
Se há um povo que não é muito ligado nessa coisa de evitar a morte são os russos. No YouTube, há uma série de evidências. Minha dica é buscar por “russian crazy”, estourar uma pipoca e passar uma tarde se divertindo com o que aparece.
Como aconteceu no mundo todo, as selfies tornaram-se uma mania entre os russos. O problema é que muitos deles estão unindo esse instrumento tecnológico de autocontemplação ao instinto soviético de colocar a vida em risco como forma de diversão (o jogo “roleta-russa” não tem esse nome por acaso).
Há, segundo o governo da Rússia, um crescimento no número de mortes com pessoas fazendo selfies. Em junho, um adolescente morreu queimado ao tentar fazer “uma selfie definitiva” sobre um trem em movimento. De fato, a selfie acabou sendo definitiva. “Notamos recentemente que o número de acidentes causados por amantes das selfies está aumentando constantemente”, disse Yelena Alexeyeva, ministra do interior da Rússia, à agência AFP.
Com base nisso, o governo decidiu criar uma campanha para a selfie segura. O texto, em russo, diz coisas como “Uma selfie legal pode custar a sua vida” e “Lembre-se: você não pode postar uma selfie incrível se você estiver morto”. Não leio russo, mas as imagens são autoexplicativas em relação ao que devemos evitar.
Subi aqui no telhado da empresa e fiz a minha “sefie definitiva”.
Selfie: desafiando a cartilha de segurança russa (Foto: Bruno Ferrari)
Como nas minhas veias corre sangue italiano e não o russo, o jeito foi fingir que foi perigoso. E você, já fez alguma selfie perigosa?
Época
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