Segurança

Orçamento tem R$ 174,3 milhões para novo plano de segurança em 2015

2014-746542068-2014082819079.jpg_20140828Foto: Givaldo Barbosa – O Globo

Um dia depois de a presidente Dilma Rousseff ter anunciado que vai implementar em todo o Brasil o modelo de segurança pública utilizado durante a Copa do Mundo, o Orçamento da União para 2015 já prevê recursos de R$ 174,3 milhões para este objetivo. Segundo o documento divulgado, nesta quinta-feira, pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, o Ministério da Justiça teve um aumento de recursos de R$ 174,3 milhões para “implantação de Centros Integrados de Segurança Pública nos Estados”, a exemplo daqueles instalados nas 12 cidades que foram sedes da Copa.

No período dos jogos, as Forças Armadas e as polícias Federal e estaduais atuaram de forma integrada em Centros de Comando e Controle (CCC). Na prática, a presidente — candidata à reeleição — fez um anúncio com a peça orçamentária já elaborada e prevendo esse projeto. A ideia, disse a presidente, é implantar Centros de Comando e Controle nas 27 capitais brasileiras, em até um ano e meio.

O ANÚNCIO DE DILMA ROUSSEFF NA QUARTA-FEIRA

Na noite de quarta-feira, a presidente convocou uma coletiva no Palácio da Alvorada para anunciar o programa de Segurança. Na prática, todos os candidatos à Presidência têm propostas nesta área.

— Para resolver o problema da segurança pública tem de ter responsabilidade da União. Queremos é que se possa construir uma política nacional comum. Vamos mandar (o projeto) o mais rápido possível (para o Congresso) — disse Dilma, na entrevista.

A presidente afirmou que não mexerá no papel do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Segundo ela, o governo federal pretende implantar uma política nacional comum, unificando as ações dos órgãos de segurança. A implantação dos centros, segundo Dilma, não implicará o aumento do número de servidores de segurança.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Fernando Henrique Cardoso
    Agora vejo o motivo pelo qual a presidente Dilma Roussef não conseguiu obter grau de pós-graduação na Unicamp: ela entende pouco de economia. E mesmo de números. Disse no debate de ontem (26/8), na Band, que o Brasil “quebrou três vezes” no governo do PSDB. De onde tirou tal falsidade?
    O Brasil estava em moratória desde o final do governo Sarney (será que é a isso que ela se refere quando diz “quebrado”). Desde quando assumi o ministério da Fazenda, no governo Itamar, começamos a refazer a credibilidade do país. Em outubro de 1993 assinamos uma renegociação da dívida externa e voltamos aos mercados internacionais. Fizemos em 1994 o Plano Real, sem apoio do FMI, e erguemos a economia. Começava o período de construção da estabilidade, que durou todo meu primeiro mandato, passando por crises bancárias, Proer, renegociação das dívidas dos estados e municípios etc.
    No início do segundo mandato, depois das consequências da crise da Ásia (1997), da crise argentina e toda sorte de dificuldades externas e internas –graças a atos políticos irresponsáveis da oposição e à incompletude do ajuste fiscal – sofremos forte desvalorização cambial em janeiro de 1999, apesar de havermos assinado em 1998 um acordo de empréstimo com o FMI (será que é isso que a Presidente chama de “quebrar o país?). A inflação não voltou, apesar das apostas em contrário, e antes do fim do primeiro semestre de 1999 já havíamos recuperado condições de crescimento, tanto assim que em 2000 o PIB cresceu 4,7%.
    Nova dificuldade financeira, a despeito das restrições na geração de energia, só ressurgiu no segundo semestre de 2002. Por que? Devido ao “efeito Lula”: os mercados financeiros mundiais e locais temiam que a pregação do PT fosse para valer. Sentimos o efeito inflacionário (os 12% a que a Presidente sempre se refere, que devem ser postos à conta do PT). Aí sim, recorremos ao FMI, mas com anuência expressa de Lula e para permitir que seu governo reagisse em 2003, como fez. Do empréstimo, 20% seriam para usar no resto de meu mandato e 80% no de Lula… Não houve interrupção do fluxo financeiro internacional, nem quebradeira alguma.
    É mentira, portanto, que o governo do PSDB tenha quebrado o Brasil três vezes. Por essas e outras, o governo Dilma Roussef perdeu credibilidade: em vez de informar, faz propaganda falsa.

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