Judiciário

FOTO E VÍDEO: Advogado mais jovem do Brasil faz história com sustentação oral no STF aos 18 anos

O advogado Mateus Costa Ribeiro, aos 18 anos, realizou nessa quinta-feira, 8, sua primeira sustentação oral no STF, se consagrando como o advogado mais jovem a subir à tribuna da Corte para sustentar oralmente.

Mateus representa o PDT (Partido Democrático Trabalhista), autor de ADIn 6036 contra lei estadual do RS. O advogado defendeu a inconstitucionalidade da lei 12.258/05 que trata da proibição da prática de revistas íntimas, assim como de qualquer ato de moléstia física, em funcionários, por todos os estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços que possuam sede ou filial no Estado gaúcho. O julgamento foi suspenso por pedido de vista.

Com calma e firmeza o jovem advogado arrancou elogios dos ministros. Ao fim de sua sustentação afirmou: “É com coração tomado de profunda emoção que finalizo minha primeira sustentação oral perante esta Suprema Corte. Para qualquer advogado é uma honra poder falar no mais alto tribunal do país. Eu agradeço pela oportunidade que é também para mim um desafio pessoal já que a faço no início da minha trajetória advocatícia aos 18 anos. Foi um privilégio poder compartilhar minhas considerações sobre a lei 12.258, a qual eu peço que seja declarada formalmente constitucional em sua totalidade pelos argumentos que hoje tive a horna de expor”.

Relator, Fachin afirmou que o jovem advogado “assumiu pela primeira vez a Tribuna fazendo uma sustentação oral que já o coloca no exercício escorreito do múnus da advocacia, portanto o congratulo efusivamente”, embora tenha adiantado voto contrário a tese sustentada da tribuna. O ministro Barroso afirmou que Mateus parecia um advogado experiente. O ministro Fux, por sua vez, disse que ele “fez uma sustentação absolutamente espetacular”.

Trajetória

Mateus recebeu sua carteira profissional em julho deste ano. Aos 18 anos, graduou-se na UnB e foi aprovado no Exame da Ordem.

A trajetória acadêmica do advogado começou em 2014, quando foi aprovado no vestibular da UnB com apenas 14 anos. Ele não poderia matricular-se na universidade, porque ainda cursava a 8ª série (atual 9º ano) do ensino fundamental.

Mas uma liminar permitiu que ele entrasse na faculdade, contanto que passasse em uma prova com conteúdo do ensino médio: em 24 horas, devorou três anos de matérias escolares e concluiu a etapa. Mateus disse que foi submetido a “cinquenta provas de todas as matérias possíveis e imagináveis”. “As 24 horas mais intensas da minha vida.”

Com 256 créditos previstos, estágio e monografia, o curso de Direito é um dos mais concorridos da universidade. O sistema eletrônico da UnB indica que, normalmente, os alunos têm entre cinco e oito anos para concluir o bacharelado. Mais uma vez, Mateus Ribeiro decidiu que o prazo era longo demais. Acumulando matérias, cursos de verão e atividades extraclasse, ele foi autorizado a concluir o curso em 4 anos.

De berço

Os primeiros passos rumo à advocacia foram dados ainda antes do vestibular, aos 10 anos de idade. Na tentativa de escapar de um castigo, ele impetrou um habeas corpus para poder assistir ao jogo do Corinthians. Mateus é filho de um casal de advogados e aderiu à influência que também já tinha atingido os dois irmãos mais velhos. O recorde quebrado nesta sexta, inclusive, pertencia a um de seus irmãos: hoje doutor em Direito, João Costa Ribeiro Neto conquistou a carteira da OAB aos 20 anos.

Mais velha que Mateus e mais nova que João Neto, Clarissa Costa Ribeiro tem 20 anos e ainda este ano deve concluir o curso de Direito, também na UnB. A irmã do meio também já foi aprovada no Exame da Ordem e, com o diploma em mãos, deve se tornar a mulher mais jovem na advocacia do país.

Confira a entrevista da família à TV Migalhas:

Migalhas

 

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Diversos

FOTO: Aos 18 anos, trigêmeos de Salvador são aprovados em Medicina em universidades federais

Foto: Acervo pessoal

Os trigêmeos de Salvador Ingrid, Amanda e Giovanni Calfa, de 18 anos, alcançaram o sonho acalentado desde a infância de estudar Medicina, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). E o mais gratificante: vão cursar universidades federais.

O feito foi conhecido na segunda-feira, 30, quando foi divulgada a primeira lista de aprovados pelo Sisu. Eles afirmaram que a espera pelo resultado foi complicada.

“Estávamos, os três, muito angustiados, porque não queríamos que apenas um ou dois passassem. O importante era que os três ingressassem juntos, afinal, estudamos juntos, sofremos juntos e sonhamos juntos com esse momento”, disse Amanda.

“Felizmente, deu tudo certo. Agora é só comemorar.”

Ingrid e Geovanni foram aprovados na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), enquanto Amanda vai estudar na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).

“Nos esforçamos para sermos aprovados na mesma universidade, mas também não deu, paciência. O importante é que começamos a realizar o nosso sonho”, completou Amanda.

Primeiro opção. A opção inicial dos trigêmeos era entrar para a Universidade Federal da Bahia (UFBA), com o objetivo de permanecerem juntos, em casa, ao lado da família. Mas a esperança de seguirem estudando juntos ainda permanece: eles aguardam os resultados das demais listas de chamadas tanto da UFBA quanto da UFAL. E não ficam só nisso.

Ingrid comentou que eles ainda pensam em prestar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) novamente, com o objetivo de os três permanecerem em Salvador.

“Morar em outro Estado é mais complicado, os custos aumentam. Como os semestres nas universidades onde passamos estão atrasados, ganhamos pelo menos mais seis meses para continuarmos estudando e tentarmos um novo vestibular”, disse Ingrid.

Família. Os irmãos garantem que o interesse pela Medicina é genuíno e que não há médicos na família que os inspirassem a buscar a carreira. São filhos de uma administradora e um publicitário. Os irmãos mais velhos optaram pelos cursos de Engenharia e Arquitetura.

Estudiosos desde a infância, eles concluíram o ensino médio no Colégio Militar Salvador (CMS), no ano passado, e afirmaram que sempre estudaram juntos para o Enem. Abdicaram de todos os prazeres dessa fase da vida, e passaram 2016 integralmente dedicados aos livros.

“Quando nossos pais se divorciaram, ainda éramos pequenos e passamos a morar com nossos avós. Meu avô sempre teve uma saúde um pouco mais debilitada e crescemos envolvidos com os cuidados médicos com ele, acho que isso pode, de alguma forma, também ter contribuído para a nossa decisão”, declarou Ingrid.

Os três lamentaram pela tristeza dos pais por causa da possível separação. Mas eles têm consciência de que será para o bem dos filhos que deverão ter um futuro promissor. Nenhum deles ainda pensou em uma especialidade a seguir após a formatura, ou se vão trabalhar juntos. “Isso vamos ver com o passar do tempo”, completou Amanda.

Estadão

 

Opinião dos leitores

  1. Fantástico! É de mais notícias de superação como esta que nossa sociedade precisa. O enredo noticioso do dia a dia da mídia brasileira está contribuindo, mais do que os próprios órgãos de imprensa percebem, para o adoecimento de nossa nação. Sei que não é a imprensa quem produz a notícia. Mas cabe à redação procurar, selecionar e divulgar. Então, que venham mais histórias e relatos que contribuam para que a sociedade seja mais humana, solidária, proativa, divertida, esforçada, trabalhadora, sonhadora, enfim, melhor.

  2. Excelente notícia nesse mar de notícias péssimas, de crimes e corrupção que assolam nosso país.

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