Serviços puxar para cima o volume de empregos com carteira assinada gerados pelo setor representado pela Fecomércio RN em fevereiro.
Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego, no segundo mês do ano, o balanço de admissões versus demissões, no segmento de Comércio registrou um saldo negativo de 288 postos, enquanto que o de Serviços emplacou saldo positivo de 871 vagas. No acumulado do ano, os saldos são de -642 vagas no Comércio e de 620 vagas nos Serviços.
Na estratificação do setor de Serviços, o segmento de Ensino lidera com folga a abertura de novas vagas em fevereiro (veja quadro abaixo), com saldo positivo de 458 contratados. O segmento foi seguido por Transportes e Comunicações (171 contratações) e por Comércio e Administração de Imóveis e Valores Mobiliários (que abriu 138 postos no mês).
“Pelos números do Caged, mais uma vez observamos o mal que a situação vivida pelo nosso setor de Turismo traz para a nossa economia. O segmento registrou, em fevereiro, um saldo negativo de cinco vagas no balanço entre demissões e admissões. No bimestre janeiro e fevereiro, este saldo negativo chega a 70 vagas. Exatamente em um período no qual deveria estar havendo mais contratações. Isto aconteceu, por exemplo, nos anos de 2008 a 2012. Nestes anos, no primeiro bimestre, o saldo específico do Turismo dentro do segmento de Serviços foi sempre positivo. Foram 777 novas vagas abertas no primeiro bimestre de 2008, 237 nos dois primeiros meses de 2009 e 391 em 2010. Em 2011, o setor ainda contabilizou saldo positivo de 162 novas vagas. Mesmo no ano passado, apesar de já termos começado a enfrentar problemas de falta de divulgação e de infraestrutura em 2011, o saldo no estrato Turismo foi de 720 vagas. Agora, vem este saldo negativo de 70, o que quer dizer que, na comparação com o primeiro bimestre de 2012, só a parte dos Serviços ligados ao Turismo fechou 790 empregos com carteira assinada. Em um estado como o nosso, é um número bastante relevante”, ressalta Marcelo Queiroz.
O presidente da Fecomércio reforça que, além do impacto no setor de Serviços, o mau momento vivido pelo Turismo potiguar também reflete negativamente em toda a economia e sobretudo no setor de Comércio. “Claro que as vendas do comércio poderiam ser melhores se o turismo estivesse aquecido e, com isso, o nível de emprego também teria uma alta”, diz ele.
Mais informações nos gráficos e tabelas no documento anexo.
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