Diversos

Donald Trump pode ganhar o prêmio Nobel da Paz no meu lugar, diz Moon Jae-in, presidente da Coreia do Sul

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e Moon Jae-in, líder da Coreia do Sul (Foto: Jonathan Ernst/ Reuters)

O presidente sul-coreano Moon Jae-in minimizou nesta segunda-feira (30) suas chances de receber o Prêmio Nobel da Paz após a histórica reunião com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, dizendo que o presidente americano Donald Trump poderia recebê-lo em seu lugar.

“O presidente Trump pode receber o Prêmio Nobel. Tudo o que precisamos é de paz”, respondeu o presidente sul-coreano à viúva de um de seus antecessores, Kim Dae-jung, que enviou-lhe uma mensagem de parabéns e lhe desejou o Prêmio Nobel.

O próprio Kim Dae-jung foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2000 por seu papel na primeira cúpula intercoreana com o norte-coreano Kim Jong Il.

A cúpula de sexta-feira (27) entre Moon e Kim foi saudada como um grande passo para aliviar as tensões na península coreana, especialmente antes da cúpula prevista entre o líder norte-coreano e o presidente dos Estados Unidos.

A escalada verbal em 2017 entre Washington e Pyongyang causou temores de um novo conflito na península, já devastada pela Guerra da Coreia (1950-53).

O aquecimento atual, iniciado durante as Olimpíadas de Inverno na Coreia do Sul e que culminou na cúpula de sexta-feira, aumentou as esperanças de uma distensão inimaginável há apenas alguns meses.

Em uma reunião pública no sábado em Michigan, Donald Trump falou de um acordo nuclear com o regime de Pyongyang, sorrindo e acenando enquanto seus partidários entoavam “Nobel! Nobel!”

Moon, cuja humildade conquistou os eleitores sul-coreanos, procura ser um mediador entre Kim e Trump.

A casa de apostas britânica Coral aponta Kim e Moon como favoritos para o próximo Nobel da Paz, concedido em outubro, seguido por Trump e pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

Líder norte-coreano e presidente sul-coreano se abraçam em encontro histórico (Foto: Korea Summit Press Pool/Reuters)

G1

 

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Política

Presidente da Coreia do Sul sofre impeachment por unanimidade

Park Geun-hye: presidente foi a primeira chefe de Estado a ser deposta desde que o país se democratizou, em 1987 (Baek Seung-ryeol/Yonhap/Reuters)

O Tribunal Constitucional da Coreia do Sul confirmou nesta sexta-feira por unanimidade a cassação da presidente do país, Park Geun-hye, aprovada originalmente pelo parlamento por causa de sua ligação com a trama de corrupção da “Rasputina”.

Com a cassação, Park, que os promotores consideram suspeita no caso, perdeu sua imunidade e a Coreia do Sul é obrigada a realizar novas eleições presidenciais em até 60 dias.

A Justiça considerou que Park participou, ao lado de sua amiga Choi Soon-sil, conhecida como “Rasputina”, na criação de duas fundações que foram usadas para extorquir fundos para grandes empresas e disse que violou a lei ao filtrar seus documentos confidenciais a Choi e permitir que ela interferisse nos assuntos de Estado.

Os oito juízes do Tribunal Constitucional ratificaram desta forma a cassação de Park, que assumiu a presidência em fevereiro de 2012, aprovada no início de dezembro do ano passado pelo parlamento sul-coreano.

Embora não tenha considerado ter sido o motivo para sua cassação, a mais alta corte do país achou provas de que Park negligenciou suas obrigações como chefe de Estado durante o naufrágio, em abril de 2014, do MV Sewol que deixou mais de 300 mortos, a maioria estudantes do ensino médio.

A decisão, que foi transmitida ao vivo por todas as emissoras de TVs e rádios do país, foi tornada pública em um ambiente marcado pelo forte dispositivo de segurança ativado em Seul para evitar confrontos entre os seguidores e opositores de Park Geun-hye.

Mais de 21,6 mil agentes isolam a máxima instância judicial sul-coreana, a Casa Azul, a sede da presidência e outros edifícios governamentais da capital por causa das manifestações contrárias e favoráveis a Park convocadas para hoje.

Milhares de simpatizantes dos dois lados tomaram a Avenida Sejong para celebrar ou condenar o veredicto, e alguns partidários de Park tentaram romper a força os cordões policiais.

Desde que o escândalo começou a sacudir o país, no ano passado, a avenida foi palco de enormes manifestações que pediam a saída de Park e que chegaram a reunir mais de 2 milhões de pessoas.

Especialistas apontam que as eleições presidenciais, onde o favorito é o candidato liberal Moon Jae-in, devem ser realizadas no dia 9 de maio.

O veredicto de hoje representa a primeira destituição de um chefe de Estado e a primeira antecipação do pleito na Coreia do Sul, desde que o país voltou a realizar eleições democráticas em 1987 após o mandato de duas juntas militares (uma das quais liderou o general Park Chung-hee, pai de Park Geun-hye).

A maioria dos sul-coreanos mostrou ser favor a cassação de Park, segundo diversas pesquisas divulgadas pela agência nacional “Yonhap”, que apontam um apoio popular de 70% para a decisão de hoje.

Exame

 

Opinião dos leitores

  1. Cabisbaixa, ela deve estar pensando sobre o azar de não ter nascido no Brasil e nem poder contar com o auxílio luxuoso de um Renan e de um Lewandovski.

  2. Manda a "bancada do jardim da infância" prá lá. Fátima Bezerra, Graziottin, Gleisi "Narizinho" Hoffman, Lindberg… Ai eles vão dizer que foi "gopi". kkkkkkkkk

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