Política

Para Temer, não é útil para o processo eleitoral divulgar depoimento de ex-diretor de Abastecimento da Petrobras

O vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), avaliou nesta segunda-feira (13) que a divulgação de trechos do depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa “não é útil” para as eleições presidenciais.

O dirigente nacional do partido afirmou que a Justiça Federal não deve permitir o vazamento de depoimento obtido no rastro das investigações da Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

O delator, preso em regime domiciliar no Rio de Janeiro, afirmou à Justiça Federal do Paraná que parte da propina cobrada de fornecedores da empresa estatal era repassada a partidos como PT, PMDB e PP para ser usada na campanha eleitoral de 2010.

“Não é útil para as eleições. O que a gente percebe é que tem sido muito explorado eleitoralmente. Eu acho que a Justiça não pode se prestar a isso e não se presta a esta atividade”, disse.

No sábado (11), a presidente Dilma Rousseff afirmou defender a divulgação total de informações sobre a apuração do caso. “Ou não se manipula esse processo e se abre todas as informações ou se usa com grande prejuízo da democracia brasileira esse processo.” No dia anterior, a petista disse que a oposição usa as investigações da Petrobras para dar um “golpe” no país.

O vice-presidente negou as acusações feitas pelo ex-diretor da Petrobras e afirmou que o PMDB nunca teve interlocutores para intermediar arrecadação de campanha eleitoral.

Em depoimento à Justiça Federal, o doleiro Alberto Youssef, preso na Lava Jato, disse que o lobista Fernando Soares teria operado uma conta do PMDB. “Em primeiro lugar, não há interlocutor nenhum do PMDB. Cita-se um indivíduo, que eu não sei quem é. O PMDB jamais teve interlocutores para cuidar desses assuntos”, disse.

“Em segundo lugar, toda vez que houve contribuições para o PMDB, foram feitas dentro da legalidade eleitoral”, acrescentou Temer.

O vice-presidente participou nesta segunda de encontro, na capital paulista, com prefeitos, ministros e deputados do PMDB em São Paulo em apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT).

Folha Press

Opinião dos leitores

  1. Como uma pessoa comum ou intelectual pode se unir à grita da corrupção generalizada petista assim, de forma tão leviana? Sem o adensamento das causas? Sem uma perspectiva histórica? Sem analisar o sistema legal que proporciona tais desvios? Sem uma análise comparativa? Sem qualquer pronunciamento sobre a existência ou não das ações de combate? A corrupção inexistia no Brasil pré-PT ou nasce a partir da assunção desse partido? A malfadada governabilidade no Brasil – e seus filhos diletos, o fisiologismo e o patrimonialismo – é uma pré-condição do exercício do poder ou somente foi e será praticada pelo PT, mas não por outros partidos que eventualmente venham a conquistas o governo? Em outras palavras, é possível a qualquer partido governar sem se render aos clamores e anseios de sua inexoravelmente necessária base de apoio.

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