Saúde

Natal sai do quadro de epidemia de dengue

Natal saiu do nível de epidemia de doenças vetoriais – dengue, zika e chikungunya. Os dados foram divulgados pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde e mostram que a capital potiguar está há oito semanas seguidas abaixo do nível considerado epidêmico.

“Todos os anos fazemos uma projeção anual do máximo de casos esperados. Há oito semanas estamos abaixo desse limite, por isso consideramos que Natal está fora do nível epidêmico”, explicou Alessandre Medeiros, chefe do CCZ Natal.

A entrada de Natal em nível epidêmico foi anunciada pela própria Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em março deste ano. Desde então, uma série de ações foram desencadeadas, como a utilização de carros fumacê em pontos de maior incidência, agentes de saúde utilizando o UBV portátil (costal) e a intensificação dos trabalhos de educação em saúde para conscientizar a população.

Mesmo com a normalização da situação, a SMS continuará com os trabalhos para combater as arboviroses. Em Natal, atualmente funcionam duas metodologias: O Vigiadengue, que já foi apresentado, inclusive, em feiras internacionais; e as Estações Disseminadoras de Larvicidas, técnica desenvolvida pela Fiocruz do Amazonas.

Além disso, Natal está desenvolvendo mais dois projetos sobre a temática e que já devem entrar em funcionamento no ano que vem. Um deles é a criação de ‘Unidades Sentinelas’ no Hospital Municipal de Natal (HMN) e nas quatro UPAs (Sul, Esperança, Potengi e Pajuçara. O outro é a Vigilância Entomo-virológica, feita em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) do Rio de Janeiro e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A ação prevê a extração do vírus do próprio vetor (mosquito) para para identificar qual o vírus que está em circulação.

Até o momento, 9.964 casos prováveis de arboviroses foram registrados na cidade, sendo 9.480 de dengue, 267 de chikungunya e 217 de zika.

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Saúde

ALERTA: Natal vive início de epidemia de dengue; 1.065 casos ligados ao Aedes aegypti já foram notificados em 2018

Secretaria Municipal de Saúde divulga situação epidemiológica de arboviroses em Natal. Foto: Divulgação.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou, em coletiva de imprensa realizada nessa quinta-feira (15), a situação epidemiológica de Natal em 2018. A capital potiguar tem apresentado números maiores de doenças vetoriais do que o ano passado e as ações de combate já foram intensificadas nas regiões afetadas. Este ano, 1.065 casos já foram notificados, contra 818 no mesmo período do ano passado. Porém, levando em consideração 2016, época em que a cidade também registrou epidemia, a quantidade é 86,3% menor.

O clima em Natal neste início do ano é um dos principais fatores que contribuíram com esse aumento. “Natal está em início de epidemia. Apresentamos três semanas seguidas de aumento, que fez o número passar do que é esperado todos os anos. Graças a nossa metodologia, conseguimos identificar e agir de maneira oportuna”, frisou Saudade Azevedo, secretária municipal de Saúde de Natal.

Carros fumacê (UBV Pesado) que já estão circulando nos pontos de maior incidência, agentes de saúde utilizando o UBV portátil (costal) para ir em locais de difícil acesso por parte de veículos, trabalho permanente de controle focal e educação em saúde são algumas das ações que o município vem realizando com foco na redução dos casos. “O nosso gabinete de crise, que está ativo há mais de dois anos, e que acontecia a cada 15 dias, agora é semanal e conta com diversas secretarias, funcionando de forma intersetorial. Estamos fazendo capacitações com os médicos da rede de urgência e emergência, mais de 100 já foram capacitados para otimizar o fluxo de atendimento nesse período”, explicou Saudade Azevedo.

Além das ações desenvolvidas pelo município, a conscientização da população se torna ainda mais importante nesse momento, já que mais de 80% dos focos são encontrados nas residências e apenas as regiões Norte e Oeste da cidade se encontram com índices de epidemia. “Essa redução não acontece apenas com a atuação do serviço público. Fazemos o trabalho de educação e a população precisa se conscientizar que ela tem um papel muito importante nesse combate, eliminar os focos dentro das residências e não deixar que outras regiões também apresentem aumento”, destacou Juliana Araújo, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS).

Natal conta com um sistema de monitoramento de dengue que é reconhecido internacionalmente. O Vigiadengue tem como finalidade a identificação de áreas de maior risco para que a ação de combate seja desenvolvida rapidamente. A cidade conta com mais de 400 ovitrampas (espécies de armadilhas) espalhadas a cada 300 metros. Elas são as responsáveis por armazenar os ovos dos vetores, que são utilizados para medir o Índice de Densidade de Ovos (IDO). “Quando percebemos o aumento em determinada região, fazemos um trabalho específico de combate no local, que é o que temos feito desde o início dessa epidemia”, finalizou Juliana.

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Diversos

RN sai do quadro de epidemia de dengue

Com a queda nos números da dengue, o Rio Grande do Norte sai do quadro de epidemia da doença. Os últimos dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Programa Estadual de Controle da Dengue, mostram que desde o início do ano até 13 de junho, foram notificados 22.723 casos suspeitos de dengue, dos quais foram confirmados 3.617 casos.

Em relação ao mesmo período do ano passado, observa-se um aumento de 185,39% no número de casos notificados, percentual menor que o da semana epidemiológica anterior, que apontava um aumento de 204,25%. O Programa Estadual de Controle da Dengue verificou uma diminuição no número de notificações de dengue nas seis últimas semanas epidemiológicas (03/05 a 13/06/2015), devido à sazonalidade da doença, que é de outubro a maio, segundo Sílvia Dinara, coordenadora do Programa.

Quanto à incidência, um total de 86 municípios – em dados cumulativos – está com incidência alta de dengue, ou seja, notificaram mais de 300 casos da doença por 100.000 habitantes. Porém, nas últimas seis semanas, esse número diminuiu para 10 municípios com incidência alta da doença: Pedra Preta, Timbaúba dos Batistas, São João do Sabugi, Jardim do Seridó, Ipueira, Patu, Lajes Pintadas, Nova Cruz, Lagoa de Velhos e Várzea. 30 municípios estão com média incidência da doença, 37 estão com baixa e 14 com incidência silenciosa.

Em relação às operações de UBV, estas foram realizadas em 27 municípios do RN, de acordo com os critérios estabelecidos na Nota Técnica 01/2013, elaborada pelo Programa Estadual de Controle da Dengue. Atualmente a operação está sendo realizada no município de Patu.

Segundo a subcoordenadora de Vigilância Epidemiológica da Sesap, Kristiane Fialho, “embora a epidemia tenha acabado, os casos de dengue continuam surgindo durante todo o ano. Por isso, a população precisa continuar vigilante e coparticipativa, tomando os cuidados básicos de prevenção, como manter os reservatórios de água tampados, não acumular lixo em locais inapropriados e manter a lixeira fechada, não deixar água acumulada sobre a laje ou calhas, entre outros”.

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Saúde

HORA DA VIGILÂNCIA TAMBÉM DA POPULAÇÃO: Natal vive uma epidemia de dengue; carros fumacê serão usados

A secretaria Municipal de Saúde vai deflagrar nos próximos dias o Plano de Contingência para o Enfrentamento da Epidemia de Dengue, que inclui o uso da operação Ultrabaixo Volume (UBV), pesado (carro fumacê) e UBV costal e tratamento focal (casa a casa). A medida, anunciada pelo secretário municipal de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, durante entrevista coletiva de imprensa, é para combater uma epidemia de dengue na capital.

Além disso, será feita a ativação do Comitê para Emergências em Saúde Pública, a sensibilização dos profissionais para notificação da doença e alimentação do dados no sistema; otimizar recursos humanos já existentes; fomentar a educação em saúde; intensificação do acompanhamento da situação epidemiológica e muitas atividades que serão discutidas reunião periódicas.

“Natal encontra-se em circunstância de epidemia leve para dengue. As incidências já ultrapassaram o limite máximo esperado de acordo com a projeção que o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) costuma fazer. Não temos número limite para a dengue, o que existe é uma projeção que fazemos com o máximo esperado, que já foi excedido”, disse Luiz Roberto.

O secretário atribui a epidemia a dois fatores: o número insuficiente de agentes de endemias para fazer o trabalho de combate às larvas de casa em casa e a falta de cooperação da população. O controle do Aedes Aegypti só é possível com a participação de todos, cada um fazendo a sua parte para evitar a proliferação do mosquito, afirmou.

Para suprir a falta de agentes de endemias, o secretário de Saúde espera solucionar até o final do mês a questão do concurso público, que foi iniciado no ano passado e paralisado por causa de uma ação judicial. “Devido ao empenho da secretaria há dez dias o concurso foi salvo. O primeiro resultado da prova prática deve ser publicado nesta quarta-feira, 25, pela Comperve e em dez dias o resultado final”, afirma Luiz Roberto.

A judicialização do concurso, acrescentou o secretário, resultou num déficit de 50% de pessoal devido a não renovação dos contratos temporários de agente de endemias para combater as larvas de casas em casa, para depositar larvicidas e informar aos moradores sobre os métodos de prevenção do mosquito Aedes Aegypt. Com isso, agora temos o crescimento significativamente do número de casos de dengue. “Este ano, apenas no mês de janeiro, foram notificados 690 casos no estado e até a sexta semana epidemiológica aqui em Natal, temos 530 casos notificados”, disse.

“De acordo com a comparação da atual epidemia como as anteriores, constatamos que esta, se enquadra como uma epidemia leve. Então não temos uma configuração de uma epidemia com forte número de casos, mas temos problemas ainda na notificação. Isso pode ser resolvido assim que alertarmos o sistema e notificarmos adequadamente”, informou o chefe do CCZ, Alessandre Medeiros.

“Os bairros com os maiores números de casos da doença em Natal até a sexta semana epidemiológica são Petrópolis com 85,82 casos por cem mil habitantes; Nossa Senhora de Nazaré com 82,74 casos por cem mil habitantes e o bairro Alecrim com 77,96 por cem mil habitantes”, declarou Alessandre.

Os Distritos Sanitários mais afetados são o Leste com 49,87 casos por cem mil habitantes; e o Distrito Oeste com 45,72 por cem mil habitantes. As faixas etárias mais comprometidas é a faixa produtiva que vai de 20 até 49 anos.

“O maior número de notificação está na rede pública de saúde. Isso é positivo, pois mostra a busca da população pelos serviços públicos da saúde; 64% das notificações estão na rede pública, enquanto 36%, na rede privada”.

O ranking das fontes notificadoras, revela que em 1º lugar está o Hospital Giselda Trigueiro com 127; em 2º lugar, o Hospital dos Pescadores com 90; em 3º, o Hospital Unimed com 79; em 4º lugar, o Pronto – socorro Sandra Celeste com 59; e, em 5º lugar, o Hospital Promater, com 21 casos notificados.

Luiz Roberto lembrou que “embora a dengue seja uma virose e como tal, a cura está vinculada a uma resposta do sistema imunológico do paciente, não carece de medicamento, mas existem formas graves que pode ser necessário o uso de terapia medicamentosa, internação ou terapia intensiva. Para isso precisamos alertar a população. Nenhuma secretaria saúde ganha combate à dengue sozinha, é preciso que o combate seja realizado com a parceria da população. Se não tivermos o apoio da sociedade, nossas ações de guerra contra essa doença serão fracassadas.”

Para evitar o aumento de casos de dengue a SMS orienta a população que reforce as ações para eliminar criadouros dos mosquitos. As medidas incluem, por exemplo, verificar se a caixa d’água está bem fechada, não acumular vasilhames no quintal, verificar se as calhas estão entupidas e colocar areia nos pratos dos vasos de planta.

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