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Tarifas de 50%: Trump diz que deve conversar com Lula ‘em algum momento, mas não agora’

Imagem: reprodução/GloboNews

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (11) que pretende conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre as novas tarifas aplicadas ao Brasil “em algum momento, mas não agora”.

Na quarta-feira (9), o republicano anunciou, por meio de uma carta enviada a Lula e divulgada em suas redes sociais, que começará a cobrar uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros importados pelos EUA.

“Talvez em algum momento, mas não agora”, disse Trump ao ser questionado pela repórter Raquel Krähenbühl, correspondente da TV Globo em Washington, sobre a possibilidade de conversar com o presidente brasileiro a respeito das tarifas.

Em sua carta, Trump alega que um dos motivos para a taxação é o tratamento “muito injusto” recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, sugerindo que ele estaria sendo perseguido pela Justiça brasileira.

Lula respondeu, também pelas redes sociais, que o Brasil é uma nação soberana e não aceitará ser “tutelado por ninguém”. Os dois presidentes ainda não conversaram, e a expectativa é que a nova tarifa entre em vigor em 1º de agosto.

“Ele está tratando o presidente Bolsonaro de forma muito injusta”, continuou Trump. “Eu o conheço bem, já negociei com ele e ele é um bom negociador. Posso te falar que ele é um homem muito honesto e ama o povo brasileiro.”

“[Bolsonaro] era um cara muito difícil de negociar. Eu não deveria gostar dele porque ele era muito duro nas negociações, mas ele também era muito honesto. E eu sei reconhecer quem é o honesto e quem é o desonesto”, completou Trump.

g1

Opinião dos leitores

  1. Primeiro que Bolsonaro não é presidente, é um ex, um cidadão comum, um politica que a presidencia caiu no seu colo, por se tratar que sempre foi um politico irrelevante. Está inelegível, politico sem mandato e nada é a mesma coisa.

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Aliados de Motta e Alcolumbre calibram reação a veto de Lula sobre aumento de deputados

Foto: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados

Mesmo com uma parcela de insatisfação no Congresso diante do veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao aumento do número de deputados, líderes da Câmara e do Senado próximos aos chefes das Casas, Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), avaliam que a tendência é a manutenção da decisão do Executivo, já que o crescimento no número de cadeiras gera divisão mesmo no Parlamento.

Além disso, há o entendimento de que o governo pegou carona em um tema de apelo popular — segundo a Quaest, 85% da população é contra o aumento. Assim, derrubar a medida representaria um desgaste num momento em que o Executivo dá sinais de fôlego com o enfrentamento ao tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O texto passou na Câmara com 270 favoráveis e 207 contrários, dando mostras da divisão. Já no Senado, o placar foi ainda mais apertado: 41 a 33. A quantidade de votos favoráveis foi o número mínimo para passar. O próprio Alcolumbre se sentiu obrigado a votar para garantir a aprovação.

Agora, líderes do Senado dizem que a tendência é que o placar de apoiadores seja menor que 41. O argumento é de que parlamentares que votaram a favor sofreram desgaste diante da opinião pública e muitos vão rever a posição caso o Congresso analise o veto.

Na Câmara, origem do texto, deputados veem possíveis dificuldades adicionais ao governo em assuntos que já tinham certa resistência. Para líderes próximos a Motta, a posição de Lula representou uma forma de “jogar para a plateia” e surfar na onda de uma pauta impopular.

Uma das pautas que podem ser afetadas é a Medida Provisória do ajuste fiscal. A iniciativa foi elaborada para melhorar o quadro fiscal do governo e aumenta a tributação sobre fintechs, bets e uma série de aplicações financeiras que hoje são isentas de tributos, como a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letra de Crédito Imobiliário (LCI). O Congresso resiste a aumentar a tributação sobre todas essas áreas e há uma pressão para excluir principalmente os pontos sobre LCA, LCI e fintechs.

Já na tramitação do projeto do Imposto de Renda, por exemplo, há uma movimentação para alterar o trecho que amplia a tributação sobre quem ganha mais de R$ 50 mil por mês, uma das medidas de compensação da isenção para aqueles que recebem até R$ 5 mil. A ideia é que a renda seja contada de forma anual e não mensal, o que diminuiria a margem para o governo arrecadar.

Do jeito que está hoje, o texto determina que os descontos vão ocorrer mensalmente nas fontes de pagamento, quando for atingido um valor de ganhos superior a R$ 50 mil no mês.

Posteriormente, quando a pessoa física for fazer a declaração do IR, será verificado se o montante recebido no ano todo foi acima de R$ 600 mil. Em caso positivo, se mantém a cobrança proporcional, até o valor de R$ 1,2 milhão no ano. Caso o total seja menor que R$ 600 mil, o governo poderá aplicar uma dedução para a cobrança do IR.

Na noite de quarta-feira, logo após a decisão de vetar ter sido anunciada, Motta já articulou a aprovação de um projeto com impacto de R$ 30 bilhões. A iniciativa remaneja essa quantia do fundo social, abastecido com recursos do pré-sal, para financiar dívidas de produtores rurais. O fundo é destinado originalmente para áreas como educação, cultura e saúde pública. O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), reclamou de quebra de acordo.

Guimarães e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, eram contra o veto, mas ficaram vencidos na discussão.

Apesar de assumirem que o clima com o governo pode piorar após o veto, líderes do Congresso ponderam que o tempo de recesso pode ajudar a arrefecer os ânimos. Mesmo com o cenário ainda distante de uma pacificação completa, o líder do maioria na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que a decisão de Lula traz benefícios:

“Podemos até ser derrotados nas votações, mas vamos ganhar na disputa política”.

O Globo

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Lula e Trump sobem tensão, enquanto Brasil segue sem avanços contra tarifas

Foto: Montagem com fotos de Brenno Carvalho/Agência O Globo e Jim Watson/AFP

Declarações do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na quinta-feira (17), aumentaram a tensão em torno da imposição do tarifaço americano de 50% aos produtos brasileiros.

Enquanto isso, o Brasil segue sem avanços para uma resolução concreta ao problema. O tarifaço entra em vigor em 1º de agosto.

Em entrevista à CNN, Lula criticou o anúncio surpresa do aumento de tarifas e a forma como o governo americano comunicou a decisão — por meio de carta nas redes sociais.

“Não podemos deixar o presidente Trump esquecer que ele foi eleito para governar os EUA. Ele não foi eleito para ser o imperador do mundo”, afirmou o presidente brasileiro.

A resposta da Casa Branca foi rápida.

“O presidente certamente não está tentando ser o imperador do mundo. Ele é um presidente forte dos Estados Unidos da América e também o líder do mundo livre. E vimos uma grande mudança em todo o mundo devido à forte liderança deste presidente”, disse a porta-voz do governo Trump, Karoline Leavitt.

Além de atacar diretamente Trump, Lula voltou a ameaçar as big techs americanas com a possibilidade de novas tributações — uma medida que desagrada ao Trump, conhecido por seu histórico de proteção às gigantes do Vale do Silício.

“Esse país só é soberano porque o povo brasileiro tem orgulho desse país. Eu queria dizer para vocês que a gente vai julgar e cobrar impostos das empresas americanas digitais”, afirmou Lula, em evento em Goiânia. Ele não detalhou quais companhias seriam afetadas nem como essa taxação ocorreria.

Questionadas pela CNN, lideranças do governo no Congresso não souberam explicar como se daria a cobrança, tampouco têm previsão para uma eventual implementação. O discurso de Lula reativou críticas dos Estados Unidos, que acusam o Brasil de manter regras que prejudicam empresas americanas.

“Há anos sabemos que as regulamentações digitais do Brasil e a fraca proteção à propriedade intelectual minam as empresas de tecnologia e inovação dos EUA. Sua tolerância ao desmatamento ilegal e outras práticas ambientais coloca os produtores, fabricantes e pecuaristas americanos em desvantagem competitiva”, afirmou Karoline Leavitt.

O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin (PSB), já chegou a declarar que reverter o tarifaço é mais urgente do que a investigação dos EUA contra o Brasil sobre essas supostas práticas. Ele continua nesta sexta-feira (18) com reuniões com empresários de setores que serão impactados pelas tarifas. No entanto, a percepção entre governistas e opositores é de que o governo federal ainda não conseguiu consolidar um canal efetivo de negociações com autoridades americanas.

A escalada de tensão causa preocupação no setor privado brasileiro, especialmente entre os representantes da indústria e do agronegócio, que temem que o conflito político entre os líderes inviabilize a negociação de um acordo sobre o tarifaço. Empresários envolvidos nas conversas com o governo brasileiro relatam insegurança sobre os rumos do processo.

Em meio às dificuldades do governo brasileiro de conseguir uma sinalização positiva dos Estados Unidos, Jair Bolsonaro se apresentou para tentar negociar com Trump. “Se o Lula sinalizar para mim, eu sei que não é ele que vai dar o passaporte, eu negocio com o Trump.”

Paralelamente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), deputado federal licenciado e filho do ex-presidente, foi citado em reportagem do Washington Post sobre sua tentativa de convencer o governo americano a impor sanções ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

O clã Bolsonaro também aposta em um possível gesto de apoio de Trump para impulsionar o projeto de anistia que tramita no Congresso — proposta que beneficiaria o ex-presidente brasileiro. No entanto, o Congresso entrou em recesso sem avançar no tema.

Em nova carta divulgada nesta quinta, Donald Trump voltou a defender Bolsonaro. O republicano pediu que o julgamento contra o ex-presidente brasileiro seja imediatamente interrompido.

Ele também atacou o governo Lula, afirmando esperar que o Palácio do Planalto “mude de rota”, em referência ao que classificou como “ataques a opositores” e “regime ridículo de censura”.

CNN – William Waack

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Educação

Por que seu filho estuda mas continua errando na prova? Entenda o que está faltando

Foto: Divulgação

“Ele estudou tanto, sabia tudo, mas mesmo assim errou na prova” Essa é uma queixa comum entre pais de estudantes do Ensino Fundamental e Médio. Mas o que muitos ainda não sabem é que, na maioria das vezes, o problema não está na execução da prova e sim no conceito de ilusão de competência.

Segundo Victor Cornetta, especialista em Tendências Educacionais e CEO da Kaizen Mentoria, muitos alunos acreditam que sabem um conteúdo apenas porque viram o professor explicar uma vez ou porque conseguiram acertar uma questão isolada em um momento anterior. “Eles confundem familiaridade com domínio real. Acham que sabem, mas não entendem o assunto com profundidade”, explica.

Esse fenômeno é chamado de Ilusão de Competência: o estudante acredita que domina o conteúdo, mas, na verdade, ele teve apenas um contato superficial com ele. E essa falsa sensação de segurança faz com que ele não treine de forma estratégica, não revise com critério e acabe errando nas avaliações.

“Para transformar esse cenário, é preciso mais do que esforço. É necessário método”, destaca Victor Cornetta. Na Kaizen Mentoria, os alunos aprendem um sistema de resolução de questões, que consiste em quebrar cada uma em etapas. “Quando o aluno segue esse sistema com consistência, repetindo o processo corretamente diversas vezes, ele começa a entender o conteúdo de forma estruturada e profunda”, afirma o especialista.

Estudar com profundidade, praticar com método e revisar com estratégia: esses são os pilares do trabalho da Kaizen Mentoria. “Muitos pais pensam que o problema do filho é falta de esforço, mas o que falta, na maioria das vezes, é método, dados e direcionamento”, comenta Victor Cornetta.

Ele explica que na mentoria, os alunos têm acesso a um planejamento individualizado, com metas semanais e revisões adaptadas ao estilo da prova que irão enfrentar. Com isso, eles não apenas aprendem o conteúdo, mas também entendem o raciocínio por trás das questões, o que reduz erros por desatenção, confusão ou pegadinhas.

“Nosso foco é tirar o aluno da superfície e levá-lo a um nível de profundidade. Com as técnicas corretas e um acompanhamento próximo, ele deixa de errar aquilo que acha que sabe, e passa a realmente dominar o que estuda”, finaliza o especialista.

Pais interessados em conhecer o método podem entrar em contato com a equipe da Kaizen Mentoria pelo link: https://bit.ly/blogdobg1

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Geral

Trump faz chantagem, diz Gleisi sobre carta a Bolsonaro

Foto: Breno Esaki/Metrópoles

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, criticou nesta quinta-feira (17) a carta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), classificando-a como uma “chantagem que estão fazendo contra o Brasil“.

Gleisi afirmou no X que Trump exige que o país abra mão da sua soberania, do sistema jurídico e das leis para suspender as tarifas impostas recentemente –que entrarão em vigor em 1º de agosto.

O governo norte-americano elevou para 50% as tarifas sobre produtos brasileiros em retaliação à investigação contra Bolsonaro, que é alvo no STF por suposta tentativa de golpe de Estado.

A carta de Trump também publicada nesta quinta-feira (17) defende Bolsonaro e pede que o julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) seja encerrado imediatamente. Trump acusa o sistema judicial brasileiro de perseguição política.

Essa é a 6ª vez que Trump se manifesta publicamente em defesa de Bolsonaro durante o processo judicial no Brasil, aumentando a tensão diplomática entre os 2 países.

Ainda nesta 5ª feira (17.jul) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocou pronunciamento à nação e reagiu ao “tarifaço” americano.

O petista declarou que o governo brasileiro teve mais de 10 reuniões para negociação com os EUA e chamou quem defende a decisão norte-americana de “traidores da pátria”.

Poder 360

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Economia

Heineken vai aumentar preço da cerveja no Brasil em 6%, diz jornal

Foto: Bloomberg

A Newswires noticiou nesta quarta-feira (16) que a Heineken aumentou seus preços no Brasil em uma média de 6% em todo o seu portfólio, marcando o primeiro aumento de preços desde abril de 2024. A nova tabela de preços entrará em vigor em julho. Isso ocorre após o aumento de preços da Ambev (ABEV3) ocorrido no início deste ano, após o Carnaval.

O Bradesco BBI questiona se este pode ser um ponto de inflexão para as ações da Ambev.

“Houve rumores nas últimas semanas sobre o aumento de preços da Heineken, mas ainda vemos a leitura inicial da Ambev como positiva. No fim do dia, isso sinaliza um ambiente de preços mais racional para a cerveja brasileira, pelo menos no curto prazo. O aumento mais amplo da inflação de cerveja no setor após os aumentos da Ambev no início deste ano reforça essa visão”, avaliam Henrique Brustolin e Pedro Fontana, analistas que assinam o relatório. As ações subiam 1,73%, a R$ 13,50, às 12h (horário de Brasília) nesta quarta.

A questão-chave, no entanto, é se isso marca uma mudança estrutural na dinâmica competitiva — e ainda não acreditam que isso aconteça.

Os analistas apontam que a Heineken nunca foi a empresa mais agressiva em termos de preços e a empresa passou mais de um ano sem realizar um ajuste de preços. Assim, acreditam que sua ambição de aumentar volumes e participação de mercado permanece intacta, e agora está cada vez mais focada em lidar com o lucro dominante da Ambev no segmento mainstream — especialmente com a inauguração de sua nova cervejaria este ano.

“Em nossa opinião, a decisão de aumentar os preços agora também pode refletir os ganhos recentes de participação, principalmente após a decisão da Ambev, o que ajuda a sustentar as ambições de crescimento de volume. Além disso, o fato de a Heineken ter esperado a ação da líder de mercado — revertendo uma tendência de vários anos — contribui para essa visão”, avalia.

Em última análise, acredita que a trajetória patrimonial da Ambev depende de sua capacidade de continuar recuperando margens, o que depende de uma entrega equilibrada de preços e volumes, o que ainda não foi visto, segundo Brustolin e Fontana.

“Os resultados do 2T25 serão fundamentais para avaliar essa relação preço-volume, mas, dada a trajetória dos preços no ano, manter margens estáveis na cerveja brasileira este ano ainda parece desafiador”, apontam os analistas do Bradesco BBI.

Tudo isso ocorre em meio a sinais de desaceleração na indústria cervejeira brasileira e a um impulso limitado das operações internacionais da Ambev. Mesmo considerando uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações/receita) consolidada estável em 2025, projeta a Ambev sendo negociada a 14,5 vezes o múltiplo de P/L (preço sobre lucro), o que só ofereceria um cenário de ações mais convincente se a confiança no crescimento dos lucros retornasse.

O BBI mantém recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 12.

Já o Goldman Sachs segue com recomendação de venda para os ativos. O banco, embora reconheça que um cenário competitivo mais racional é claramente um fator positivo para o setor como um todo, considera essa notícia com reservas, levando em conta que: 1. Os preços relativos ainda favorecem a Heineken, já que o rastreador sugere que a Ambev aumentou seus preços em média 7% em abril (e mais 2% em junho); 2. A atividade promocional tem sido intensa, compensando parcialmente o repasse desses ajustes para o nível da receita líquida.

“No contexto de demanda enfraquecida, oferta crescente e custos substancialmente mais altos, continuamos acreditando que será difícil para a Ambev manter sua participação de mercado e lucratividade nos próximos 12 meses – um contexto que, em nossa opinião, não justifica sua atual avaliação de preço/lucro prospectiva de 14,1 vezes”, conclui.

InfoMoney

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Lula e Congresso encerram semestre em conflito e com lista de contas a acertar a partir de agosto

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

O presidente Lula (PT) e o Congresso Nacional encerraram o semestre legislativo em conflito e com uma lista de contas a acertar a partir de agosto, quando deputados e senadores voltam do recesso.

O último dia de trabalho efetivo de Câmara e Senado, nesta quarta (16), reuniu vários elementos dessa tensão, com discursos inflamados aos microfones, votações a toque de caixa e acusações de lado a lado durante a sessão que invadiu a madrugada de quinta-feira (17).

Crise do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), eventuais pautas-bomba, licenciamento ambiental, aumento no número de deputados e outros temas fizeram parte do cardápio que inflamou a semana e que, certamente, terão reflexo a partir do próximo mês.

A relação do governo Lula 3 com o Congresso nunca foi pacífica, tendo em vista a presença minoritária da esquerda, o que vinha ocasionando derrotas ao Palácio do Planalto.

Recentemente, porém, o governo entabulou uma reação após avaliar ter repercutido positivamente na popularidade presidencial a campanha encabeçada pelo PT nas redes sociais na linha de “ricos contra pobres”, tendo o Congresso como um dos alvos. O tarifaço de Donald Trump, na sequência, deu ao petista legitimidade para tentar retomar das mãos do bolsonarismo o discurso nacionalista.

A primeira medida direta de Lula em confronto com o Congresso foi recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra a decisão do Legislativo, em junho, de sustar o decreto de aumento do IOF, votação que na Câmara teve apoio inclusive dos esquerdistas PDT e PSB, com placar elástico —383 votos a 98.

Na quarta-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes validou a maior parte do decreto de Lula, ponto central do plano do ministro Fernando Haddad (Fazenda) no sentido de equilíbrio das contas públicas.

A decisão de Moraes foi mote para bolsonaristas que participavam de votação na Câmara pressionarem enfaticamente o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), a adotar uma reação, alegando que a falta de resposta causaria a completa desmoralização do Congresso.

No mesmo instante, chegou a notícia de outra ofensiva de Lula contrária aos interesses dos congressistas, dessa vez com o veto ao projeto que aumenta o número de deputados de 513 para 531.

A decisão do presidente foi tomada sem informação prévia a Motta e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), avalizadores do projeto. A atitude do petista foi lida por parlamentares como o troco da derrota aplicada na votação do IOF, cuja votação não foi informada previamente ao Planalto, mas sim publicada no perfil de Motta no X (ex-Twitter).

O Congresso poderá derrubar o veto de Lula na volta do recesso, mas agora caberá ao Legislativo o ônus público de, caso busque manter o aumento do número de deputados, colocar a digital em uma pauta que precisará do apoio de ao menos metade dos congressistas. Pesquisa do Datafolha mostrou em junho que 76% dos brasileiros são contra o projeto.

Coube à ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), informar Motta sobre o veto, após receber a confirmação do gabinete do presidente. Na conversa, a ministra contou ter opinado pela chamada sanção tácita —quando o Executivo não se manifesta, deixando a promulgação a cargo do Legislativo—, mas Lula optou pelo veto.

Foi o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), quem deu a notícia a Alcolumbre. A postura de Lula tem sido encarada como uma prova de que ele não perdoou o fato de Motta ter anunciado pelas redes sociais a decisão de levar à pauta a derrubada do decreto do IOF.

Na avaliação de aliados de Lula e até de Motta, ao não o informar, o presidente deu resposta ao que foi considerado como descortesia do deputado.

Assim que a notícia do veto veio a público, Motta deixou o plenário da Câmara e foi ao Senado se reunir com Alcolumbre. Nenhum dos dois falou sobre o teor do encontro nem se manifestou publicamente sobre as decisões de Lula. Embora dos dois lados haja “bombeiros” que apostem nos 15 dias de recesso parlamentar como um possível redutor da fervura, os ânimos entre os parlamentares na noite e madrugada eram de conflagração.

Uma primeira resposta veio da mesma sessão em que o deputado foi pressionado a agir. A Câmara aprovou na noite de quarta uma pauta-bomba que inclui um crédito subsidiado de até R$ 30 bilhões para o agronegócio com verbas de petróleo do pré-sal. O placar, mais uma vez, foi folgado, 346 a 93.

Já na madrugada desta quinta foi a vez de os deputados aprovarem o projeto de lei que simplifica o licenciamento ambiental, classificado pela esquerda como o “PL da devastação”. Partidos com ministério no governo Lula somaram 63% dos votos a favor do projeto.

Folha de S.Paulo

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Economia

Veja todos os impostos e taxas que governo Lula aumentou desde a posse

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a partir de janeiro de 2023, o Executivo busca equilibrar as contas públicas e tenta cumprir a meta fiscal majoritariamente por meio uma ponta: o aumento da receita.

De lá para cá, os esforços foram concentrados em reverter decisões de incentivos fiscais, aumentar a incidência de impostos já existentes e criar novas taxações – que vão desde a “taxa das blusinhas” até a cobrança das bets.

Segundo levantamento feito pela CNN, o governo Lula adotou ao menos 25 medidas para aumentar a arrecadação nesse período de quase três anos, que chega a um momento de tensão entre os Três Poderes devido à recente investida com a alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Veja a lista abaixo:

2023

  • Créditos tributários: publicação da MP 1202, que anteriormente determinava o fim do Perse (programa de ajuda ao setor de eventos criado durante a pandemia), mas acabou desidratada após pressão do Congresso e, no fim, estabelece “apenas” limites para a compensação de créditos tributários decorrentes de decisões judiciais;
  • Aumento do PIS/Cofins: o governo reverteu a decisão que impôs alíquotas reduzidas de PIS/Cofins em janeiro de 2023, mas a decisão foi derrubada pelo Congresso em seguida; no entanto, em outubro de 2024 o STF (Supremo Tribunal Federal) validou o decreto do Executivo e reestabeleceu a medida;
  • Fundos de investimentos exclusivos e offshore: foi estabelecida em novembro de 2023 uma nova tributação para fundos de investimentos exclusivos e offshores, com cobrança de 15% para fins de IR (Imposto de Renda) nos fundos de longo prazo, ou de 20% nos fundos de curto prazo, de até um ano;
  • IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para armas de fogo: decreto de outubro de 2023 elevou a cobrança do IPI, com a incidência para armas de fogo passando de 29% para 55% e, para cartuchos de munições e afins, de 13% para 25%;
  • Limitação de JCP (Juros sobre Capital Próprio): o governo restringiu os benefícios fiscais do JCP, com medidas que limitaram a base de cálculo e vedaram as estruturas que permitiam maiores deduções;
  • Voto de qualidade do Carf (Conselho de Administração de Recursos Fiscais): o governo conseguiu a recriação do voto de qualidade do Carf, uma das medidas consideradas mais importantes para aumentar a arrecadação, pois antes muitos processos empatados eram decididos a favor do contribuinte, mas, agora, a Fazenda consegue a decisão a seu favor e com que os créditos não sejam cobrados; o governo estima arrecadação de cerca de R$ 60 bi por ano;
  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): o governo editou uma medida provisória em que estabelece o ICMS fora da base de cálculo dos créditos de PIS/Cofins.

2024

  • Combustíveis: o governo retomou a cobrança integral de PIS/Cofins para os Governo retomou a cobrança integral de PIS/Cofins para combustíveis;
  • IRPJ e CSLL: o novo ano também marcou o fim da isenção de IRPJ e CSLL sobre benefícios fiscais, como subvenções e crédito presumido do ICMS, que passaram a integrar a base de cálculo tributável;
  • Taxa das blusinhas: entrou em vigor em 1º de agosto a lei que estabelece a taxação de 20% sobre compras internacionais acima de US$ 50, após amplo debate no Congresso o nível da alíquota que seria cobrada; o nome faz alusão às “blusinhas” que alguns brasileiros compra em empresas estrangeiras que oferecem preços muito mais baixos que os praticados no cenário doméstico, como Shein, Shopee e Amazon;
  • Tributação de multinacionais: foi estabelecida a cobrança mínima de 15% sobre os lucros de multinacionais no país com faturamento anual igual ou superior a 750 milhões de euros em ao menos dois dos últimos quatro anos.

2025

  • Tributação das bets: a partir de 1º de janeiro deste ano foi estabelecido o marco regulado de apostas de quota fixa no Brasil, como no caso das “bets”, empresas que ofertam apostas esportivas online; cada empresa teve que pagar ao governo outorga de R$ 30 milhões para poder operar no país, além de cumprir uma série de requisitos; inicialmente os sites legalizados tinham cobrança de 12% sobre o faturamento bruto, além de 15% de IRPJ e CSLL (com sobretaxa de 10% em lucros acima de R$ 240 mil), 9,25% sobre a receita bruta (regime não cumulativo), ISS (Imposto sobre Serviço) que varia de 2% a 5% e taxa de fiscalização que varia entre 0,17% a 0,30% – o total da carga tributária fica em torno de 50%;
  • Reoneração da folha: após longa discussão ao longo de 2023 e 2024, o governo conseguiu passar a reoneração gradual da folha de pagamentos de funcionários do setor privado e da folha de pagamentos dos municípios, que haviam sido “desoneradas” em 2011 e as cobranças passaram a variar entre 1% a 4,5%; o retorno da cobrança vale a partir de 1º de janeiro de 2025 e será gradual até 2028, quando a incidência voltará a ser de 20% – alíquota que era cobrada até 2011;
  • Fim do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos): o governo tentou dar fim ao Perse, criado para atender o setor de turismo e de eventos durante a paralisação da pandemia da Covid-19, com a criação da MP 1202/2024, mas, após forte pressão do setor produtivo, houve negociação e o programa só teve fim em março de 2025, quando foi atingido o teto orçamentário estabelecido em R$ 15 bilhões.

Além das medidas acima, o governo adotou recentemente duas ações para aliviar as contas públicas e aumentar a arrecadação para chegar à meta de déficit zero: o decreto que aumenta o IOF e a MP com outras compensações, em meio ao imbróglio criado diante da primeira alternativa.

CNN

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“Não há vencedores em guerras tarifárias”, diz Lula em meio a crise com Trump

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi à TV na noite desta quinta-feira (17) e elencou as ações do governo para contornar a taxação de 50% a produtos brasileiros, imposta pelos Estados Unidos a partir de 1º de agosto. No vídeo, de mais de 4 minutos, o petista chamou a carta que o presidente norte-americano, Donald Trump, enviou ao Brasil de “chantagem inaceitável” e foi enfático ao afirmar que “não há vencedores em guerras tarifárias”.

“Realizamos mais de 10 reuniões com o governo dos Estados Unidos e encaminhamos, em 17 de maio, uma proposta de negociação. Esperávamos uma resposta, e o que veio foi uma chantagem inaceitável, em forma de ameaças às instituições brasileiras, e com informações falsas sobre o comércio entre o Brasil e os Estados Unidos”, disse.

Lula reservou parte de seu pronunciamento para criticar políticos brasileiros que, segundo ele, estariam apoiando a medida norte-americana. “Minha indignação é ainda maior ao saber que esse ataque ao Brasil conta com o apoio de alguns políticos brasileiros. São verdadeiros traidores da pátria. Apostam no ‘quanto pior, melhor’. Não se importam com a economia do país nem com os prejuízos causados ao nosso povo.”

O mandatário reforçou ainda que “não há vencedores em guerras tarifárias”. “Somos um país de paz, sem inimigos. Acreditamos no multilateralismo e na cooperação entre as nações. Mas que ninguém se esqueça: o Brasil tem um único dono – o povo brasileiro.”

Atuação das plataformas digitais

O presidente também abordou a atuação de plataformas digitais no país e reiterou que empresas estrangeiras devem se submeter às leis brasileiras. “No Brasil, ninguém está acima da lei. É preciso proteger as famílias brasileiras de indivíduos e organizações que utilizam as redes digitais para aplicar golpes e fraudes, cometer crimes de racismo, incentivar a violência contra as mulheres, atacar a democracia, além de espalhar ódio, violência e bullying entre crianças e adolescentes — em alguns casos, levando à morte — e desacreditar as vacinas”, declarou.

Lula defendeu o diálogo com diferentes setores da sociedade como forma de enfrentar os impactos econômicos da taxação. “Estamos nos reunindo com representantes dos setores produtivos, da sociedade civil e de órgãos fiscalizadores. Esta é uma grande ação conjunta, que envolve a indústria, o comércio, o setor de serviços, o setor agrícola e os trabalhadores.”

O presidente ainda afirmou que o Brasil continuará apostando nas relações diplomáticas com os EUA e com outros parceiros internacionais. “Seguiremos apostando nas boas relações diplomáticas e comerciais, não apenas com os Estados Unidos, mas com todos os países do mundo”, disse. “A primeira vítima de um mundo sem regras é a verdade.”

Em defesa do comércio brasileiro, Lula contestou as alegações de práticas desleais. “São falsas as alegações sobre práticas comerciais desleais por parte do Brasil. Os Estados Unidos acumulam, há mais de 15 anos, superávit comercial de 410 bilhões de dólares.”

Metrópoles

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Trump publica carta a Bolsonaro e diz que “sistema se voltou contra você”

Foto: Mark Wilson/Getty Images

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou, nesta quinta-feira (17/7), em sua rede Truth Social uma carta direcionada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em que, mais uma vez, afirma que Bolsonaro é vítima de “um sistema injusto que se voltou contra” ele.

“Prezado Sr. Bolsonaro, vi o tratamento terrível que você está recebendo nas mãos de um sistema injusto que se voltou contra você. Esse julgamento deveria acabar imediatamente! Não me surpreende vê-lo liderando nas pesquisas; você foi um líder altamente respeitado e forte, que serviu bem ao seu país”, escreveu Trump.

O presidente norte-americano ainda destacou que compartilha do mesmo compromisso [de Bolsonaro] de ouvir a voz do povo”.

“Estou muito preocupado com os ataques à liberdade de expressão — tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos — vindos do atual governo. Expressei fortemente minha desaprovação, tanto publicamente quanto por meio da nossa política tarifária. É minha sincera esperança que o Governo do Brasil mude de rumo, pare de atacar os opositores políticos e encerre esse regime ridículo de censura. Estarei observando de perto”, completou Donald Trump.

Confira a carta:

Original

Foto: Reprodução/X

Traduzida

Foto: Reprodução/X

Metrópoles

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Geral

Inscrições para programa de bolsas de até 100% no Colégio Porto termina neste domingo (20)

 

Estão abertas, até o próximo domingo (20), as inscrições para a Prova de Bolsas Acadêmicas 2026 do Colégio Porto. O programa vai conceder bolsas de estudo de até 100% para alunos que ingressarem no Ensino Médio da instituição, em Natal, no próximo ano. A seleção é voltada a estudantes que não têm vínculo com o colégio e que estejam cursando, em 2025, o 9º ano do Ensino Fundamental ou a 1ª e 2ª séries do Ensino Médio.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até as 23h59 do dia 20 de julho no site www.lp.colegioporto.com.br ou através da bio no Instagram oficial do colégio (@colegio.porto). No site também está disponível o edital completo com todas as regras do processo seletivo.

As provas acontecem nos dias 26 e 27 de julho, de forma presencial, na sede do Colégio Porto, localizada na Rua Felipe Cortez, nº 1840, Lagoa Nova. No sábado (26), o exame será aplicado das 8h às 13h30, e no domingo (27), das 8h às 13h.

A prova será composta por questões objetivas e uma redação, elaboradas pela equipe de professores do colégio. O resultado oficial da prova será divulgado individualmente por e-mail até o dia 4 de agosto.

 

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