Devido aos vários casos de Febre Amarela ocorridos pelo país e divulgados pela imprensa nacional, muitas pessoas têm procurado as unidades de saúde da cidade em busca da vacina contra a doença. A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que não há motivo para preocupações em Natal, uma vez que o município não faz parte da área de risco da doença, pois não há casos confirmados, e nem notificados, ou suspeitos e dessa forma a vacinação é realizada apenas de rotina para as pessoas que ainda não foram vacinadas, ou que faltam a segunda dose. “Não temos nenhum caso de febre amarela em Natal, e não somos considerados área de risco para o agravo”, esclarece a secretária Municipal de Saúde, Saudade Azevedo.
O Departamento de Vigilância em Saúde de Natal explica que a vacinação contra febre amarela é aplicada em apenas uma dose, desta forma quem tomar a vacina está completamente imune a doença. Em Natal, a vacinação só é recomendada para pessoas que forem viajar para área de risco.
“Quem for viajar para lugares de risco deve tomar a vacina 10 dias antes da viagem. Além disso, deve apresentar um comprovante de viagem, como passagem de avião ou ônibus. Esses cuidados são necessários para que as doses sejam direcionadas a quem realmente precisa”, explica Aline Bezerra.
As vacinas estão disponíveis em 15 unidades de saúde, das 8h às 16h, distribuídas nas seguinte unidades de saúde: Vista Verde, Redinha, Gramoré, Vale Dourado, Santarém, Potengi, Nova Descoberta, Pirangi, Candelária, São João, Lagoa Seca, Mãe Luiza, Mista de Felipe Camarão, Policlínica Oeste e Quintas.
A imunização contra febre-amarela é contraindicada nas seguintes situações:
– Crianças menores de 9 meses de idade e acima de 60 anos de idade (somente com prescrição médica)
– Pacientes com imunodepressão de qualquer natureza:
– Pacientes infectados pelo HIV com imunossupressão grave;
– Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, radioterapia, imunomoduladores);
– Pacientes submetidos a transplante de órgãos;
– Pacientes com imunodeficiência primária;
– Pacientes com neoplasia;
– Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina bovina ou a outras);
– Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, casos de ausência de timo ou remoção cirúrgica);
– Gestantes.
Sobre a febre amarela
A Febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, cujo agente etiológico é transmitido por vetores artrópodes. O vírus da febre amarela é um arbovírus do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados e não há transmissão direta de pessoa a pessoa. A vacina é a principal ferramenta de prevenção e controle da doença.
O vírus da Febra Amarela apresenta dois ciclos epidemiológicos de transmissão distintos, silvestre e urbano. No ciclo silvestre da febre amarela, os primatas não humanos (macacos) são os principais hospedeiros e amplificadores do vírus, e os vetores são mosquitos com hábitos estritamente silvestres, sendo os gêneros Haemagogus e Sabethes os mais importantes na América Latina. Nesse ciclo, o homem participa como um hospedeiro acidental ao adentrar áreas de mata. No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro com importância epidemiológica e a transmissão ocorre a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados.
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