Há três dias passageiros tentam embarcar para Portugal no voo da ”Tap Portugal”. De acordo com o Via Certa Natal, o voo que estava previsto para decolar para Lisboa de São Gonçalo do Amarante às 8h30 da última sexta-feira vem sendo cancelado desde então.
Segundo o Via Certa Natal, no saguão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, a situação chegou ao limite nesta manhã após mais um cancelamento para amanhã, (terça-feira). A confusão foi grande e passageiros chegaram até realizar um protesto no guichê da companhia aérea.
Ainda segundo o Via Certa Natal, muitos dos passageiros estavam com compromissos marcados de emprego, matrícula em universidade e até festa de casamento para o dia de hoje.
A ANAC, ( Agência Nacional de Aviação Civil) protocolou uma audiência para esta tarde no juizado especial no intuito de assegurar o direito dos passageiros lesados pela ”TAP Portugal”.
O Congresso decidiu não empurrar para 2026 a votação do Orçamento do ano eleitoral. A razão é simples: parlamentares querem garantir, ainda neste ano, o valor do fundo eleitoral — peça-chave para quem vai disputar a reeleição. Nos bastidores, líderes admitem que o montante deve ser mantido em R$ 4,9 bilhões, repetindo o valor usado nas eleições municipais de 2024. A Comissão Mista de Orçamento já trabalha com o congelamento do Fundão, apesar da pressão de alguns partidos por aumento.
A pressa ganhou força após a própria CMO aprovar uma instrução normativa ampliando a reserva destinada ao fundo eleitoral. Para isso, porém, haverá cortes em outras áreas do Orçamento de 2026. A proposta do relator Isnaldo Bulhões (MDB-AL) prevê reduzir R$ 2,9 bilhões das emendas de bancada e cortar R$ 1 bilhão das despesas discricionárias, o que já acendeu o alerta no governo sobre o impacto nos serviços públicos.
Além do Orçamento, o Congresso ainda precisa votar a LDO, que define as regras de gasto para o próximo ano. O Planalto tenta garantir espaço fiscal após aprovar a isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil, medida que exige compensações para fechar as contas. A principal aposta é o projeto que aumenta a taxação de casas de aposta e fintechs, proposto por Renan Calheiros (MDB-AL).
O texto dobra gradualmente a alíquota das bets, de 12% para 24%, e eleva de 9% para 15% o imposto das fintechs, com previsão de arrecadar R$ 4,98 bilhões já em 2026. Nos bastidores, porém, o recado é claro: nada disso avança antes de resolver o que realmente interessa aos parlamentares — o tamanho do Fundão.
O bairro de Mãe Luiza enfrentou mais uma madrugada de tensão neste domingo (30). Uma intensa troca de tiros assustou moradores e mobilizou diversas equipes da Polícia Militar. Durante o confronto, dois homens foram atingidos; um deles não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Segundo a PM, as viaturas realizavam patrulhamento quando foram surpreendidas a tiros por criminosos.
A região vive semanas de instabilidade, marcada pela disputa sangrenta entre facções rivais. A escalada de violência vem obrigando moradores a se abrigarem dentro de casa ao cair da noite, diante do clima de guerra que domina as ruas.
Na última quarta-feira (26), a Operação “Farol da Justiça” já havia colocado Mãe Luiza no centro das ações policiais. A ofensiva prendeu diversos suspeitos e desmontou pelo menos dois acampamentos usados por integrantes do Sindicato do Crime e do Comando Vermelho. Roupas camufladas, mantimentos e garrafas d’água foram encontrados na mata, evidenciando que o local servia como base de apoio para criminosos.
Foto: Cristiano Mariz e Brenno Carvalho/Agência O Globo
O maior gargalo da história do INSS — uma fila que bateu 2,8 milhões de pedidos em outubro — avança sem controle enquanto o comando da Previdência vive uma disputa aberta. O ministro Wolney Queiroz e o presidente do instituto, Gilberto Waller, estão em choque direto, trocando ofícios e acusações sobre interferência, exonerações e responsabilidades pela crise que atinge aposentados e beneficiários em todo o país.
A tensão subiu de vez quando Waller pediu a demissão da vice-presidente do INSS, Léa Bressy Amorim, alegando que ela usou seu período de férias para promover servidores sem autorização. Wolney barrou a solicitação, classificou as acusações como “genéricas” e lembrou que o próprio Waller foi quem indicou Léa ao cargo. Desde então, o presidente do INSS tem dito a aliados que está “no limite”, enquanto ambos evitam comentar publicamente a queda de braço.
A briga ocorre em um momento em que benefícios que dependem de perícia e análise complexa — como auxílio por incapacidade e BPC — entopem o sistema. Especialistas apontam que a automação adotada pelo governo não consegue interpretar laudos médicos e documentos sensíveis, gerando ainda mais retrabalho. Some-se a isso a falta de pessoal, judicialização crescente e grandes diferenças regionais, criando um ciclo de atrasos que o próprio governo admite não conseguir resolver sozinho.
Enquanto isso, milhões de brasileiros seguem esperando. Casos como o de Marcella Rosa, 65 anos, que aguarda resposta há cinco meses sobre um pedido de BPC, se multiplicam. Sem acesso fácil à tecnologia, ela vive ouvindo pelo telefone que seu processo “está em análise”. A crise se arrasta, a fila cresce, e a disputa interna no alto comando só aprofunda o caos na Previdência.
Em pronunciamento em rede nacional neste domingo (30), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a apostar no discurso de divisão entre “povo” e “elite financeira” ao defender a lei que isenta do Imposto de Renda quem ganha até R$ 5 mil por mês a partir de 2026. Lula afirmou que a medida corrige “privilégios históricos” e atacou quem, segundo ele, “vive de renda” e paga menos imposto que trabalhadores assalariados — narrativa que reforça o tom de “nós contra eles” que deve marcar sua campanha à reeleição.
Durante o discurso de seis minutos, o presidente afirmou que trabalhadores chegam a pagar 27,5% de IR, enquanto pessoas com rendimentos de aplicações e dividendos recolhem cerca de 2,5% na média. Ele também voltou a mencionar “super-ricos” — definidos por ele como quem ganha mais de R$ 1 milhão por ano — e disse que a compensação da nova faixa de isenção virá da taxação desse grupo. Críticos apontam, porém, que Lula coloca nessa categoria empresários que já pagam todos os tributos sobre suas empresas e ainda serão taxados novamente ao distribuir lucros e dividendos.
Lula também recorreu a comparações simbólicas, dizendo que “quem mora em mansão, tem dinheiro no exterior e jatinhos paga dez vezes menos imposto de renda do que uma professora ou um policial”. A declaração faz parte da campanha institucional do governo que contrapõe “pobres x ricos” para defender a medida aprovada por unanimidade na Câmara, pelo Senado e sancionada no fim de novembro.
Embora apresentada pelo Planalto como uma vitória da política econômica, a isenção até R$ 5 mil deve beneficiar especialmente municípios onde Jair Bolsonaro foi majoritário em 2022. Dados revelados pelo Drive, newsletter do Poder360, mostram que nessas cidades 70% dos trabalhadores passarão a não pagar IR. A estratégia do PT é clara: aproximar-se de um eleitorado que historicamente rejeita Lula, oferecendo um ganho direto no contracheque.
Representantes dos EUA e da Ucrânia classificaram como “muito produtiva” a reunião deste domingo, em Miami, sobre a proposta de paz apresentada por Washington — plano que Kiev inicialmente considerou alinhado demais às exigências russas. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que houve avanços, mas destacou que a situação é “delicada” e que ainda há “muito trabalho pela frente”, especialmente porque a Rússia também precisará integrar o processo.
O chefe do Conselho de Segurança e Defesa da Ucrânia, Rustem Umerov, elogiou o “trabalho tremendo” dos americanos e definiu o encontro como “produtivo e bem-sucedido”, embora fontes tenham relatado discussões difíceis e travadas em temas sensíveis, como território e garantias de segurança. A versão inicial da proposta americana — com 28 pontos — incluía o reconhecimento de regiões ocupadas pela Rússia e uma redução do Exército ucraniano, pontos que Kiev rejeitou. Após negociações, o plano foi reduzido para 19 itens.
Enquanto isso, o principal negociador dos EUA, Steve Witkoff, segue para Moscou para tratar do tema com Vladimir Putin, e a França convidou Zelensky para conversas paralelas em Paris. O cenário político ucraniano, porém, está abalado por um escândalo de corrupção que levou à queda do chefe de gabinete Andriy Yermak e fortaleceu o discurso do Kremlin, que tenta explorar a crise interna.
Em paralelo às tratativas de paz, a tensão no Caribe aumentou após Donald Trump anunciar que o espaço aéreo venezuelano seria fechado, o que levou a Rússia a cancelar voos turísticos para a região. A Venezuela chamou a declaração de “ameaça colonialista”, e o presidente colombiano, Gustavo Petro, criticou a ação, questionando sob que norma internacional um país pode fechar o espaço aéreo de outro. A escalada ocorre no contexto de operações americanas contra embarcações suspeitas de tráfico, que já deixaram ao menos 83 mortos, e fazem parte do esforço de Washington para pressionar o governo de Nicolás Maduro.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou, neste domingo (30), que conversou por telefone com o ditador venezuelano Nicolás Maduro.
A confirmação foi dada pelo presidente a repórteres a bordo do Air Force One durante a viagem de retorno a Washington, neste domingo (30). Trump passou o feriado do Dia de Ação de Graças na Flórida.
“Não diria que [a ligação] foi bem ou mal… foi apenas uma chamada telefônica”, afirmou o presidente à imprensa ao ser questionado sobre como foi a conversa.
O New York Times já havia reportado sobre conversa entre os dois líderes, que aconteceu na semana passada, segundo fontes do jornal americano.
A ligação acontece em um momento de escalada das tensões entre EUA e Venezuela. No sábado (29), Trump publicou nas redes sociais que o espaço aéreo venezuelano deveria ser considerado “totalmente fechado”.
A relação entre o Planalto e o Senado voltou a tensionar após o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), divulgar nota acusando setores do Executivo de tentar associá-lo a negociações de cargos em troca de apoio à indicação de Jorge Messias (AGU) ao Supremo Tribunal Federal. Segundo Alcolumbre, a insinuação é “ofensiva” ao Congresso e representa interferência indevida no processo de análise do nome indicado ao STF.
Horas depois, a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, negou qualquer tratativa sobre cargos e afirmou que o governo mantém “o mais alto respeito” por Alcolumbre. Em mensagem publicada no X, a ministra disse que o Planalto “repele” insinuações de fisiologismo e defendeu que as indicações anteriores ao STF, PGR, Banco Central e agências reguladoras ocorreram com transparência e respeito institucional.
A crise se intensificou após Lula escolher Messias para a vaga no Supremo, contrariando a preferência de Alcolumbre pelo senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Com dificuldades de Messias para reunir votos no Senado, o presidente da Casa marcou a sabatina para 10 de dezembro — prazo considerado apertado por aliados do AGU. O Planalto, no entanto, ainda não enviou a mensagem presidencial formalizando a indicação, etapa necessária para que a votação ocorra.
O senador Otto Alencar (PSD-BA), presidente da CCJ, afirmou que, sem o envio da mensagem, a análise deve ficar para 2026. O recesso parlamentar começa em 18 de dezembro. “Não existe possibilidade de votar sem a mensagem presidencial”, disse.
O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) está foragido nos Estados Unidos. De lá, ele usou as redes sociais, neste domingo (30/11), para desafiar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a enviar seu pedido de extradição à Justiça norte-americana. Ramagem foi condenado por tentativa de golpe de Estado e teve a prisão determinada por Moraes no último dia 25/11. Ele teria ido para os Estados Unidos em setembro, antes do fim do julgamento.
“Se o Alexandre de Moraes quiser trazer algum pedido para minha extradição, ele vai ter que remeter para a análise de um juiz federal americano toda a ação do golpe que me envolve e o presidente Bolsonaro. Então, eu peço, traga para a análise dos americanos essa ação do golpe e nós vamos ver uma resposta enfática dos norte-americanos do que é uma juristocracia, uma ditadura, uma arbitrariedade que assola o Brasil agora”, disse.
Na Câmara dos Deputados, o parlamentar está de licença médica até 12 de dezembro. Moraes comunicou o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), sobre a perda de mandato de Ramagem, o que só é oficializado após declaração da Mesa Diretora.
Realizada neste domingo (30) uma manifestação em Brasília pedindo liberdade ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os manifestantes também cobraram a votação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro.
A concentração ocorreu no Museu da República e o ato na Catedral de Brasília, iniciando com a execução do hino nacional. A organização destacou que o ato foi comunicado à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), como determina a Constituição.
Entre os nomes políticos, a manifestação contou com a presença do deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) e apoio logístico do senador Izalci Lucas (PL-DF). Em discurso, Pollon criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de perseguição contra o ex-presidente, citando o argumento de como uma vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi utilizado pelo STF na prisão de Jair Bolsonaro.
O discurso do parlamentar trouxe referências bíblicas para dizer que Deus permitiu a prisão de Bolsonaro para demonstrar abusos e problemas do PT. Ele concluiu dizendo que “eleição sem Bolsonaro é golpe.”
Um dos organizadores do evento, Deuselis Braga André Filho disse, em entrevista à rádio Itatiaia, que a expectativa era de um público maior, mas que as pessoas podem estar “amedrontadas” de sair de casa. “O que importa é manter a chama. A gente vai continuar fazendo”, afirmou. Além disso, ele garantiu que outras manifestações irão ocorrer em cidades como São Paulo, Recife, e novamente em Brasília.
Força Nacional | Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O Partido dos Trabalhadores (PT) propõe, em sua nova cartilha de segurança pública, a criação de uma Guarda Nacional Permanente de Caráter Civil, responsável por substituir a atual Força Nacional de Segurança Pública nas operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO).
Segundo o documento, a medida depende de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que alteraria o artigo 144 da Constituição Federal e mudaria a estrutura da atuação federal no setor. A substituição integra um conjunto de mudanças constitucionais defendidas pelo partido.
A cartilha afirma que a Força Nacional é “apenas um programa”, composto por policiais cedidos pelos estados, sem “estrutura hierárquica adequada, código de conduta ou órgão corregedor”. Por isso, o PT defende uma instituição própria da União, com efetivo permanente, ingresso por concurso público e atuação uniforme e ostensiva em todo o território nacional, especialmente em áreas sensíveis como fronteiras e Amazônia Legal.
Com essa mudança, “gradativamente não será mais necessário o emprego das Forças Armadas por meio das operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO)”, diz o documento.
PEC em elaboração
A PEC elaborada pelo partido pode ser apresentada ao Congresso pelo governo federal ou pela própria bancada petista. Embora não estabeleça prazo, o documento afirma que a proposta faz parte de uma reestruturação mais ampla da segurança pública no país.
Segundo a cartilha, a PEC prevê:
criação da Guarda Nacional Civil, com atuação nacional e ingresso via concurso;
substituição da Força Nacional, que deixaria de existir no modelo atual;
inclusão da nova guarda no capítulo constitucional da segurança pública;
transferência da responsabilidade por ações de GLO para a nova força, retirando essa função das Forças Armadas;
reforço da atuação federal em regiões estratégicas, como fronteiras.
Vale ressaltar que a PEC da Guarda Nacional não é a PEC da Segurança Pública, em tramitação na Câmara dos Deputados. Ela é uma outra proposta, dentro do pacote de “mudanças constitucionais” sugeridas pelo PT.
Proposta de criação do Ministério da Segurança Pública
Além da nova guarda, o PT também defende a criação do Ministério da Segurança Pública (MSP), retirando o tema da estrutura do Ministério da Justiça, hoje comandado pelo ministro Ricardo Lewandowski. A ideia é concentrar em uma pasta exclusiva todas as ações e órgãos federais do setor.
Segundo a cartilha, ficariam sob a estrutura do novo ministério:
Polícia Federal (PF)
Polícia Rodoviária Federal (PRF)
Polícia Ferroviária Federal
Polícia Penal Federal
Força Nacional — que seria substituída pela Guarda Nacional caso a PEC avance
Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp)
O documento afirma que “a União deve coordenar a política de segurança pública, mediante a criação do Ministério da Segurança Pública”, reforçando que a mudança ampliaria a capacidade de planejamento, gestão e integração das políticas do setor.
A cartilha reúne sugestões que, segundo o PT, devem orientar debates internos e embasar futuras iniciativas legislativas do partido na área de segurança pública.
O PT que desarticular as forças armadas e, criar a sua própria força armada, com toda certeza, esses civis que irão compor a nova força, será militantes do MST.
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