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QUADRILHAS DO PIX: sequestro-relâmpago dispara em SP; criminosos migram para novo crime da moda

Foto: Shutterstock

Sem chamar a atenção, criminosos passam semanas estudando a rotina de moradores de bairros de alto padrão, na cidade de São Paulo. Nesta semana, uma das vítimas escolhidas levou um golpe na cabeça, foi amarrada, teve o celular roubado e, depois de três horas, mais de R$ 100 mil tinham saído da conta dela em transferências via Pix.

Em entrevista à BBC News Brasil, o delegado da Divisão Antissequestro do Garra Dope, da Polícia Civil, Tarcio Severo, o número de sequestros-relâmpago, crime considerado adormecido, disparou após a implantação do Pix no Brasil.

Segundo ele, há inclusive quadrilhas especializadas em outros crimes que estão ‘migrando’ para roubos envolvendo a ferramenta eletrônica.

“A gente observa criminosos especializados em outros segmentos, como roubo e furto de condomínio, que passaram a aproveitar a oportunidade para fazer o sequestro-relâmpago. Eles perceberam que o Pix permite que eles consigam transferir uma grande quantidade de dinheiro num período curto de tempo. Desta forma, eles mantêm a vítima detida e tiram uma vantagem significativa”, afirmou o delegado.

Ele contou que, nessa ocorrência relatada no início da reportagem, os criminosos ainda levaram diversos objetos pessoais da vítima, como relógio e celular.

O Pix entrou em vigência no Brasil em novembro de 2020. A polícia disse à reportagem que ainda não tem dados suficientes para fazer um comparativo mês a mês para fazer um diagnóstico mais completo. No entanto, o delegado do Garra disse que o crime de sequestro-relâmpago cresceu 100% em relação ao mês em que o Pix foi inaugurado.

Grupos altamente especializados

O delegado contou à reportagem que as quadrilhas que cometem esse tipo de crime são altamente especializadas e formadas por técnicos em diferentes áreas.

“Eles atuam em duas células. Esse crime é de oportunidade, então eles estudam para encontrar uma vítima em potencial. Geralmente, as mais distraídas e descuidadas, que ficam paradas dentro do carro com o farol aceso e falando ao celular, por exemplo”, explicou o delegado do Garra.

Nessas quadrilhas, há um grupo responsável por fazer a seleção das vítimas. Essas pessoas ficam fazendo rondas em motos, carros e até mesmo a pé em bairros nobres. Elas estudam horários, comportamentos e rotina dessas pessoas antes de atacá-las.

Quando as vítimas são escolhidas, entram em cena outros membros da quadrilha ? aqueles que são especializados em atacar, ameaçar e mantê-la em cárcere. Eles atuam simultaneamente com outros dois grupos: os especialistas em tecnologia e os “laranjas”, que apenas têm suas contas bancárias usadas para receber as transferências dos assaltos e sacar o dinheiro.

“Quando eles obtêm os dados bancários da vítima, eles passam para essa segunda célula, um elo financeiro acostumado a mexer com cartões e Pix. Esse grupo tem contas de aluguel ou de passagem, na qual as pessoas recebem dinheiro ao final do crime”, afirmou o delegado Tarcio Severo.

Ele explica que, nessa célula, há cartões e contas “frias”, principalmente de bancos digitais. O delegado explica que os bandidos as criam em bancos digitais porque não precisam ir a uma agência bancária para abri-la.

Isso facilita que eles mandem uma foto de documento falso para abrir uma conta. Em alguns casos, usam verdadeiros, roubados de vítimas de crimes anteriores. Além disso, os bancos digitais têm a vantagem de fazer transações em valores mais altos

Por que é tão difícil prender essas quadrilhas?

Recentemente, programas de TV têm mostrado ao vivo operações policiais em busca de quadrilhas investigadas por aplicar o “Golpe do Pix”. Em algumas delas, criminosos são presos, mas nem sempre é possível identificá-los ou comprovar os crimes por conta da velocidade em que o dinheiro é retirado das contas que recebem.

O delegado Severo disse que já fez reuniões com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e com o Banco Central para solicitar que as equipes de fraudes monitorem e informem a polícia sobre algumas transações suspeitas. O Banco Central é o responsável pela regulação das transferências bancárias e tem o poder de criar novas regras para o Pix.

“O banco tem que ter uma equipe de anti-fraude que detecte isso. Um cliente que não costuma movimentar dinheiro naquelas quantias, o banco deveria habilitar uma trava até checar essa informação para saber se é realmente o cliente dela que está fazendo aquela transação”, afirmou.

Ele citou como exemplo o caso descrito na reportagem, no qual os criminosos fizeram mais de 20 transações até transferir mais de R$ 100 mil. Na visão dele, o banco “falha na prevenção” e deveria impor ao menos um bloqueio temporário de duas horas na conta em casos como esses.

O delegado contou que os bancos alegam que um mecanismo como esse colocaria a vida das vítimas em risco, uma vez que os criminosos se irritariam pelo fato de não conseguirem dinheiro.

“Mas, por experiência, sabemos que os criminosos estão interessados no patrimônio, não em matar a vítima. As pessoas que cometem esses crimes estão focadas no dinheiro”, afirmou.

Procurado pela reportagem, o Banco Central afirmou que “por seu desenho tecnológico, todas as operações com o Pix são 100% rastreáveis, o que permite a identificação das contas recebedoras de recursos produtos de golpe/crime, permitindo a ação mais incisiva da polícia e da Justiça, o que não acontece com saques em caixas eletrônicos, por exemplo. Dados recentes do Pix mostram haver suspeita de fraude em apenas 0,001% das transações de Pix. Essa fração é ínfima e se mantém constante ao longo do tempo”.

Por fim, o órgão disse que “está à disposição das forças de segurança pública e da Justiça para colaborar no que puder para a prevenção e o combate a golpes/crimes envolvendo o Pix ou qualquer outro meio de transferência de recursos no âmbito do Sistema Financeiro”.

A Febraban informou em nota que, caso alguém seja vítima de assalto ou sequestro-relâmpago e obrigado a fazer um Pix, “deve registrar um boletim de ocorrência e procurar imediatamente seu banco através de um de seus canais de atendimento disponíveis para receber as orientações de como deverá proceder”.

O órgão disse ainda que “desde abril, os usuários podem controlar seu limite no sistema de pagamento instantâneo, permitindo que ele reduza ou aumente o valor disponível para realizar transações e pagamentos, seguindo à risca as instruções normativas do Banco Central”.

O Banco Central informou ainda que o Pix tem “três características que previnem a transferência de grandes valores por meio de golpes ou sob coação”.

A primeira são os “motores antifraude” que permitem identificar transações atípicas, que bloqueiam para análise as transações suspeitas por até 30 minutos, durante o dia, ou 60 minutos à noite.

Segundo, os bancos podem estabelecer limites máximos de valores para as transações com base no perfil de cada cliente, titularidade da conta, canal de atendimento e procedimento para iniciação. Podem ser menores à noite e seguir os mesmos padrões de TED e cartão de débito.

E, por último, os clientes podem diminuir os limites pelo aplicativo do banco. “Por razão de segurança, aumentos de limites não são imediatos e são analisados pelas instituições para verificar a compatibilidade ao perfil do cliente”.

Além de transferências em Pix, quadrilhas fazem pagamentos em maquininhas de cartão e sacam dinheiro em outras regiões imediatamente | Foto: divulgação/Polícia Civil

Fazendo o dinheiro ‘sumir’

A polícia tem dificuldade para reprimir as quadrilhas rapidamente porque elas atuam em diferentes áreas da cidade simultaneamente. E, logo depois de cometer o crime, elas conseguem se dispersar rapidamente.

Depois disso, o braço financeiro das “Quadrilhas do Pix” têm diversas técnicas para fazer o dinheiro das vítimas “sumir” do rastro da polícia e dos bancos até que seja dividido entre os criminosos.

Com diversas contas abertas, os criminosos colocam limites elevados ? até R$ 10 mil ? de saque. Desta maneira, assim que a quadrilha faz um Pix para uma dessas contas, outro criminoso saca o valor imediatamente em um caixa eletrônico.

“A gente consegue rastrear onde o saque foi feito, mas muitas vezes não conseguimos chegar a tempo de prender as pessoas. Nos dizem: ‘Acabaram de fazer saques em São Mateus (extremo leste da capital paulista)’, mas nosso deslocamento é enorme até lá”, contou.

O delegado explica que as pessoas que cedem as contas para fazer esses saques são investigadas como coautores do crime.

“Muitas vezes vamos na casa dessas pessoas e elas dizem que apenas sacaram o dinheiro que caiu na conta delas via Pix de um conhecido. Elas falam que não sabiam que a origem daquela quantia era de uma pessoa sequestrada e chegam a falar que a conheceram numa tabacaria, mas dizem que não tem nenhum contato dela, como telefone, nem mesmo são amigas em nenhuma rede social”, relata o delegado.

Ele também explica que, muitas vezes, também são feitas transações com cartões de débito e crédito em maquininhas de pagamento. Com isso, os criminosos passam os cartões em aparelhos adquiridos com documentos falsos e também sacam o valor instantaneamente, enquanto a vítima é mantida refém.

Essa é uma evolução do sequestro tradicional, quando os bandidos precisavam usar os cartões em compras no shopping ou pela internet. Ou até mesmo levá-la a um caixa eletrônico para forçá-la a sacar dinheiro. Dessa maneira, eles se expunham muito mais e corriam o risco de não conseguir a mercadoria. Hoje, tudo acontece de maneira mais rápida e, ao invés de produtos, eles recebem dinheiro.

Questionado pela reportagem, o delegado disse que os bancos costumam reembolsar apenas algumas das vítimas desse tipo de crime. Quem tem seguro do cartão recupera o dinheiro com mais facilidade. Quem não tem, precisa aguardar a conclusão do procedimento administrativo aberto pelo banco.

Ele disse que, nesses casos, orienta que as vítimas façam um protocolo de reclamação no Site do Banco Central ? algo semelhante a um Procon dos bancos.

Mas qual a diferença entre sequestro e sequestro-relâmpago?

O delegado do Garra explica que o primeiro ocorre quando a vítima vai para um cativeiro e quem paga o resgate é outra pessoa e está enquadrada no artigo 159 do Código Penal. No sequestro-relâmpago, a própria vítima é quem paga para ser solta, artigo 158.

Como evitar ser uma vítima

Para efeito de comparação com o sequestro-relâmpago, no primeiro semestre de 2020, foram registrados quatro sequestros em todo o Estado de São Paulo, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública. Já no mesmo período de 2021, foram registradas oito ocorrências, um aumento de 100%.

O delegado disse que é difícil prever e evitar quando um sequestro-relâmpago pode acontecer. Ele cita como exemplo de vulnerabilidade o apresentador Silvio Santos, que já foi sequestrado duas vezes.

“Mesmo em condomínios de alto padrão e com equipamentos modernos de segurança, os bandidos entram, roubam, furtam e fica difícil evitar. Mas você pode tomar alguns cuidados. Entre eles, você pode estabelecer limites de transferência na sua conta bancária para que os assaltantes não consigam transferir”, afirmou.

No entanto, o delegado afirmou que a pessoa deve procurar um gerente para alterar esse valor para alterar o limite de transferência da conta, não apenas do Pix. Isso porque o limite da conta se sobrepõe ao das transferências via Pix e, caso ele continue alto, o assaltante conseguirá concluir a operação.

Também há cuidados para não se tornar um alvo fácil dos bandidos. Um deles, segundo o delegado, é não ficar dentro do carro parado na rua ou falando ao celular. Ele também orienta que as pessoas sejam breves ao entrar e sair de casa, pois é um dos principais momentos de distração que os bandidos aproveitam para atacar.

A delegacia antissequestro do Garra tem 13 policiais para investigar todos os sequestros-relâmpago que acontecem na cidade de São Paulo, que possui 12 milhões de habitantes.

“Todo dia a gente está ralando para investigar e prender esses bandidos. Mas a segurança é um dever de todo mundo, então pedimos sempre o apoio dos bancos e da própria população para que a gente evite esse tipo de ocorrência que está crescendo numa proporção enorme”, concluiu o delegado Tarcio Severo.

A pena para quem pratica sequestro-relâmpago pode chegar a mais de 20 anos de prisão, dependendo dos agravantes.

Em média, a pena é de 18 a 22 anos, pois acumula os crimes de roubo e extorsão mediante sequestro. Em alguns casos, também há associação criminosa pela quantidade de integrantes e por envolvimento em outros crimes.

UOL

Opinião dos leitores

  1. Se a polícia tivesse poder, autonomia e gastasse um mísero projétil com cada féla da puta desse que fosse pego, queria ver os valentes aprontarem outra vez. Brasil, país onde o crime compensa! (independente de partidos e de políticos, ouviram, mimizentos?) E TENHO DITO!!!

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Judiciário

Ex-coordenador do INSS entra com habeas corpus ao STF para evitar prisão

Foto: Gustavo Moreno

A defesa de Jucimar Fonseca da Silva, ex-coordenador de pagamentos e benefícios do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), protocolou um habeas corpus no STF (Supremo Tribunal Federal) para evitar a prisão aprovada pela CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que apura fraudes no instituto.

A CPMI aprovou e encaminhou ao STF o pedido de prisão preventiva de 21 pessoas supostamente envolvidas no esquema de descontos a aposentadorias e pensões. Entre elas, Jucimar Fonseca da Silva.

A lista foi encaminhada ao ministro André Mendonça, que é relator da matéria no STF, a quem cabe decidir sobre o cumprimento do pedido. A lista também tem Antonio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, e o ex-presidente do instituto Alessandro Stefanutto.

Jucimar Fonseca da Silva foi afastado do cargo em abril deste ano, quando a operação da PF (Polícia Federal) sobre fraudes e irregularidades no instituto foi deflagrada.

O habeas corpus foi distribuído ao ministro Luiz Fux. O advogado Cícero Matos pediu que o ministro conceda, de forma preventiva, um salvo conduto para que o ex-coordenador não seja preso. Com isso, mesmo se o ministro André Mendonça determinar prisão, ele não poderia ser preso.

Para a PF e a CGU (Controladoria-Geral da União), ele participou do processo que levou à autorização do desbloqueio em lote para inclusão de descontos associativos a pedido da Contag.

Silva assinou a nota técnica sobre o assunto, que foi encaminhada para a Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS. Ele informou que o presidente do INSS deferiu uma regra transitória para a inclusão de descontos a partir de junho de 2024, usando assinatura eletrônica avançada e biometria facial.

CNN

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Judiciário

Quando o julgamento de Bolsonaro será retomado? Veja datas e horários


Foto: Reprodução

A Pimeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) retoma, na próxima terça-feira (9), o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete réus do núcleo 1 da ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Na última quinta-feira (5), o ministro Cristiano Zanin, presidente do colegiado, marcou sessões extras para o julgamento nesta semana.

Os réus não precisam comparecer presencialmente ao julgamento na Suprema Corte.

Veja datas e horários do julgamento nesta semana

  • 9 de setembro, terça-feira, 9h às 12h;
  • 9 de setembro, terça-feira, 14h às 19h;
  • 10 de setembro, quarta-feira, 9h às 12h;
  • 11 de setembro, quinta-feira, 9h às 12h;
  • 11 de setembro, quinta-feira, 14h às 19h;
  • 12 de setembro, sexta-feira, 9h às 12h;
  • 12 de setembro, sexta-feira, 14h às 19h.

Quem são os réus do “núcleo 1”?
Além de Bolsonaro, fazem parte também do grupo tido como “crucial” na suposta trama golpista:

  • Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República);
  • Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro de Bolsonaro e candidato a vice na chapa de 2022.

CNN

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Mundo

Mulher é resgatada de helicóptero após se perder em desafio do YouTube

Foto: Reprodução/Polícia Estadual de Michigan

Uma mulher, de 36 anos, da Califórnia, foi resgatada no sábado (6/9), após se perder na Floresta Estadual de Pigeon River, ao norte de Michigan, enquanto participava de um desafio de sobrevivência para o YouTube. O resgate da participante mobilizou a Polícia Estadual de Michigan e o Gabinete do Xerife do Condado de Otsego.

De acordo com as autoridades, a mulher havia se perdido na noite de sexta-feira (5/9). Ela foi dada como desaparecida às 5h de sábado, o que levou ao início das buscas na região. Equipes com cães farejadores vasculharam a área antes que o helicóptero da polícia, chamado Trooper 6, fosse acionado.

A tripulação do Trooper 6 localizou a mulher por volta das 10h40 (horário local), usando a câmera térmica da aeronave. Policiais e bombeiros entraram na mata e a retiraram em segurança.

As autoridades não detalharam o estado de saúde da participante, mas confirmaram que ela não sofreu ferimentos graves.

Metrópoles

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Mundo

Ataque terrorista em Jerusalém deixa seis mortos e vários feridos

Foto: Ronen/Zvulun/Reuters

Um ataque a tiros em um ponto de ônibus em Jerusalém nesta segunda-feira (8) matou seis pessoas e feriu diversas outras, incluindo uma mulher grávida, declarou o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Saar.

O serviço de ambulâncias de Israel informou anteriormente que cinco pessoas haviam morrido.

Entre os mortos, havia um homem na faixa dos 50 anos e três homens por volta dos 30, informou o MDA (Magen David Adom), serviço de resposta a emergências de Israel.

Uma mulher na faixa dos 50 anos morreu depois que socorristas a levaram às pressas para o hospital em estado crítico, informou o MDA. Além disso, o serviço também relatou que tratou seis pessoas em estado grave, duas em condição moderada e três em estado leve.

Dois agressores chegaram de veículo ao cruzamento de Ramot, em Jerusalém, e abriram fogo contra um ponto de ônibus, afirmou a polícia israelense em um comunicado.

Um agente de segurança e um civil presentes no local revidaram, “neutralizando” os agressores, acrescentou o comunicado. Diversas armas, munições e uma faca usada pelos agressores foram recuperadas no local, informou a polícia israelense.

“Grandes forças policiais, sob o comando do Comandante Distrital, estão protegendo a área. Unidades policiais de desarmamento de bombas estão garantindo a segurança da área, enquanto equipes forenses estão reunindo evidências.”

O ocorrido marca o ataque mais mortal na cidade desde novembro de 2023, quando dois militantes do Hamas abriram fogo contra um ponto de ônibus lotado em Jerusalém Ocidental, matando três israelenses e ferindo outros 16.

O Hamas não assumiu a responsabilidade, mas emitiu um comunicado elogiando o ataque.

O primeiro-ministro israelense Benjamin, que realizou uma “avaliação situacional” com chefes de segurança após o ataque, visitou o local.

“Estamos em guerra contra o terrorismo. A guerra continua na Faixa de Gaza e, infelizmente, também em Jerusalém. Na Judeia e Samaria, frustramos centenas de ataques este ano, mas, infelizmente, não hoje”, disse Netanyahu no local.

“Judeia e Samaria” é o termo bíblico pelo qual os israelenses se referem à Cisjordânia ocupada.

CNN

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Geral

Lula reúne Brics para marcar posição sobre tarifaço, guerras e COP30

Foto: Li Xueren/Xinhua/picture alliance via Deutsche Welle

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa na manhã desta segunda-feira (8) de uma reunião virtual com líderes de países do Brics — bloco de países emergentes do Sul Global. A reunião está marcada para 9h.

O encontro foi organizado pelo governo brasileiro, que está no comando rotativo do bloco: Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Irã e Arábia Saudita.

Integrantes do governo afirmam que a cúpula não foi convocada para discutir somente o tarifaço dos Estados Unidos contra integrantes do Brics e outros países.

A previsão é que o presidente Lula faça uma declaração na abertura da reunião, como anfitrião do encontro virtual, e depois os demais participantes também falam.

O presidente Donald Trump sobretaxou em 50% produtos brasileiros para tentar interferir no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF).

A expectativa no governo é que Lula, durante a reunião, reforce a defesa da soberania brasileira, mas com um tom calibrado para não irritar Trump e dar pretexto a novas sanções dos EUA.

Multilateralismo

A cúpula se propõe a discutir diferentes perspectivas do multilateralismo, o que contempla a imposição de tarifas pelos EUA, guerras na Ucrânia e Gaza e a necessidade de reformas das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial do Comércio (OMC).

O encontro ocorre dois meses após a cúpula do Brics no Rio de Janeiro, período no qual as tensões aumentaram no cenário internacional, inclusive com críticas frequentes de Trump ao bloco.

A reunião não deve terminar com uma declaração oficial, porém a intenção é marcar posição sobre temas da agenda internacional, mas respeitando as nuances políticas de cada integrante do bloco na relação com os EUA e outros países. O governo avalia divulgar uma nota após o encontro com detalhes do que foi tratado na reunião.

COP 30

Lula também pretende reforçar o convite para que os países do Brics se engajem na COP 30, que será realizada em novembro em Belém.

O presidente aproveita fóruns internacionais para fazer esse apelo diante do desejo de destravar na COP a adoção de mecanismos que financiem a proteção de florestas e a transição energética.

O Brasil lançará na COP o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF na sigla em inglês), a fim de reunir recursos que serão repassados aos países em desenvolvimento que conservarem suas florestas.

G1

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Geral

‘Tive a sensação muito clara de que ia morrer’, diz brasileiro que sobreviveu a acidente em Lisboa

Foto: Armando Franca/AP

“Tive a sensação clara, muito clara, de que eu ia morrer porque o bonde estava tão perto, tão perto de mim… Eu me joguei no chão com muita força. Eu pensei imediatamente que ia ser esmagado.”

Foi com essas palavras que o curador de cinema carioca Gustavo Scofano, entrevistado pelo Fantástico deste domingo, 7, descreveu o acidente com o Elevador da Glória, um dos símbolos de Lisboa, na última quarta-feira, 3. O brasileiro foi um dos feridos no descarrilamento, que deixou 16 mortos.

Ao programa, ele contou que não costuma passar pela área de circulação do bondinho porque a região está sempre repleta de turistas, mas naquele dia escolheu esse caminho. Da tragédia, lembra-se do barulho, do movimento e do sangue.

“Houve um estrondo grande. Olho para frente e vejo o bondinho vindo na minha direção, mas na diagonal. O bonde estava tão perto, tão perto de mim. E só o tempo de eu virar e me jogar me parecia impossível. E eu fiz isso, e acho que imediatamente veio uma nuvem de poeira e detritos. E eu levantei e percebi que tinha sangue pelos braços, botei a mão na cara, tinha sangue na cara, no cabelo, na camisa e eu estava coberto, coberto de sangue.”

Scofano afirmou que foi levado ao hospital para ser suturado, mas a principal marca é psicológica. “Acho que neste momento (a cicatriz) é essa sensação de pânico que não cessa e de uma angústia tremenda, enfim, e das imagens que ficam vindo”, disse à repórter Bianca Rothier. “Graças a Deus eu não morri, mas tenho um peso imenso que fica.”

Falha em cabo causou o acidente

O Elevador da Glória é composto por dois vagões amarelos que sobem e descem alternativamente, por um sistema de contrapeso, um desnível de 45 metros em 276 metros de comprimento, “com uma inclinação média de 18%”, segundo os investigadores do Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF).

“As cabines são conectadas entre si por um cabo que equilibra seu peso através de uma grande roda reversível situada no alto da Calçada da Glória em um compartimento técnico subterrâneo”, acrescentam no relatório publicado neste sábado, 6.

“Do estudo feito aos destroços no local, foi constatado de imediato que o cabo que unia as duas cabines cedeu no seu ponto de fixação dentro do trambolho superior da cabina n.º 1 (aquela que iniciou a viagem na parte superior da Calçada da Glória)”, diz o GPIAAF.

Ao todo, cinco portugueses, três britânicos, dois canadenses, dois sul-coreanos, um americano, um francês, um suíço e um ucraniano morreram no acidente. Um alemão chegou a ser incluído entre os mortos, mas foi encontrado em um hospital de Lisboa.

Estadão

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Gleisi convoca ministros do Centrão para reunião e tenta barrar anistia a condenados pelo 8 de Janeiro

Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo

A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, marcou para a manhã de hoje uma reunião com ministros de partidos do Centrão no Palácio do Planalto para tratar de estratégias contra a aprovação de um projeto de lei de anistia a envolvidos nos supostos atos golpistas.

A expectativa é que participem ministros de MDB, PP, União Brasil, PSD e Republicanos. Todos os ministros que têm relação próxima com as bancadas na Câmara e no Senado foram convidados, e o encontro também deve contar com a participação de ministros de partidos da esquerda, como o próprio PT, PSB e PDT e dos líderes do governo no Parlamento.

A Câmara ampliou nos últimos dias a pressão para o projeto, que pode beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e anular uma eventual condenação dele no caso da suposta trama golpista.

As cúpulas nacionais de PP, União Brasil e Republicanos apoiam abertamente um texto que pode ajudar Bolsonaro, e suas bancadas na Câmara contam com o apoio majoritário para fazer a iniciativa andar.

Por sua vez, no PSD, integrantes da cúpula do partido dizem que o cenário é de divisão, em que o apoio e a rejeição à anistia tem níveis similares dentro da bancada na Câmara. No MDB, apesar de integrantes da cúpula nacional sinalizarem contra, há apoios dentro das alas do partido no Sul e Centro-Oeste.

Há uma pressão do PL para que a anistia inclua a reversão da inelegibilidade de Bolsonaro, mas o pedido tem sofrido resistência em parte das siglas do Centrão, que preferem centrar esforços em perdoar a possível condenação na trama golpista.

Dentro desse cenário, o governo quer usar os ministros desses partidos para reduzir o apoio que a proposta possui hoje no Congresso. A ideia é cobrar os auxiliares, alguns deles deputados e senadores licenciados, para atuarem internamente dentro das bancadas para impedir que haja um apoio consolidado que faça com o que o texto seja pautado.

Integrantes do governo falam sob reserva que há mesmo um cenário muito consolidado nos partidos para o apoio à anistia e que isso se deve também a uma insatisfação com o governo. A avaliação é que o Palácio do Planalto precisa solucionar alguns entraves, como, por exemplo, acelerar o ritmo de liberação de emendas, para apaziguar a pressão para aprovar o projeto demandado por bolsonaristas.

A reunião organizada por Gleisi tem como tema a discussão das pautas prioritárias do governo no Congresso para o segundo semestre, como o projeto que isenta quem ganha até R$ 5 mil do Imposto de Renda, a Propostas de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e medidas provisórias que estão perto de perder a validade. Apesar disso, a anistia deve ser o tema principal.

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), tem dado sinais trocados sobre o assunto. Ele se reuniu na semana passada com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), para tratar do tema. Tarcísio tem sido estimulado por partidos do Centrão a ser candidato a presidente em 2026 e usar o mote da anistia como uma maneira de acenar a Bolsonaro e ter seu apoio para a disputa do ano que vem.

Pauta sem acordo

Na última terça-feira, Hugo Motta chegou a falar que o apoio para a anistia cresceu entre os líderes do Congresso e, segundo relatos de deputados, declarou em reunião com líderes, que inevitavelmente o assunto terá que ser discutido pela Câmara. Apesar disso, dois dias depois, ele disse que não há acordo ainda sobre o texto e decidiu esvaziar a pauta da Câmara para esta semana, que terá somente votações de temas que sejam de amplo consenso, inclusive com votação virtual e a dispensa de presença em Brasília.

Quatro dias após ter se reunido com Tarcísio, Motta também participou do desfile de 7 de Setembro promovido pelo governo federal ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o evento foram entoados gritos contrários à anistia.

A tendência é que o projeto da anistia só seja discutido na semana que vem, após o julgamento da trama golpista, do qual Bolsonaro é alvo.

O Globo

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Traficante mais procurado do Brasil vive há mais de uma década em mansões na Bolívia

Foto: Reprodução

Sérgio Luiz de Freitas Filho, conhecido pelos apelidos “Mijão”, “Xixi” ou “2X”, é apontado pelo Ministério Público como o principal nome do Primeiro Comando da Capital (PCC) em liberdade.

Segundo investigações, ele vive há mais de 10 anos em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, onde mantém uma rotina de luxo em condomínios fechados, protegido por muros altos e segurança reforçada.

O Fantástico teve acesso a documentos que mostram que Sérgio já morou em pelo menos seis mansões na cidade boliviana. Em uma delas, o aluguel mensal chegava a quase R$ 30 mil.

“Só propriedades bonitas. Quem não tem dinheiro, não pode”, disse o fotógrafo Ditter Morales. Em outra residência, havia quadra de tênis, de futebol, três piscinas e um lago.

Sérgio usa uma identidade falsa: atende por Sérgio Noronha Filho. Segundo o promotor Lincoln Gakiya, ele foi enviado à Bolívia por Gegê do Mangue, outro líder do PCC, para fiscalizar o envio de pasta base de cocaína ao Brasil. “Ele foi crescendo dentro da organização”, afirmou Gakiya.

A trajetória de Sérgio no crime começou em Campinas, onde nasceu. Aos 14 anos, conseguiu seu primeiro emprego em uma metalúrgica. Depois, tornou-se sócio de uma pequena empresa de usinagem.

Em 2013, a Polícia Federal recebeu um alerta do DEA, o departamento antidrogas dos Estados Unidos, sobre uma quadrilha atuando entre Brasil, Paraguai e Bolívia. Sérgio já estava envolvido.

Naquele ano, ele foi flagrado em imagens exclusivas no aeroporto de Viracopos, em Campinas, embarcando para Corumbá, no Mato Grosso do Sul, com dois comparsas. De lá, o plano era atravessar a fronteira e encontrar o maior fornecedor de cocaína boliviana para o Brasil.

Mesmo foragido, Sérgio circulava livremente. Foi visto em um jogo da Ponte Preta no Pacaembu, em São Paulo, durante a final da Copa Sul-Americana de 2013. Também curtia praias no Guarujá e falava sobre compra de fuzis e lavagem de dinheiro com táxis no aeroporto de Viracopos.

Em Santa Cruz de La Sierra, a vida de Sérgio é marcada por festas, encontros com amigos e familiares, e vídeos em que aparece sorrindo e descontraído.

“Xixi tá rindo à toa. Da hora ver ele assim”, comentou um amigo. “Ele merece. Fica aí, sem fazer nada”, respondeu outro.

A cidade boliviana virou refúgio para outros líderes do PCC. Gegê do Mangue e Paca também viveram ali, mas foram assassinados em 2018, durante uma visita ao Brasil.

Fuminho foi preso em Moçambique e extraditado. André do Rap continua foragido. Tuta foi capturado em maio deste ano, em Santa Cruz, ao tentar renovar um documento falso. Estava acompanhado por um policial militar, um advogado e seguranças.

O sistema emitiu um alerta, e ele foi preso. O caso revelou uma rede de corrupção que protegia criminosos.

O major Gabriel Solis, policial boliviano que trabalhava como segurança de Tuta, também foi preso.

“Eles utilizam a Bolívia como um hub, como um local em que não são incomodados pelas autoridades locais”, disse o promotor Gakiya. “Alguns têm restaurantes, boates e residem em condomínios extremamente luxuosos.”

O jornalista investigativo Guider Arancibia, que vive sob ameaça de morte em Santa Cruz, denuncia a presença de empresários camuflados que, segundo ele, são “lobos ferozes do narcotráfico internacional”.

“Aqui, com dinheiro, você fica impune. Compra juiz, promotor, compra tudo”, afirmou o fotógrafo Ditter Morales. “A polícia aqui é corrupta”, disse o engenheiro Erlen Hurtado.

Na disputa presidencial boliviana deste ano, um dos candidatos de direita, Jorge Quiroga, prometeu combater o PCC.

“Aqui os chefões do PCC estão passeando como Pedro em sua casa”, disse. Em espanhol, é como dizer que fazem da Bolívia “a casa da mãe Joana”.

A Polícia Federal do Brasil afirma, em nota, que realiza constante monitoramento de foragidos e que tem tido cooperação com a Bolívia, como no caso da prisão de Tuta.

G1 – Fantástico

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Geral

CPMI do INSS ouve ex-ministro Carlos Lupi nesta segunda-feira

Foto: TON MOLINA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) ouve, nesta segunda-feira (8), o ex-ministro da Previdência Carlos Lupi. Trata-se do primeiro ex-chefe do Ministério da Previdência a ser ouvido pelo colegiado.

Lupi estava à frente da pasta quando o escândalo de descontos a aposentadorias e pensões veio à tona. Diante da repercussão do caso e pressões para que entregasse o cargo, o então ministro da Previdência Social pediu demissão em maio deste ano.

Outros ex-ministros da Previdência e ex-presidente do INSS também devem ser ouvidos pelo colegiado, que já aprovou diversos requerimentos. A oitiva de Lupi, entretanto, dará o pontapé em nova fase nos trabalhos da CPMI, com a oitiva de um primeiro nome político.

Instalado em 20 de agosto, o colegiado se concentrou em ouvir técnicos e envolvidos nas investigações. Já foram ouvidos representantes da PF (Polícia Federal), CGU (Controladoria-Geral da União) e DPU (Defensoria Pública da União), além do advogado Eli Cohen.

À CNN, Lupi afirmou que está com a “consciência e alma tranquilas” para participar da comissão. A reunião com a presença de Lupi, na segunda-feira, é esperada em especial pela oposição, que busca atrelar as fraudes no INSS ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A comissão também tem previstas as oitivas dos empresários Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, em 15 de setembro, e de Maurício Camisotti, em 18 de setembro. Ambos são alvo de investigação da PF.

A CPMI foi criada para investigar o esquema bilionário de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. No total, as entidades responsáveis pelos descontos teriam cobrado valor estimado em R$ 6,3 bilhões, entre os anos de 2019 e 2024. O caso foi revelado em abril após operação da PF e da CGU.

CNN

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Geral

Indicado pelo União, ministro das Comunicações quer ficar no cargo

Foto: Reprodução / YouTube

Indicado pelo União Brasil para o Ministério das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho não pretende deixar o cargo após o anúncio da saída do partido do governo Lula. Siqueira assumiu o posto em abril, com a saída de Juscelino Filho, a partir de uma indicação técnica do União.

Na terça-feira (2), o PP e o União Brasil oficializaram sua saída do governo e exigiram o pedido de exoneração de todos os filiados que ocupam cargos no Executivo. Pelo União, a medida atinge Celso Sabino (Turismo) e Waldez Góes (Integração). Como não é filiado ao partido, Siqueira decidiu permanecer no comando das Comunicações.

O clima no ministério é de tranquilidade. Na quarta-feira (3/9), um dia após o anúncio da federação PP-União, Siqueira almoçou com Lula, Sabino, Góes e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

No encontro com o presidente, sem intenção de deixar o cargo, o ministro se comprometeu a acelerar a entrega de projetos incluídos no Novo PAC, como a expansão do 5G e os programas Escolas Conectadas e Infovias.

Antes de assumir o Ministério das Comunicações, Frederico Siqueira atuou por 20 anos no setor privado e ocupava o cargo de presidente da Telebrás desde 2023.

Metrópoles – Paulo Cappelli

Opinião dos leitores

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