Polícia

PF caça grupo que vendia maconha e LSD por WhatsApp

Foto: Polícia Federal

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 12, a Operação Dealer para desarticular uma organização criminosa que negociava drogas por meio de uma rede social. São cumpridos 10 mandados de prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Sergipe e Minas Gerais. Todos os mandados foram expedidos, a pedido da PF, pela 4ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

O inquérito policial teve início em abril de 2018, após atividade de inteligência da própria PF detectar a existência de um grupo que se utilizava de rede social para realizar um mural de classificados virtual do tráfico de drogas, aproximando vendedores e compradores e efetivamente intermediando as transações de maconha, MDMA e LSD. As investigações apontam que o grupo responsável pelo mural atuava de forma organizada, com membros agindo com funções distintas, sujeitas a um comando centralizado.

Os mandados judiciais foram cumpridos no estado de São Paulo nas cidades de Indaiatuba, Casa Branca, Osvaldo Cruz, Bauru e Birigui. Também houve diligências em Aracaju/SE, Florianópolis/SC, Curitiba/PR e Divinópolis/MG.

Os investigados serão indiciados pela prática de crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, com penas de 3 a 15 anos de prisão e multa.

Fausto Macedo – Estadão

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Diversos

Refugiado escreve livro por WhatsApp e ganha maior prêmio literário da Austrália

(Foto: Reprodução)

Ao longo de cinco anos, o escritor curdo-iraniano Behrouz Boochani enviou textos em farsi pelo WhatsApp para seu tradutor, Omid Tofighian. Nesse material, ele conta sua experiência na prisão em que se encontra há mais de cinco anos, na Ilha Manus, na Papua Nova Guiné.

Os textos se tornaram um livro — chamado de “No Friend but the Mountains” (“Sem amigos, exceto as montanhas”, em tradução livre). O título, a propósito, vem de um provérbio do seu povo: “Os curdos não têm amigos, exceto nas montanhas”.

Com ele, Boochani venceu o Victorian Prize for Literature, o prêmio literário de maior gratificação da Austrália. Infelizmente, ele não pôde comparecer à solenidade de entrega, ontem à noite, em Melbourne, mas Tofighian foi em seu lugar.

Prêmio é de US$ 90 mil

Por ter sido o vencedor, Boochani recebeu AU$ 125 mil (algo como US$ 90 mil) e agora figura entre os escritores mais notáveis do país. Um belo desfecho para quem fugiu do Irã em 2013, depois de ver vários de seus colegas de trabalho serem presos pela polícia local, e foi capturado pela marinha australiana quando o barco em que estava tentava chegar ao país.

Embora os celulares ssejam proibidos para presos na ilha, muitos deles têm aparelhos obtidos ilegalmente. Boochani escreveu o livro pelo WhatsApp porque temia que, nas buscas feitas pelos guardas, seu aparelho fosse confiscado e, com ele, seu material fosse perdido.

Em geral, apenas cidadãos australianos ou residentes permanentes podem concorrer ao Victorian Prize for Literature, mas uma exceção foi feita à obra de Boochani porque os juízes a consideraram como uma história australiana.

Ciente de que não poderia participar da recepção de entrega do prêmio, o autor gravou uma mensagem para os presentes. “Acredito que a literatura tem o potencial de mudar e desafiar as estruturas de poder”, disse. “A literatura tem o poder de nos dar liberdade.”

A prisão da Ilha Manus foi fechada pelo governo australiano em 2017 e muitos detidos foram enviados para outras localidades, mas ainda há centenas no limbo — Boochani é um deles.

Olhar Digital

 

Opinião dos leitores

  1. Só em pais isolado como a Austrália que vivem na era do livro. Quem precisa de livro quando se pode ler as notícias em tempo real na internet?

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