Polícia

‘Quero ser bandido mesmo’, disse ao juiz um dos jovens que atacaram 4 meninas no Piauí

Por Veja

A porta de um dos cômodos na casa do comerciante Jorge Moura, de 52 anos, na pequena Castelo do Piauí, a 180 quilômetros de Teresina, não é aberta há duas semanas. Moura e a mulher não conseguem entrar no local desde que a filha Danielly Rodrigues Feitosa, de 17 anos, desapareceu na tarde de 27 de maio depois de subir com três amigas o Morro do Garrote para tirar fotos que seriam publicadas em redes sociais. No caminho, as estudantes foram rendidas por quatro adolescentes que, naquela tarde, usavam drogas na companhia de um traficante de 39 anos, fugitivo de São Paulo. O desfecho desse encontro foram duas horas de terror. As meninas foram despidas à faca, amordaçadas com as próprias roupas íntimas, amarradas a um cajueiro, torturadas e obrigadas a manter relações sexuais com os cinco menores. Depois disso, foram atiradas de um penhasco. A queda no terreno de pedregulhos pontiagudos provocou ferimentos severos. Elas ainda ficaram cravejadas de espinhos pelo corpo. Como sobreviveram, dois menores desceram o morro e tentaram liquidá-las a pedradas. Danielly morreu no último domingo e uma das vítimas permanece internada em estado grave. A atrocidade foi cometida no momento em que o Congresso Nacional parece ter decidido fazer avançar mudanças na maioridade penal no Brasil. Quem conheceu as quatro meninas da minúscula cidade do Piauí, estado recordista em indicadores negativos no país, só quer resposta para uma pergunta: menores que cometem crimes brutais como esse vão ficar impunes?

“Nunca vou me conformar com uma brutalidade dessas. Que Deus os mande bem para longe, para onde merecerem”, disse o pai de Danielly ao site de VEJA.

As buscas pelas garotas começaram na noite de 27 de maio. Policiais civis encontraram as duas motos Honda Bros de 150cc, pilotadas por elas, no pé do morro. As motos foram reconhecidas por vizinhos e familiares, o que fez com que os policias retornassem às pressas para o local, acompanhados por dezenas de populares. As meninas foram avistadas empilhadas nas rochas de cor acobreada. Só uma não estava desacordada, mas agonizava e se apavorou ao escutar as vozes. A Polícia Civil não teve dúvida: os primeiros suspeitos eram os garotos que há tempos aterrorizavam a cidade – nos últimos dois meses, I.V.I, de 15 anos, teve oito acusações registradas por furto de residência e roubo de motos.

A barbárie chegou rápido aos ouvidos da população de Castelo do Piauí. Uma barricada de pneus em chamas à porta da delegacia e centenas de pessoas clamando por Justiça tomaram as ruas. Os menores foram levados para quatro pontos diferentes da cidade para evitar um linchamento. Foram depois transferidos para a delegacia de Campo Maior, onde foram ouvidos, confessaram o crime e apontaram o traficante Adão José Silva Souza como mentor. Ele fornecia crack e maconha para os meninos.

No caminho do crime – A história de vida dos menores infratores não surpreende: são notórios garotos-problema na cidade. Criados em famílias pobres e desestruturadas, eram usuários de crack e maconha e semanalmente costumavam ser detidos por furtos e roubos.

Nos últimos anos, a culpa por quase todos os pequenos furtos que ocorrem no município recaem sobre os garotos, agora jurados de morte pela população. Na quinta-feira, a primeira audiência deles na Justiça precisou ser transferida para Teresina por falta de segurança. A faixa negra no portal de entrada de Castelo do Piauí reflete o clima de tensão e vingança.

De 2014 para cá, foram doze boletins de ocorrência contra o menor I.V.I. – nem todos com autoria comprovada – e mais seis atos infracionais confirmados, num total de dezoito casos de polícia. Dezenas de vítimas relatam crimes com o mesmo modus operandi do menino (invasões pela janela ou pelo telhado), mas temem acusá-lo. Após se notabilizar por furtos em residência, ela agora andava roubando motos. “São muitos atos infracionais praticados por eles, principalmente o I.V.I., que é detido com frequência. Desde os dez anos de idade essa criança está fazendo coisa errada e os atos infracionais atribuídos talvez cheguem a quase cem”, diz o coordenador de Polícia Civil de Castelo do Piauí, Edílson Lima.

O site de VEJA consultou dados da delegacia de Castelo do Piauí, que não possui delegado fixo, está em condições precárias de funcionamento e só tem registros recentes em seu arquivo. Sobre os adolescentes envolvidos no estupro coletivo, além das acusações atribuídas a I.V.I., há dez registros diferentes desde 2013 de atos infracionais confirmados por furto, roubo, ameaça, resistência e associação criminosa. Em algumas ações, eles usaram peixeiras para ameaçar as vítimas. Há ainda registros de três pedidos de internação referentes a membros do grupo: um para G.V.S e dois para I.V.I. O último deles, motivado pelo furto de um notebook, foi assinado pelo delegado Laércio Evangelista vinte dias antes do estupro.

G.V.S.: “Quero ser bandido” – G.V.S é o menor que aparece em vídeo obtido pelo site de VEJA. Nele, acusa o traficante Adão José Silva Souza de ter forçado as quatro vítimas a manter relações sexuais com ele e com todos os meninos com uma arma à mão – a versão também consta dos depoimentos dos demais menores, embora a polícia não tenha encontrado o revólver 38 na cena do crime, nem um revólver 32, que também aparece em um dos depoimentos. O vídeo foi gravado por policiais civis após a captura dos menores na manhã seguinte ao crime – os celulares das vítimas ainda estavam jogados no local.

G.V.S foi reconhecido por fotos durante o depoimento de duas das adolescentes que conseguiram falar à polícia: J.L.S., de 15 anos, que recebeu alta nesta semana, e I.C.M.F., de 16 anos, que sofreu traumatismo craniano. Segundo elas, foi ele quem as abordou primeiro com uma faca, e não Adão. A terceira sobrevivente, R.N.S.R, de 17 anos, ainda não teve alta no Hospital de Urgências de Teresina (HUT).

“Esse menor de 17 anos é frio e calculista, não consigo acreditar que um ser humano faça tamanha crueldade”. Ela lembra que ele veio primeiro colocou uma faca no pescoço da Danielly. Elas tentaram correr, mas ele ameaçou matá-la. “Minha sobrinha disse ‘tia, nós paramos porque eu não ia suportar carregar essa culpa comigo'”, diz a professora e historiadora Márcia Mineiro, que acompanhou a sobrinha I.C.M.F. na ambulância durante o transporte para Teresina. Durante a transferência, a jovem não largou a mão da tia. “Ela cravou a unha na minha mão e apertava quando alguém encostava nela. Ela sabe o que aconteceu, não lembra muito, mas quando eu perguntei sobre a violência sexual, só chorou.”

A mãe do infrator G.V. S afirma que ele começou a se envolver com o crime logo aos 10 anos de idade. Estudou apenas até a 5ª série e abandonou a escola. O primeiro roubo foi um CD. Depois partiu para celulares e câmeras. No ano passado, já havia sido internado por 45 dias no Centro de Internação Provisória (CEIP) por furtos repetidos. Quando saiu, o menor disse: “Nunca mais vou pisar nesse lugar”.

G. V. S. mora em um pequeno casebre em uma rua de terra batida a menos de um quilômetro do local onde participou do estupro. Vive com o padrasto e a mãe, que está gravida do oitavo filho. G.V.S. têm duas irmãs gêmeas de seis anos, uma de 9 anos, uma de 12 anos e outra de 15 anos, além de um irmão de 19 anos, que sofre de distúrbios mentais. O filho mais velho é a fonte da renda principal da família: recebe um salário mínimo do governo. A mãe recebe 260 reais do programa federal Bolsa Família. Ela não trabalha e o padrasto do adolescente vive de bicos. .

Segundo a mãe, G.V.S tinha comportamento agressivo com as irmãs. Conta que sempre que o garoto entrava em casa, as meninas diziam: “Lá vem o ladrão!”. G.V.S ficava furioso. Para a mãe, a culpa pelo comportamento do filho é das más companhias e e das drogas. Ela diz que sempre implorou para que ele “saísse dessa vida e fosse trabalhar” e que chegou ameaçar abandoná-lo.O promotor Cezário Cavalcante Neto conta que já decidiu perdoar G.V.S. em uma audiência e solicitou que ele fosse matriculado em uma escola em vez de ser internado. O garoto reagiu: “Ele disse na minha frente e na frente do juiz ‘Quero é ser bandido mesmo’. Fiquei em choque”.

I.V.I.: Terror da cidade – Há cerca de dois meses, a família de I.V.I se mudou para um pequeno imóvel comercial de uma tia do adolescente, com medo de que ele sofresse represálias da população. Aos 15 anos, I.V.I já não respeita os pais. É autor em seis atos infracionais registrados na delegacia de Castelo do Piauí. Em dezembro de 2014, quando o delegado Laércio Evangelista pediu sua internação pela segunda vez, I.V.I havia tentado esfaquear um policial militar após ter furtado e levado para casa celulares, um relógio e uma espingarda. O delegado comunicou ao Ministério Público que I.V.I estava “ameaçando e aterrorizando” a população de Castelo do Piauí e que já haviam perseguido o menino pelas ruas tentando matá-lo. Um dia antes do estupro, em 26 de maio, I.V.I e B.F.O foram autuados por roubo.

“Quero que ele fique internado para ver se sai deste mundo em que estava vivendo. Qualquer hora chega a notícia que não quero receber nunca”, diz a desempregada Patrícia Visgueira Izaias, de 38 anos, mãe de I.V.I. “Acho que não convém ele voltar para Castelo”, diz o pai, o aposentado Manoel Izaias, de 63 anos, carpinteiro aposentado por sofrer de distúrbios mentais.

Patrícia visitou o filho no Centro de Internação Provisória no domingo.Ela disse que ele não demonstrava preocupação e que pediu que ele confessasse a ela o envolvimento no estupro coletivo. Ele disse à mãe que permaneceu na casa de um vereador na cidade, tio de uma das vítimas, onde teria trabalhado pela manhã furando um poço. “A desgraça da vida do I.V.I foram as amizades. Antes ele me ajudava com tarefas domésticas e era muito apegado aos irmãos.”

Desobediente e desinteressado, I.V.I já não era aceito nos colégios de Teresina e a família teve de apelar ao Conselho Tutelar para conseguir matriculá-lo. “Até eu me matriculei para ver se ele ia junto, mas nos dias que eu fui ele não ia, até que abandonei também”, conta a mãe.

A Assistência Social da Cidade já recomendou acompanhamento psicológico por seis meses, mas o adolescente só aceitou ir a uma consulta. I.V.I chegou a ficar internado em uma unidade da Fazenda da Paz, nas proximidades de Timon, no Maranhão, uma clínica terapêutica para dependentes de drogas, mas fugiu do lugar com menos de uma semana. “Eu deixei ele na porta e menos de uma semana depois ele apareceu na casa da minha irmã em Teresina”.

O Ministério Público já representou pela internação máxima para os quatro acusados de associação criminosa, estupro, homicídio, corrupção de menores e três tentativas de homicídio. Ainda que sejam considerados culpados pelo estupro coletivo, eles só poderão ficar até três anos internados, segundo a atual legislação, agora em debate no Congresso Nacional.

Opinião dos leitores

  1. E ainda tem gente que é contra a diminuição da idade penal, eu preferia a pena de morte, mas diminuir já é alguma coisa.

  2. Por causa de um bandido mirim todas as outras crianças do Brasil devem ser criminalizadas. É o papel da Veja e do que há de mais atrasado e conservador do país. Dão destaque a isso e os tapados reverberam…… Os crimes hediondos cometidos por crianças perfazem 0,1% de todos os crimes no Brasil, mas os tapados querem q qualquer criança, roubando um tomate ou um celular, fique preso na universidade do crime, que são nossas prisões.
    Olhe que eu sou favorável que jovens entre 16 e 18 anos cometendo crimes HEDIONDOS fiquem presos em prisões diferenciadas, pois se nao for assim com 30 anos o tal bandido mirim sairá da universidade do crime em plena forma e em uma idade fantástica para aplicar o q aprendeu na universidade do crime.

    1. Onde vc viu essa estatística??? Ela não existe em nenhuma fonte confiável. O BR não tem nenhuma e nos países q tem, como a Inglaterra, é 18%. E nós q somos tapados? Pela mor!!! Pesquise antes de falar besteira…

  3. Os defensores dos "de menores" deveriam levar para casa esses "meninos de ouro", de preferência quem se habilitar deve ter filhas e deixarem sozinhas com esses anjos. Quem também é contra a diminuição da maioridade penal, estão aptos a adotar e educar esses pobres coitados, pois quem está errado são as meninas do Piauí, por não serem as filhas desses bando de filhos da puta que defendem bandidos menores de idade. Pimenta no C.. dos outros, é refresco. Se uma dessas meninas fosse milha filha já teriam morrido pai, mãe, cachorro e periquito da família desses monstros mirins, e ainda daria uma surra de lascar em quem defendesse esses marginais.

  4. "Quero ser bandidos de qualquer jeito". Isso foi dito por um menor. Tem gente que aceita a ideologia bandida de qualquer jeito tambem e nao ver problema na roubalheira! Ate aplaudem presos como guerreiros bolivarianos… Esses exemplos resultam em geracoes perdidas.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Religião

Papa Leão XIV pede que fiéis façam dia de jejum e orem por paz na Ucrânia

Foto: Reprodução 

O papa Leão XIV pediu aos católicos e outros fiéis religiosos que observem um dia de jejum e orações pela paz na Ucrânia e em outros países devastados pela guerra na próxima sexta-feira, 22 de agosto.

O pontífice discursou na audiência semanal no Vaticano nesta quarta-feira (20), para um público lotado.

Leão XIV sugeriu que os fiéis poderiam pedir a Deus que “nos conceda paz e justiça e enxugue as lágrimas daqueles que sofrem por causa dos conflitos armados em curso”.

O primeiro papa dos Estados Unidos, Leão XIV, foi eleito pelos cardeais católicos do mundo em 8 de maio para substituir o falecido papa Francisco.

Ele fez diversos apelos para o fim da guerra na Ucrânia durante os primeiros meses de seu papado, e seu primeiro telefonema conhecido com um líder estrangeiro em maio foi para o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, com quem o pontífice também se encontrou pessoalmente em julho.

Os católicos têm o hábito de jejuar em ou antes de feriados espirituais importantes como forma de se aproximar de Deus em oração.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

CVM vê indícios de crime em aporte de R$ 361 milhões do Banco Master numa clínica em nome de laranja

Foto: Washington Alves/Estadão

Uma investigação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) apontou pela primeira vez a suspeita de crimes financeiros na gestão do Banco Master, por meio de investimentos milionários fraudulentos que inflaram o patrimônio da instituição e permitiram o aporte de recursos até mesmo em empresas vinculadas à irmã do dono do banco, Daniel Vorcaro.

De acordo com a CVM, o Master investiu um total de R$ 2,1 bilhões em empresas sem capacidade econômica suficiente para dar retorno a esses investimentos. Essa situação, aponta o relatório, “pode comprometer severamente a solidez patrimonial da instituição financeira”. O Estadão teve acesso, com exclusividade, aos detalhes da apuração sigilosa da CVM.

Procurado, o Master afirmou que esses investimentos “já foram integralmente quitados, não havendo qualquer exposição” (leia mais abaixo).

Segundo a investigação, essas operações podem ter inflado artificialmente o patrimônio do banco para torná-lo mais atrativo em uma negociação no mercado.

Atualmente, o Banco Central analisa uma proposta feita pelo BRB, banco estatal de Brasília, para a compra de 58% do Master, operação que vem sendo questionada pelo Ministério Público do Distrito Federal. Como mostrou o Estadão, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não vê com bons olhos o negócio e dentro do BC há uma divisão sobre o caso.

A principal suspeita apontada pela CVM envolve um investimento de R$ 361 milhões em uma pequena clínica médica localizada em Contagem (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte.

A empresa registrou receita operacional de apenas R$ 54 mil ao ano antes de receber os aportes milionários e pertence a uma laranja, de acordo com a inspeção da CVM. Ou seja, para o órgão regulador, a clínica médica está registrada em nome de uma proprietária, que não é a verdadeira dona do negócio e nem a responsável por esses investimentos milionários.

Recepcionista é dona de clínica

A apuração teve início para fiscalizar a atuação da Laqus Depositária de Valores Mobiliários, por meio da qual foram comercializados os títulos de dívidas de empresas no mercado de capitais com o objetivo de captação de recursos.

Os inspetores analisaram a emissão de notas comerciais no valor total de R$ 361 milhões em nome da Clínica Mais Médicos S.A., sediada em Contagem (MG). Os dados financeiros da empresa, entretanto, chamaram a atenção do trabalho de auditoria. A receita operacional bruta da clínica em todo 2023 foi de apenas R$ 54 mil.

Estadão

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Extremoz recebe a lenda do Jiu-Jitsu, Renzo Gracie, em aulão gratuito neste sábado (23)

Foto: Divulgação

O município de Extremoz RN será palco de um momento histórico neste sábado (23). A lenda do Jiu-Jitsu mundial, Renzo Gracie, que vem direto de Abu Dhabi ministrar um superaulão gratuito no Ginásio Estrela do Mar, das 10h às 12h.

Para participar do evento, basta comparecer com seu kimono, das 10h às 12h, no Ginásio Estrela do Mar, Extremoz. A atividade será totalmente gratuita, aberta a praticantes e admiradores da arte suave.

“O espaço estará equipado com tatames e também será possível acompanhar apenas como espectador. Aproveitamos para convidar todos os praticantes e fãs de esportes e artes marciais”, reforça o secretário municipal de esportes, Pablo Sales.

A vinda do ícone do Jiu-Jitsu mundial ao município de Extremoz contou com empenho do vereador Allan Delon, amigo do lutador.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Avião misterioso dos EUA pousou com autorização da Defesa, diz aeroporto

Foto: Reprodução

Um avião do governo dos Estados Unidos, sem identificação, pousou na noite desta terça-feira (19) no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Segundo a GRU Airport, a operação ocorreu com autorização do Ministério da Defesa e sem intercorrências.

A aeronave, um Boeing 757 usado em missões especiais, decolou do Aeroporto Fernando Luis Ribas Dominicci, em Porto Rico, e seguiu sem rota detalhada até Porto Alegre.

O pouso no Aeroporto Salgado Filho foi registrado por volta das 17h12, segundo o site especializado Aeroin.

Ainda de acordo com o FlightRadar, o avião decolou novamente por volta das 20h e seguiu para São Paulo, onde desembarcou em Guarulhos.

Até o momento, não há confirmação oficial sobre o motivo da missão.

CNN

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Justiça cassa mandatos da prefeita e do vice de Maxaranguape por abuso de poder

Foto: Reprodução

A Justiça Eleitoral decidiu cassar os diplomas da prefeita de Maxaranguape, Maria Erenir Freitas de Lima, conhecida como professora Nira, e do vice-prefeito Evânio Pedro do Nascimento. A decisão aponta prática de abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2024, com base no artigo 22 da Lei Complementar nº 64/90.

Além da cassação dos mandatos majoritários, também foi determinada a perda do diploma do primeiro suplente a vereador Ronialdo Câmara da Silva. A Justiça ainda declarou a inelegibilidade, por oito anos, de Maria Erenir Freitas de Lima, Ronialdo Câmara da Silva e Edmilson de Oliveira Lima.

No caso do vice-prefeito, Evânio Pedro do Nascimento, a sentença não aplicou inelegibilidade, considerando que não houve comprovação de participação direta nos atos configurados como abuso de poder.

A decisão foi proferida em primeira instância e cabe recurso. Até que haja o trânsito em julgado do processo, a prefeita e o vice devem permanecer nos cargos.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: A volta de Severino Cavalcanti?


Hugo Motta atropela deputados e, de forma monocrática, aprova a urgência de um projeto que concede superpoderes ao Lula para SUSPENDER redes sociais.

Censura avança no Brasil.

Com informações de BZNotícias

Opinião dos leitores

  1. O aniversário de Dirceu rendeu boas conversas… Ele estava lá muito sorridente, sempre que um corrupto sorri daquele jeito, o povo chora.

  2. Hugo mota tem que ser cansado tambem outro presidente corruptos sao três presidente o Brasil ta ferrado

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

EUA cancelam evento militar com Brasil e acendem alerta na Defesa

Foto: Pedro Ladeira/FolhaPress

Os Estados Unidos cancelaram um evento que estava sendo organizado junto com a FAB (Força Aérea Brasileira) e sinalizaram que também devem ficar de fora do principal exercício da Marinha, a Operação Formosa.

Os sinais de distanciamento de Washington preocupam o Ministério da Defesa, que tenta blindar o estratégico setor de cooperação militar da crise político-econômica que se instalou entre Brasil e EUA na presidência de Donald Trump.

O Southcom (Comando Sul dos EUA) planejava realizar junto com a FAB a edição de 2025 da Conferência Espacial das Américas. A conferência, que também reuniria outros países do continente, estava planejada para ocorrer de 29 a 31 de julho, em Brasília.

“O evento foi cancelado por decisão dos Estados Unidos no dia 23 de julho”, disse a FAB em nota.

Procurado, o Comando Sul dos EUA não respondeu até a publicação desta reportagem.

Seria a quarta edição do encontro. No ano passado, o evento aconteceu em Miami, nos Estados Unidos, e contou com a presença de dez países convidados: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Peru e Uruguai.

De acordo com o site do Southcom, o principal objetivo da conferência anual é impulsionar a cooperação no setor espacial —não só na sua dimensão militar, mas também nas áreas econômica, de telecomunicações, pesquisa e navegação.

A Folha conversou com diferentes pessoas a par da organização da reunião. Embora os EUA não tenham explicado a razão do cancelamento, a decisão tem sido interpretada como mais um reflexo da crise entre os governos Lula (PT) e Trump.

O presidente dos EUA acusou o governo Lula e o STF (Supremo Tribunal Federal) de promoverem uma “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no processo da suposta trama golpista. Seu governo ainda impôs sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além de ter cassado vistos do magistrado e de outros integrantes da corte e também de funcionários que trabalharam no programa Mais Médicos.

No front econômico, Trump aplicou uma sobretaxa de 50% sobre uma gama de produtos brasileiros. Os canais de diálogo com as principais autoridades de Washington estão bloqueados, segundo disseram Lula e seus ministros.

Os desdobramentos da crise entre os países devem afetar ainda a Operação Formosa —principal exercício da Marinha do Brasil.

A Marinha mobiliza cerca de 2.000 militares para o exercício deste ano, com mais de 100 viaturas e oito helicópteros transportados a Formosa (GO).

Desde 2023, os fuzileiros navais americanos enviam uma parcela de tropa para o exercício militar. No ano passado, a comitiva foi de 56 militares dos EUA. Foi a primeira vez que fardados da China e dos EUA participaram juntos da operação.

Três pessoas a par dos preparativos da operação disseram à Folha que os fuzileiros navais americanos não responderam ao convite da Marinha do Brasil para participar da Operação Formosa. Já o Corpo de Fuzileiros Navais da China avisou que não participará do exercício militar.

Os americanos têm comparecido à operação no cerrado brasileiro faz cerca de dez anos. Eles participavam no nível de observadores e aumentaram a cooperação há dois anos. Consultada, a Marinha do Brasil não respondeu.

Há resistência dentro do próprio governo Lula à participação de tropas americanas em Formosa. Um ala de assessores do presidente fez chegar à Defesa a avaliação de que era inoportuno realizar exercícios com militares de uma nação que está aplicando sanções contra o Brasil.

A avaliação feita na Marinha é que os recados de afastamento dos EUA também têm relação com o estreitamento dos laços militares entre o Brasil e a China.

Os chineses passaram a enviar tropas para os exercícios militares conjuntos no Brasil no último ano. Do lado brasileiro, o governo decidiu aumentar sua representação militar em Pequim, com o envio pela primeira vez de um oficial-general para a adidância na embaixada.

Os sinais enviados pelos americanos com o cancelamento de eventos e a possível retirada de tropas em exercícios militares não representam, porém, um rompimento na cooperação militar entre os dois países, disseram sob reserva três oficiais-generais.

Como exemplo, eles citam que as Forças Armadas dos EUA enviaram cargueiros para Campo Grande (MS) no fim de julho para o Exercício Conjunto Tápio, cujo foco são simulações de guerra irregular, eletrônica e missões de paz.

Folha de S.Paulo

Opinião dos leitores

  1. O Brasil está numa rota de colisão perigosa se distanciando da democracia em detrimento a regimes socialistas.

  2. Só não vê quem não quer, o governo brasileiro tá estreitando relacionamento com a China e demais países comunistas e, gradativamente se afastando do regimes democrático, existindo um afastamento muito forte dos Estado Unidos da América, Donald Trump simplesmente tá se mantendo precavido e limitando o acesso do Brasil aos seus conhecimentos e técnicas.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Moraes toma série de medidas para garantir que julgamento de Bolsonaro não seja interrompido

Foto: Evaristo Sa/AFP

Relator da investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes tomou uma série de medidas para garantir que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não seja interrompido.

Nos bastidores da Corte, os movimentos têm sido apelidados de “seguro anti-vista” – referência à prerrogativa que os ministros têm de pedir mais tempo para analisar o processo, o que suspenderia o julgamento por até 90 dias.

Fontes do tribunal afirmam que Moraes articulou com o presidente da Primeira Turma, Cristiano Zanin, para que o julgamento não fosse marcado logo depois da entrega das alegações finais de todas as partes.

Embora a ação penal já estivesse pronta para ser levada ao colegiado, a ideia de Moraes foi dar cerca de dez dias para que os demais colegas da Turma pudessem examinar os pormenores do caso.

Dessa forma, quando chegar a data de julgamento, previsto para começar em 2 de setembro, todos estarão, em tese, aptos a votar. Um auxiliar de Moraes disse que estudar o caso foi uma espécie de “lição de casa” dada pelo relator aos demais integrantes da Primeira Turma.

Nessa mesma linha, outra iniciativa do ministro foi enviar aos colegas um link da “nuvem” em que constam todas as provas coletadas ao longo da investigação. O material também organiza os vídeos dos depoimentos das testemunhas e dos interrogatórios dos réus.

Ministros que acompanham o caso de perto dizem que são remotas as chances de algum magistrado pedir vista. Chegou a se cogitar que o ministro Luiz Fux pudesse fazê-lo, mas ele já sinalizou a interlocutores que descarta essa possibilidade.

Ainda assim, para assegurar que a conclusão do julgamento do “núcleo 1” não seja arrastada para 2026, Zanin voltou atrás na ideia inicial de reservar as cinco terças-feiras de setembro para o julgamento.

Foi mantida a previsão de cinco sessões, mas agora concentradas entre os dias 2 e 12. Dessa forma, se houver um pedido de vista “surpresa”, o prazo de 90 dias venceria antes do início do recesso – ou seja, a tempo de retomar o julgamento ainda em 2025.

Além de Moraes, Zanin e Fux, integram a Primeira Turma o ministro Flávio Dino e a ministra Cármen Lúcia. É esperado que as duas primeiras sessões sejam dedicadas apenas às sustentações orais das partes, com a votação começando apenas a partir do dia 9.

CNN – Luísa Martins

Opinião dos leitores

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

CPI do INSS mira consignado e irmão de Lula quatro meses após escândalo estourar

Foto: Evaristo Sa/AFP

A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS, cobrada há meses pela oposição, será instalada nesta quarta-feira (20) depois de o escândalo de descontos ilegais em aposentadorias ter perdido espaço no debate público.

A comissão deverá ampliar a investigação para empréstimos consignados e poderá avançar sobre José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do presidente da República e vice-presidente do Sindinapi (Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos), uma das entidades sob suspeita.

Congressistas avaliam que os reembolsos pagos pelo governo Lula a pessoas prejudicadas pelo esquema ilegal ajudaram a baixar a temperatura da opinião pública. Na prática, o colegiado trabalhará menos pressionado do que estaria se suas atividades tivessem começado meses atrás.

Apesar de o assunto ter perdido força, integrantes do governo Lula avaliam que a CPMI pode ser usada pela oposição para recuperar espaço nas redes sociais e tirar o foco do tarifaço imposto ao Brasil pelos Estados Unidos.

Segundo auxiliares do presidente, a orientação é tentar controlar a narrativa, batendo na tecla de que os descontos irregulares avançaram no governo Bolsonaro e só foram enfrentados no governo Lula.

Parlamentares de oposição admitem de forma reservada que uma das estratégias será tentar centrar fogo no irmão mais velho de Lula para buscar aproximar o escândalo do Palácio do Planalto.

Aliados de Bolsonaro também devem insistir no discurso de que o ex-presidente já fez duras críticas a sindicatos e associações —enquanto Lula foi líder sindical. Uma das falas citadas como exemplo é a do senador Cleitinho (Republicanos-MG) em maio, quando o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, foi ao Senado para dar explicações sobre o caso.

“Vocês acham mesmo que o Bolsonaro sabia disso tudo, sabia desse esquema para beneficiar sindicato e associação que ele sempre foi contra, inclusive sindicato que poderia ser beneficiado do irmão do Lula?”, questionou Cleitinho na ocasião.

O escândalo do INSS foi um dos maiores baques sofridos pelo governo Lula no atual mandato. O caso derrubou o agora ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, além do antigo presidente do INSS, Alessandro Stefanutto.

Integrantes da cúpula da CPI querem começar a apuração com conversas com técnicos da CGU (Controladoria-Geral da União) e da Polícia Federal —com a possibilidade de tomar até mesmo depoimentos formais de investigadores. O raciocínio é que assim seria possível coletar informações necessárias sem causar um escândalo político já nas primeiras sessões.

Também deve haver conversas com o STF (Supremo Tribunal Federal), uma vez que em junho o ministro Dias Toffoli determinou que os inquéritos sobre o assunto fossem encaminhados para o gabinete dele.

O senador Omar Aziz (PSD-AM), que presidiu a CPI da Covid, de 2021, será eleito presidente do novo colegiado. Ele foi indicado pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Por sugestão de Aziz, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher de Bolsonaro, deve ser a vice.

Parlamentares da oposição reconhecem que Aziz integra a base de Lula no Senado, mas avaliam que ele deve adotar postura mais pragmática na condução da CPI por receio de desgaste político no ano que vem, quando pretende disputar o governo do Amazonas.

O relator será o deputado Ricardo Ayres (Republicanos-TO), escolhido pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB). Ele deverá apresentar um plano de trabalho até a próxima terça-feira (26).

O cargo de relator é estratégico porque quem o ocupa redige o relatório final, texto em que eventuais indiciamentos, mudanças em leis e outras providências são recomendados. Em seu primeiro mandato na Câmara, Ayres é considerado um deputado discreto, com boa relação com o governo Lula e com parte da oposição.

Folha de S.Paulo

Opinião dos leitores

  1. Será que o Capeta Chico, irmão de LULADRAO, dessa vez vai prá cadeia? Com o respaldo do stf, a criminalidade, acho difícil. Kkkkk
    Posso mais nem tá dizendo isso, que a CENSURA voltou novamente, e agora pelas mãos dos que foram presos por terem cometido inúmeros crimes. Durma-se com uma dessa.

  2. É um vergonha que uma fraude dessas, ninguém tenha sido preso e que as denúncias tenham sido Arguivadas pela PGR .Todavia que pinta uma estatatua, e condenada a 17 anos de prisão, com direito somente ai “Jus esperniandi”. Triste realidade

  3. Frei Chico (irmão do chefe da quadrilha), tá blindado e protegido pelos “gangster” do Congresso.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Tarifaço: Resposta dos EUA ao Brasil na OMC abre fase de consultas entre os países

Foto: Ricardo Stuckert / PR | EFE/EPA/SAMUEL CORUM / POOL

Ao aceitar o pedido de consultas feito pelo Brasil na Organização Mundial do Comércio (OMC), os Estados Unidos abriram uma fase de consultas entre os dois países para debater o tarifaço imposto por Donald Trump a exportações brasileiras.

Apesar da aceitação, o governo americano considerou que algumas das ações citadas pela contraparte brasileira são “questões de segurança nacional, não suscetíveis de revisão ou de resolução por meio de solução de controvérsias na OMC”.

Como vem sendo mostrado pelo Estadão/Broadcast, a entrada do Brasil na OMC tem caráter simbólico, uma vez que o órgão de apelação da organização está inativo pela falta de indicação do membro americano.

Pessoas do Itamaraty a par do tema não viram no movimento do governo norte-americano nada fora do rotineiro. O sistema de solução de controvérsias da OMC estipula que a parte demandada (no caso, os EUA) tem o prazo de 10 dias para responder à parte demandante (o Brasil), e as consultas devem ser realizadas em 30 dias.

Ainda que a resposta americana tenha sido praxe, aponta para a abertura de um canal de diálogo entre os dois países, que está fechado. Na semana passada, por exemplo, o secretário de Tesouro dos EUA, Scott Bessent, cancelou reunião que teria com o ministro da Fazenda brasileiro, Fernando Haddad.

Por meio da OMC, a administração Trump se disse pronta para conversar com autoridades da missão brasileira sobre uma data mutuamente conveniente para as consultas.

Se essas reuniões não solucionarem a disputa em 60 dias do recebimento do pedido, o Brasil pode pedir o estabelecimento de painel destinado a examinar a queixa brasileira.

Ao final de seus trabalhos, o painel emite um relatório sobre a compatibilidade das medidas questionadas em relação aos acordos da OMC. Essa fase de painel tem durado cerca de 12 meses, a não ser em casos de maior complexidade, como, por exemplo, o caso do algodão.

Eventuais apelações dos relatórios dos painéis deverão ser apresentadas ao órgão de apelação, instância permanente que tem a função de revisar aspectos jurídicos dos relatórios emitidos pelos painéis. Esse é o órgão que está inoperante, por falta de indicação do governo americano.

De acordo com o procedimento padrão, se o relatório do painel ou do órgão de apelação concluir pela incompatibilidade das medidas de um membro com as regras da OMC, a parte demandada deve modificar aquela medida, a fim de recompor o equilíbrio entre direitos e obrigações no âmbito do sistema multilateral de comércio. O membro vencido deverá informar a maneira e o prazo como irá implementar as recomendações.

O que diz cada governo

Em julho, os EUA impuseram a chamada “tarifa recíproca” de 10% aos produtos brasileiros, além de uma sobretaxa adicional de 40% pelo que consideram injustiças no julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva alegou que os americanos violaram várias disposições do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio (GATT) de 1994 e do Entendimento sobre Solução de Controvérsias (DSU). O argumento é de que eventuais reparações deveriam ser buscadas por meio das regras dos tratados, não por tarifas.

Na resposta, os EUA sustentaram que a solicitação do Brasil inclui certas ações tarifárias que estão “em conformidade” com a Lei de Emergências Nacionais e a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, relacionadas a questões de segurança nacional americana.

“O Presidente (Donald Trump) determinou que essas ações eram necessárias para lidar com a emergência nacional decorrente de condições refletidas em grandes e persistentes déficits anuais no comércio de bens dos EUA com parceiros comerciais, ameaçando a segurança nacional e a economia dos Estados Unidos”, disse o documento americano.

A administração Trump também argumentou que políticas, práticas e ações recentes do governo do Brasil “minam o Estado de Direito e ameaçam a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos”.

Estadão

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *