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A Justiça na Suíça condenou nesta sexta-feira (22) o bilionário Beny Steinmetz, ex-parceiro da Vale, a uma pena de cinco anos de prisão e aplica uma multa de 50 milhões de francos suíços por corrupção de funcionários públicos estrangeiros e falsificação de documentos. No ano passado, ele contou com um parecer do ex-juiz Sergio Moro, que julgou que a empresa brasileira não lhe deveria ressarcir.
Outros dois intermediários no esquema também foram condenados. O empresário teria organizado a transferência de pelo menos US$ 8,5 milhões de 2006 a 2012 para garantir o direito de explorar a mina de ferro Simandou, na República da Guiné. Para isso, pagou oficialmente US$ 165 milhões ao governo local pela concessão.
Mas, 18 meses depois, ele fechou um acordo de parceria com a Vale, no valor de US$ 2,5 bilhões, o que levantou suspeitas e gerou até mesmo a irritação daqueles que receberam os subornos.
De acordo com a promotoria pública de Genebra, a partir de 2005, o executivo se envolveu em um “pacto de corrupção” com o ex-presidente da Guiné, Lansana Conté, que esteve no poder de 1984 a 2008, e sua quarta esposa, Mamadie Touré.
A meta era a de retirar a mina da Rio Tinto e garantir que Beny Steinmetz Group Resources (BSGR) ficasse com uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo. A acusação aponta que, em 2008, a BSGR teria aproveitado das últimas horas de vida do ditador para obter a concessão dos blocos 1 e 2 da jazida de minério de ferro.
Mas, em 2011, o primeiro presidente democraticamente eleito da Guiné, Alpha Condé, iniciou uma auditoria dos contratos de mineração, o que acabou levando à suspeita sobre Simandou. A acusação é de que Steinmetz escondeu o pagamento de propinas usando redes de empresas de fachada e contas que dificultam à Justiça determinar quem é o dono do dinheiro. Segundo os juízes, a rede de empresas de fachada teria registros no Panamá e contas na Suíça.
Julgamento e importações do Brasil para justificar subornos
O tribunal, porém, considerou que Mamadie Touré, mulher do ditador, recebeu 15 depósitos e todos tinham o mesmo objetivo: convencer e influenciar o presidente da Guiné de conceder o direito de exploração.
Para a Justiça, Steinmetz só tinha como objetivo adquirir a mina para, depois, revender. No argumento do tribunal, sua empresa não tinha experiência no país e nem conhecimento sobre a mineração de ferro. Para completar, dar a concessão para sua empresa não traria vantagens para a Guiné.
A conclusão é de que o ditador fez isso para se beneficiar pessoalmente e sua mulher, que não faria parte da divisão da fortuna da família.
A sentença ainda estabelece que Steinmetz esteve “envolvido diretamente” no esquema de corrupção e interveio pessoalmente em transferências de dinheiro.
Como conclusão, a Justiça consta que sua empresa não tinha capacidade de explorar a mina e “obteve a concessão num dos países mais corruptos do mundo”. Poucos anos depois, ele se beneficiou em milhões ao revender o negócio para a Vale. “Só este fato seria corrupção”, declarou a juíza Alexandra Banna.
Compras de produtos brasileiros ajudaram a camuflar pagamentos
Uma das formas escolhidas para camuflar um dos pagamentos foi uma importação de açúcar brasileiro para a Guiné, justificando a transferência de recursos para Mamadie Touré no valor de US$ 94 mil. Outro modelo da manobra financeira: a compra de frango congelado do Brasil que, da mesma forma, iria justificar o dinheiro para a esposa.
O tribunal ainda apontou que parte do pagamento ocorreu para a esposa do ditador depois que ela se sentiu traída por conta do valor do contrato entre o empresário e a Vale. Ao ameaçar denunciar o caso, ela teria recebido mais US$ 5,5 milhões.
Já vivendo nos Estados Unidos, ela decidiu cooperar com a Justiça americana e grampeou uma conversa dela com um intermediário de Steinmetz. Na conversa, ela era orientada a destruir todos os documentos.
Parecer de Moro e “mentiras” da Vale
Anteriormente ao julgamento de Steinmetz na Suíça, a Vale entrou com processo no Tribunal de Arbitragem Internacional, em Londres, devidos às suspeitas de corrupção em torno do negócio na Guiné. A mineradora venceu o processo em 2019 e o empresário israelense foi obrigado a pagar US$ 2,2 bilhões em indenização. O tribunal apontou que o empresário omitiu informações da Vale ao ingressar na sociedade, entre elas o pagamento de propinas.
Steinmetz contou, no ano passado, com um parecer do ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro. O brasileiro indicou que a Vale não teria direito ao dinheiro.
Na semana passada, ao ser questionado pela promotoria de Genebra em plena audiência sobre sua derrota diante do caso apresentado pela Vale, o empresário alertou que sua batalha não terminou contra os brasileiros. “Existem novas coisas que vão sair e mostrar que a Vale mentiu durante o processo (em Londres)”, disse. Ele acredita que ainda tem “possibilidade de ganhar”.
Após a sentença, Steinmetz emitiu a seguinte nota, em que afirma ser inocente e ataca o investidor George Soros:
“Tomo nota desta decisão, que considero injusta, que não é definitiva e contra a qual apelo imediatamente. Esta decisão não reflete de forma alguma o que os 6 dias de audiências revelaram: não há nenhum pacto ou ato de corrupção.
Denuncio 10 anos de manipulação e mentira, uma investigação realizada exclusivamente para a acusação e em violação dos direitos da defesa pelo promotor Mascotto. Também denuncio as ações e a influência de Georges Soros, a quem neguei sua chantagem e sua tentativa de corrupção.
Neste caso, há apenas testemunhas que mentiram, testemunhas subornadas que foram pagas para mentir e que não responderam a sua citação para comparecer em tribunal. Em breve terei a oportunidade de voltar em maior profundidade a todos estes escândalos. Continuo totalmente combativo e confiante de que a justiça estabelecerá a verdade.”
UOL
Até parece que não sabe o que é um parecer.
Parabéns Moro, por ter ajudado a eleger o presidente, sem seus serviços como juiz ele jamais teria ganho do professor. Hoje, 2021, o presidente da república é o maior responsável pela desordem no combate a pandemia que já vitimou mais de 200 mil brasileiros, primeiro por crer secamente que não há pandemia e sim uma gripizinha, depois por seus comportamentos irresponsáveis, por fim, pessoa péssima gestão da crise.
Não senhor.
Aqui no RN a culpa e de Fátima.
Veio muito dinheiro do governo federal e ela ta gastando a toa.
Muita propaganda, mas falta respiradores comprados e nunca apareceu, hospital de campanha que nunca saiu do papel.
Como é que a culpa é do PR?
Me explica!!
Dê a César o que é de César.
Essa lorotinha aí, não pega, o que pega é a verdade, e a verdade o povo ja está ON.
Nem se preocupe.
É perca de tempo.
Quanto mais vcs esperneiam, mas o Véi duro permanece no topo.
Se ouver alguma oscilação e na data folha e ibope, aí não vale.
Esse filme todos nós ja assistirmos.
De maneira que é melhor vc JAIR chupando, que a tua sofrencia vai perdurar até 2026.
Aí depois continua com o sucessor.
Isso é coisa certa, esperneios, não da votos, tira.
Tchau babaca.
Bolsonarista não tem argumentos nem consegue cocatenar duas idéias, apenas ruminam bobagem e agressões.
Misericórdia!
O marreco é muito fraco. Nem pra defender bandidos, presta mais kkk
Só condenou alguns aqui com ajuda da imprensa kkkkk
Agora lascou… Tem pedir certidão negativa ou fazer investigação sobre um cliente??
Seria bom, né!? A não ser para os advogados do Diabo.