Economia

Petrobras reduz novamente preço da gasolina e diesel nas refinarias

Por interino

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira (23) novo reajuste no preço dos combustíveis nas refinarias. O preço do litro da gasolina baixou 0,62%, passando de R$ 2,0433 para R$ 2,0306. Já o do diesel caiu 1,14%, de R$ 2,3351 para 2,3083.

Na véspera, a estatal já tinha reduzido os preços, depois de sucessivas altas que geraram protestos de caminhoneiros e discussões entre a petroleira e o governo. Os cortes foram motivados pela queda da cotação do dólar, segundo o presidente da Petrobras, Pedro Parente.

Para tentar minimizar a escalada nos preços, o governo anunciou que vai reduzir os impostos sobre os combustíveis. No caso do diesel, a proposta é zerar a cobrança da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide). Também está em estudo a redução das alíquotas do PIS-Cofins tanto para o diesel quanto para a gasolina. Para compensar a perda na arrecadação, o Congresso concordou em aprovar o projeto de reoneração da folha de pagamentos das empresas.

Nova política de preços

A Petrobras mudou sua política de ajuste de preços em 3 de julho do ano passado. Pela nova metodologia, os reajustes acontecem com maior frequência, até diariamente, se necessário, refletindo as variações do petróleo e derivados no mercado internacional, e também do dólar. Somente na semana passada, foram 5 reajustes diários seguidos.

Em maio, já foram anunciadas dez altas e seis quedas no preço do diesel e 12 altas e três quedas no da gasolina.

Na terça-feira (23), os preços futuros do petróleo Brent subiram US$ 0,35 dólar, a US$ 79,57 por barril, alta de 0,44%. Na semana passada, o contrato, que é referência global, ultrapassou o valor de US$ 80 pela primeira vez desde novembro de 2014.

Já os futuros do petróleo dos EUA (WTI) tiveram queda de US$ 0,11, fechando a US$ 72,13 o barril, queda de 0,15%.

Greve dos caminhoneiros

Apesar da segunda queda consecutiva nos preços dos combustíveis, a greve dos caminhoneiros continua e entra no seu terceiro dia. Eles protestam em rodovias federais e estaduais e a paralisação afeta os serviços dos Correios. As postagens com dia e hora marcados (Sedex 10, 12 e Hoje) foram temporariamente suspensas.

Discussões entre Petrobras e governo

O presidente da Petrobras, Pedro Parente, reuniu-se na véspera com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas e Energia, Moreira Franco, para discutir a alta do preço dos combustíveis.

Na saída do encontro, Parente reforçou que a política de preços da estatal não será alterada. A possibilidade de interferência do governo nesse quesito deixou o mercado receoso e as ações da petroleira fecharam em queda. As preferenciais caíram 1,36%, enquanto as ordinárias (que dão direito a voto) tiveram desvalorização de 2,47%.

Na sequência, foi anunciado o acordo entre Congresso e governo para reduzir a tributação sobre os combustíveis. O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, disse que o espaço para baixar os impostos é “muito reduzido”. Na semana passada, ele tinha descartado a possibilidade de o governo abrir mão dessa arrecadação.

Impacto nas bombas

A decisão de repassar o aumento do valor do combustível cobrado nas refinarias para o consumidor final é dos postos de combustíveis.

Na semana passada, o preço médio da gasolina nos postos do país atingiu novas máximas no ano, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio do litro de gasolina para os consumidores ficou em R$ 4,284, ante R$ 4,257 na semana anterior. Com o novo aumento, a gasolina acumula alta de 4,51% desde o início do ano. Desde julho do ano passado, a alta é de mais de 22%.

O valor do diesel também terminou a semana em alta. Segundo a ANP, o valor médio por litro passou para R$ 3,595, acumulando avanço de 8% no ano e de 21,5% desde julho do ano passado.

Em sua defesa, a Petrobras afirma que “não tem o poder de formar” os preços praticados nos postos de combustíveis e que a mudança no preço final dependerá de repasses feitos por outros integrantes da cadeia de combustíveis.

O preço final é composto basicamente por 4 parcelas: realização do produtor ou importador, custo do etanol anidro, tributos (ICMS, PIS/PAsep e Cofins, e CIDE), e margens de distribuição e revenda.

Segundo a Petrobras, no período entre 6 e 12 de maio, o preço da gasolina comum para os consumidores foi formado pela seguinte proporção: 32% realização da Petrobras, incluindo custos e lucro, 29% impostos estaduais (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS), 16% impostos da União (Cide, PIS/Pasep e Cofins), 11% do etanol adicionado à gasolina e 12% se refere à distribuição e revenda.

G1

 

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Diversos

Petrobras reduz nesta sexta preços da gasolina e diesel nas refinarias

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (16), no Rio de Janeiro, que a partir da zero hora de amanhã (sexta-feira), reduzirá os preços da gasolina e do diesel nas refinarias em todo o país. Segundo nota divulgada pela empresa, o diesel terá redução de 1,3%, enquanto a gasolina cairá 0,38%.

No sobe e desce dos preços dos dois produtos nas refinarias, em sintonia com a nova política da estatal de acompanhar as oscilações dos preços das duas commodities no mercado internacional – onde os aumentos e redução são quase que diários – esta é a sexta queda de preços anunciada pela Petrobras somente este mês para o óleo diesel.

Desde o último dia 1º, o diesel cobrado nas refinarias fecha os primeiros 17 dias do mês com queda acumulada de preços de 1,3%.

Com quatro reduções e sete altas desde o último dia 1º, a gasolina, com a queda anunciada para amanhã, fecha o mesmo período com alta acumulada de 3,7% nas refinarias.

Agência Brasil

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  1. O combustível no Brasil é um dos mais caros do mundo (se não for o mais caro), mas isso não importa. O importante é que "o petróleo é nosso".

    1. Imagina se a Petrobrás fosse privatizada, como querem um bando de ignorantes aqui. Quem regula o preço é o "Mercado". Privado só corre atrás de lucro, bando de inteligentes. kkkkkk

  2. Absurdo.. R$4,09 o litro aqui em Natal. É um verdadeiro furto a céu aberto. Elevam a valores altos, diminuem um valor praticamente irrisório. O objetivo é deixar fechado no valor mínimo de R$4. É uma baita sacanagem! Alô fiscalização. Socorro.

  3. Cadê o Procon que não fiscaliza a Petrobras e as distribuidoras???? O negócio é fungar no cangote dos donos de postos pros consumidores achar que dono de posto é ladrão. Ou será que é porque o palanque já está armado? Vão trabalhar!

  4. Essa petrobrás tá metendo a mão no bolso dos brasileiros, principalmente aqueles disprovidos de recursos financeiros. Se os brasileiros tivessem o mínimo de inteligência, não permitiriam que essa empresa tentasse cobrir desmandos financeiros passados, "roubando" dos que mais precisam. ACORDA BRASIL!

  5. VOCES JÁ OBSERVARAM QUE ESSA PETROBRAS QUE NOS FAZER DE OTÁRIOS. ELEVA OS PREÇOS DA GASOLINA 1,7, 2,5,2,9 E DEPOIS REDUZ 0,3 0,4 O,6
    OBSERVEM

    1. Já havia observado Augusto. Há evidente combinação de preços através do uso do mesmo algoritmo pelos postos de combustíveis. Certeza de que o Sindicato dos Postos por algum método obscuro faz chegar aos postos o índice a ser aplicado nas bombas. Nós, os consumidores finais somos os otários dessa maracutaia e estamos pagando proporcionalmente combustível mais caro, porque os órgãos fiscalizadores estão sempre 2 ou mais passos atrás.

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