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O Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou neste sábado (28) a necessidade de isolamento social para conter o avanço do novo coronavírus no Brasil. “Se a gente sair andando todo mundo de uma vez vai faltar para o rico, para o pobre”, ele disse.
A declaração foi feita durante entrevista para divulgar os novos dados do coronavírus no Brasil. São 114 mortes e 3.904 casos confirmados no país. 2,8% é a taxa de letalidade e São Paulo concentra 1.406 casos.
O balanço acrescentou 22 mortes e 487 casos confirmados ao total. No balanço anterior, da sexta-feira (27), o Brasil tinha 92 mortes e 3.417 casos confirmados.
Este é o segundo maior aumento diário de casos confirmados no Brasil até agora. Na sexta-feira, foram 503 novos casos.
Necessidade de isolamento
Mandetta ressaltou a orientação de “a gente ficar em casa, parado”, até que o poder público “consiga colocar os equipamentos na mão dos profissionais que precisam”.
“Porque se a gente sair andando todo mundo de uma vez vai faltar para o rico, para o pobre, para o dono da empresa, para o dono do botequim, para o dono de todo mundo”, disse Mandetta.
“Nós precisamos ter racionalidade e não nos mover por impulso neste momento. Nós vamos nos mover, como eu disse desde o princípio, vamos nos mover pela ciência e pela parte técnica, com planejamento. Pensando em todos os cenários quando a gente fala de colapso, de sobrecarga, ou de sobreuso no sistema. A gente está falando disso”, disse Mandetta.
“Agora vai ter que poupar o sistema de saúde. Agora não é hora de sobrecarregar o sistema de saúde, seja em nome do que for. Agora é hora de aguardar, vamos ver como essa semana vai se comportar, e nós vamos ter nessa semana a discussão dentro da Saúde para achar os parâmetros”, ele disse.
Logística
O ministro ressaltou a necessidade de garantir a logística e o funcionamento dos serviços essenciais. “Se a gente não tiver uma logística, como é que a gente vai chegar com alimento no supermercado? As vezes, a pessoa pode ter o recurso, mas não tem a mercadoria, a mercadoria não chegou porque parou tudo.”
“Isso é uma medida que tem ser muito bem elaborada, tem que garantir alimentos nessas comunidades, a pessoa não consegue ficar na casa dela, geladeira fica vazia, o estômago fica vazio, ele pode sair dali pra entrar na casa de alguém, pra forçar um supermercado”, disse o ministro.
“Não existe quarentena vertical, horizontal. Existe a necessidade de arbitrar em determinado tempo qual o grau de retenção que uma sociedade deve fazer. O lockdown – parada absoluta ou total, pode vir a ser necessaria, em algum momento, em alguma cidade. O que não existe é um lockdown ao mesmo tempo, desarticulado. Isso é um desastre que vai causar muito problema pra nós da saúde”, ele afirmou.
Liberar hospitais
O ministro defendeu o isolamento social para evitar o avanço da doença e também para evitar sobrecarregar os hospitais com outros tipos de atendimento.
“Quando a gente manda parar diminuem acidentes, traumas e aumentam leitos de UTI quando precisamos”, disse o ministro. “Ou seja, mais um benefício quando manda parar, além de diminuir a transmissão”.
Mandetta ressaltou o alto número de acidentes automobilísticos no Brasil, que leva a internações em hospitais por traumatismos.
“Há informações que nós estamos tendo de queda de até 30%, 40% até 50% do nível de taxa de ocupação dos leitos que antes estavam sendo utilizados para pessoas politraumatizadas. Mais uma razão pra gente gente diminuir bastante a circulação de pessoas”, ele afirmou.
“É um efeito secundário benéfico, além do efeito de diminuir a transmissão”, ele explicou.
Durante seu pronunciamento, Luiz Henrique Mandetta também disse que não tem covid-19. Ele afirmou que faz o teste com frequência e até agora todos deram negativo.
G1
PERFEITA A COLOCAÇÃO DO MINISTRO.
PRESTEM ATENÇÃO. ELE DIZ SAIR TODO MUNDO DE UMA VEZ.
REPARE QUE ELE NÃO MANDA FECHAR COMÉRCIO EM GERAL.
Manda as pessoas ficarem em casa.
Vai de encontro com o que penso, as empresas os comercios de um modo em geral, precisam do pinga pinga, pra sobreviverem.
O FOCO, O CERTO, NESSE MOMENTO.
SEM DUVIDAS NENHUMA, É
SALVAR VIDAS E OS EMPREGOS.
POR CONSEQUÊNCIA, AS EMPRESAS TAMBÉM.