Quatro meses do auge das manifestações públicas de protesto, o Congresso Nacional colocou no forno mudanças na legislação eleitoral. A minirreforma, que já foi aprovada pelo Senado, alterada pela Câmara dos Deputados e que vai voltar ao plenário do Senado, é mais uma prova de que a grande maioria dos deputados federais e senadores não estão nem aí para mudanças significativas no sistema político do País.
Em vez da reforma política de verdade, com mudanças de verdade na prática política, os congressistas trataram de discutir uma minirreforma eleitoral que, de tão pequena, deveria se chamar nanorreforma.
A reforma proíbe pintura de propaganda eleitoral em imóveis particulares, o uso de bonecos nas ruas e limita a dois o número de fiscais por partido nas seções de votação.
Entre as mudanças propostas está à fixação de limite de gastos com alimentação e aluguel de carros para campanhas, além de alterações nas normas de propaganda na tevê e na internet.
Ah, os congressistas também querem simplificar a prestação de contas dos partidos políticos que recebem uma milionária ajuda dos cofres públicos. Na prática, querem afrouxar a fiscalização da Justiça Eleitoral.
Resumo da ópera: desde que o barulho das ruas diminuiu e restaram apenas os mascarados e vândalos, os políticos trataram de esquecer a reforma política e estão cuidando do próprio bolso e das futuras campanhas.
Como disse o presidente da Câmara dos Deputados, não se viu nenhum cartaz, nas manifestações políticas, pedindo reforma política.
A pergunta é: e precisava ter? Ou os políticos não leem as pesquisas de opinião que mostram a péssima visão que o povo brasileiro tem da maioria dos seus políticos?
Votar,no brasil,é um ato de extrema burrice.Voto nulo já!!!!