As obras de saneamento seguem em ritmo acelerado em Parnamirim. A Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semop) deu início a instalação da rede de tubulação em mais um trecho da Avenida Maria Lacerda, em Nova Parnamirim.
Com mais essa nova etapa, a Semop conclui os serviços de saneamento em uma das vias mais importantes do município. O novo trecho compreende a área que vai do supermercado Nordestão até o Shopping Reis Magos.
De acordo com o secretário de obras, Albérico Júnior, os trabalhos iniciados em 6 de janeiro devem se estender, aproximadamente, até a sexta-feira (31). Atualmente, duas equipes estão trabalhando naquela área. Além da Maria Lacerda, as Ruas Antônio Lopes Chaves e Antônio Lopes Filho também estão passando por serviços de saneamento.
No geral, as obras se saneamento já chegaram um total de 16 bairros e mais aproximadamente 400 km de rede coletora já foram instaladas em todo o município. Bela Parnamirim, Boa Esperança, Santa Tereza, Emaús e Centro são os bairros em que as obras estão mais avançadas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não apresentou um prazo para a devolução do dinheiro desviado do pagamento de aposentados do INSS e responsabilizou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo escândalo envolvendo a instituição.
Lula afirmou em entrevista no final de sua visita à Rússia que antes de definir valores e prazos para a devolução do dinheiro desviado dos aposentados e pensionistas, é preciso apurar todos os detalhes.
“Devolver ou não vai depender de você constatar a quantidade de pessoas enganadas. A quantidade de pessoas que tiveram o seu nome numa lista sem que elas tivessem assinado. Porque aqueles que assinaram já autorizaram. Então, o que nós queremos, e é por isso que tem a crítica de que ainda demora, é porque poderíamos ter feito uma pirotecnia e não ter apurado (o escândalo)”, disse ele.
Na sequência, Lula responsabilizou o governo anterior pelo escândalo.
“Nós desmontamos uma quadrilha que foi criada em 2019. E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019”, Luiz Inácio Lula da Silva, durante coletiva de imprensa em Moscou.
“Vocês sabem quem era o ministro da Previdência, quem era o chefe da Casa Civil. A gente poderia ter feito um show de pirotecnia, mas não queríamos manchete. Queríamos apurar”, disse o presidente.
Lula chegou a sugerir que algum integrante da gestão passada poderia estar envolvido no escândalo.
“Nós vamos a fundo para saber quem é quem nesse jogo. E se tinha alguém do governo passar envolvido nisso. É isso que nós vamos fazer. Eu não tenho pressa. O que eu quero é que a gente consiga apurar para apresentar ao povo brasileiro a verdade e somente a verdade”, disse.
Ele também ressaltou que nem todas as entidades envolvidas têm responsabilidade nas irregularidades. “Tem entidades sérias no meio que certamente não cometeram nenhum crime, e tem entidades que foram criadas para cometer crime”, afirmou.
O presidente disse que os aposentados e pensionistas afetados não arcarão com os prejuízos, mas sim as entidades envolvidas.
Deputada Carla Zambelli (PL-SP) — Foto: Mário Agra/Câmara dos Deputados
A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta sexta-feira (9) para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e o hacker Walter Delgatti pela invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A decisão foi tomada em sessão virtual, e os ministros seguiram o voto do relator, Alexandre de Moraes.
A maioria propôs as seguintes condenações:
Carla Zambelli: 10 anos de prisão em regime inicialmente fechado, pagamento de multa, perda do mandato parlamentar (a ser declarada pela Câmara dos Deputados após o trânsito em julgado) e inelegibilidade.
Walter Delgatti: 8 anos e 3 meses de prisão em regime inicialmente fechado e pagamento de multa. Ele já cumpre prisão preventiva.
Indenização: Ambos também terão que pagar uma indenização de R$ 2 milhões por danos morais e coletivos.
Votaram nesse sentido os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin. Ainda faltam os votos de dois ministros da turma.
Crimes
A maioria da turma entende que Carla Zambelli e Walter Delgatti cometeram os crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusou os dois de coordenarem ataques aos sistemas do CNJ com o objetivo de desacreditar a Justiça e incitar atos antidemocráticos.
De acordo com a denúncia, Zambelli orientou Delgatti a invadir o sistema para inserir documentos falsos, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Segundo a PGR, a intenção era “colocar em dúvida a legitimidade da Justiça” e fomentar manifestações contra as instituições republicanas.
“A atuação vil de uma deputada, que exerce mandato em representação do povo brasileiro, e de um indivíduo com conhecimentos técnicos específicos causou relevantes e duradouros danos à credibilidade das instituições, violando os princípios constitucionais consagrados no Brasil”, afirmou Moraes.
Motivação da pena
Para justificar a pena contra Zambelli, Moraes destacou que a deputada atuou como “instigadora” e “mandante” dos crimes cometidos por Delgatti. O ministro classificou as ações como uma “afronta direta à dignidade da Justiça”, que compromete “gravemente” a confiança da sociedade no sistema judiciário.
A PGR também enfatizou que os atos de Zambelli e Delgatti ultrapassaram o âmbito pessoal e atentaram contra a segurança e a integridade do Poder Judiciário. “Os ataques coordenados pela parlamentar e efetivados pelo hacker possuem gravidade acentuada e tinham o propósito espúrio de desestabilizar as instituições republicanas”, destacou o órgão.
Brasil e Estados Unidos não têm um tratado para evitar a bitributação, o que gera custos extras para empresas e profissionais que atuam entre os dois países. Sem esse acordo, investimentos, negócios e transferências de trabalhadores ficam mais caros e burocráticos.
A questão volta à tona com as recentes mudanças nas regras fiscais brasileiras e norte-americanas. Especialistas avaliam que a bitributação provoca insegurança jurídica e gera obstáculos aos investimentos e contratações internacionais.
A bitributação acontece quando dois entes públicos diferentes tributam o contribuinte, seja pessoa ou empresa, sobre o mesmo assunto. A sócia do Veirano Advogados, Fernanda Kotzias, afirma que a bitributação em operações internacionais está dentro da legislação.
“No plano internacional, a bitributação ocorre sobre a renda e os rendimentos, de modo que é um problema que costuma afetar operações de investimento e dividendos, comércio de serviços e pagamento de royalties”, diz.
A especialista, doutora em Direito do Comércio Internacional pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), pontua que o comércio de bens não é passível de bitributação por conta do alto nível de cooperação e compromissos internacionais entre países e que, de modo geral, as regras são mais homogêneas e convergentes.
Kotzias exemplifica uma situação de bitributação: “Quando se trata de renda, é comum que o país de origem exija a retenção de tributos na fonte, como forma de evitar a evasão fiscal internacional, ao passo que o país de destino imponha suas próprias regras e competências e, assim, exija o tributo novamente”.
O coordenador da área tributária do escritório de advocacia Barreto Veiga Advogados, Mateus Campos, detalha que este tipo de tributo entra na discussão de quem tem a competência para tributar um rendimento, por exemplo, por conta da sobreposição de conceitos tributários.
Campos afirma que o conceito de Fonte Pagadora, segundo o qual a nação em que está localizada a fonte do rendimento tributável é responsável pela cobrança, esbarra com o conceito de Tributação Universal da Renda, em que todos os rendimentos de um residente fiscal de um país estarão sujeitos à incidência do Imposto de Renda.
O jurista argumenta que a bitributação retornou ao debate devido às mudanças tributárias tanto do lado dos EUA quanto do Brasil. “Nos últimos anos, ocorreram alterações na legislação dos EUA para fins de reconhecimento de tributos pagos em outros países, em especial naqueles com os quais não existe tratado em vigência, o que pode prejudicar contribuintes dessas nações”, diz.
A sócia do Veirano Advogados acrescenta: “Pelo fato de os EUA serem um parceiro comercial relevante, as recentes medidas protecionistas impostas pelo governo Trump e as preocupações internacionais sobre investimentos e relações bilaterais com os EUA, a aproximação da entrada em vigor da Reforma Tributária e, também, o fato de a RFB ter anunciado, em março de 2025, mudanças nas regras do IRPF relacionadas à declaração de investimentos no exterior para residentes no Brasil”.
Kotzias relembra que a primeira tentativa de acordos para evitar a bitributação entre Brasil e EUA se deu em 1967, quando os países chegaram a um entendimento. Porém, as conversas não avançaram por conta de discordâncias do Congresso norte-americano sobre seu conteúdo e da exigência do Brasil para a manutenção de uma cláusula que permitiria um crédito sobre o valor do tributo isento.
Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo e Reprodução / Instagram
A resposta da “tropa de choque” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à crise do INSS não conseguiu, mais uma vez, superar ou mesmo se igualar, nas redes sociais, ao alcance de um vídeo com críticas à gestão feito pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). Os principais aliados do presidente convocados para rebater o discurso do bolsonarista somaram, juntos, 5,5 milhões de visualizações, número que representa apenas 4,1% da audiência do parlamentar de oposição. O desempenho reforça as dificuldades enfrentadas pelo campo político de Lula no embate com o bolsonarismo nas plataformas digitais.
Repetindo o formato usado durante a crise do Pix, Nikolas compartilhou, na última terça-feira, um vídeo em que associou um esquema de descontos não autorizados em benefícios previdenciários pagos pelo INSS, alvo de investigação, ao mandato de Lula. Na gravação, o deputado se referiu ao caso como “o maior escândalo da história” e destacou que a maior parte das denúncias de descontos irregulares aconteceu durante o atual governo, citando um relatório emitido pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Dois depois, o ministro que comanda o órgão, Vinicius Carvalho, respondeu em vídeo às alegações feitas por Nikolas. O conteúdo faz parte da estratégia combinada em uma reunião no Palácio do Planalto esta semana para conter o avanço da narrativa difundida pela oposição sobre a crise das aposentadorias, como informou a colunista do GLOBO Malu Gaspar.
‘Medo e mentira’
No pronunciamento, o titular da CGU afirmou que as investigações tiveram início em 2017 e destacou que foram encontrados, por uma iniciativa conjunta entre o órgão e a PF, R$ 6 bilhões em fraudes, enquanto os R$ 90 bilhões publicizados pela oposição bolsonaristas são referentes ao total de consignados liberados para beneficiários do INSS em 2023. A publicação, replicada no perfil pessoal do ministro e pela conta oficial da pasta, porém, teve 965,6 mil visualizações até ontem.
“Não é hora de espalhar medo ou mentira. É grave, muito grave, usar as mentiras ou truques de contexto para enganar o povo, para politizar um tema tão relevante para o país, que é o combate à corrupção”, rebateu Carvalho.
A antecipação da crise, agravada pela reação bolsonarista, poderia ter sido mais eficiente caso o governo tivesse maior domínio da estratégia digital, afirma o diretor da Escola de Comunicação da FGV, Marco Aurélio Ruediger:
“O governo tem tido uma perspectiva limitada do uso estratégico das redes. Em geral, elas só são percebidas como um espaço de construção de narrativas e disputa política. Todavia, podem ajudar a apontar com antecedência problemas na gestão ou crises potenciais antes que se formem. Sem isso, quando problemas como esse ocorrem, eles são tratados reativamente.”
Pensada para a defesa do governo, a tropa de choque também é formada pelo líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (RJ), que postou um vídeo no qual atribui o início das fraudes à gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O mesmo discurso foi adotado por outros integrantes da base, como o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), demitido no início do ano da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), e a ministra Gleisi Hoffmann, da Secretaria de Relações Institucionais, que enumerou no X “mentiras que a oposição bolsonarista está espalhando nas redes”, em uma postagem vista 203,6 mil vezes até ontem.
Entre os aliados de Lula, a melhor performance foi a do deputado André Janones (Avante-MG), que se antecipou à mensagem de Nikolas e fez uma publicação no dia seguinte à revelação do esquema por uma operação da PF. Ao todo, o conteúdo somou 3,7 milhões de visualizações.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou nesta sexta-feira, dia 9, ao presidente russo, Vladimir Putin, um apelo para que aceitasse um cessar-fogo de 30 dias na guerra na Ucrânia.
Lula atendeu a pedido enviado pelo governo ucraniano à embaixada brasileira em Kiev. Segundo fontes do Palácio do Planalto e diplomatas, os ucranianos fizeram o mesmo pedido de ajuda ao presidente chinês, Xi Jinping.
Antes de se reunir com Lula, Putin esteve com Xi. Agora, o brasileiro vai conversar sobre o assunto com o chinês, em Pequim. Embaixadores brasileiros acreditam que Xi também conversou com Putin sobre o pedido de intermediação do governo Volodmir Zelenski.
Os dois foram os líderes globais de maior peso a atender um convite de Putin para visitar Moscou nesta sexta-feira e celebrar os 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. O evento foi usado politicamente por Putin para promover sua versão sobre a guerra e expor armamentos usados e soldados na batalha russo-ucraniana.
China e Brasil lideraram a criação de um grupo de países “amigos da paz” e lançaram no ano passado um documento com princípios para estabelecer um cessar-fogo prolongado e depois colocar os dois países na mesa numa conferência internacional. A Rússia elogiou a proposta, mas a Ucrânia a criticou por não exigir a retirada de tropas russas do território invadido e ocupado.
A partir do pedido de Zelenski, o petista sugeriu a Putin que estendesse o cessar-fogo unilateral de três dias decretado pelo Kremlin por causa de festividades do fim da Segunda Guerra Mundial, em Moscou.
Na prática, a pausa adotada pela Rússia foi prejudicada. A Ucrânia a classificou como um teatro e manteve uma ofensiva com drones contra Moscou, atrapalhando a chegada de delegações estrangeiras e a operação de voos comerciais para os 80 anos do Dia da Vitória. A Rússia respondeu com bombardeios.
O petista também criticou a interlocutores a possibilidade de ataques com drones durante a celebração da vitória contra o nazismo.
Segundo interlocutores de Lula, Putin teria indicado que precisava avaliar o assunto e não deu uma resposta conclusiva a Lula na reunião bilateral, feita de forma ampliada com membros dos dois governos, no Salão da Ordem de St. Catherine, no Kremlin. Havia muita gente na mesa para tratar de um assunto sensível, segundo um dos participantes do encontro.
O Estadão perguntou a Lula o que Putin havia respondido ao tratarem de um possível acordo de paz no encontro, mas o petista desconversou: “Não posso falar o que eu ouvi do Putin, seria muito ruim. Ele vai falar”.
Lula aproveitou a reunião para levar ao líder russo o pedido do governo Zelenski, que aceitou uma proposta de cessar-fogo de 30 dias intermediada pelos Estados Unidos. Putin, por sua vez, não concordou com os termos.
O assunto foi discutido reservadamente, depois que a imprensa havia deixado o local da reunião ampliada. Ao falar a jornalistas sobre o encontro neste sábado, dia 10, Lula foi genérico e não revelou que havia levado a sugestão ao russo a pedido do ucraniano.
O Estadão apurou que o pedido chegou ao Palácio do Planalto por via diplomática, pouco antes da viagem do petista à Rússia. O governo ucraniano fez o pleito formalmente ao embaixador brasileiro em Kiev, Rafael de Mello Vidal, que o transmitiu a Brasília. O Itamaraty então levou o assunto a Lula.
Os ucranianos também insistiram que devem estar representados em negociações que venham a ser feitas com a Rússia, de forma direta.
Já em Brasília, a embaixada ucraniana enviou uma nota ao governo Lula sugerindo um telefonema entre o petista e Zelenski, nos últimos dias, por ocasião da viagem a Moscou. No entanto, depois que o Planalto aceitou a conversa no momento em que Lula estivesse em Brasília, os ucranianos teriam indicado dificuldade de agenda para que Zelenski atendesse a ligação.
Não é a primeira vez que ocorre um desencontro e constrangimento entre Lula e Zelenski. Algo similar ocorreu em 2023, no Japão, quando ambos participavam como convidados da cúpula do G-7 e tentaram uma conversa presencial. Ela só ocorreu meses depois, em Nova York, à margem da Assembleia Geral da ONU.
Integrantes do governo brasileiro que acompanham a relação interpretam que Zelenski tem feito jogo de cena e criticado Lula e o Brasil em público, em diversas ocasiões declarando que considerava o petista fora da mediação, mas que em privado pede auxílio ao brasileiro, assim como ao governo chinês por causa da relação amistosa de ambos com Putin. A viagem de Lula a Moscou desagradou a Ucrânia.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comentou o esquema de fraude no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em viagem à Rússia neste sábado (10). Quando perguntado sobre as críticas de demora na investigação, Lula afirmou não ter pressa.
“Eu não tenho pressa. O que eu quero é que a gente consiga apurar para contar ao povo brasileiro a verdade e somente a verdade”, afirmou.
Segundo o presidente, o foco dos órgãos envolvidos na investigação é apurar com seriedade e não fazer um “show de pirotecnia”.
“Como a gente quer apurar com muita seriedade, tanto a CGU quanto a Polícia Federal foram a fundo na exploração para chegar no coração da quadrilha. Se tivesse feito um carnaval há um ano, possivelmente, poderia ter parado no carnaval, como acontece em todas as denúncias. Você faz um show de pirotecnia numa semana e na outra se esquece”, disse.
Perguntado sobre o ressarcimento dos aposentados descontados indevidamente, Lula respondeu que a devolução depende da constatação de quantas pessoas foram, de fato, enganadas. “O que eu sei é que eles não terão prejuízo”, finalizou.
Nesta sexta (9), o INSS soltou um comunicado em que anuncia a devolução de R$ 292.699.250,33 para aposentados e pensionistas entre os dias 26 de maio e 6 de junho. Segundo o instituto, esse valor é referente às mensalidades de abril que, mesmo após o bloqueio, foram descontadas por sindicatos e associações, porque a folha do mês já havia sido rodada.
Ainda no assunto, o presidente reforçou que o início da fraude se deu em 2019. “E vocês sabem quem governava o Brasil em 2019, vocês sabem quem era ministro da Previdência em 2019, vocês sabem quem era chefe da casa civil em 2019”, disse.
“É por isso que nós vamos que nós vamos a fundo pra saber quem é quem nesse jogo e se tinha alguém do governo passado envolvido nisso”.
Na conversa com a imprensa, Lula também abordou os seus objetivos com a viagem, afirmou que conversou com Putin sobre a Guerra da Ucrânia e defendeu a comemoração do Dia da Vitória.
Será que podemos duvidar da veracidade do que ele fala ou estamos sujeitos a punição? Se puder, eu acho que está mentindo. Até porque seu irmão está metido no crime.
Lula, você diz que tudo começou em 2029, no entanto, as pessoas denunciadas foram todas na sua gestão e nomeados por “vossa excelência, inclusive, seu irmão o Tio Chico tá atolado até o pescoço nesse roubo. Lula, você conhece Tio Chico? É só uma pergunta!
Durante uma visita a São José do Seridó nesta quinta-feira (8), a governadora Fátima Bezerra (PT) foi recebida com protestos por estudantes da Escola Estadual Professor Raimundo Silvino da Costa. A unidade de ensino está interditada há mais de um ano, e os alunos aproveitaram a inauguração da pavimentação da RN-288 para cobrar a reabertura da escola.
Os estudantes denunciaram o sentimento de abandono e os prejuízos à educação local.
O protesto aconteceu em meio à cerimônia oficial, que contou com a presença de autoridades locais e estaduais. Embora o foco do evento fosse a entrega das obras de pavimentação, a reivindicação dos estudantes acabou chamando a atenção de todos os presentes e foi registrada em vídeos que circulam nas redes sociais.
Um caminhão carregado de couro despencou em uma ribanceira na rodovia RN-023, entre as cidades de Santa Cruz e Coronel Ezequiel, na região Agreste, e provocou a morte de cinco pessoas no final da tarde de sexta-feira (9)
Além disso, outras três pessoas ficaram feridas e foram socorridas em estado grave ao hospital de Santa Cruz. Há ainda a informação de uma outra pessoa que estava no veículo, mas que escapou sem ferimentos graves.
Imagens de câmeras de segurança mostram o veículo passando pela cidade de Coronel Ezequiel com algumas das vítimas sendo transportadas na carroceria do caminhão. As vítimas fatais foram identificadas como José Israel dos Santos, Geovani Firme da Silva, Gilmar Roberto de Carvalho Silva, Wallace Ferreira da Silva e Ruan Batista Cardoso.
O trânsito na região ficou bastante lento com muitas pessoas parando ou reduzindo a velocidade dos veículo. De acordo com informações iniciais, o motorista do caminhão teria perdido o controle do veículo em uma curva o que resultou na queda da ribanceira. Equipes das Polícias Rodoviária Federal e Militar além do SAMU e Corpo de Bombeiros foram mobilizadas para o local do acidente para prestar socorro às vítimas.
O América conheceu nesta sexta-feira (9) a primeira derrota na Série D do Campeonato Brasileiro. O Alvirrubro perdeu por 2 a 1 para o Santa Cruz/PE no Estádio do Arruda, em Recife.
Com o revés fora de casa, o América segue com sete pontos e deixou a liderança do Grupo A3, que agora pertence ao Santa, com 10 pontos.
Thiago Galhardo fez os dois gols do Tricolor pernambucano, ambos no primeiro tempo. Souza descontou na segunda etapa. Souza, Thiaguinho e Alexandre Aruá tiveram boas chances para conseguir o empate, mas não foram felizes.
O próximo compromisso do América é contra o Santa Cruz de Natal. A partida estava marcada para sábado, dia 17, mas foi transferida para o domingo, dia 18, às 16h30, na Casa de Apostas Arena das Dunas.
Uma bolacha recheada pode “custar” cerca de 40 minutos de vida saudável. Uma banana pode somar mais de 8 minutos. Comer peixe de água doce? Quase 17 minutos a mais. São essas estimativas que um novo estudo elaborado por pesquisadores de nutrição da Universidade de São Paulo (USP), publicado na revista “International Journal of Environmental Research and Public Health”, colocam para reflexão dos brasileiros.
A pesquisa aplicou pela primeira vez no país o chamado Índice Nutricional de Saúde (HENI, na sigla em inglês), uma métrica desenvolvida por cientistas americanos que estima, com base em dados epidemiológicos, quantos minutos de vida saudável são ganhos ou perdidos a cada porção de alimento.
O estudo se concentrou na análise dos 33 alimentos que mais contribuem para a ingestão energética dos brasileiros e que estão dentro da lista dos 1.141 listados na Pesquisa Nacional de Alimentação (INA 2017–2018). A metodologia da pesquisa também levou em conta somente pessoas acima de 10 anos ao usar como base a Pesquisa de Orçamentos Familiares.
Segundo os autores, os dados não significam que toda refeição desequilibrada tira minutos da vida e tampouco que comer uma bolacha hoje representa risco imediato. O dado reflete o desequilíbrio geral do padrão alimentar atual e reforça a importância de substituições mais saudáveis no dia a dia.
A média nacional foi negativa: −5,89 minutos por alimento. Ou seja, se considerarmos as porções mais frequentes na dieta brasileira, o saldo geral tende a ser de prejuízo à saúde.
O que é o HENI?
O HENI (Índice Nutricional de Saúde) é uma ferramenta que resume o efeito de um alimento sobre a saúde. Para isso, considera 15 componentes ligados ao risco de doenças, com base em estudos do Global Burden of Disease.
Entre os fatores considerados estão o consumo excessivo de carnes processadas, sódio, gorduras trans e bebidas adoçadas. Do outro lado, há os componentes benéficos, como fibras, frutas, vegetais, leguminosas, ômega-3 de peixe e leite.
Com base nesse conjunto de dados e no nível de consumo no Brasil, o estudo calcula o impacto de uma porção média de cada alimento. O resultado é expresso em minutos de vida saudável ganhos (valor positivo) ou perdidos (valor negativo).
Uma analogia possível seria com uma balança de saúde:
Cada alimento pesa para um lado — alguns aumentam os minutos de vida saudável (como feijão ou banana), outros retiram minutos (como carnes processadas e bolachas recheadas).
O saldo geral da sua dieta é o que realmente conta.
Comer bolacha ocasionalmente, dentro de um padrão alimentar saudável e variado, não representa um risco relevante isoladamente.
O risco aumenta quando o padrão alimentar é dominado por alimentos com HENI negativo — é o conjunto que importa.
O que essa conta não é
Os autores alertam que os valores não devem ser interpretados como uma conta direta e cumulativa. Comer um alimento com HENI negativo não significa, por si só, que a pessoa estará mais próxima da morte. O índice indica o impacto médio populacional estimado de cada porção, considerando um cenário onde apenas aquele alimento muda, com o restante da dieta constante.
Ou seja, é o saldo geral da alimentação que define os efeitos reais sobre a saúde.
Alimentos com pior pontuação HENI (maiores perdas de vida saudável por porção)
Biscoito recheado: −39,69 minutos
Carne suína: −36,09 minutos
Margarina: −24,76 minutos
Carne bovina: −21,86 minutos
Empanado de frango: −17,88 minutos
Presunto: −15,71 minutos
Refrigerante com açúcar: −12,75 minutos
Pizza de mussarela: −11,61 minutos
Cachorro-quente: −10,63 minutos
Alimentos com melhor pontuação HENI (ganhos de vida saudável por porção)
Peixe de água doce: +17,22 minutos
Banana: +8,08 minutos
Feijão: +6,53 minutos
Suco natural de fruta: +5,69 minutos
Arroz integral: +4,71 minutos
Azeite de oliva: +3,34 minutos
Aveia: +2,78 minutos
Tomate: +2,65 minutos
Castanha-do-pará: +2,34 minutos
Impactos ambientais também foram avaliados
Além do efeito sobre a saúde, o estudo estimou o impacto ambiental dos alimentos, considerando dois indicadores principais: emissões de gases de efeito estufa (em quilos de CO2 equivalente) e consumo de água (em litros).
Os resultados confirmam que alimentos de origem animal têm os maiores impactos ambientais. Um prato com carne bovina pode emitir mais de 21 kg de CO2eq por porção. Já a pizza de mussarela, além de perder minutos de vida, também é campeã em consumo de água: mais de 300 litros por porção.
Segundo os autores, avaliar conjuntamente os impactos à saúde e ao meio ambiente permite promover escolhas alimentares mais sustentáveis e saudáveis ao mesmo tempo.
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