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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), fez um gesto de aproximação com o governo Lula e elogiou o presidente nesta sexta-feira (5), em meio ao clima tenso provocado pela indicação de Jorge Messias ao STF e pelas críticas do presidente às emendas parlamentares.
Durante a inauguração do primeiro Centro de Radioterapia do Amapá — obra considerada sua principal entrega política — Alcolumbre agradeceu publicamente o apoio do governo federal. Ele pediu ao ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que levasse seus agradecimentos a Lula, destacando a “sensibilidade” do presidente para concluir o projeto, que permitirá que pacientes com câncer sejam tratados no próprio estado.
A presença de Padilha no evento foi lida como um gesto político do Planalto após dias de atritos. Nos bastidores, aliados dizem que Alcolumbre fez uma “fala de justiça”, reconhecendo que a obra só saiu do papel graças ao investimento federal.
O movimento acontece após o senador criticar duramente o governo e o Supremo no plenário, afirmar que tem recebido “agressões de outros Poderes” e demonstrar contrariedade com a indicação de Messias ao STF — seu preferido era Rodrigo Pacheco.
A relação azedou ainda mais após decisão de Gilmar Mendes que restringiu pedidos de impeachment contra ministros do STF, o que irritou o Senado. A medida será julgada pelo plenário virtual a partir de 12 de dezembro. Alcolumbre já fala em retomar a PEC que limita decisões monocráticas e o projeto que atualiza a lei do impeachment.
Nos próximos dias, governo e Senado devem costurar uma reunião entre Lula e Alcolumbre para tentar reduzir o desgaste político.

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