Finanças

‘Prefiro que Brasília mande dinheiro que Exército’, diz Pezão

Foto: Jorge William

A coluna reclamou, ontem, do que seria a omissão de Pezão nestas tragédias recentes que enlutam o Rio, cobrando que, pelo menos, o governador levasse um pouco de conforto pessoal à família das vítimas.

Pezão reagiu dizendo que tem feito isso, na medida do possível, e que esteve em Nilópolis, na Baixada Fluminense, prestando solidariedade à família do bebê baleado dentro da barriga da mãe. Contou ainda que, diariamente, recebe um relatório sobre o estado da criança, “que está se recuperando, se Deus quiser”.

O governador reconhece que o estado de calamidade financeira do Rio agravou a segurança pública. “Sem dinheiro, eu não posso, por exemplo, pagar o bico dos policiais”. Ele se refere ao Regime Adicional de Serviço (RAS), que permite ao militar trabalhar para a PM em suas folgas, como é comum o policial fazer para empresas privadas. “Eu costumo dizer que prefiro que Brasília mande dinheiro do que o Exército. Afinal, a nossa polícia, mal ou bem, conhece melhor o terreno da criminalidade do Rio”.

Pezão insiste que não foge de sua responsabilidade: “Mas tem hora em que eu me sinto enxugando gelo”. É que o governo federal pouco faz sua parte para evitar a entrada de drogas e armas por terra e mar. “Desde que assumi, vou a Brasília a cada 40 dias, pelo menos, cobrar o aumento de fiscalização nas estradas. Estava entrando fuzil da Venezuela e, depois, das Farc. O ‘Zé’ Eduardo (José Eduardo Cardozo, ministro da Justiça de Dilma) tinha me prometido reforçar a Polícia Rodoviária com 300 policiais e, até agora, nada”.

Pezão também reclama da legislação e lembra que o estado já apreendeu 2.500 fuzis nos últimos dez anos: “Só que o cidadão é preso, condenado a três anos e, no primeiro ano, já está solto”.

Aliás, a “The economist”, a revista inglesa, publicou, esta semana, que o aumento do uso do Exército no Brasil, para fazer patrulhamento de rua, pode fazer com que a população dê menos valor à PM. Mas essa é outra história.

Ancelmo Gois – O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. BG
    Tem que mandar é uma intervenção administrativa contra essa canalhada que arrasaram o estado.

  2. O Rio de Janeiro foi o estado brasileiro que mais recebeu dinheiro nos últimos anos, esse sujeito ainda quer mais? Vá trabalhar bandido.

  3. Essa realidade já é por demais conhecida por todos os brasileiros não petistas (não esquerdistas em geral). Esse partido que passou mais de 13 anos no poder sempre foi aliado do narcotráfico. Já foi pego notebook de líder das FARC (aquele Reyes) com menções a Lula e ao PT. Os países bolivarianos, onde surgiu a classe dos boliburgueses) são aliados dos narcotraficantes e seus líderes enriquecem com essa "amizade". Também é por demais sabido que essa gente defende os criminosos em geral, os "coitadinhos", "vítimas da sociedade opressora". É a chamada defesa dos "direitos dos manos". Portanto, querer que um governo petista combata a criminalidade, soa até ridículo. Será sempre o contrário: num governo do PT (de esquerda), os criminosos são protegidos e beneficiados por leis e pela leniência do governo que deveria combatê-los. As polícias são enfraquecidas e demonizadas. Os policiais são punidos por fazer seu serviço (combater o crime). E as pessoas de bem são desarmadas. Assim fizeram os governos petistas.

    1. A crise existe, a mala existe, o Helicoca é real. O que logo não existirá é Temer.

    2. Ceará, nem adianta espremer. Mortadela não sabe atacar os argumentos.
      Só o argumentador. O pessoal é retardadamente binário: se é contra PT,
      logo é pro tucano+temer.

  4. Se tivéssemos um país com homens sérios, o RIO já teria sofrido uma intervenção federal para que as forças armadas passassem o rodo no tráfego e na bandidagem. Mas o que vemos é o oposto, uma cidade tomada pelos grupos armados que impõe suas leis nas comunidades e o Estado se faz de incompetente para resolver, deixando o povo só.
    Não há 01 político no Brasil que fale ou proponha reforma do código penal, velho, ineficiente, permissionário que prejudica o povo e beneficia a bandidagem.
    A situação era ruim e ficou MUITO PIOR DEPOIS DO DESARMAMENTO IMPOSTO PELO PT que tirou do cidadão o direito de defesa.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Diversos

Veto a empreiteiras 'paralisaria o Brasil', diz Pezão

O governador reeleito do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), disse na tarde desta segunda-feira, 17, que deve demorar para que as empreiteiras apontadas como integrantes do esquema de corrupção em licitações da Petrobras sejam declaradas inidôneas – o que inviabilizaria o acesso delas a novas obras financiadas com recursos públicos.

Pezão ressaltou, contudo, que as construtoras são importantes para o País e que a proibição de suas atividades em obras públicas seria ruim para a economia. “Essas empresas, se forem (declaradas inidôneas), não paralisam só o Rio de Janeiro, mas o Brasil todo”, disse ao sair do Seminário “Pacto pela Boa Governança: Um Retrato do Brasil”, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O governador descartou, porém, que a eventual suspensão das atividades das empreiteiras possa atrapalhar o andamento das obras das Olimpíadas do Rio 2016. “As nossas obras estão todas andando dentro do cronograma”, afirmou.

O peemedebista disse também que não conhece o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que é apontado pela Polícia Federal como operador do PMDB nos desvios de recursos da Petrobras. Fernando Baiano, que mora no Rio, teve a prisão decretada na última sexta-feira, 14, pela Justiça, no curso da sétima fase da Lava Jato, e é considerado foragido. “Não o conheço. Não tenho relacionamento nenhum”, disse.

fonte: Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. O cara governar um Estado como o Rio de Janeiro com um apelido desses e coisa de Petista que tem um PEZÃO DE MEIA ja feito.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *