Diversos

Pedir demissão é melhor que sofrer com esgotamento por excesso de trabalho, diz autor de “Morrendo por um salário”

Autor de “Dying for a paycheck” (Morrendo por um salário, em tradução livre) diz que uma vez que você arruinou sua saúde física e psicológica por estar em ambientes nocivos, pode ser muito difícil reverter esse dano.

Jeffrey Pfeffer – PR NEWSWIRE

1.Uma das conclusões de seu livro é que o esgotamento no trabalho, conhecido como burnout, é um problema que extrapola um setor específico da indústria ou uma única profissão. O que isso revela sobre o atual sistema econômico?

Para ser claro: este não é um livro sobre burnout. É um livro sobre a maior causa de doenças, mortes e gastos com saúde no mundo. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, 75% dos gastos com assistência médica globais são com doenças crônicas. Essas enfermidades são causadas, em grande parte, por estresse e por comportamentos como fumar e beber, pelo abuso de drogas e por comer em excesso. E o estresse, que motiva essas atitudes, é em muitos casos originado nos locais de trabalho. O local de trabalho é um sério problema de saúde pública. Condições prejudiciais (à saúde) ali certamente não se limitam a determinados países, níveis de renda e ocupações. Afetam trabalhadores manuais e burocráticos. Acho que isso diz menos sobre o sistema capitalista e mais sobre como as pessoas gerenciam empresas. Há muitas empresas competindo com sucesso sem “matar” seus funcionários. Esse é um problema das empresas, não do sistema.

2.Quais são as causas e os sintomas mais comuns que levam ao esgotamento no trabalho?

As causas, ou as condições de trabalho mais prejudiciais à saúde, são insegurança econômica – como demissões –, falta de controle do trabalho – microgerenciamento –, conflito entre trabalho e família, longas jornadas, turnos de trabalho e ausência de processos, ou justiça, nos locais de trabalho. Os sintomas, por sua vez, são exaustão, incapacidade de concentração, distúrbios estomacais, erupções cutâneas e necessidade de muitos medicamentos prescritos – por exemplo, pílulas para dormir, antidepressivos – para lidar com a rotina laboral.

3. Para as empresas, como prevenir – em vez de remediar – os efeitos nocivos do esgotamento no trabalho?

De fato, temos de nos concentrar mais na prevenção do que na necessidade de correção. E a resposta mais simples é não fazer as coisas que causam os problemas de saúde. Exemplos: proibir o assédio moral e abuso no local de trabalho; não tolerar discriminação de raça e gênero; limitar as horas de trabalho; implementar políticas que facilitem o equilíbrio entre as obrigações trabalhistas e familiares; não demitir – sim, isso é possível: a Southwest Airlines, em um setor muito volátil, nunca teve demissões ou licenças. E, por fim, fornecer apoio social aos trabalhadores. As iniciativas de bem-estar se concentram frequentemente no lugar errado – nos funcionários individualmente, em vez de na cultura da empresa. Se há um chefe ou um local de trabalho que não oferecem a seus funcionários controle sobre seu emprego, que não os colocam em uma situação de segurança econômica, com a constante ameaça de demissão, a reação pode ser, por exemplo, fumar mais, beber ou usar substâncias narcóticas ilegais, porque são as válvulas de escape que as pessoas têm para lidar com ambientes estressantes.

4. E para os trabalhadores?

Demitir-se. Não há outra alternativa.

5. O que o senhor diria para uma pessoa que vive em uma situação de esgotamento no trabalho e não pode se demitir por razões financeiras?

Não aceito a premissa dessa questão. Se você está em uma sala cheia de fumaça – e sabemos que muitas práticas no local de trabalho são tão prejudiciais quanto o fumo passivo –, você precisa sair. Se você não puder sair, precisará enfrentar as consequências para sua saúde. E, uma vez que você arruinou sua saúde física e psicológica por estar nesses ambientes nocivos e tóxicos, pode ser muito difícil reverter esse dano.

6. O senhor acredita que, apesar de oferecer facilidades, o WhatsApp pode ser um inimigo dos trabalhadores? Deveria haver regras para seu uso corporativo?

Acredito que todas as redes são projetadas para viciar. Isso porque, quanto mais tempo as pessoas investem nesses aplicativos, mais publicidade a empresa proprietária pode vender e mais dinheiro ela ganha. Eu não destacaria uma rede social em particular, como o WhatsApp. São as pessoas que precisam limitar o tempo em que elas se expõem e aprender a deixar o trabalho nos locais de trabalho.

7. O Brasil passou por uma das piores crises econômicas dos últimos tempos, com o fim de centenas de milhares de empregos formais e o aumento do desemprego. Qual é a relação entre insegurança econômica e o estresse no mercado de trabalho?

Existe uma extensa literatura epidemiológica que relaciona o desemprego e os baixos salários a problemas de saúde. Há, portanto, uma relação direta entre a perda de emprego e a mortalidade. Evidências científicas mostram que as demissões podem aumentar a taxa de suicídio em até duas vezes e meia. E também que o risco de doenças cardiovasculares sobe quase 50% após a perda de emprego.

8. Como, em um contexto de crise, desemprego e muita pressão – como é o caso da economia brasileira —, as pessoas podem ter qualidade de vida no trabalho?

Devemos entender o seguinte: demissões raramente resolvem problemas econômicos. Longas horas de trabalho são, até certo ponto, inversamente proporcionais a ganhos de produtividade. Muito do que as empresas fazem resulta em prejuízos, tanto para elas próprias quanto para os funcionários. É claramente uma situação de perde-perde.

9. O senhor acredita que o aumento nos casos de esgotamento no trabalho pode estimular o trabalho autônomo? Quais as principais consequências desse processo?

O trabalho autônomo não é a solução para os problemas de estresse no ambiente corporativo. Isso porque a insegurança econômica é maior. Há uma enorme quantidade de dados que sugerem que, quando as pessoas não têm certeza sobre quais serão seus horários e sua rotina laboral, isso também é uma fonte significativa de estresse. Se você não sabe quantas horas vai trabalhar, obviamente também não saberá quanto dinheiro vai ganhar. A Gallup define que um bom trabalho é o de tempo integral. A consultoria também mostra que a proporção de bons empregos em uma economia está diretamente correlacionada com o PIB per capita dos países. As pessoas podem abandonar seus chefes e os lugares acreditando que terão mais flexibilidade e uma vida menos estressante. Mas, no fim das contas, você terá de contrabalançar essas fontes de estresse com o estresse da insegurança econômica e os riscos da vida de freelancer.

10. Do ponto de vista da saúde emocional e mental, o que ajuda a tornar uma pessoa produtiva?

As pessoas são produtivas quando estão motivadas e engajadas no trabalho. E as pessoas são motivadas e engajadas quando têm algum nível de autonomia em suas atividades – controle do trabalho –, quando são cuidadas – têm suporte social –, quando têm amigos, quando são tratadas como adultos, quando podem tomar decisões, além de usar e desenvolver seus dons e habilidades. Atividades que colocam as pessoas em contato umas com outras são importantes. Os seres humanos são animais sociais. Gostamos de estar em grupos e, portanto, situações que criam esse clima de apoio social são positivas. O outro ponto é que, à medida que as pessoas envelhecem, elas gostam de ser adultas e tratadas como tais. Algumas situações no trabalho infantilizam e tiram delas um certo senso de controle. Portanto, empregos que proporcionam um senso de autonomia, um sentimento de realização, são bons exemplos de práticas de trabalho em que as pessoas vão prosperar em vez de ficar angustiadas.

11. As pessoas que estão em um local de trabalho tóxico e que vão a entrevistas de emprego devem observar o que para não repetir o erro?

É bom perguntar, basicamente, sobre todos os aspectos que afetam a saúde e causam a chamada “toxicidade” no local de trabalho. Perguntar, por exemplo, se as pessoas empregadas estão tendo férias adequadamente; se estão trabalhando fora do horário regular e nos fins de semana; que remédios estão usando para lidar com a rotina laboral; perguntar quais são as regras. Não acho que isso seja uma abordagem irracional ou estranha. É só descobrir o que o espera. “Quanto controle terei sobre minha agenda?”

12. De quem é a responsabilidade de um local de trabalho saudável: mais das empresas, do sistema de saúde ou do governo? Ou é compartilhada?

Um ambiente saudável nos locais de trabalho depende sobretudo das empresas. É delas a responsabilidade de criar condições de trabalho adequadas para seus funcionários. Os empregadores precisam reconhecer que têm um compromisso pelo bem-estar de seus funcionários e devem monitorar questões como o uso de medicamentos controlados, saber como está o bem-estar físico e mental dos funcionários. Agora, se isso não acontecer de forma voluntária, alguma regulamentação do governo pode ser apropriada.

13. Para as pessoas, a consequência final do esgotamento no trabalho é a morte. E para empresas? Quais podem ser as piores consequências?

As piores consequências para as empresas são a rotatividade excessiva e funcionários improdutivos – o que também, no limite, pode levá-las à “morte”. As empresas precisam ter dimensão da extensão e do custo de locais de trabalho prejudiciais. Esse é o primeiro passo. Caso contrário, nunca farão nada.

14. Como diferenciar quem está realmente sofrendo de esgotamento no trabalho de alguém que está com preguiça de trabalhar ou indisposto?

No nível individual, é praticamente impossível saber. Mas, para dar um exemplo recente e real do Vale do Silício, aqui nos Estados Unidos: quando as chamadas de emergência para ambulâncias estão ocorrendo quase diariamente em uma empresa, sabe-se que, de fato, há um problema.

Época

 

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Para evitar derrota na Câmara, governo Lula adiará exigência de vistos de turistas dos EUA, do Canadá e da Austrália para 2025

Foto: Pixabay

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (27) que adiará a exigência de vistos de turistas dos Estados Unidos, do Canadá e da Austrália para 2025. A promessa foi dada no plenário da Câmara pelo deputado Alencar Santana (PT-SP). Ele representava a base governista na sessão.

Estava em pauta o PDL (Projeto de Decreto Legislativo) 140 de 2023, apresentado pela oposição para sustar o ato de Lula e retomar a dispensa da documentação aos viajantes estrangeiros dos países. O decreto do presidente tem vigência a partir de 10 de abril deste ano.

A aprovação do projeto seria uma derrota ao Executivo.

Entretanto, Alencar disse que o governo iria editar o decreto para estabelecer uma nova vigência com início em abril de 2025. Ele sinalizou ainda que o Executivo editará o texto até 9 de abril –um dia antes do começo da exigência dos vistos.

“O governo vai editar o novo decreto, alterando a vigência, em vez de o prazo ser a partir do dia 10 de abril de 2024, seria para 10 de abril de 2025. Nesse período, teria tempo razoável para que a gente ache uma saída para essa questão”, disse o deputado.

O congressista afirmou ainda que se, “por ventura”, o Executivo não cumprir o combinado no tempo estabelecido, os deputados poderiam votar a proposta sem obstrução do governo.

Os líderes partidários aceitaram o acordo e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a votação.

PDL 140 DE 2023: Em dezembro de 2023, os deputados aprovaram a urgência para votar o PDL 140 de 2023.

É de autoria do deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS). Foi apresentado na época em que o decreto de Lula foi publicado, em maio do ano passado.

ENTENDA O DECRETO DE LULA

O governo publicou a medida em 2 de maio de 2023. O ato revoga um decreto de 2019, assinado pelo então presidente Jair Bolsonaro (PL). O decreto de Lula começaria a valer em 1º de outubro deste ano, mas, em setembro, o Planalto prorrogou o início de vigência para 10 de janeiro de 2024.

A decisão do atual governo se baseou em levantamento que indicou que não houve aumento do número de turistas desses países no Brasil com a revogação da exigência de visto. O governo também considerou o princípio da “reciprocidade”, uma vez que turistas brasileiros precisavam de visto para visitar esses países.

Inicialmente, o Japão também foi incluído na exigência. Entretanto, em agosto, Tóquio anunciou que não obrigaria vistos de brasileiros em viagens de até 90 dias e o Brasil então seguiu o princípio da “reciprocidade”.

Poder 360

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Ministro do Trabalho manda Banco Central ‘estudar mais’ e vê ‘forma burra’ no controle da inflação

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (27) que o Banco Central precisa estudar melhor os fundamentos da economia e acrescentou que aumentar juros é a forma burra de se controlar a inflação.

Em entrevista a jornalistas após a divulgação dos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o ministro foi questionado sobre a última ata do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, que fez referência a um mercado de trabalho mais apertado e o potencial impacto disso na inflação.

“Não estou nem criticando o Banco Central. Estou alertando que eles têm que olhar melhor, estudar mais. Está faltando estudar um pouco, fundamentos da economia”, disse o ministro.

Segundo ele, existem duas maneiras de controlar a inflação. “Uma forma é restringir, é aumento de juros, é corte de crédito. Isso aqui você controla a inflação, sim, mas é a forma burra de fazer.”

Já o “jeito inteligente” de controlar a inflação, na avaliação de Marinho, é pelo lado da oferta.

“Vai crescer a demanda de consumo, as empresas não devem esperar faltar mercadoria lá na gôndola do supermercado. Elas têm que antecipar a velocidade da linha contratando mais gente, botando mais oferta de produtos. É assim que controla a inflação de forma inteligente”, disse.

A questão da oferta e demanda de produtos é apenas uma das causas da inflação entre aquelas apontadas pelo Banco Central em seu site.

A alta de preços também pode ser gerada por pressões de custos —como salários que crescem mais que as receitas da empresa—, inércia inflacionária e expectativas de inflação, por exemplo.

Em sua página, o BC diz também que, com preços estáveis, há condições mais propícias para que a economia cresça, favorecendo a criação de empregos e o aumento do bem-estar na sociedade.

Folhapress

Opinião dos leitores

  1. Esses jegues do PT estiveram no poder por15 anos e vão correndo para mais dois anos e, mesmo assim, o pobre continua sofrido.
    Tem algum político petista pobre? Acordem alienados, pois o discurso do PT é um, mas o bolso deles é bem diferente do seu, coitado.

  2. Avisa a esse “ministro
    Do trabalho”, que o controle da inflação passa pelo controle dos gastos e despesas públicas também !

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Bandidos fazem foguetório em Natal e região para comemorar aniversário de facção criminosa

Imagens: Via Certa Natal

Queimas de fogos chamaram a atenção da população em vários pontos na Grande Natal na noite desta quarta-feira (27). Como é de costume, é a forma que uma facção criminosa local festeja seu aniversário.

Há relatos de queima de fogos em vários bairros da Zona Norte e também em Tirol e Petrópolis. Em Nova Parnamirim, na cidade de Parnamirim, também foi possível ouvir os estouros.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Moraes dá 5 dias para PGR se manifestar sobre caso de Bolsonaro na embaixada da Hungria

Imagem: Reprodução / Imagens de câmera obtidas pelo The New York Times

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu parecer da Procuradoria Geral da República (PGR) sobre as explicações enviadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre sua estada na embaixada da Hungria.

A defesa de Bolsonaro classificou como ilógica a sugestão de que o ex-presidente, ao visitar a embaixada da Hungria, em Brasília, fosse pedir asilo político ou tentar fugir do país.

Suposição sobre tentativa de fuga é “altamente improvável e infundada”, diz defesa. “Diante da ausência de preocupação com a prisão preventiva, é ilógico sugerir que a visita do Peticionário à embaixada de um país estrangeiro fosse um pedido de asilo ou uma tentativa de fuga”, diz trecho da manifestação enviada ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, nesta quarta-feira (27).

Com informações de UOL e CNN Brasil

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Denúncia

Protesto denuncia descaso da Justiça com residencial inacabado e mais de 150 famílias lesadas

Caso do Condomínio Ponto do Mar, em Ponta Negra, pode levar mais investidores a serem lesados por venda irregular | Foto: divulgação

Indignados com a falta de Justiça, adquirentes do empreendimento Ponto do Mar, em Ponta Negra, fizeram um protesto, na tarde desta quarta-feira (27), para denunciam o descaso com mais de 150 famílias que aguardam há mais de dez anos por uma solução. Além disso, novos investidores podem ser lesados com a venda de apartamentos que já tem escrituras lavradas em cartório. A manifestação aconteceu ao lado do Frasqueirão, na Rota do Sol, próximo à obra do condomínio, que fica localizado na Rua Poeta Bosco Lopes, 80, bairro de Ponta Negra, em Natal.

Tudo iniciou em 2011, quando o empreendimento foi lançado pela INCORPORADORA JB&ATAF. O Residencial Ponto do Mar, com projeto de construção de duas torres, com o total de 240 unidades habitacionais, atraiu muitos compradores que acreditaram no projeto e que tinha a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL como financiadora. Previsto para entrega acontecer em outubro/2016, a obra foi abandonada e paralisada pela JB&Ataf, deixando 154 famílias sem receber as suas unidades.

Com o abandono da obra pela incorporadora, em 2018, a CAIXA ocupou o canteiro de obras, assumindo a gestão com o intuito de acionar o seguro de término de obra, substituir a construtora e concluir o empreendimento. No entanto, a CAIXA não tomou as providências devidas.

“Eu comprei para poder morar, para meus filhos, no futuro, etc. Acreditei naquela placa da Caixa Econômica. A Caixa sempre foi uma garantia para o consumidor, Caixa Econômica que é do povo, porque é público. Tudo isso nos deixou muito decepcionados. A Caixa nunca tentou resolver a situação, pois poderia ter resolvido a situação desde o começo. Outro aspecto é que outras famílias, que compraram como investimentos, ficaram com o pé atrás a respeito da insegurança jurídica. Não pode acontecer investimento sem segurança jurídica. Tenho o imóvel registrado no cartório, eu paguei totalmente à vista e vê o imóvel hoje entregue para uma empresa, que comprou por um leilão cheio de vícios e sem notificar os que compraram antes, pessoas que registraram no cartório o próprio investimento, é um absurdo”, declarou Gilberto Piumatti, um dos adquirentes presentes no protesto.

No curso do processo de falência, o empreendimento do Ponta do Mar foi levado a leilão quase às escuras, sem a publicidade adequada e suficiente para alcançar interessados, o que fez com que não houvesse lances, beneficiando uma única empresa que tinha conhecimento do leilão por já estar previamente habilitada no processo de falência e havia feito uma oferta por preço ínfimo, que não é suficiente para pagar 10% do valor devido aos adquirentes. A empresa Mirantes Empreendimentos segue no canteiro de obras.

O anseio dos adquirentes é que todos os atos da arrematação do empreendimento sejam suspensos e que seja determinado, pelo Poder Judiciário, que a Mirantes Empreendimentos não avance com as obras e comercialização das unidades. A Associação dos Adquirentes pede que a Justiça, de forma cautelar, analise a questão de forma mais aguçada e evite irreparáveis prejuízos para as famílias que adquiriram suas unidades em 2011 e ainda não receberam, correndo o risco de não receberem e nem serem ressarcidos.

O advogado Mário Pegado, especializado em Direito Imobiliário, expressa preocupação com o caso do empreendimento Ponto do Mar, destacando a significativa insegurança jurídica que ele gera no mercado. Segundo ele, essa situação coloca em risco não apenas as famílias que adquiriram os imóveis com respaldo da Caixa Econômica e financiamento, mas também cria uma atmosfera de incerteza para futuros compradores de imóveis na planta. Mário enfatiza a importância de encontrar uma solução que atenda às necessidades sociais e promova um ambiente seguro para transações imobiliárias.

 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polícia

LEMBRA DELE? Homem que teve testa tatuada com frase ‘eu sou ladrão e vacilão’ é preso mais uma vez por roubo, dois dias após sair de cadeia

Foto: Reprodução/Brasil Urgente

Policiais prenderam nesta quarta-feira (27) o homem que teve a testa tatuada com a frase “eu sou ladrão e vacilão’”em 2017, após ser acusado de furtar uma bicicleta. Desta vez, o homem estaria roubando uma casa na Zona Oeste de São Paulo, dois dias após ter o alvará de soltura expedido pela Justiça.

Os agentes só descobriram que era o mesmo homem do caso da tatuagem quando realizaram a prisão do dele. O homem, além do caso de 2017, já havia respondido por outros crimes.

Em 2019, ele foi condenado a quatro anos e oito meses de prisão após roubar um celular e um agasalho de uma funcionária de um posto de saúde na cidade de Ferrazópolis.

Também em 2018, Ruan foi preso por furto em Mairiporã e novamente preso pelo mesmo crime em 2019 e em 2022.

Relembre o caso

Ruan foi tatuado com a frase na testa após supostamente ter roubado uma bicicleta em junho de 2017. À época, ele era menor de idade e foi flagrado por Maycon Wesley e o vizinho, Ronildo Moreira. Os agressores filmaram o momento em que tatuaram a frase nele e compartilharam as imagens nas redes sociais.

Maycon e Ronildo foram presos por tortura em São Bernardo do Campo. Os dois foram condenados em 2018 a mais de três anos de reclusão. Em julho do mesmo ano, foram para regime semiaberto.

Fuga

Em dezembro de 2023, quando ainda estava no Centro de Detenção Provisória Belém 1, na zona leste de São Paulo, o jovem conseguiu fugir da cadeia junto com outros seis detentos, mas se arrependeu da fuga e se entregou para a Polícia no dia seguinte.

Por causa da fuga, ele perdeu o benefício de cumprir a pena em regime semiaberto e seguiu em regime fechado até março deste ano, quando encerrou seu período na cadeia.

Com informações de Band Jornalismo e Metrópoles

Opinião dos leitores

  1. Soltem ele de novo que resolve, até ele matar uma pessoa. O bichinho é bonzinho, um eleitor da esquerda, vítima da sociedade capitalista opressora que não merece estar preso. Enquanto essa violência aí não bater na porta das altas autoridades, não vão mudar a lei. Vão continuar afrouxando com vagabundo, soltando ladrão na audiência de custódia e concedendo progressão de pena. Pense num país de corno!

  2. OLHA AI O VACILAO. MAMDA ELE PRA CASA DOS DEPUTADOS DO PT OU PRA CASA DE LULADRAO. PRA PASSAR UMAS FERIAS

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

‘FOGO AMIGO’: Haddad revela ‘bolão do PT’ sobre sua permanência e diz que quer seguir no cargo

Foto: REUTERS/Adriano Machado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, contou em entrevista à CNN que fizeram um “bolão” no PT sobre quanto tempo ele permaneceria no cargo quando assumiu o comanda da pasta.

“Fizeram um bolão no PT de quanto tempo eu duraria aqui. Teve outros. Deve ter tido na Faria Lima também. Gostaria que o Brasil estivesse em outra situação, de menos oposição e mais união e reconstrução”,’ disse.

Haddad é alvo constante de “fogo amigo” do partido, que demanda mais gastos públicos, principalmente da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Questionado se tinha saudades de fazer campanha política e se ainda sonhava com a Presidência da República, o ministro desconversou. “Tenho saudade de tocar violão, ler mais, ficar com meus filhos, mas foi a tarefa que assumi a convite do presidente”, disse. “Sonhar com a Presidência não faz bem à saúde”, brincou.

Haddad foi candidato à presidente em 2018, quando Lula estava preso, mas perdeu para Jair Bolsonaro.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

  1. Depois de 14 anos saqueando o Brasil , esse pilantra vem falar em reconstrução , deve estar se referindo a resconstrucao da desgraça e pobreza ,alimentada por políticas populistas, assistencialista e principalmente corrupta , agora o palácio do planalto é um puxadinho da papuda , ocupada por ladrao condenando em três instâncias e ex- presidiário !

  2. Inaugurou um novo significado para “medíocre”. Excluído até pelo PT, Bosta pouca é bobagem.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Judiciário

Após 6 anos, STF voltará a discutir alcance do ‘foro privilegiado’ de parlamentares e ministros

Foto: Gustavo Moreno / STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) vai voltar a discutir a partir desta sexta-feira, 29, no plenário virtual, o alcance do foro por prerrogativa de função, ou foro privilegiado. Desde 2018, a regra em vigor é que o foro se aplica apenas aos crimes cometidos por autoridades durante o mandato e relacionados ao exercício do cargo. Contudo, ainda não é um tema pacificado na Corte. O julgamento vai até 8 de abril.

A discussão será feita em um habeas corpus ajuizado pelo senador Zequinha Marinho (Podemos-PA). Ele pede a declaração de incompetência da Justiça do Distrito Federal para julgá-lo por suposta prática de “rachadinha” praticada entre 2007 e 2015, quando ele era deputado federal. O argumento é que, desde 2007, ele desempenhou cargos com foro privativo sem interrupção. Por isso, ele entende que a competência para julgá-lo é do Supremo.

Hoje, a orientação do Supremo é que o encerramento do mandato parlamentar implica remessa do processo para a primeira instância. Foi o que aconteceu, por exemplo, com as ações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O caso foi enviado ao plenário pelo relator, ministro Gilmar Mendes. No despacho, ele apontou que o julgamento pode recalibrar os contornos do foro privilegiado. “No caso dos autos, a tese trazida a debate não apenas é relevante, como também pode reconfigurar o alcance de um instituto que é essencial para assegurar o livre exercício de cargos públicos e mandatos eletivos, garantindo autonomia aos seus titulares”, afirmou.

O julgamento vai ser realizado em meio ao debate sobre a competência do Supremo para julgar o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), suspeito de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Brazão era vereador na época do crime.

Também há uma discussão sobre a competência do Supremo para julgar os acusados de envolvimento nos atos de 8 de janeiro de 2023 e o caso de hostilidade de uma família de brasileiros contra o ministro Alexandre de Moraes no aeroporto de Roma.

Terra

Opinião dos leitores

  1. Assistam ao filme , polícia federal, a lei é para todos 2, vcs vão entender como funciona o sistema político!
    Estamos na mão desses patifes novamente!
    Vai termais desse filme ,3, 4,5,6…
    Vai ser igual a velozes e furiosos, não acaba nunca!
    Kkkkkkkkkkkk
    Ôooooooo brasil véi sem porteira, e nós, tudo dentro dele sem cabresto

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

19 cidades do RN registraram mais divórcios do que casamentos em 2022, aponta IBGE; veja lista

Foto: Pedro Bolle/USP Imagens

Pelo menos 19 cidades do Rio Grande do Norte tiveram mais divórcios do que casamentos ao longo de 2022, segundo dados da Pesquisa de Registros Civis, divulgados nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (Veja a lista de cidades mais abaixo).

A maior diferença registrada foi na cidade de Pendências, que teve 39 divórcios a mais que casamentos – foram 63 contra 24. São Paulo do Potengi ficou logo atrás, com 31 separações a mais que matrimônios.

A cidade potiguar que teve o maior número de divórcios em 2022 foi Mossoró, com 676. O município, no entanto, registrou um número maior de casamentos (1.225) e, por isso, não consta na lista mais abaixo.

A mesma situação ocorreu em Parnamirim, segunda cidade com o maior número absoluto de divórcios no RN, com 571.

Já a capital Natal teve 179 divórcios, segundo a pesquisa, número também abaixo dos 3.250 casamentos – o maior número absoluto no estado.

Cidades com mais divórcios que casamentos no RN

  1. Areia Branca – 88 divórcios e 77 casamentos
  2. Apodi – 112 divórcios e 84 casamentos
  3. Alexandria – 49 divórcios e 30 casamentos
  4. Almino Afonso – 30 divórcios e 10 casamentos
  5. Acari – 29 divórcios e 19 casamentos
  6. Assu – 193 divórcios e 188 casamentos
  7. Campo Grande – 25 divórcios e 13 casamentos
  8. Cruzeta – 25 divórcios e 9 casamentos
  9. Florânia – 26 divórcios e 14 casamentos
  10. Jardim de Piranhas – 29 divórcios e 16 casamentos
  11. João Câmara – 142 divórcios e 117 casamentos
  12. Lajes – 30 divórcios e 9 casamentos
  13. Martins – 34 divórcios e 19 casamentos
  14. Monte Alegre – 71 divórcios e 63 casamentos
  15. Parelhas – 54 divórcios e 49 casamentos
  16. Pendências – 63 divórcios e 24 casamentos
  17. Pau dos Ferros – 122 divórcios e 109 casamentos
  18. São Paulo do Potengi – 58 divórcios e 27 casamentos
  19. Upanema – 24 divórcios e 17 casamentos

g1-RN

Opinião dos leitores

  1. Esse ano tem tudo pra aumentar.
    Anotem aí!
    Ano de eleições, muita gente arruma isso com políticos sem mandato, prefeitos e vereadores.

  2. Esse motivo e só o desemprego e desgoverno todo mundo sem ter o que fazer …lisos e endividamentos gigante o comércio parando de pior a pior c esse rombo-450. Bilhões negativo faz o L ?? Aqui em Natal Rn..sem real Não existe amor 98 % 😰😩💔🙏

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Cidades

VÍDEO: Carro pega fogo na tarde desta quarta-feira em Nova Parnamirim

Foto: Daniel Pereira/TV Ponta Negra

Um carro pegou fogo na tarde desta quarta-feira (27), na rua Praia de Tibau, em Nova Parnamirim, Região Metropolitana de Natal. O Corpo de Bombeiros foi acionado e compareceu ao local para controlar as chamas.

Imagens do momento da ocorrência, mostram que o veículo foi completamente destruído pelo fogo. As causas do incêndio ainda não foram esclarecidas.

Ponta Negra News

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *