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VÍDEO – COVARDIA E SELVAGERIA: Jornalista Caco Barcellos agredido durante manifestação no RJ

cacoTruculência. Caco Barcellos é atingido na cabeça por cone jogado por manifestante em frente à Alerj. Pela manhã, repórter do GLOBO foi chutado – Domingos Peixoto

Os repórteres Caco Barcellos, da TV Globo, e Guilherme Ramalho, do GLOBO, e o cinegrafista Luiz Felipe Saleh, do “Profissão Repórter”, foram agredidos na tarde desta quarta-feira quando faziam reportagens sobre o protesto de servidores do estado, na porta da Assembleia Legislativa (Alerj). Caco Barcellos foi atacado pelos manifestantes, que jogaram cones de trânsito no jornalista, o atingindo na cabeça e nas costas, e também garrafas de água. Guilherme Ramalho, da Editoria Rio, foi chutado e teve que deixar o local para não sofrer mais agressões. As ações violentas foram repudiadas por entidades que defendem as liberdades de imprensa e expressão.

Em nota conjunta, a Associação Nacional de Jornais, a Associação Brasileira de Emissoras e Rádio e TV e a Associação Nacional de Editores de Revistas consideraram “intolerável que todo e qualquer cidadão, em especial os profissionais de comunicação, sofram ameaças ou agressões durante coberturas jornalísticas. Impedir a atuação da imprensa é uma afronta ao direito constitucional da sociedade de acesso às informações de interesse público”. O comunicado pede às autoridades a “apuração rigorosa do ocorrido e a punição dos responsáveis”.

Desde os protestos de 2013, repórteres, fotógrafos e cinegrafistas têm sido vítimas de violência durante o exercício da profissão. Em 10 de fevereiro de 2014, Santiago Andrade, da TV Bandeirantes, teve morte cerebral quatro dias após ser atingido na cabeça por um rojão, atirado por dois manifestantes.

https://www.youtube.com/watch?v=KjS04irnvh8

APURAÇÃO DEVE SER RIGOROSA

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo também se manifestou, afirmando em nota que “repudia esses ataques e apela aos manifestantes que preservem o trabalho da imprensa. A livre informação é a principal arma de uma sociedade em luta democrática. A Abraji orienta os repórteres a registrarem as agressões junto à Polícia Civil, e pede que os agentes investiguem as ocorrências. Aos policiais militares, a entidade pede que ajudem os profissionais da imprensa a fazerem a cobertura dos protestos com segurança.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro condenou “o recrudescimento das agressões a jornalistas no exercício de suas funções”. Segundo o sindicato, “de um repórter do G1 tentaram retirar a máscara de proteção contra bombas de efeito moral. Gustavo Maia, do UOL, e um repórter fotográfico da agência O Dia também sofreram agressões.” Segundo nota da entidade, “essa prática de agressão a jornalistas está se tornando um hábito nefasto, que fere o direito à informação e espelha o ódio e o desrespeito cada vez mais presentes em determinados segmentos da sociedade. Reiteramos: o sindicato repudia e condena qualquer ato de violência contra jornalistas e demais trabalhadores, sejam agressões vindas de autoridades ou de populares, seja o abuso físico ou moral. Dar informações à população é função inerente ao nosso trabalho e um dos pilares de sustentação da nossa tão combalida democracia brasileira”.

As agressões contra Barcellos começaram quando ele terminava uma entrevista com a servidora aposentada do estado, Valéria Câmera Pacheco, de 54 anos, que tem comparecido às manifestações em frente à Alerj fantasiada de “Mulher Maravilha”. Valéria contou que era entrevistada quando o jornalista passou a ser hostilizado.

— Achei um absurdo, uma falta de respeito. É lamentável. Tinha gente bastante alterada. Fiquei muito triste. Faltou educação e caráter — afirmou Valéria.

PROTEÇÃO NO FÓRUM

Barcellos ainda tentou conversar com quem estava ao redor, mas foi cercado por um grupo de aproximadamente 30 pessoas e forçado a sair. Um pouco antes, uma equipe do programa “Profissão Repórter”, dirigido por Barcellos há dez anos, já havia sofrido represálias. Enquanto corria para os fundos do Tribunal de Justiça, a 300 metros de distância da Assembleia, Caco Barcellos foi atingido na cabeça por um cone de trânsito. Outros foram jogados na direção do jornalista. Repórteres e dois policiais que tentavam ajudá-lo a sair também foram atingidos na confusão.

— Se não correr vai apanhar mais — gritava um garoto de, no máximo, 18 anos, com o rosto coberto, arremessando diversos cones em sequência.

A agressão a Guilherme Ramalho ocorreu duas horas antes. Após entrevistar um servidor, o repórter do GLOBO teve que desviar de um soco de um manifestante. Ao correr, levou um chute na canela de outro homem. O repórter acabou perdendo os óculos na confusão.

O Globo

Opinião dos leitores

  1. Pra você ver, esse jornalista defende uma linha editorial totalmente crítica e policiofóbica quanto ao trabalho dos policiais, especialmente os militares. Inclusive leia o título desta matéria e veja a foto, a impressão que passa é que a violência foi praticada pela polícia. Sim ,mas voltando, mesmo debaixo de injustiças editoriais e manifestação de ódio praticada pela linha editorial destes jornalistas, dois " otários policiais" ( registrem-se as aspas, na verdade são dedicados e devotados mesmo a quem não merece) ainda se metem na frente do jornalista para defendê-los! Tem mais é que deixar essa corja se ferrar!! Fodem o país com a sua linha editorial que prega o caos, a desordem, a valorização do crime e a discriminação da atividade policial! Tá na broca, globo, folha, carta… chamem o Batman e lasquem-se pra lá !!!

  2. Melhor canal aberto de TV é a GLOBO
    Começo dia assistindo HORA UM jornal
    Só paro depois de meia noite
    Passo o dia antenado na GLOBO

  3. A globo aqui em casa não entra, eu excluo logo da minha grade de programação LIXO, LIXO, LIXO!!!
    Eu tenho nojo da globo

  4. Não vi nada além do que a empresa e esse jornalistas pregam. Hoje no programa de Fátima Bernardes preferiram um traficante a um policial.
    Esse jornalista odeia polícia, então cuide de não ocupar por causa dessa atitude.

  5. É a realidade, se vc trabalha numa empresa (globo) que trata seres iguais de forma diferente ou casos diferentes de forma igual (tendenciosa ou alguém ainda não acha?), em algum momento vai sobrar para quem faz papel feio a mando da mesma!!! Mas sou contra a violência, a credito que só palavras de ordem bastariam!!!

  6. Também é covardia o que a Globo faz com o povo carioca. Fez um lobby massivo pela Copa e Olimpíadas, pensando apenas nos lucros milionários com publicidade, se lixando se isso ia significar a drenagem dos cofres públicos.
    Enquanto pessoas morriam nos hospitais sem remédio as "arenas" eram erguidas.

    1. Concordo com a revolta, só que é criminosa e covarde a agressão a este funcionário da emissora. Se há revolta contra a Rede Globo, que tal um protesto maciço lá no Jardim Botânico para o mundo ver, além de uma campanha para boicotar a mesma ?

  7. ô zé povinho bajulador… só porque o cara é da globo. lembrei da bolinha de papel na cabeça do serra.
    isso acontece todo dia, quanta atenção.

    1. Pois é, também é engraçado é que quando é um jornalista de meios independentes é agredido pela PM todo mundo aplaude e a própria Globo incita o público. Houve casos até de gente que perdeu o olho depois de receber um tiro de bala de borracha (ou seja a PM atirou na altura da cabeça dos manifestantes com intenção de machucar pra valer!) e a emissora tratou isso como algo sem relevancia. Colheram o que plantaram!

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Geral

[VÍDEO] SENSACIONAL: Freiras quebram tudo com beatbox e passinho na TV e viralizam

Vídeo: Reprodução/Metrópoles/TV Pai Eterno

A participação das irmãs Marisa e Marizele em um programa da TV Pai Eterno viralizou nas redes sociais. As duas irmãs mostraram desenvoltura ao dançarem ao som de um beatbox, no qual entoavam um cântico que tinha como parte da letra a palavra vocação, tema da atração na TV de programação religiosa.

As irmãs estavam acompanhadas pelo frei Giovane Bastos. Ao ver as duas deslizarem passinhos ao som do beat box no solo da TV, o sacerdote acompanhou as duas na dança. A publicação levou surpresa aos internautas e logo se tornou viral com milhares de visualizações.

Na rede social do frei Giovane, por exemplo, houve muitos comentários inusitados. “Deus não é tristeza, muitas pessoas pensam que quem crê em Deus não pode se divertir, Deus é alegria”, disse um dos usuários da rede social.

Outro comentário também tratava da alegria contagiante das duas irmãs. “Que momento maravilhoso! Salvou o dia!!!”. Outro dos mais de 4 mil comentários também dizia que Deus é alegria.

Metrópoles

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Geral

Ministra negra do TSE diz que foi humilhada e foram racistas com ela em evento da comissão de ética da presidência da república

Foto: Alejandro Zambrana/Secom/TSE

A ministra do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Vera Lúcia Santana diz se sentir humilhada e promete entrar na Justiça após denunciar episódio de racismo em evento do governo federal na última sexta-feira (16). “Houve uma recusa de me ver como uma pessoa digna.”

Segunda mulher negra a ocupar um assento na corte eleitoral, Vera Lúcia narra que teve a entrada barrada em um prédio onde a Comissão de Ética da Presidência da República promoveu um seminário sobre ética no serviço público. A magistrada tinha uma fala programada no evento.

Quando chegou à portaria, em um primeiro momento, afirma ter se apresentado somente com o nome. Duas atendentes que lá estavam disseram que ela não estava na lista. Vera Lúcia então declarou que era ministra substituta do TSE e apresentou a carteira funcional.

“Nenhuma delas sequer pegou a carteira para ver nada, e uma delas ficou dizendo que eu deveria ligar para a organização”, lembra ela à Folha. “É uma humilhação, porque é um desprezo, um destrato que te leva para uma situação de indignidade pessoal.”

Vera Lúcia afirmou que não precisaria entrar em contato com a organização do evento, porque tinha sido convidada. As mulheres chamaram um segurança, a quem a magistrada também tentou apresentar a funcional de ministra, sem sucesso.

Finalmente buscaram uma pessoa da equipe de suporte da organização que conseguiu fazê-la entrar no evento. De acordo com a ministra, nenhum agente público estava envolvido no imbróglio, apenas pessoas terceirizadas do prédio.

“Nada aconteceu como deveria ser de rotina num espaço civilizado livre de preconceito. O desprezo, o descaso que se teve. Ali eu estava na qualidade de uma autoridade. Foi muito sistemático. Nenhuma das três pessoas pegou a carteira que estava o tempo inteiro à disposição.”

O advogado-geral da União, Jorge Messias, pediu à Polícia Federal a abertura de uma investigação sobre o episódio de racismo contra a ministra, por meio de ofício enviado nesta quarta-feira (21) ao diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues.

De acordo com nota da AGU, Messias pediu a identificação dos responsáveis e a adoção das medidas legais cabíveis.

“Reitero o compromisso da Advocacia-Geral da União com a defesa dos direitos fundamentais e com o enfrentamento de todas as formas de discriminação, especialmente o racismo estrutural que ainda persiste em diversas instâncias da vida institucional brasileira”, diz.

No documento, Messias afirma que pretendia “compelir os responsáveis pela administração do prédio a tomarem providências imediatas no sentido de responsabilizarem o autor da agressão e implementarem ações educativas e preventivas, a fim de que situações semelhantes jamais se repitam”.

A Comissão de Ética afirma em nota expressar solidariedade à ministra Vera Lúcia pelo “constrangimento a que foi submetida”, mas afirmou não deter nenhuma responsabilidade administrativa ou gerencial sobre o local onde o fato ocorreu.

O órgão diz que o episódio ocorreu no CNC Business Center, edifício da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo em Brasília onde funcionam unidades da AGU e de outras instituições, e que os serviços de vigilância e recepção são contratados diretamente pelo condomínio.

“Diante da gravidade do relato, a Comissão de Ética Pública está colaborando com a Advocacia-Geral da União na adoção das providências cabíveis junto à gestão do edifício, visando tanto ao esclarecimento dos fatos quanto à responsabilização dos envolvidos.”

A ministra Vera Lúcia afirma que se sentiu “completamente humilhada, destratada, desrespeitada, aviltada, violada, porque é uma agressão muito forte”. O sentimento que fica, afirma ela, é que “tudo que você andou até aqui significou nada”.

Ela diz que vai entrar com todas as ações cabíveis na Justiça, no âmbito penal e civil.

“Vou ajuizar tudo, reclamar tudo que eu devo fazer, até porque, sem querer fazer essas pessoas pagarem para Cristo, é preciso que, na medida em que se consegue dar visibilidade a determinadas ocorrências, elas precisam ter um papel pedagógico. Esse papel pedagógico passa pela responsabilização.”

Na sessão da última quarta-feira (20), a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, tornou pública a ocorrência. Na ocasião, ela disse que Messias, da AGU, havia prometido providências para apurar o ocorrido.

Segundo Cármen, o advogado-geral da União “procurou a ministra [Vera Lúcia] e também me procurou. Ele enviou, a este tribunal, um ofício dizendo que se solidarizava não apenas com a ministra Vera Lúcia Santana, mas com este Tribunal Superior Eleitoral”.

A presidente do tribunal também aproveitou para passar um recado: “Racismo é crime. Etarismo é discriminação. É inconstitucional, imoral, injusto qualquer tipo de destratamento em razão de qualquer critério que não seja o da dignidade da pessoa humana”.

Em nota, a AGU disse que, apesar de o evento não ter sido promovido pela instituição nem ocorrido nas dependências do órgão, adotou providências cabíveis a fim de apurar os fatos e auxiliar na punição dos responsáveis.

“Por ser locatária de dois andares no edifício, a AGU abriu procedimento administrativo e notificou a empresa responsável pela administração do imóvel acerca do fato. Requereu, ainda, a preservação de imagens e provas que eventualmente confirmem o ocorrido na última sexta-feira.”

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo disse que “repudia veementemente qualquer ato de racismo, assim como toda e qualquer forma de discriminação”. “Reafirmamos nosso compromisso inegociável com os valores de respeito, inclusão e diversidade”, afirmou, em nota.

Ela disse que o episódio chegou ao conhecimento da entidade por meio da imprensa e que a segurança do local é realizada por empresa terceirizada contratada pela administração do condomínio.

Segundo a empresa responsável pelo condomínio, diz a CNC, “o controle de entrada estava sendo realizado por meio de uma lista nominal, de responsabilidade dos organizadores do evento”. “Os funcionários da portaria dependiam desta organização para liberar a entrada de pessoas que não constavam na lista de convidados.”

O contato com os responsáveis para liberação da entrada da ministra, diz a entidade, durou cerca de oito minutos. A CNC disse que vai implementar em contrato novos procedimentos na cessão de espaços, no qual será obrigatória a presença de representante do evento “para tomar decisões ágeis e assertivas no controle de acesso que impeçam qualquer tipo de constrangimento”.

Folha de S.Paulo

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Geral

[VÍDEO] Rússia criou “celeiro” de espiões no Brasil: veja mensagens de casal russo investigado

Vídeo: Reprodução/Metrópoles

O Brasil vem sendo usado como local de treinamento e construção da identidades falsas por espiões russos como forma de viabilizar a realização de serviços de espionagem mais avançados em outros países e regiões, como Estados Unidos, Europa e Oriente Médio, segundo revelou reportagem do jornal norte-americano The New York Times (NYT).

Segundo o NYT, a Polícia Federal brasileira estava atenta aos espiões e montou a Operação Leste para tentar desmantelar o esquema. O jornal mostrou que os espiões chegavam ao Brasil e buscavam uma nova identidade para construir uma vida normal e impossível de ser reconhecida.

A matéria cita o caso de Artem Shmyrev, que tinha uma empresa de impressão 3D e dividia um apartamento de luxo com a namorada no Rio de Janeiro. Ele tinha um nome brasileiro – Gerhard Daniel Campos Wittich – e se apresentava como um cidadão de 34 anos.

O jornal aponta que a investigação da PF desferiu um golpe devastador no programa de imigração ilegal de Moscou, pois eliminou um quadro de policiais russos altamente treinados que será difícil de substituir.

Até agora, os investigadores localizaram nove policiais russos com identidade brasileira. Desses, dois foram presos, alguns retornaram para a Rússia e outros, já descobertos, podem não conseguir mais deixar o país nem atuar no exterior. Seis nomes foram identificados publicamente até agora. A investigação teve envolvimento de pelo menos oito países, segundo o NYT.

A mesma unidade de agentes de contrainteligência da Polícia Federal que fez o monitoramento dos espiões russos foi responsável pela investigação da tentativa de golpe que o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados respondem no Supremo Tribunal Federal, aponta o jornal.

Metrópoles

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Economia

Fila do INSS chega a recorde de 2,7 milhões e gera custo de bilhões às contas públicas

Foto: Alex Avelino/Folhapress

A fila de espera por benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) disparou no início de 2025, bateu novos recordes e deve impactar as contas públicas no ano.

Em abril havia 2,678 milhões de requerimentos para pagamento de aposentadorias, pensões, licença maternidade e benefícios por incapacidade e assistenciais. No mesmo mês de 2024, esse estoque era de 1,4 milhão, ou seja, houve um aumento de 91%.

O maior patamar foi registrado em março deste ano, quando foram 2,707 milhões de pedidos.

A maior parte da fila se refere a benefícios por incapacidade (48%), seguidos pelos assistenciais (24%) e aposentadorias (17%).

A XP Investimentos estima um impacto de R$ 6 bilhões apenas com o pagamento dos valores em atraso para 1,3 milhão dos pedidos que estão na fila. O custo em 12 meses seria em torno de R$ 27 bilhões para o mesmo número de beneficiários. Como apenas uma parcela dos pedidos é aprovada (outros caem em restrição ou são negados), o custo anual deve ficar em R$ 14 bilhões.

Em seu relatório de acompanhamento fiscal de abril, a IFI (Instituição Fiscal Independente) diz que o aumento da fila pode ser explicado, ao menos parcialmente, pela greve dos médicos peritos de agosto do ano passado e abril deste ano. Para a instituição, o fim da greve dos peritos do INSS pode acelerar o ritmo de concessão de benefícios.

Em abril, por exemplo, a análise de pedidos (1,072 milhão) superou a entrada de novos requerimentos (1,062 milhões), o que se refletiu na redução da fila em relação ao mês anterior.

O órgão, que é ligado ao Senado, projeta uma despesa previdenciária R$ 16 bilhões acima do R$ 1,015 trilhão previsto no Orçamento de 2025. O número da instituição considera o ritmo de crescimento dos benefícios emitidos até dezembro de 2024 –último dado disponível na data de divulgação do documento.

O advogado Valdir Moysés Simão, que foi presidente do INSS em duas ocasiões e também ministro do Planejamento, afirma que parte da explicação pelo aumento da fila é uma mudança de estratégia do próprio INSS que impactou a solicitação do auxílio-doença.

Houve uma tentativa de tornar a avaliação médica mais tecnológica e menos dependente da atuação dos peritos, por meio do Atestmed, sistema online que dispensa a perícia presencial. Mas, diante de um aumento significativo nos pedidos e nas concessões de benefício, houve a decisão de retomar o exame para alguns tipos de auxílio-doença.

“O INSS concedeu muitos benefícios sem necessariamente observar se o segurado tinha de fato direito, e nos últimos meses houve um esforço da entidade para fazer uma revisão disso. A grande fila que temos hoje é em relação ao afastamento por doença”, afirma Simão.

Ele diz que o aumento das filas implica prejuízo na casa dos bilhões para o sistema. Quando a consulta demora mais de 60 dias para ser agendada, o segurado pode receber o benefício mesmo se já tiver superado a incapacidade, e o INSS acaba pagando por um período em que o trabalhador poderia estar ativo.

Carlos Vinicius Lopes, dirigente do Sindisprev-Rio (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social no Estado do Rio de Janeiro), afirma que o problema central é a falta de servidores, mas também diz que há questões de infraestrutura: “Os sistemas da Dataprev não estão atendendo a demanda”.

Ele citou também duas greves que aconteceram no ano passado. Uma delas foi dos servidores administrativos, que durou cerca de 80 dias e teve adesão de 20% da categoria. Houve ainda a paralisação dos peritos médicos, que durou mais de 230 dias. “A greve deles foi diferenciada, porque a maioria trabalhou, mas fazia menos perícias do que o necessário. Essa, sim, teve impacto na fila”.

Nesta semana, o INSS publicou portaria que define que o instituto e o Ministério da Previdência Social vão pagar até R$ 17,1 mil para os servidores do órgão destravarem a fila de pedidos de aposentadoria, pensão e outros benefícios, e realizarem revisão do BCP (Benefício de Prestação Continuada).

Segundo o documento, é possível receber R$ 68 extra por cada tarefa, chegando aos R$ 17 mil.

Para receber os valores, as regras são as mesmas do programa anterior para destravar filas: primeiro, é preciso cumprir a meta de trabalho mensal do servidor, e só depois dá para participar do programa, com a possibilidade de ganhar valores a mais. Quem não cumpre a primeira etapa, majorada pelo INSS, não recebe.

Folha de S.Paulo

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Geral

VÍDEO: Guga Chacra explica o que pode acontecer com Alexandre de Moraes se sofrer sanções dos EUA

Vídeo: Reprodução/GloboNews

Durante comentário veiculado no canal de TV GloboNews na noite desta quarta-feira, 21, o jornalista Guga Chacra afirmou que o governo dos Estados Unidos, sob o comando do presidente Donald Trump, estuda a possibilidade de aplicar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo ele, a medida é avaliada com base na Lei Magnitsky. Trata-se de legislação norte-americana que impõe sanções a indivíduos estrangeiros acusados de violações a direitos humanos, como ações contra a plena liberdade de expressão.

“De fato, a administração americana está estudando a possibilidade de adotar a Lei Magnitsky, que é uma lei que aplica sanções duríssimas contra estrangeiros”, declarou Chacra. “E, no caso, seria contra o ministro Alexandre de Moraes.”

Ele explicou que, caso as sanções sejam efetivadas, Moraes poderia ser impedido de manter contas bancárias e utilizar cartões de crédito de bandeiras com operação nos EUA. “Ele não pode ter conta em banco, porque se o banco permite que ele tenha uma conta, esse banco não pode operar nos Estados Unidos e pode ser alvo de sanções secundárias”, disse.

A motivação para a possível aplicação das sanções estaria relacionada, segundo Chacra, à suposta violação de direitos de cidadãos norte-americanos ou residentes nos EUA que foram proibidos de usar redes sociais por decisão de Moraes.

GloboNews cita bloqueio de redes sociais de Rodrigo Constantino

Os nomes mencionados incluem os dos jornalistas Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino e Allan dos Santos. “Ele proíbe que essas pessoas tenham redes sociais”, disse o comentarista da GloboNews. “No caso, o Paulo Figueiredo, o Rodrigo Constantino.”

Chacra relatou que, na perspectiva de autoridades e setores da sociedade norte-americana, tais restrições são interpretadas como censura. “Eles estão sendo, nesse momento, na visão dos Estados Unidos, de muita gente aqui, calados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal.”

O comentarista da GloboNews fez questão de frisar que a posição expressa é compartilhada por diversos atores políticos norte-americanos. “O secretário de Estado americano [Marco Rubio] tem muito interesse na América Latina e acompanha o que acontece no Brasil”, disse. “Eles estão, sim, de olho no ministro Alexandre de Moraes.”

Diante da possibilidade de Moraes sofrer sanções impostas pelo governo Trump, Chacra afirmou defender a liberdade de expressão nos EUA e no mundo. “Sou um grande entusiasta da Primeira Emenda da Constituição americana, que garante a liberdade de expressão.”

Chacra ainda reconheceu os desdobramentos institucionais da situação e sugeriu que o eventual enquadramento de Moraes sob a Lei Magnitsky pode representar uma mudança brusca nas relações entre os dois países. “Isso não é algo pequeno o que está acontecendo.”

Revista Oeste

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Pesquisa mostra Janja e Michelle empatadas para presidente

Foto: Evaristo Sá/AFP

Uma pesquisa de intenção de votos encomendada por aliados do presidente Lula simulou um hipotético segundo turno presidencial entre eleitores de São Paulo reunindo a primeira-dama, Janja, e sua antecessora na função, Michelle Bolsonaro.

O resultado, com base em 1.000 entrevistas realizadas entre 4 e 8 de abril no estado, mostrou ambas rigorosamente empatadas, com 41% das intenções de voto. Optaram por voto em branco, nulo ou ninguém 10%, enquanto 8% não responderam ou disseram não saber.

A margem de erro do levantamento, feito por um instituto de pesquisa por meio telefônico, é de três pontos percentuais.

Michelle vem sendo apontada como possível substituta do marido, Jair Bolsonaro, na eleição presidencial, com o provável impedimento da candidatura do ex-presidente pela Justiça.

Já Janja poderia ser uma futura herdeira política de Lula, mas está impedida de concorrer em 2026 pela lei, por ser cônjuge do presidente. Só seria candidata caso o marido renunciasse ao cargo.

A pesquisa também testou cenários para nomes da esquerda ao governo do estado, em disputa contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), caso seja candidato à reeleição.

Vice-presidente e ex-governador, Geraldo Alckmin (PSB) chega a 35% num cenário com Tarcísio, que obtém 46%.

Já a ex-prefeita Marta Suplicy (PT) marca 33% contra o atual ocupante do Palácio dos Bandeirantes, enquanto o ex-governador Márcio França (PSB) fica com 28% e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), tem 15%.

Folha de S.Paulo – Fábio Zanini

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VÍDEO: A “produção científica” da UFRN

Vídeo: Reprodução/Blog Gustavo Negreiros

Um vídeo publicado nesta quarta-feira (21) no blog Gustavo Negreiros tem repercutido nas redes sociais por conta de uma “produção acadêmica” da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). O conteúdo levanta questionamentos sobre a qualidade e a relevância de algumas pesquisas desenvolvidas na instituição.

Trabalhos como o exibido no vídeo seriam exemplo de uma mudança de foco nas universidades federais nos últimos anos. Instituições que antes eram reconhecidas por sua excelência na formação profissional e na produção científica de impacto teriam perdido espaço para pautas ideológicas e temáticas consideradas como irrelevantes para a sociedade.

O projeto apresentado por estudantes da UFRN deixa o questionamento se esse tipo de iniciativa realmente contribui com o desenvolvimento acadêmico e científico do país. A crítica também sugere que parte da produção universitária atual estaria mais voltada à militância do que à pesquisa técnica e aplicada.

Blog Gustavo Negreiros

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Geral

(VÍDEO) Nikolas ironiza falas de Janja e alfineta Governo: “É nossa camisa 10”

As mais recentes falas da primeira-dama Janja continuam dando o que falar nas redes sociais, mas as supostas declarações dela para o presidente chinês Xi Jinping ganharam uma repercussão enorme. O deputado Nikolas Ferreira foi questionado sobre essa questão e afirmou que quer ver a esposa do presidente Lula (PT) falando mais.

Uma pessoa questionou o político durante uma coletiva de imprensa e tentou entender se ele concordava com a fala da socióloga sobre o TikTok ter virado uma “arma” da extrema-direita. Negando essa possibilidade, o rapaz deu risada e surpreendeu ao expor o que pensa com um tom de ironia.

Portal Léo Dias 

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Brasil

[VÍDEO] Padre Patrick condena na CPI das Bets propaganda de apostas por influenciadores: “Romantização criminosa”

O padre e influenciador digital Patrick Fernandes contou à CPI das Bets que ouve semanalmente confissões e desabafos de pessoas com famílias destruídas pelo jogo. Ele mencionou relatos de sintomas como abstinência, sofrimento psicológico, depressão, e até pensamentos suicidas por conta de dívidas. O padre também criticou  a ostentação de influenciadores com carros de luxo e viagens internacionais, que iludem seguidores com uma ideia falsa de sucesso fácil por meio das apostas, o que chamou de “romantização criminosa”.

Para ele, os influenciadores digitais têm responsabilidade ao divulgar as casas de apostas, já que escolhem fazer propaganda e lucrar com isso, enquanto suas vítimas sofrem.

“Então quando eu tomo meu celular e digo ‘Joga com responsabilidade, você joga só se você quiser’, ao meu ver pastoral mesmo, de padre, né, isso é uma falta de caridade com a pessoa. O discurso deveria ser o contrário: você divulga o jogo porque você quer. Você tem liberdade de divulgar ou não divulgar, eles não estão doentes, é ao contrário de quem foi tomado por isso, por conta destas influências, e eu não estou dizendo aqui somente de quem está no digital, porque a gente sabe que é uma rede, está na TV, está em tudo quanto é canto”, disse.

O padre Patrick, que se ofereceu para comparecer voluntariamente à CPI, relatou que recebeu convites para divulgar as bets, em valores que chegam a 570 mil reais. Para ele, há uma ação criminosa por parte das casas de apostas, já que têm consciência de que ninguém está ganhando dinheiro com o que eles estão oferecendo.

A relatora da CPI, senadora Soraya Thronike, do Podemos de Mato Grosso do Sul, disse que a comissão está atuando para desfazer a influência sobre os apostadores.

“Nós estamos realmente colocando luz no problema e fazendo o trabalho contrário, desinfluenciando as pessoas a jogar. E essa corrente que nós despertamos vai continuar mesmo após a CPI, podemos sim continuar ouvindo influenciadores. Não pé pelo fim da CPI que essa investigação vai acabar, porque nosso poder de fiscalização continua. Nosso dever de legislar continua”, disse Soraya.

A CPI das Bets está marcada para encerrar em 14 de junho.

98 FM 

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Política

(ÁUDIOS) ESCÂNDALO EM ALEXANDRIA: Ex-prefeita Jeane rasga o verbo com o sucessor que ajudou a eleger e chama ele de safado, mentiroso e faz acusações graves

Um escândalo político pode estar se desenhando na cidade de Alexandria, no Alto Oeste potiguar. Quatro áudios que circulam em diversos grupos de mensagens estão sendo atribuídos à ex-prefeita do município, responsável pela eleição do atual prefeito Raimundinho.

O conteúdo das gravações levanta suspeitas de graves irregularidades durante o processo eleitoral de 2024.

O blog apurou com uma fonte próxima à ex-prefeita que confirmou a veracidade dos áudios. As falas da ex-gestora contêm acusações severas, que, se confirmadas, podem configurar crimes eleitorais e desvio de conduta envolvendo agentes públicos e aliados políticos.

Entre os trechos mais delicados, diz:

“Eu quero que todo mundo saiba, houve briga sim, houve rompimento sim, por covardia de Raimundinho, dos filhos dele e do irmão dele. E na gestão passada que você disse, Raimundinho, que ficou sem nada, você ficou sim, você teve 11 meses de prefeitura de graça, meu ex-marido arrumou tudo para o município, eu fiz e ajudei sua sobrinha ser candidata a vereadora, ganhar e ser presidente da câmara, e você tinha nora empregada, filha empregada, mulher empregada sem trabalhar… Eu cansei, cansei da sua safadeza, da sua covardia.”

O áudio segue, “ Eu trabalhei, eu usei a máquina para lhe eleger, você fez caixa dois para ganhar, você quer que eu diga mais em público ou quer que eu vá para o MP?”

O caso ganha ainda mais repercussão por envolver diretamente a ex-prefeita, figura de grande influência política local, e por colocar sob suspeita o atual prefeito Raimundinho, eleito com seu apoio.

O Ministério Público Estadual deverá se manifestar nos próximos dias. Pela gravidade das denúncias, uma investigação será inevitável.

Blog do BG 

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