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Com Barragem Armando Ribeiro Gonçalves em volume morto, confira a disponibilidade hídrica do Estado

O Relatório da Situação Volumétrica dos 47 reservatórios com capacidade superior a cinco milhões de metros cúbicos monitorados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas (Igarn), divulgado nesta segunda-feira (22), indica que mesmo após as chuvas registradas por todo o Estado no último final de semana, as reservas hídricas não obtiveram mudança significativa e o quadro permanece crítico.

Maior reservatório do Estado, com capacidade para 2,4 bilhões de metros cúbicos, a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves continua em volume morto, com 271,845 milhões de metros cúbicos, o que corresponde a 11,33% do total de água que o manancial pode armazenar. A barragem Santa Cruz do Apodi está com 85,628 milhões de m³, o que corresponde a 14,28% do seu volume total, que é de 599,712 milhões de m³. Já Umari, em Upanema, está com 39,450 milhões de m³, em porcentagem, 13,47% da sua capacidade de armazenamento.

Dos 47 reservatórios monitorados pelo Igarn, 17 estão secos, em porcentagem, 36%. Outros 17 estão em volume morto. A bacia Apodi/Mossoró está com 11,95% do seu volume total de armazenamento. Já a bacia Piranhas/Assu está com 11,29% do seu volume total.

Para que os reservatórios de maior porte (com capacidade superior a 5 milhões de metros cúbicos) armazenem água no próximo período de chuvas, o total precipitado deverá ser dentro da normalidade ou superior à média.

O diretor-presidente do Igarn, Josivan Cardoso, alerta que as chuvas ocorridas no último final de semana ainda não foram suficientes para gerar modificação real nos volumes dos grandes reservatórios monitorados pelo Governo do RN. “Continuaremos com as nossas ações de controle, fiscalização e monitoramento, pois ainda não foi possível modificar o quadro crítico e precisamos manter o sistema em operação, sempre buscando reter a maior quantidade de reservas hídricas pelo maior tempo permissível”.

Mesmo com as recentes previsões de boas chuvas para a próxima quadra chuvosa, é de suma importância que a população potiguar faça o consumo sustentável da água, tanto para garantir a continuidade do abastecimento das cidades que ainda não estão em colapso, quanto para ajudar na recarga dos reservatórios com a chegada da próxima quadra chuvosa.

Sobre a disponibilidade hídrica do Estado

A disponibilidade hídrica total do Rio Grande do Norte é de 4.411.787.259 metros cúbicos, em 2010 o Estado estava com 73,30% de sua capacidade hídrica, em 2011, devido ao bom período chuvoso o índice chegou a 89,52%. Nos anos posteriores, devido à estiagem os percentuais baixaram, em 2012 para 60,80%; 2013 para 42,39%; 2014 chegando a 37,39%; 2015 com 23,79%; em 2016 com chegando a 12,75%, chegando a 2017 com os atuais 11,24%, portanto o nível menor nível de reservas.

 

Opinião dos leitores

  1. BG, parabéns pelas informações e a riqueza de detalhes. Não aguento mais ler nos jornais apenas noticias sobre crise política, governo e atraso no salario dos servidores do estado.
    Temos uma calamidade nos recursos hídricos e isso afeta mais a economia do que o governo Robson.

  2. Querido,com todo respeito,você deve informar coisas importantes no seu blog,tipo pagamento dos servidores,crise no RN,a desastrosa gestão de Robson.

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Igarn divulga último relatório da situação volumétrica dos reservatórios do Estado

O Relatório da Situação Volumétrica dos 47 reservatórios com capacidade superior a cinco milhões de metros cúbicos, monitorados pelo Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas (Igarn), divulgado nesta terça-feira (26), indica que as reservas hídricas estão no seu menor nível pelo monitoramento realizado nos últimos seis anos, com apenas 11,5% da capacidade total de armazenamento no estado.

Em um comparativo entre os volumes dos três maiores reservatórios potiguares no dia 26 de dezembro de 2016 e no mesmo dia de 2017 temos os seguintes números: a Barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do Estado, com capacidade para 4,2 bilhões de metros cúbicos, ao final do ano passado estava com 15,23% da sua capacidade total, já este ano, o percentual é de 12,00%. Utilizando o mesmo comparativo, a barragem Santa Cruz do Apodi estava com 19,25% da sua capacidade, no ano passado, já este ano chega ao final de dezembro com 14,72%. A barragem de Umari, em 2016, chegou ao dia 26 de dezembro com 9,48% de sua capacidade, já este ano está com 14,42%.

A situação se repete se comparados os volumes totais das duas principais Bacias Hidrográficas do Estado. Em 2016, a Bacia Piranhas/Açu, chegou ao final do ano com 13,32% do seu volume total. Já este ano apresenta 12,11% do seu volume total. A Bacia Apodi/Mossoró, no mesmo período estava com 13,22% do seu volume total. Em 2017 está com 12,40%.

O Rio Grande do Norte, quanto às suas reservas hídricas superficiais, está com apenas 11,5% de sua capacidade total. Em 2016, no mesmo período estava com 12,75%. Para que os reservatórios de maior porte (com capacidade superior a 5 milhões de metros cúbicos) armazenem água no próximo período de chuvas, o total precipitado deverá ser superior à média, de modo que os pequenos mananciais se encham, possibilitando as águas da bacia chegarem aos grandes açudes.

Mesmo com as recentes previsões de boas chuvas para a próxima quadra chuvosa, é de suma importância que a população potiguar faça o consumo sustentável da água, tanto para garantir a continuidade do abastecimento das cidades que ainda não estão em colapso, quanto para ajudar na recarga dos reservatórios quando as chuvas tiverem início.

Sobre a disponibilidade hídrica do Estado

A disponibilidade hídrica total do Rio Grande do Norte é de 4.411.787.259 metros cúbicos, em 2010 o Estado estava com 73,30% de sua capacidade hídrica, em 2011, devido ao bom período chuvoso o índice chegou a 89,52%. Nos anos posteriores, devido à estiagem os percentuais baixaram, em 2012 para 60,80%; 2013 para 42,39%; 2014 chegando a 37,39%; 2015 com 23,79%; em 2016 com chegando a 12,75%, chegando a 2017 com os atuais 11,58%, portanto o nível menor nível de reservas.

Onde precisa chover

Quanto à distribuição das chuvas, nas bacias hidrográficas dos reservatórios, as precipitações pluviométricas deverão ser observadas nos municípios nelas contidas. Assim:

 

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