Iniciativa do Ministério da Educação (MEC), o Programa Novos Caminhos, em parceria com o Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN), está oferecendo 9,3 mil vagas para sua 4ª turma de cursos online e gratuitos em Tecnologia da Informação (TI).
As oportunidades abrangem três tipos de formação: programação web e para dispositivos móveis e desenvolvimento de jogos eletrônicos. As inscrições, que podem ser feitas por meio do site do programa, seguem abertas até o dia 21 deste mês.
A seleção acontecerá mediante sorteio, cujo resultado será divulgado no dia 22. As aulas online estão previstas para começarem no dia 02 de novembro e somam cargas horárias que variam entre 200h a 240h. Todos os formados recebem certificados do programa.
As vagas são distribuídas da seguinte forma: 4,2 mil para o curso de programação web, 2,7 mil para programação de dispositivos móveis e 2,4 mil para as formações em desenvolvimento de jogos eletrônicos.
Novos Caminhos
O Novos Caminhos é uma iniciativa que oferece formação para qualquer pessoa que tenha a qualificação exigida. Com o intuito de promover capacitações frente às novas demandas profissionais do mercado, o programa forma profissionais para o futuro, abrangendo conhecimentos técnicos em diversas áreas.
Além dos cursos do IMD, a UFRN também oferece, pelo Novos Caminhos, formação online na área de aquicultura – piscicultura e produção comercial de peixes ornamentais –, cursos ministrados pela Escola Agrícola de Jundiaí.
Com a aproximação do Dia das Crianças, o Inmetro reforça a importância de adquirir brinquedos com garantia de segurança. O órgão orienta que todos os produtos devem apresentar o selo do Inmetro, que indica que passaram por testes de qualidade antes de serem comercializados.
O órgão recomenda evitar compras no comércio informal e verificar a faixa etária indicada, o número de registro e se as informações na embalagem estão em português.
Nas compras feitas pela internet, os cuidados devem ser os mesmos. É fundamental conferir se o anúncio exibe o selo e o número de registro. Em caso de dúvidas, o consumidor pode entrar em contato com o atendimento da loja antes de concluir a compra.
O Inmetro também orienta que irregularidades sejam denunciadas por meio da Ouvidoria, disponível no site ou pelo telefone 0800 285 1818. Além disso, acidentes de consumo podem ser registrados no Sinmac, sistema que auxilia na fiscalização e na segurança dos produtos.
Aially Xavier, esposa do delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Gustavo Xavier, foi um dos alvos da operação Última Fase, da Polícia Federal (PF), que investiga supostas fraudes em concursos públicos, incluindo o Concurso Nacional Unificado (CNU) de 2024.
A residência do casal foi alvo de busca e apreensão depois que a investigação apontou que Aially poderia ter sido beneficiada pelo esquema ao concorrer ao cargo de auditor fiscal do trabalho. A PF identificou que o gabarito da candidata era idêntico ao de outros envolvidos no caso.
A corporação, no entanto, não detalha de que forma Aially teria atuado ou contratado terceiros para fraudar a prova. A análise de um celular possivelmente dela não encontrou informações relacionadas ao esquema.
Como funcionava a prova
Segundo a PF, a prova de auditor do CNU estava organizada em dois turnos: manhã e tarde, com três tipos de cadernos/gabaritos diferentes (1, 2 e 3). A prova da manhã continha 20 questões de múltipla escolha de conhecimentos gerais, e a tarde, 50 questões de conhecimentos específicos, todas com cinco alternativas.
O objetivo do sistema de diferentes cadernos era dificultar fraudes, já que as questões eram as mesmas, mas a ordem variava. A PF comparou os resultados dos investigados e constatou que alguns apresentavam respostas materialmente idênticas, incluindo erros iguais, indicando possibilidade de fraude.
Inicialmente, quatro pessoas foram identificadas com indícios de irregularidades. Posteriormente, a Cesgranrio, responsável pela organização do concurso, informou que outros candidatos também tinham gabaritos idênticos, incluindo Aially Xavier.
“Aially Soares Tavares Pinto Xavier: também identificada na primeira fase com o gabarito idêntico. A análise do material oriundo das quebras de sigilo corroborou a fraude desse grupo”, afirma trecho do pedido de busca deferido pela Justiça Federal.
Operação Última Fase
Na quinta-feira (2), a PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e prendeu três pessoas preventivamente nos estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas. As investigações abrangem fraudes no CNU 2024, certames das Polícias Civis de Pernambuco e Alagoas, da Universidade Federal da Paraíba, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Brasil.
Entre os métodos descobertos está o uso de ponto eletrônico manipulado, removido posteriormente mediante procedimento médico.
Defesa
Procurada, Aially afirmou por meio de assessor que não há provas ou materialidade nas supostas irregularidades.
“É perfeitamente natural que numa prova concorrida como a do CNU haja gabaritos semelhantes, vários até. Chama atenção que a ordem de busca tenha partido de um delegado da Paraíba, sendo que Aially reside em Alagoas”, disse a nota.
Documentos enviados à CPMI do INSS revelam que Thaisa Hoffmann, esposa do ex-procurador-geral do INSS, Virgílio Filho, comprou um SUV Porsche Cayenne híbrido por R$ 787 mil em agosto de 2024, em Curitiba (PR), por meio de sua empresa, a THJ Consultoria.
Entre 2022 e 2024, Thaisa também adquiriu três imóveis — dois em Curitiba e um em Brasília — totalizando R$ 3,47 milhões, todos pagos à vista. O maior deles é um apartamento no bairro Campo Comprido, em Curitiba, avaliado em R$ 2,5 milhões, além de uma sala comercial na capital paranaense e um apartamento às margens do Lago Paranoá, em Brasília.
Veículos de luxo e aumento de patrimônio
Um Relatório de Inteligência Financeira (RIF) indica que Virgílio Filho havia reservado a compra de um Audi A5 Sedan Performance S Edition, avaliado em cerca de R$ 380 mil, mesmo após a Operação Sem Desconto. Em 2025, ele também adquiriu uma Mercedes-Benz GLB 35 AMG, avaliada em R$ 508,5 mil.
As apurações revelam que Virgílio recebeu pelo menos R$ 11,9 milhões de empresas ligadas a investigados no esquema conhecido como “Farra do INSS”, que envolvia descontos ilegais em benefícios de aposentados. Deste total, R$ 7,5 milhões foram repassados a Thaisa Hoffmann pelo lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”.
Virgílio, servidor de carreira da Advocacia-Geral da União (AGU), exerceu o cargo de procurador-geral do INSS em dois períodos: de abril de 2020 a junho de 2022 e de setembro de 2023 até seu afastamento judicial em abril de 2025. Após o afastamento, a AGU determinou sua exoneração.
CGU aponta aumento patrimonial de R$ 18,3 milhões
Segundo relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), Virgílio Filho teve um aumento patrimonial de R$ 18,3 milhões durante o período analisado, em parte devido a pagamentos de empresas ligadas a investigados.
O documento aponta ainda que o ex-procurador teria favorecido a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) ao ratificar o desbloqueio em lote de benefícios previdenciários, permitindo a inclusão de descontos associativos. O ato contrariou procedimentos internos do INSS e pareceres da área técnica.
O 7 de outubro de 2023 ficou marcado para sempre na história de israelenses e palestinos. Naquele sábado, combatentes do Hamas invadiram o sul de Israel, matando cerca de 1,2 mil pessoas e sequestrando 250 reféns. A ofensiva levou Tel-Aviv a iniciar uma resposta militar de grande escala, dando início a um conflito que, dois anos depois, ainda não chegou ao fim — e já deixou 67 mil mortos, além de transformar a Faixa de Gaza em ruínas.
Neste segundo aniversário, delegações de Israel e do Hamas se reúnem no Egito em busca de um acordo para encerrar a guerra. O clima, no entanto, é de cautela. As negociações seguem frágeis e podem ser suspensas a qualquer momento, já que persistem divergências profundas entre as demandas dos dois lados.
O esforço internacional está concentrado em torno do plano proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que busca pavimentar um caminho para o fim das hostilidades. A iniciativa tem apoio da maioria da comunidade internacional e também de grande parte das populações israelense e palestina, que desejam o encerramento da guerra.
Fome, deslocamentos e pressão interna
Nos últimos dois anos, Gaza foi assolada por uma epidemia de fome, com sucessivos deslocamentos internos da população. Atualmente, o Exército israelense mantém operações intensas na Cidade de Gaza com o objetivo declarado de “destruir os redutos do Hamas”.
Em Israel, a pressão interna para acabar com a guerra também cresce. A população cobra a libertação dos 48 reféns ainda mantidos em Gaza, manifesta cansaço com o prolongamento de um conflito que já se espalhou por sete frentes diferentes e sente os efeitos do isolamento diplomático e do aumento de ataques antissemitas em países como Estados Unidos e nações europeias.
Plano americano avança em etapas
Trump declarou que pretende concluir a “primeira fase” do acordo ainda nesta semana. Essa etapa envolve a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, além da retirada parcial das tropas israelenses de algumas áreas de Gaza.
Nas fases seguintes, o plano prevê negociações mais complexas, como o desarmamento do Hamas, a retirada completa de Israel do território e a definição da governança futura da Faixa de Gaza.
“Eu tenho medo de ser otimista sobre esse plano”, disse Yuval Benziman, professor de Ciências Políticas da Universidade Hebraica de Jerusalém. “É difícil acreditar que Israel vai aceitar a Autoridade Palestina em Gaza nas fases futuras, e um Estado palestino parece improvável”.
Apesar disso, Benziman avalia que a conclusão da primeira etapa já seria uma vitória significativa para a sociedade israelense.
Negociações em Sharm el-Sheikh
As tratativas acontecem na cidade egípcia de Sharm el-Sheikh e estão centradas na troca de reféns por prisioneiros. Israel quer receber os sequestrados de uma só vez e, em contrapartida, libertaria 250 palestinos condenados à prisão perpétua e cerca de 1.700 detidos durante o conflito, além de entregar os restos mortais de 15 palestinos por cada corpo de refém.
Estima-se que 48 reféns israelenses continuem em Gaza, dos quais apenas 20 estariam vivos. O Hamas, por sua vez, exige a libertação de figuras importantes, como Marwan Barghouti, condenado a cinco prisões perpétuas, e Ahmad Sa’adat, líder da FPLP, que cumpre pena de 30 anos por planejar o assassinato do ministro do Turismo israelense Rehavam Ze’evi, em 2001.
A desconfiança, porém, domina ambos os lados. O Hamas não pretende liberar os reféns sem garantias de que Israel vai se retirar de Gaza e não voltará a atacar.
“O Hamas não é ingênuo. Eles surpreenderam Israel em 7 de outubro de 2023 e conhecem bem nosso comportamento”, afirmou Michael Milshtein, chefe do Fórum de Estudos Palestinos no Centro Moshe Dayan, em Tel-Aviv. “Eles não vão devolver os reféns sem garantias de Trump. Os sequestrados são sua principal moeda de troca”.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, disse à emissora ABC que 90% do acordo já foi costurado. A Casa Branca enviou ao Egito o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, e o genro do presidente americano, Jared Kushner, para tentar fechar os últimos detalhes.
A proposta do governo federal de alterar as regras para a emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), retirando a obrigatoriedade das aulas em autoescolas, reacendeu o debate sobre a formação de novos motoristas e o futuro do setor de centros de formação.
O texto, que está em consulta pública, pretende reduzir custos e simplificar o processo de habilitação. A ideia é permitir que os candidatos escolham entre aulas presenciais tradicionais, cursos digitais oferecidos pela Senatran ou o acompanhamento de instrutores autônomos credenciados.
Segundo Ygor Valença, presidente da Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto), a proposta traz impactos significativos para a segurança no trânsito e ameaça a sobrevivência do setor, que reúne cerca de 15 mil empresas e emprega aproximadamente 300 mil pessoas em todo o país.
“O texto apresentado não traz modernização nem desburocratização. O que está em curso é uma substituição do sistema atual, não um aprimoramento. Modernizar seria revisar as exigências já existentes, e não eliminar o processo de formação profissional”, afirmou Valença.
Preocupação com segurança
A federação vê a proposta como populista e alerta para os riscos de liberar a habilitação sem um processo de formação sólido. “Se hoje temos 20 milhões de pessoas dirigindo sem habilitação, liberar o processo sem preparo não vai resolver o problema, vai ampliá-lo. O foco deveria estar em fiscalização, educação e treinamento, não em flexibilizar a formação”, completou.
A medida promete reduzir em até 80% o custo da CNH, mas, segundo Valença, mais motoristas habilitados não significam necessariamente mais segurança no trânsito. Ele compara a proposta a um estádio que comporta 80 mil pessoas e recebe 100 mil: “Regularizar os que entraram sem ingresso não impede o colapso, apenas legaliza o erro”.
Reação política e jurídica
Mesmo que o texto avance após a consulta pública, a federação acredita que há caminhos para barrar a proposta. Como a legislação de trânsito é atribuição do Congresso, alternativas como um Projeto de Decreto Legislativo (PDC) ou questionamentos judiciais podem ser acionados.
A Feneauto também articula em Brasília para apresentar propostas alternativas. “Temos apoio de deputados e senadores que já manifestaram preocupação com o tema. Queremos uma proposta equilibrada, que reduza custos, mas preserve a segurança e o papel educativo das autoescolas”, disse Valença.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu nesta segunda-feira (6) com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), em uma tentativa de viabilizar a votação da medida provisória que altera regras do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A MP é considerada crucial para o governo manter parte da arrecadação prevista no Orçamento de 2026, mas enfrenta forte resistência no Congresso.
A proposta, que foi editada após o recuo do governo em um decreto que elevava o imposto em diversas operações financeiras, perdeu força durante as negociações com parlamentares e corre risco de caducar. O texto precisa ser votado até quarta-feira (8); caso contrário, perde validade.
Segundo o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), Haddad enfatizou aos deputados a importância fiscal da medida e admitiu a necessidade de ajustes para garantir apoio político. “O ministro Haddad falou da importância da MP, são R$ 35 bilhões. O governo vai ter que fazer concessões, está claro isso. O governo está tentando salvar R$ 15 bilhões, R$ 17 bilhões”, disse Lindbergh.
A Fazenda defende que, mesmo que desidratada, a MP seja aprovada para assegurar parte da receita projetada e permitir que as contas públicas fechem dentro da meta. “O governo vai ter que fazer ajustes no futuro, mas considera que não é possível fechar um orçamento sem a previsão desta arrecadação”, completou o líder petista.
Principais pontos da MP
Aumento da alíquota sobre apostas esportivas de 12% para 18%;
Tributação de criptoativos;
Uniformização da alíquota de IR sobre aplicações financeiras em 17,5%;
CSLL entre 15% e 20% para instituições financeiras;
Corte de 10% em gastos tributários;
Regras mais rígidas para compensações de créditos tributários.
Inicialmente, a proposta incluía também a taxação de LCI, LCA e LCD — títulos de crédito hoje isentos —, mas essa parte foi retirada pelo relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), após pressão do Congresso e do setor financeiro.
O governo tenta, agora, costurar um acordo de última hora para evitar a perda total da arrecadação prevista com a MP.
Bruna Araújo de Souza, de 30 anos, morreu nesta segunda-feira (6) após complicações provocadas pela ingestão de uma bebida alcoólica adulterada com metanol. Ela estava internada no Hospital de Clínicas de São Bernardo do Campo (SP) desde o fim de setembro.
De acordo com a prefeitura, a morte ocorreu após a adoção de um protocolo de cuidados paliativos decidido em conjunto entre a equipe médica e a família. Exames laboratoriais confirmaram a presença de metanol no organismo da paciente.
Bruna passou mal no dia 28 de setembro, depois de consumir um combo de vodca com suco de pêssego durante um show na cidade. Na última sexta-feira (3), o hospital havia iniciado o protocolo de confirmação de morte encefálica.
Surto de intoxicação
A Vigilância Epidemiológica do município recebeu, até esta segunda-feira (6), 78 notificações de possíveis intoxicações por metanol. Entre os casos, seis resultaram em morte — incluindo Bruna, a única mulher entre as vítimas. Os outros cinco óbitos foram de homens com idades entre 36 e 58 anos, moradores de diferentes cidades da região, entre elas Itu e São Paulo.
Os demais 72 casos correspondem a pacientes que procuraram atendimento na rede hospitalar e de urgência, pública e privada, de São Bernardo do Campo. A morte de Bruna é, até o momento, o único caso confirmado laboratorialmente.
A prefeitura informou que quatro estabelecimentos comerciais foram interditados nos bairros Taboão, Paulicéia, Ferrazópolis e Parque dos Químicos, além de lotes de bebidas apreendidos pela Polícia Civil. As investigações estão sob responsabilidade da Delegacia de Infrações contra o Meio Ambiente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) avaliou como “extraordinariamente boa” a conversa telefônica que teve nesta segunda-feira (6) com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em entrevista à TV Mirante, no Maranhão, Lula disse ter se surpreendido com a cordialidade do republicano e destacou que os dois líderes têm a responsabilidade de conduzir as negociações de forma a evitar prejuízos para as populações dos dois países.
“São dois homens de 80 anos, com muita responsabilidade e experiência. A gente não pode errar. Nem o povo americano, nem o povo brasileiro podem sofrer por conta de erros nossos”, afirmou.
Durante a ligação, Lula cobrou a suspensão de tarifas aplicadas a produtos brasileiros e pediu a retirada de medidas de retaliação impostas a ministros, como a suspensão de vistos. Segundo ele, o objetivo é restabelecer um diálogo franco e direto com Washington. “Eu falei para ele: para a gente começar a conversar, é importante que comece a ver o zeramento da taxação e a isenção de punição aos nossos ministros. A gente tem que começar a discutir com um pouco de verdade”, disse.
Lula também ressaltou que o Brasil é um dos três países do G20 que têm déficit comercial com os EUA — ao lado do Reino Unido e da Austrália — e defendeu que as duas nações sirvam de exemplo para o mundo, destacando os 200 anos de relação diplomática entre os países. O presidente disse estar otimista com o avanço das negociações.
Mais cedo, Trump também comentou a conversa em sua rede Truth Social, descrevendo o diálogo como “muito bom”. Segundo ele, o foco principal foi economia e comércio bilateral. “Esta manhã, tive uma ligação telefônica muito boa com o presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitas coisas, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países”, escreveu.
De acordo com nota divulgada pelo Palácio do Planalto, Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às tratativas com autoridades brasileiras. Os dois presidentes também concordaram em realizar um encontro presencial em breve.
Lula estava em Imperatriz (MA) nesta segunda-feira, onde participou da entrega de 2.837 moradias do programa Minha Casa, Minha Vida. O investimento federal foi de R$ 358,6 milhões, beneficiando cerca de 11 mil pessoas.
Vou observar a votação da anistia viu Luladrão, aí vou tirar conclusões.
Depois dessa votação eu sei se a conversa foi extraordináriamente boa.
Kkkkkkkkkk.
Brasil sil sil.sil…
Já estamos sabendo dos pedidos para frear a magnistik contra ministros, quero saber se vão frear as perseguições a direita também, daí fica fácil saber se realmente a conversa foi extraordinária.
Blz??.
A conversa foi longa, 30 mim, 15 min para cada, descontando os cumprimentos de praxe e o tempo dos intérpretes, não sobraram 8 mim para cada presidente.
Não se preocupe pentezada o grosso ainda vai entrar
Treze brasileiros detidos em Israel, entre eles a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE), serão deportados nesta terça-feira (7) para a Jordânia. A informação foi divulgada pelo Global Sumud Flotilla, grupo que organizou a flotilha que tentou chegar à Faixa de Gaza.
Segundo comunicado publicado na noite de segunda-feira (6), autoridades israelenses informaram oficialmente sobre a transferência. Os brasileiros estão presos na penitenciária de Ktzi’ot e devem deixar o país a pé, cruzando a fronteira pela ponte Allenby/Rei Hussein — que liga Israel ao território jordaniano.
A Embaixada do Brasil em Amã já foi acionada e prepara uma estrutura de recepção, incluindo avaliação médica de todos os deportados assim que cruzarem a fronteira. Ainda não há, no entanto, informações sobre os procedimentos para o retorno do grupo ao Brasil.
Além dos brasileiros, cidadãos de Argentina, Colômbia, África do Sul e Nova Zelândia também devem ser deportados no mesmo comboio.
De acordo com o comunicado, o Itamaraty foi informado de que não haverá acesso direto ou comunicação com os detidos durante o percurso entre a prisão e a fronteira. Representantes diplomáticos brasileiros estarão presentes no local de travessia para acompanhar a situação e agir em caso de necessidade.
Os brasileiros que devem ser deportados nesta terça são: Thiago Ávila, Luizianne Lins, Bruno Gilga Rocha, Lucas Farias Gusmão, João Aguiar, Mohamad El Kadri, Mariana Conti, Gabrielle Tolotti, Ariadne Telles, Lisiane Proença, Magno Carvalho Costa, Victor Nascimento Peixoto (Mansur Peixoto) e Miguel Viveiros de Castro.
Até o momento, apenas Nicolas Calabrese — cidadão argentino-italiano residente no Brasil — havia sido deportado. Ele chegou ao Rio de Janeiro na noite de segunda-feira (6), desembarcando no aeroporto do Galeão.
Antes mesmo de sair do papel, a federação entre União Brasil e PP já enfrenta conflitos públicos e divisões sobre a relação com o governo Lula e o cenário eleitoral de 2026. As duas siglas negociam desde 2023 para formar uma superaliança no Congresso, mas o processo tem se arrastado e hoje está marcado por disputas internas e troca de farpas entre dirigentes.
Com raízes na antiga Arena — partido que deu sustentação ao regime militar — União e PP anunciaram oficialmente a intenção de formar a federação em abril de 2025, dois anos após o início das tratativas. Em agosto, houve um novo ato para marcar a aprovação do acordo pelas legendas, mas, até agora, nenhum pedido formal de registro foi encaminhado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Enquanto a parte burocrática não avança, o clima político azedou. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), único nome colocado como pré-candidato à Presidência pela federação, tem feito críticas públicas ao presidente do PP, Ciro Nogueira. Segundo ele, Nogueira estaria tentando usar a federação para se projetar como vice na chapa do governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos).
“Se você monta o maior time do país, é pra ser campeão ou vice-campeão?”, ironizou Caiado.
No governo federal, ministros das duas siglas resistem ao desembarque prometido da base de Lula. Celso Sabino (Turismo), do União, e André Fufuca (Esporte), do PP, sinalizam que pretendem permanecer nos cargos. A ordem da federação não afeta, porém, os espaços controlados por figuras influentes do centrão, como Arthur Lira (PP-AL), que comanda a Caixa Econômica Federal, e Davi Alcolumbre (União-AP), que tem influência sobre os ministérios das Comunicações e da Integração e Desenvolvimento Regional.
Pressionado pelo presidente do partido, Antonio Rueda, o União Brasil marcou para quarta-feira (8) uma reunião que pode resultar na expulsão de Sabino, caso ele não abra mão do ministério ou se desfilie. Rueda também se tornou alvo de notícias negativas — segundo depoimento obtido pela PF, um piloto afirmou que ele seria o verdadeiro dono de quatro aeronaves ligadas a investigados por lavagem de dinheiro para o PCC. O dirigente nega as acusações.
No PP, Fufuca deve continuar, mas aliados afirmam que ele perderá o comando da federação no Maranhão, o que pode enfraquecer seus planos de disputar o Senado em 2026.
Apesar de controlarem quatro ministérios, União e PP estão entre os partidos mais infiéis ao Planalto no Congresso, ao lado de MDB, PSD e Republicanos. Essas siglas de centro e direita apostam numa candidatura de Tarcísio para a Presidência. Aliados de Jair Bolsonaro dizem que a ex-primeira-dama Michelle seria o nome para vice, enquanto lideranças do centrão citam Ciro Nogueira e a senadora Tereza Cristina (PP-MS) como opções.
A entrevista de Ciro ao jornal O Globo, na qual ele disse que a direita tem hoje apenas dois nomes viáveis — Tarcísio e Ratinho Jr. (PSD) —, irritou Caiado. O governador respondeu com duras críticas nas redes sociais, acusando Nogueira de “se oferecer de forma vergonhosa” para ser vice e questionando sua lealdade política: “Esse cidadão não tem credibilidade para descredenciar a minha candidatura. Ele quer usar a federação para se cacifar como vice, isso não vai acontecer”, declarou.
Ciro respondeu com ironia: “Deve estar com tempo livre. Eu não. Sobretudo para polêmicas vazias. Nosso adversário é Lula. Caiado, pode falar qualquer coisa: você está certo. Satisfeito?”.
A federação entre partidos funciona como uma fusão temporária: após aprovada pelo TSE, as legendas atuam como um único partido por quatro anos, com estatuto e direção comuns. Atualmente, há três federações em vigor no país: PSDB–Cidadania, PSOL–Rede e PT–PCdoB–PV.
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