Finanças

Brasil é o país que mais perde milionários em 2018, diz banco suíço

Foto: Reprodução

Com a desvalorização do real no último ano, o número de brasileiros que detêm fortunas superiores a US$ 1 milhão caiu 18,9%, passando de 190 mil, em 2017, para 154 mil neste ano. É a maior queda em número de ricaços, segundo levantamento do banco Credit Suisse. Na comparação porcentual, a retração só é maior na Argentina, onde o total de milionários diminuiu 31%, para 21 mil.

Em números absolutos, o Brasil foi o país que mais perdeu milionários em um ano: são 36 mil a menos, seguido da Austrália, que perdeu 32 mil.

O estudo considera dados do fim de junho deste ano e os compara com o mesmo mês de 2017. Considerando a cotação desses períodos, para se ter mais de US$ 1 milhão em 2018, são necessários R$ 3,8 milhões. Em 2017, eram R$ 3,3 milhões.

No levantamento do ano passado, o banco suíço também projetava que o número de milionários brasileiros cresceria 81% nos cinco anos seguintes. Agora, o diretor de investimentos do Credit Michael O’ Sullivan, um dos responsáveis pela pesquisa, afirma que essa expansão dependerá da reação do País nos próximos anos.

“Dependerá muito da capacidade da economia brasileira e dos preços dos ativos recuperarem o caminho de um crescimento de longo prazo”, disse.

“Afetado por crises políticas e econômicas, o Brasil tem enfrentado sérias dificuldades nos últimos anos”, afirma o relatório do banco. A riqueza por adulto no País em dólares recuou 36% desde 2011. Nos dez anos anteriores, porém, havia triplicado, passando de US$ 8 mil para US$ 26,2 mil per capita. “A estabilidade nos preços dos ativos, especialmente do câmbio e das ações, é o principal fator (para que haja um novo ciclo de crescimento da riqueza a partir de agora)”, acrescentou O’Sullivan.

Desigualdade

O estudo do Credit Suisse aponta ainda que a parcela de brasileiros com riqueza total inferior a US$ 10 mil é superior à média global. No Brasil, 74% da população se encontra nessa situação, enquanto, no mundo, a parcela é de 64%.

Ainda de acordo com o banco, a desigualdade no País é a principal explicação para o maior número de pessoas com menos de US$ 10 mil e foi exacerbada pelo aumento no desemprego e no número de trabalhadores informais. Segundo o estudo, o 1% mais rico da população brasileira detém 43% de toda riqueza do País.

Em todo o mundo, há hoje 42 milhões de milionários, um crescimento de 5,8% na comparação com 2017. A Itália foi o país com a maior alta, de 17,2%, somando 1,4 milhão de pessoas com riqueza superior a US$ 1 milhão.

Os Estados Unidos continuam no primeiro lugar do ranking dos países com maior número de milionários, com 17,3 milhões de pessoas.

Estadão

 

Opinião dos leitores

  1. Classe média natalense (que, na vdd, é classe pobre), não se preocupem. Vcs estão bem longe disso com seus aps e carros financiados.

  2. Boa parte destes "milionários" brasileiros constituíram as suas fortunas com dinheiro de propina e de outros meios ilícitos, agora com a operação Lava jato e outras tantas que é todo dia a companhia do café dos brasileiros, foram minguando até as suas ausências serem notadas.

    1. Exemplo de milhões confiscado: lula, 26 milhões; Palocci, 135 milhões; Dirceu, 90 milhões; gedel, 88 milhões; Eike Batista, trilhões; eu, ???…

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Política

Brasil é o país que mais concede privilégios parlamentares

Foto: Abr

Mesmo com a restrição do foro privilegiado para deputados e senadores, determinada pelo Supremo Tribunal Federal, o Brasil se mantém como o País que mais concede tratamento especial a autoridades.

Levantamentos das consultorias da Câmara e do Senado apontam que a prerrogativa alcança mais de 54 mil brasileiros – destes, 38.431 por determinação da Constituição Federal e 16.559 previstos pelas constituições estaduais.

Presidente da OAB, Cláudio Lamachia, afirma que ainda há muito de ser feito: “Outras regalias precisam ser extintas. É o caso da concessão indiscriminada de veículos oficiais e das viagens com fins privados em aviões públicos”.

Coluna Esplanada

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Diversos

Brasil é o país que mais gasta com campanha eleitoral no mundo

O Brasil é o que mais gasta com campanhas eleitorais no mundo, segundo o juiz Marlon Reis, do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, ao comentar reportagem do GLOBO, publicada ontem, mostrando que será usado algo em torno de meio bilhão de reais com campanhas eleitorais este ano. Este dinheiro, afirma Reis, vem de doações de grandes empreiteiras e bancos, que têm interesses no governo, numa “relação espúria” entre as partes.

Com base em um estudo do professor Geraldo Tadeu Monteiro, do Iuperj, Reis mostrou que o país gasta mais, inclusive, que os Estados Unidos, um dos países que têm tradição em realizar caras disputas eleitorais. O estudo aponta que, em 2012, o gasto eleitoral no Brasil em relação ao PIB (US$ 2,3 trilhões) foi de US$ 0,89 por eleitor, enquanto nos Estados Unidos (com PIB de US$ 16,5 trilhões) foi de US$ 0,38.

Gil Castelo Branco, do site Contas Abertas, diz que, para cada R$ 1 doado para campanhas, as empresas obtêm de volta R$ 8,50 em obras públicas. Para ele, as doações são “promíscuas”. Ele fez um levantamento que indica que as eleições custaram ao país, em quatro anos (de 2010 a 2014), um total de R$ 9,5 bilhões, mais do que será gasto com 45 obras de mobilidade para a Copa.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Investem muito dinheiro numa campanha eleitoral poque a corrupção no Brasil é muito grande e desviam bilhões de reais.
    Se não fosse isso, não haveria grandes gastos em campanhas eleitorais.
    A lei de improbidade administrativa tem que evoluir para tornar as sanções mais severas.

  2. ESSE SILVIO QUE MANDOU MENSAGEM AQUI, DEVE SER MAIS UM POTIGUARZINHO QUE PENSA PEQUENO, NATAK PROVINCIANA JA FICOU PARA TRAS….AEROPORTO GRANDE, VIADUTOS PELA CIDADE…..ESTADIO DE PRIMEIRO MUNDO.

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