Política

Campanha de Marina prevê queda nas pesquisas e traça meta por 2º turno

marina3Depois de uma semana sob forte ofensiva dos adversários, o comando da campanha de Marina Silva (PSB) à Presidência da República já prevê “perda de substância” da candidata nas próximas pesquisas de intenção de voto. A ordem no comitê pessebista, porém, é manter o ânimo e a defensiva para levá-la ao segundo turno, mesmo diante de uma desidratação da ex-senadora.

Em reunião na noite deste domingo (7), em São Paulo, integrantes da campanha fizeram a apresentação de pesquisas encomendadas pelo partido, que mostram a estabilização do crescimento de Marina na última semana.

A candidata aparece como favorita para vencer a presidente Dilma Rousseff (PT) em um eventual segundo turno, mas sua vantagem diminuiu de dez para sete pontos de acordo com o Datafolha. Os números do PSB, que acenderam a luz amarela na campanha, apontam para uma diferença de seis pontos entre as duas se o segundo turno fosse hoje.

As pesquisas do partido foram fechadas na sexta-feira (5) e, portanto, não traziam ainda o impacto do escândalo de corrupção na Petrobras, em que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos aparece na lista de políticos que podem estar envolvidos com o esquema.

Segundo a Folha apurou, a avaliação é de que Marina não pode sair da defensiva pelo menos nos próximos dias, diante dos ataques que vem sofrendo dos adversários. “A gente sabe que está em desvantagem e que vai perder substância. O importante é chegar no segundo turno, seja como for, porque o enfrentamento vai ser de igual para igual”, diz um aliado de Marina.

CALCANHAR DE AQUILES

Durante o encontro, que contou com a presença da candidata e também de Beto Albuquerque, vice na chapa ao Planalto, integrantes da campanha sugeriram uma revisão de conteúdo no programa de governo, alvo de diversas críticas dos principais adversários de Marina na disputa presidencial, Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB).

A candidata do PSB, porém, rechaçou a proposta e a avaliação foi a de que uma terceira edição do texto, que já está em revisão, seria “um desastre”.

Segundo participantes da reunião, o programa tinha que funcionar como um trunfo da campanha, visto que a candidata defende o debate de ideias e propostas, mas acabou se tornando seu “calcanhar de Aquiles”.

Menos de 24 horas após a divulgação oficial do documento, a equipe de Marina divulgou nota em que reviu a posição da candidatura em relação à defesa do casamento gay e da criminalização da homofobia.

Rodapés que farão referência a trechos copiados de outros documentos, como no caso de direitos humanos e desenvolvimento sustentável, também serão incluídos na versão final.

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Será mesmo?
    O recente escândalo da Petrobrás não muda nada?
    Se o desmonte comprovado da petrobras não atingir a campanha de Dilma, tem coisa errada no processo eleitoral e nas pesquisas. Não basta de tanto escândalo e corrupção?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Candidato a vice de Alckmin assume coordenação financeira da campanha de Marina; candidata será entrevista no Jornal Nacional

marcio_francaO candidato a vice-governador na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), deputado federal Márcio França (PSB-SP), vai assumir a coordenação financeira da campanha da candidata à Presidência Marina Silva. Ele trabalhará com o assessor de confiança da ex-senadora, Bazileu Margarido, indicado por ela para representar a Rede Sustentabilidade no comitê.

O nome de França foi passado para Marina pelo presidente do partido, Roberto Amaral, e a ex-senadora não se opôs. Para os socialistas, França, que sofria resistência da ex-senadora pela proximidade com os tucanos, no caixa da campanha e a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), de personalidade forte e próxima a Eduardo Campos, na coordenação geral no lugar di secretário do partido Carlos Siqueira são gestos de que Marina está disposta a colocar fim nas divergências surgidas com a morte de Campos.

A exigência de um nome forte do partido para o comitê financeiro se deve porque, pela lei eleitoral, eventuais débitos da campanha serão transferidos do comitê eleitoral para a tesouraria da sigla. A afirmação de Marina, em reunião na noite de quinta-feira com partidos nanicos da coligação, de que caso eleita não disputaria a reeleição, também foi bem vista pelos socialistas.

No total, três pessoas da coordenação da campanha já deixaram seus postos. O ex-coordenador geral da campanha Carlos Siqueira, Milton Coelho, um dos responsáveis pela articulação política e mobilização da campanha, e Renato Thièbaut, da coordenação administrativa, são de Pernambuco e eram muito próximos de Campos desde sua gestão como governador. A avaliação interna do partido é de que não deve haver mais debandada da campanha e que motivos pessoais, como a distância da terra natal e da família após o acidente, foram determinantes para a ruptura. Uma quarta pessoa, Henrique Costa, também do financeiro e amigo de Campos, também deve deixar a campanha nesta sexta-feira. Dos seis coordenadores que iniciaram na campanha, apenas dois devem ficar. Alon Feuerwerker, de comunicação, e Maurício Rands, de programa .de governo.

Publicidade

Marina Silva e seu vice na chapa, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), se reúnem nesta sexta-feira para finalizar a nova composição do comitê e acertar o registro de candidatura da nova chapa.

ENTREVISTA AO JORNAL NACIONAL

Com a candidatura já oficializada, Marina irá conceder entrevista ao Jornal Nacional na próxima quarta-feira, no mesmo molde já aplicado com os candidatos Aécio Neves (PSDB), Dilma Rousseff (PT) e o próprio Eduardo Campos, com 15 minutos para perguntas e respostas. O ex-governador de Pernambuco e presidente do PSB morreu em acidente aéreo no dia seguinte à conversa com William Bonner e Patrícia Poeta.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Se Marina, representando o que chama de "nova política", é realmente tão diferente dos demais candidatos, como explicar que o candidato a vice-governador na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), deputado federal Márcio França (PSB-SP), vai assumir a coordenação financeira da sua campanha e seu marido ser até ontem (mesmo já com a candidatura a vice a pleno vapor) assessor do Governador petista do estado do Acre?

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *