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Brasil tem vocação de potência mundial, diz presidente do Parlamento da Suíça

“O Brasil tem a vocação de potência mundial e um potencial de desenvolvimento excepcional”, disse o presidente do Parlamento Suíço, Dominique de Buman, que está no Brasil desde domingo (13), onde participa, até esta quinta-feira(17) na cidade de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, das comemorações dos 200 anos da imigração suíça no Brasil.

Segundo ele, o Brasil é um “país com um grande mosaico populacional e uma das nações do mundo que melhor conseguiram promover uma convivência pacífica entre pessoas de diferentes culturas”.

Conhecido como o “primeiro cidadão suíço”, por ocupar o mais importante cargo público do país, Dominique de Buman nasceu na cidade suíça de Friburgo, de onde os imigrantes pioneiros vieram para o Brasil, a partir de 1818, beneficiados por um decreto do rei português dom João VI. Os suíços foram os primeiros imigrantes europeus a se instalar no Brasil, depois dos portugueses, e deixaram a Suíça por ocasião de uma grande crise econômica na Europa.

Imigração e turismo

Buman elogiou a política amigável do Brasil em relação à entrada de imigrantes. “É uma política inteligente por parte de um país que tem superfície territorial de grande importância, com muita matéria-prima”. Ele destacou que o Brasil tem “longa tradição de acolhimento”.

Presidente da Federação Nacional do Turismo da Suíça, Buman disse haver interesse no desenvolvimento das relações turísticas. “A clientela brasileira e da América do Sul ainda não está tão presente na Suíça. Por isso, do nosso lado, vamos empreender esforços para que as condições de acesso à Suíça sejam fáceis para o poder de compra desse público”. Além disso, segundo ele, há toda uma clientela suíça que se interessa em visitar a América do Sul. Ele observou que a América do Sul é “uma região relativamente segura e estável que, a exemplo da Suíça, rechaça o terrorismo. Essas são condições interessantes para o intercâmbio turístico”.

Relações comerciais

De acordo com Buman, as relações entre os dois países são excelentes e o Brasil é atualmente o país da América do Sul para o qual a Suíça mais exporta. Essa base de troca bilateral não sofreu queda nos últimos anos.

Para Buman, a intensificação das relações comerciais bilaterais “necessariamente passará por um acordo entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio, da qual a Suíça é membro”. Ele lembrou que a Suíça, mesmo tendo uma economia forte, é um país pequeno, com apenas 8 milhões de habitantes, “não sendo por isso possível desenvolver um comércio com todo o mundo na mesma intensidade”.

O presidente do Parlamento Suíço disse que seu país tem “contatos históricos e importantes” com a América do Sul, particularmente com a Argentina, o Chile e, naturalmente, o Brasil. “São economias globais, devemos perceber que hoje tudo é globalizado e que tudo isso passará pelo Mercosul”. Ele se declarou muito otimista com a melhoria dessas relações comerciais.

Segundo dados da Câmara de Comércio Suíço-Brasileira (Swisscam Brasil), o Brasil e Suíça possuem um relacionamento comercial harmonioso e de longo prazo. O Brasil é responsável por 19% dos negócios suíços na América Latina e está na 26ª posição no ranking dos mais importantes parceiros comerciais da Suíça (números referentes ao ano de 2016).

Entre 2006 e 2016, as exportações brasileiras para a Suíça aumentaram 95% em valor, informou a Swisscam. O Brasil vende principalmente equipamentos e instalações portuárias, ouro em barras, alumínio, fumo, material artístico, carne bovina, máquinas e aparelhos mecânicos, café, suco de laranja, entre outros. Já os principais produtos importados pelo Brasil da Suíça são produtos farmacêuticos, produtos químicos e produtos médicos.

Agência Brasil

 

Opinião dos leitores

  1. Como bem dizia Tom Jobim: "O Brasil não é para principiantes". Eu acho lindo essa visão distorcida e romântica que os estrangeiros tem daqui. No dia que esse cabra vier por aqui e conhecer o povo, e os políticos que esse povo elege, imediatamente vai mudar de idéia.

    1. Meu nobre, ele vem de um país que não tem recursos naturais como o Brasil e é menor que o Estado do Espírito Santo. Tem noção disso? Como não acreditar no potencial do Brasil?
      Nosso problema está em nossos valores, princípios fundamentais – mentalidade classista atrasada herança da colonização portuguesa e valores católicos.
      Isso, eu creio, está mudando.

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