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FOTOS: Ritual religioso envolve adultério no alto da 'Montanha do Sexo'

102_1848-blog-KemukusUm ritual “religioso” que envolve adultério. É assim que se pode definir o que acontece na Gunung Kemukus (Java, Indonésia), também conhecida como a Montanha do Sexo.

A lenda, que data do século XVI, diz que o príncipe indonésio Pangeran Samodro teve um caso amoroso com a sua madrasta. Os dois subiram a montanha e acabaram flagrados quando estavam fazendo sexo. O príncipe e a amante foram mortos e queimados no alto do Gunung Kemukus. No local funciona um pequeno templo islâmico onde o ritual sexual é realizado, em busca de boa sorte.

Mas um detalhe importante: os fiéis não podem fazer sexo com os seus companheiros habituais. O ritual implica relações sexuais sete vezes consecutivas a cada 35 dias.

Obviamente, o ritual atraiu à região um número considerável de prostitutas, que oferecem os seus serviços “religiosos”.

“Eu venho aqui atrás de boa sorte”, afirmou à emissora australiana SBS o visitante regular Mardiyah. Ele realiza o ritual sexual no Gunung Kemukus.

Um homem peregrino disse ao repórter da SBS:

“Eu não conto à minha esposa. Não há como ela descobrir”.

Antes do sexo, os peregrinos rezam e fazem oferendas. Depois, eles precisam se banhar em uma fonte no alto da montanha. Depois, os fiéis se recolhem em tendas.

O ritual não é visto em outros locais onde o islamismo é professado. Na verdade, em Java, o Islã sofre influências do hinduísmo e do budismo.

“É uma coisa estranha. Um paradoxo: há uma mesquita, mas do lado de fora há um lugar para se ter sexo ilícito. O fato é: isso é hipócrita”, disse Keontjoro Soeparno, professor de Psicologia Social da Universidade Gadjah Mada, de Yogyakarta, que estuda o fenômeno há mais de 30 anos.

O Globo

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