Finanças

Ministro Ricardo Lewandowski, do STF, suspende MP que adia reajuste de servidores federais; na prática, resulta no pagamento de maiores salários já a partir de janeiro

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta quarta-feira (19) uma liminar (decisão provisória) e suspendeu a medida provisória (MP) que adia de 2019 para 2020 o reajuste de salários de servidores públicos federais. Na prática, isso resulta no pagamento de maiores salários já a partir de janeiro.

Lewandowski considerou que a MP 849/2018 tinha o mesmo teor da MP 805/2017, que perdeu a validade em abril. O ministro argumentou que a Constituição e a jurisprudência do STF não permitem a reedição de medida provisória com o mesmo teor em um mesmo ano legislativo.

A MP 805, que adiava duas parcelas do aumento e foi editada ainda em 2017, perdeu validade em abril sem ter sido votada pelo Congresso. Em agosto, o governo editou a MP 849, adiando de 2019 para 2020 a última parcela do reajuste. Lewandowski entendeu que a nova medida deveria ser suspensa “de modo a resguardar os direitos dos servidores públicos federais e prevenir a consumação de prática, aparentemente, inconstitucional”.

Com a liminar que suspendeu a MP 849 nesta quarta-feira, são beneficiados servidores de carreiras jurídicas e médicas, bem como diplomatas, especialistas do Banco Central e funcionários da Receita Federal, entre outros.

Segundo cálculos do governo, a decisão alcança 209 mil servidores civis ativos e 163 mil inativos, com impacto fiscal R$ 4,7 bilhões para o exercício de 2019. Os dados constam nas informações encaminhadas ao Congresso após a edição da MP 849.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

  1. o negócio é ser do judiciário que nunca tem aumento suspenso, muito pelo contrário, aumentaram o salário pra 40 mil, mais 4 mil de auxílio moradia e mais todas as regalias que eles tem direito!
    quem é do executivo que se lasque!
    não dou dois meses para suspenderem de novo o mísero aumento de 5%

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Diversos

Governo Federal abre inscrições ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) de servidores federais

O Governo Federal deu início nesta quarta-feira ao Programa de Demissão Voluntária (PDV) de servidores federais com a divulgação no Diário Oficial da União das regras para o programa de demissão voluntária de servidores.A adesão ao programa poderá ser feita até o dia 31 de dezembro por funcionários públicos do governo federal. A medida faz parte do pacote para manter o rombo das contas públicas em R$ 159 bilhões. Podem aderir funcionários da administração direta, de empresas estatais federais e também de fundações.

Quem entrar no programa do governo receberá 1,25 salário por ano trabalhado, além das demais indenizações legais. As gratificações dadas aos servidores também entram nessa conta, já que valem como salário. Nesse caso, no entanto, estão excluídos auxílio-alimentação, auxílio-transporte e adicional noturno, entre outros.

Em algumas categorias — como advogado da União, procurador federal e delegado da polícia federal — há limite para a entrada no PDV, de 5% dos cargos efetivos de cada carreira. O critério de desempate nesses casos será a data do pedido de adesão ao PDV. Estão fora do programa as carreiras de perito médico previdenciário e supervisor médico pericial do INSS.

COMO ADERIR

O pedido de adesão ao PDV deve ser feito junto ao órgão ou entidade de origem do servidor no prazo até 31 de dezembro. Quem estiver cedido, requisitado ou que estiver afastado para missão no exterior também deverá apresentar o requerimento de adesão ao PDV junto à entidade de origem ou à área de gestão de pessoas. Segundo o Diário Oficial, o pedido poderá ser encaminhado por meio eletrônico, desde que com a assinatura do servidor.

EXCLUSÃO DO PDV

Nem todos os servidores podem aderir ao programa: quem está em estágio probatório ou já cumpriu os critérios para a aposentadoria, por exemplo, fica de fora. Quem se aposentou e voltou ao serviço público também não pode participar, além de quem foi condenado por decisão transitada em julgado ou não esteja em exercício por motivo de prisão em flagrante ou preventiva. Também estão excluídos os licenciados por acidente em serviço ou tratamento de saúde.

Extra – O Globo

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Diversos

Governo prepara Plano de Demissão Voluntária para servidores federais

O ministro Dyogo Oliveira revelou ao Valor que o governo prepara um Plano de Demissão Voluntária para servidores federais. Segundo ele, a ideia é permitir adesão este ano para obter efeito em 2018.

Mais cedo, O Antagonista revelou que Michel Temer estava arrependido de ter concedido no início do governo aumentos negociados por Dilma com várias categorias do serviço público.

O Antagonista

http://www.oantagonista.com/posts/urgente-governo-temer-prepara-pdv-para-servidores-federais

Opinião dos leitores

  1. Para consecutiva história de governos que agem contra os interesses comuns, cada ato precede um novo golpe

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