Sindicatos de professores e funcionários da área da educação prometem parar e organizar manifestações em 14 estados do Brasil nesta terça-feira (18). As atividades fazem parte da agenda de protestos do segundo dia de uma paralisação geral, que começou ontem e foi organizada pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação).
Foram programados atos e paralisações em escolas em Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santos, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Ainda sem todos os números, o presidente da CNTE, Roberto Franklin de Leão, apontou em uma nota divulgada na noite de ontem em que acredita que a adesão à greve, que termina dia 19, com uma manifestação em Brasília, foi significativa.
— O importante é que os trabalhadores estão utilizando esse momento de paralisação nacional para organizar o debate, se informar e reivindicar o melhor para a educação pública.
Educadores e funcionários exigem o cumprimento da lei do piso, carreira e jornada, investimento dos royalties de petróleo na categoria, votação do PNE (Plano Nacional de Educação) e a destinação de 10% do PIB (Produto interno Bruto) para a educação pública.
R7
Se EDUCAÇÃo não tem preço, Dona Joyce, experimente o analfabetismo. Será que sem ser "educado", alguém conseguiria sobreviver com DIGNIDADE em nossa sociedade letrada?
Minha cara, "A educação está para a sociedade assim como a reprodução e a alimentação está para a espécie."
Sem alimentação e reprodução chegaremos a extinção da espécie humana, assim como com a ausência de educação a sociedade se extingue e somente teremos a volta ao estado primitivo onde mal balbuciavamos "huga, buga, muga".
Não existe sacerdotismo em nenhuma profissão, mesmo havendo pessoas vocacionadas para algumas atividades e com um "espirito público altruísta", fazem a diferença em qualquer lugar onde estiverem.
No mais, numa sociedade de economia capitalista, vc vale o quanto ganha. Sendo assim diferenciado pelo salário que percebe. As profissões que pagam mais atraem mais pessoas e teoricamente as "melhores" (que possuem as melhores condições e estudam mais). Além da história de cada profissão que valoriza algumas acima das outras. É assim com a Medicina, o Direito, a Engenharia. Foram as primeiras faculdades fundadas no país pela familia real em fuga, escondidos na província distante. Fora isso, qualquer cargo de nível médio ou mesmo de nível primário nos órgãos e instituições do poder judiciário (TJs, TRF, TRT, TRE, ETC.) paga salários maiores inicialmente do que o que costuma ser oferecido aos professores. Isso é óbvio e facilmente observável e sendo assim, porque a surpreza em relação ao pessoal que procura essa profissão?
De forma que só teríamos os "melhores" procurando essa profissão, se os salários fossem atraentes. Se queremos ter os melhores na Educação, PRECISAMOS OFERECER OS MELHORES SALÁRIOS E AS MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO. Pois Professores não costumam receber GTNS DE 100%, não recebem auxílio saúde, transporte e alimentação, não possuem auxílio Moradia, não recebem diárias, gratificações de plantão, nem hora extra. E ainda tem que fazer cotinhas para comprar até a água e o café que irão beber.
Precisamos de umexécito de Professores sim, pois a nossa nação é de dimensões continentais. Isso não deveria ser um problema se pensassemos que Educação era INVESTIMENTO e não GASTO como alguns costumam pensar. Pois não há nenhuma nação no mundo que tenha conseguido se sobresarir sem investir pesado na educação de seu povo, filhos de nossa terra, nossos irmãos.
Investimento em educação pe diretamente responsável pelo crescimento e desenvolvimento de qualquer país e isso é mensurável.
Quanto a informação sobre os bons médicos, engenheiros e Advogados, digo que a maioria faz apenas bicos no serviço público e correm para os seus vínculos privados, além de acumular mil contratos de plantões em pequennos municípios desesperados por médicos. Esse não foi um bom exemplo.
O senhor Marcos Aurélio disse tudo. Concordo e apoio a Educação Integral Federalizada.
Vou descordar do Senhor Marco Aurélio, que escreveu bem, mas esqueceu a essência do ensino. Pareceu mais discurso de sindicalista que lê, mas tem os fatos a sua interpretação isolada. Essa máxima de que educação não tem preço não passa de falácia para justificar o injustificado, é música antiga de uma nota só. Verdade que nenhuma profissão tem profissionais por fisiologia, todos visam dinheiro e ele é preciso para sobreviver. É o caso do professor.
Vou concordar com Dona Glória e entendo a colocação dela, o maior problema nessa categoria é que tem gente demais e qualidade de menos. Erro recorrente ao longo das tempos. Isso não acontecia quando o Atheneu tinha uma qualidade invejável.
Será mesmo que é preciso ter esse "exército" de professores no estado e município, proporção direta e inversa a produção da qualidade. Nenhuma categoria pode sonhar com boa remuneração se tem mais gente do que deveria. Sobram professores em determinadas matérias e falta em outras. Existe ainda uma distorção quando se vê a quantidade de professores longe da sala de aula. Se hoje os professores passassem a ganhar 10 mil reais cada um, estaria o estado dando condições dignas ao magistério? Salarialmente talvez, porém a qualidade e nível das aulas continuaria numa escala muito baixa. Não resolveria a situação do povo, que continuaria saindo da escola sem saber fazer as quatro operações básicas. Essa é a solução? O ensino precisa antes ver visto com seriedade, precisa de alguém com coragem para falar e fazer cortes na improdutividade, afastar quem não tem qualidade, cortar quem está em desvio de função, fechar escola sem aluno, redistribuir o quadro produtivo, dar valor a quem quer fazer a diferença. Só dando o respeito que o ensino precisa e merece é que poderemos falar em salário digno. O bom médico está em consultório e hospitais tocando a vida, o bom engenheiro está numa empresa construtora, o bom advogado tem seu escritório, o bom analista está construindo sistemas novos, enfim, todos estão produzindo muita qualidade e a produtividade gera salário digno. Esses profissionais não são gente? São! E produzem demais, trabalham 10, 12, 14 horas por dia. Estão no topo da cadeia produtiva que leva ao sucesso financeiro. São pessoas que além disso, fazem cursos, participam de congressos, estudam novas técnicas, criam metodologias. Agora quem faz isso é escravo? Quando, onde?
Não Senhor Marco Aurélio a cadeia usada pelo sistema público está falida, gasta, distorcida, sucateada e leva a situação que encontramos, onde, salvo professor, policial, médicos e outras poucas categoria que tem força para Greve, sobrevivem. Precisa-se mudar o princípio, a forma e o modo de conduzir a produtividade na coisa pública. Só assim as coisas podem mudar!!!
Comentário extremamente infeliz da senhora ou senhorita Gloria. Pois os Médicos há bem pouco tempo estavam em luta e protestando inclusive com manifestações e greves e não vi seus comentários. Os Auditores Fiscais, os Servidores do TJ e do MP, do TRT, e até os próprios Juízes e Promotores deram seus "jeitos" para poderem ser melhor remunerados. Essa visão tacanha em relação aos professores começa quando suas profissões não atraem os estudantes do ensino médio a se aventurarem em busca do magistério em razão dos baixos salários, ficando realmente somente os malucos, desesperados e vocacionados. Pois os filhinhos dos papais escolhem as profissões pelo quê mesmo? Será que é só pela vocação? Não, é pelo salário sim. É pelo salário que toda uma onda de pessoas estão se tornando concurseiros para sair das profissões mais mal remuneradas, tais como a de professor. Vamos deixar de ser hipócritas, professor também é gente e vive aqui neste planeta miserável onde se precisa de dinheiro para tudo, pois ele também paga IPTU, Imposto de Renda, transporte, alimentação, saúde, etc.
Todos deveriam se preocupar com a qualidade do ensino, mas a maioria não está nem aí, ou por não ter condições de protestar (uma vez que vive em regime de escravidão numa terceirizada ou num sub emprego) ou tem condições de pagar escola particular. Porque o que a maioria não sabe é que tudo está interligado numa rede complexa em que uma ação tem reação em cadeia e a falta de educação gera problemas gravíssimos para o sistema coletivo de saúde, judiciário/penitenciário, previdenciário, ecologia, etc.
EDUCAÇÃO NÃO TEM PREÇO e deveria sim ser prioridade de nossos governantes, tratada como área de segurança nacional. Por isso o Senador Cristovão Buarque está certo: FEDERALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO JÁ!
Tem alguém aí preocupado com a qualidade do ensino público?
Existe uma linha escrita onde o sindicato dos professores e a categoria demonstram preocupação com a qualidade do ensino público?
Falam, protestam, reivindicam, lutam sempre pelo mesmo: AUMENTO SALARIAL!!!
Qualidade que deveria ser exigência, sempre fica para depois…
Por isso temos o país que temos…. e tanto se precisa de bolsa isso, bolsa aquilo…