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"Não existe gente feia, o que existe é pouco álcool ingerido". Piada de gosto duvidoso ganha respaldo científico; veja

amorNão existe mulher ou homem feios, é você que bebeu pouco. A piada de gosto duvidoso, aparentemente, acaba de ganhar respaldo científico. Um estudo do Grupo de Trabalho Sobre Álcool e Tabaco da Universidade de Bristol, na Inglaterra, conduziu testes de laboratório para avaliar como a bebida altera a percepção das pessoas sobre o que é atraente. As conclusões confirmam o senso comum.

– O efeito é conhecido na cultura popular, mas é importante estudá-lo empiricamente – defendeu ao GLOBO a autora do estudo, a pesquisadora Olivia Maynard, da universidade britânica.

O advogado carioca Leandro Moreira concorda que o estudo é “corretíssimo”. Ele conta de ter sido uma “vítima indefesa” de uma “franco-atiradora”.

– Digamos que ela não se enquadraria nos padrões de beleza convencionais, de maneira alguma! – diverte-se, ao lembrar o episódio. – Ela se aproveitou de um momento de fraqueza etílica minha, de umas cinco doses de tequila e algumas cervejas, e me atacou! Em 15 minutos eu estava fazendo juras de amor eterno, propondo casamento, dando nomes aos nossos filhos…

No dia seguinte, depois de “recobrar o juízo e a dignidade”, ele disse à moça que não estava pronto para um relacionamento sério. Durante semanas, entretanto, ela passou a persegui-lo. Ainda em 2007, quando o Orkut era popular, buscava fotos dele na rede social e postava em sua própria página. Detalhe, a imagem vinha junto a letras de músicas.

– A preferida dela era “Sintomas de saudade”, da Marisa Monte! – conta Leandro sobre a rotina de declarações, que continuou até ela simplesmente esquecê-lo.

Pesquisa foi feita também em pubs

Do estudo britânico participaram 84 homens e mulheres, todos heterossexuais e com média de idade de 20 anos. Eles já costumavam ingerir bebidas alcoólicas e foram recrutados na própria universidade. Enquanto um grupo de voluntários da pesquisa consumiu álcool, outro grupo bebeu um líquido placebo sem teor alcoólico. Mais tarde, foram mostradas a eles imagens de 20 rostos masculinos, 20 femininos e 20 paisagens. Os pesquisadores disseram que o grau de atratividade foi mais alto em todos os tipos de imagens entre as pessoas que beberam álcool, em comparação com o grupo do placebo. Ou seja, não era maior apenas com aqueles do sexo oposto.

A pesquisadora conta que recentemente finalizou a segunda parte do estudo em três pubs de Bristol: o Green Man, o Portcullis e o Victoria. Segundo ela, era preciso checar “se o efeito continuava no mundo real”. Eles estão analisando os dados, e os resultados estarão disponíveis em breve.

No caso de pubs e outras casas noturnas, além do álcool, a pouca luz dos bares só colabora para o final feliz.

– Sem dúvida faz efeito! Álcool com luz negra de discoteca, então… – admite a jornalista carioca Lia Brum. – No meu caso, o efeito passou ao sair da discoteca. O sujeito chegou e disse “meu hotel é para lá”. E eu: ‘minha bicicleta está aqui do lado, passar bem’. Viva a iluminação pública!

E o designer Raphael Fagundez completa a fórmula perfeita da atração fatal:

– Álcool + miopia + falta de óculos… Aí, sim, todo o mundo é lindo!

Olivia entra na brincadeira, mas faz uma ponderação de que o estudo foi publicado, não à toa, na revista científica “Alcohol & Alcoholism”:

– É divertido, mas tem uma mensagem séria. Se o álcool muda nossa percepção do que é atraente, pode levar a comportamentos de risco, como sexo sem proteção.

“Mais pesquisas são necessárias para distinguir os efeitos farmacológicos do álcool e a expectativa de ter ingerido a bebida”, indica o estudo. Ou seja, quem vai ao bar beber já está interessado em se relacionar com alguém, muitas vezes.

A jornalista carioca Isabel Araújo conta ter salvado uma amiga que, embora estivesse animada para se relacionar, entraria numa furada.

– Num samba, tive uma crise de riso com uma amiga. Ela virou e falou “nossa, que moreno gato ali no canto”. Eu olhei e não encontrei. Ela, novamente: “aquele ali de camisa azul”. Quando entendi quem era, resolvi levá-la logo para casa. Imagina se não estivesse com ela… – lembra, aos risos.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Embriaguez da mídia?
    Justiça identifica conta de conselheiro na Suíça
    Publicação: 14 de Maio de 2014 às 00:00
    São Paulo (AE) — O Ministério Público de São Paulo informou ontem (13) que a conta secreta no caso Alstom – divulgada segunda-feira pelo Tribunal Penal Federal da Suíça -, por onde passaram US$ 2,7 milhões em supostas propinas, pertence à offshoreHiggins Finance Ltd., cujos controladores e beneficiários dos direitos econômicos são o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado Robson Marinho e sua mulher.
    Os promotores de Justiça Silvio Antonio Marques e José Carlos Blat destacaram que a offshore foi usada por Marinho para captar “vantagens ilícitas”. Eles investigam o ex-chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB), sob suspeita de ter favorecido a multinacional francesa em contrato de 1998 com a Eletropaulo, antiga estatal de energia de São Paulo.

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