Polícia

Relatos de supostos casos de violência “por motivação política” causam burburinho nas redes sociais do RN e no país: infelizmente, o real e o “criado” caminham juntos

Por Rodrigo Matoso

Foto: Brasil Escola

Ameaças e qualquer tipo de agressão por motivações políticas são abomináveis, não importa o lado. Devem ser apuradas e, quando comprovadas, punidas no mais absoluto rigor da lei. De fato, registros têm ocorrido no país. Ora culpam eleitores de Bolsonaro, ora culpam eleitores do PT. Nesta altura, não existe lado, não existe razão, não existe inocente. Mas uma coisa é certa: mais cedo ou mais tarde, vão existir vítimas.

Por outro lado, nas redes sociais, uma enxurrada de correntes e fotos em montagens(em diversos casos oficialmente desmentidos) de supostas vítimas no Rio Grande e pelo país dão o tom de relatos das mais incoerentes ou, no mínimo, questionáveis. Em alguns casos, quase se convence da veracidade, até que um profissional se dê ao trabalho de um mínimo de uma apuração.

Não cabe neste texto citar todos os casos, até mesmo, para que não se cometam injustiças. Há quem conheça vítimas de casos e confiam na credibilidade de seus fatos, e há outra parte que questiona e considera relatos vagos, sem testemunhas e sem registros oficiais em hospitais ou delegacias.

Nas rodas de amigos e familiares e no bate-papo entre vizinhos e desconhecidos nos comércios e ruas das cidades, vai ser difícil não ouvir. Vai ter até aquele que vai te mostrar um áudio, uma foto ou a descrição de um relato. Dois casos valem como exemplos: motociclistas ou pessoas que, de repente, abordam um(a) estudante ou pedestre, e questionam se votam em Bolsonaro. Caso responda que não, vai ser assediado(a), agredido(a) ou ameaçado(a) até mesmo de morte. Em outra situação, de outros pedestres que usam uma camisa com frases patriotas ou da seleção brasileira, também abordados por um grupo de pessoas, dessa vez, vestidas supostamente de vermelho, atribuídos ao PT. Na ocasião, essas pessoas dizem ter ouvido “fascista, por isso que quando leve uma facada não sabe de onde veio”.

Isso não significa que em ambas as situações, em algum momento, não possa acontecer. Tudo é possível, principalmente, quando se trata de Brasil, não importa a região. Nos casos citados, até esta publicação, faltaram testemunhas e faltaram registros oficiais. Como nos crimes contra patrimônio e contra pessoas, em situações fora do meio político, caso não se registre e apresente fatos, ficarão fora das estatísticas e não “existirão”.

Realidade ou ficção, eis a questão.

A quase duas semanas da escolha do mais novo chefe de estado, infelizmente, pedir consciência dessas pessoas, vale destacar, uma minoria que constrói e deturpa informações, não vai adiantar. É caso perdido. Resta, a maioria dos potiguares e brasileiros, antes de compartilhar, checar as tais denúncias ou fatos em sites de credibilidade.

Em caso de veracidade, não importa a preferência política, não pense duas vezes, ligue 190, ou procure a delegacia mais próxima.

 

Opinião dos leitores

  1. Que eleição na capital e no interior não teve violência? Tem notícias de morte causada por divergências políticas? Então porque acusar alguém injustamente de provocar alguma violência? Essas acusações é devido a imprensa tendênciosa que é manipulada por dinheiro sujo

  2. Fazendo uma reflexão acerca dos últimos ocorridos no tocante a polaridade dentro do atual pleito, vejo que nada começou agora é muito menos vai acabar agora, é notório que o azedume nas relações e nos posicionamentos políticos entre as pessoas têm muito haver e origem lá nos movimentos contra e prol queda de Dilma.
    Agora, tudo isso veio deságua na presente campanha eleitoral com muita força e carregada de rancor e de odio ideológico aonde tem de prevalecer o entendimento por opinião própria unica daqui que der o maior grito e publicar o mais contundente "fake news" versado em um grau maior em mentiras e acusações sem veracidade.
    Nos falta! e estou inserido do rol daqueles que em algumas situações não fazem a depuração das ditas mensagens midiáticas falsiadas e montadas em cima de situações não revestidas de verdades, e na ânsia de se posicionar melhor e ser o mais ágil e habilidoso comunicador diante de seus amigos e grupos das redes sociais, expediente nada convencional e onde as coisas ganham contornos de intrigas e que de quanto pior, melhor para o pseudo benefíciado ganhador de um jogo cujo resultado é uma grande interrogação e o pior que todos nós somos perdemos.

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