Não me envergonho em dizer que sou saudosista porque relembrar momentos do passado e transmitir a vivência para as atuais gerações é hábito social nosso, humanos, e que merece ser perpetuado, sobretudo, quando temos histórias para contar.
Pela segunda vez desde que entrei no Twitter, no início de 2009, vi a hashtag #NataldasAntigas ser alçada à posição de um dos assuntos mais comentados da rede de microblogs.
Fico irradiante vendo os posts dos outros e me lembrando, como se fosse hoje, a Natal pueril que o tempo não traz mais, mas as palavras podem contar.
Em tudo fui precoce. Aos 10 anos já vendia sorvetes no Bar do Pedro; aos 12 foi a vez das assinaturas de porta em porta das revistas Abril. Um ano depois, fui promoter das domingueiras da Pool e também já vendia seguros de carros e de vida na Vera Cruz Seguradora.
Aos 14 já era presidente do Genipatota, em Jenipabu, e diretor do Centro Cívico Juvino Barreto, no Colégio Salesiano. Na tenra idade dos 15, tornei-me promoter das domingueiras da Royal Salute; e aos 16 começava a fazer shows com grandes nomes da música nordestina e brasileira no América, no Bar do Pedro e no Pontal de Jenipabu.
Aos 17 anos já era arrendatário do Portal das Dunas. Nunca mais parei. Vieram em seguida o Hooters In Reggue, no qual com dois amigos queridos, e o jornal alternativo Natal Express, que na época causava grande burburinho com entrevistas polêmicas. Que o digam Ruyzito Gaspar e Germano Patriota!!
Tudo isso é tão vívido, está tão gravado na retina que ainda vejo em relances esses retalhos de uma Natal das antigas.
Quando revejo, então, nomes como Love Boutique, Mustang, Phillipe Martin, Zoomp, Mistura Fina, Barão do Rio Branco, América, 15 anos no Residence, Valsas, Festas americanas embaladas por musicas lentas;
Quando me recordo das filas do Nordeste, que arrodeavam o quarteirão para assistir os trapalhões, caças fantasmas; ou no Rio Grande para assistir ET;
Quando me lembro da primeira domingueira que fui na vida, na boate Flash, onde muitos anos depois veio ser a Liverpool, na qual também promovi festas; ou das memoráveis festas de aniversários do Chaplin, vem as parafinas nos cabelos, vem as pranchas de Ronaldo Barreto com shape de Josafá;
Vem as aulas gazeadas para ir à Lobras, subir na única escada rolante que tinha na cidade;
Vem o gosto de comer o pastel chinês com caldo de cana na Casa da Maçã, jogar no fliperama da Deodoro e comprar uma chuteira na Loja do Atleta; vem as churrascarias Dom Pedrito, onde hoje é a Lampadinha no Alecrim e a Carreta, na qual funciona hoje o Armazém Pará, na Roberto Freire;
Vem a comida deliciosa do Barramares Lanchonete, do Sandunas, do Friburg(tempos depois foi minha); vem o filé à Parmegiana no Primavera Restaurante.
Vem nas lembranças “o quem me quer” todo domingo na Praia dos Artistas; as corridas de BMX; vem as subidas no Morro do Careca e como atravessávamos o Parque das Dunas, de Morro Branco até a Via Costeira;
Vem o Queima Raparigal, vem as gincanas que organizei do Salesiano, da 96 FM e da Shell, todas ganhas pelo queima; vem o forró classe A, vem o Chalé restaurante com sua Lasanha maravilhosa, vem as festas de Santana em Caicó, vem o primeiro dockside Samelo adquirido com muito esforço pela minha mãe na Rio Center (com o crediário Rio Center).
Vem as feiras de ciências do Neves, Marista que era conhecido como o colégio dos galados, em que depois também estudei;
Havia as maravilhosas viagens no coletivo Centro-Nova Descoberta, Via Alecrim, após a aula para casa, passando pela antiga fábrica da Guararapes e às vezes parando em delegacia para deixar alguns bagunceiros. Tinham os carnavais em Jenipabu que acabavam em cima do morro; e o pinical nota 1000 no Marisco ou no Sambão de Pitangui, tinham as vaquejadas de Santo Antonio, Macaíba, tinha muito Old Eight na veia, e quando sobrava um pouquinho descia um 100 Pipers, ou um Passaport ou até um professor Teatchers.
Vem os eventos do Jerimum e do Rogéria Buffet, com Jolian e turma, onde também realizei algumas festas; ocorre-me o início do Carnatal em 91, enquanto eu era da diretoria do Jerimum Beijo, com tanta gente amiga até hoje; vem as visitas especiais a Nira Drinks e Malva(regís) Rosa…
Vem à mente a Grapete – quem bebe repete; Vem Chrush e Guaraná Taí, vem Baré Cola; vem os videocassetes National 2 cabeças e depois 4 cabeças, vem os ataris da vida;
Vem as reuniões coletivas para assistir Cobra, Rocky, Bradock entre tantas outras porcarias; vem os desenhos animados, vem a coleção de figurinhas, os carrinhos de rolimã, as corridas de tampinha e os carrinhos de lata de leite ninho(montava com arame, barro e náilon). Show…
Vem ainda as viagens na brasília, fusquinha e, quando painho melhorou, num corcel II LDO; vem os São João da Esmeralda, da Jaguarari, as festas dos Municípios, a Festa do Boi. Vem os shows de Dodô e Osmar com Chiclete de complemento no Centro de Convenções. Vem Lobão e Engenheiros no Pavilhão das Dunas, vem Paralamas no JL, vem Milton Nascimento, Fábio Jr e Marina no Palácio dos Esportes; o Circo da Folia na Prudente de Morais e os bingos dia de domingo no Machadão. Ufa….
Vem as farras nos comícios e carreatas de Jajá, Geraldo Melo, Henrique, Vilma com grandes shows em Ponta Negra e na Praia do Meio, vem as carreatas da vitória…
Como não lembrar do Canto Calismo, Detroit, Impacto Cinco, Terriveis, Xodó, Modus Vivendi? Como não lembrar dos domingos terríveis que abríamos o POTI e estava na capa Paulinho Queixada, Naldinho do Mereto e Demir na João Chaves depois de brigas?
Como não lembrar do Show do A-Ha que, fui produtor em 1992, no Geraldão em Recife? Ainda organizei uma excurssão que saiu cheia daqui!! Excelente..
Vou parando por aqui. Tenhos os adesivos do box do banheiro para renovar, e minha carteira Fico para trocar e o Redley acolchoado para comprar.
O tempo passou mas não significa que não possamos reviver momentos tão especiais. Relembrar essa Natal das antigas é resgatar o que nossa cidade nunca perdeu de melhor: seu encanto. Paro por aqui porque a emoção já tomou de conta, senão não paro mais!!
Li entre o choro e os sorrisos , os sustos nem se fala ????????
BRUNO VC CONSEGUIU ME EMOCIONAR DEPOIS DE TANTO TEMPO
ESTOU EMOCIONADO EM SABER QUE O BARRAMARES LANCHES E RECEPÇÕES DEIXOU LEMBRANÇAS NA GALERA. EU ERA O CARA DA CHAPA LÁ RSRSRSRSRS
MA-RA-VI-LHO-SO. Me emocionei Bruno.
Genipabu, genipatota é um bloco legal, mistura gente frevo amor e carnaval…… Cuidado com o fantasma do morro……
Bruno só lembrei de você no Salesiano, era chato e disputado. Parabéns pela memoria e por ter resgatado esse tempo tão maravilhoso.
BG QUE FANTASTICO. P TREM BÃO ESSE NATAL DAS ANTIGAS, A DA CARTEIRA FICO LEMBROU OS BONS TEMPOS
Que coisa maravilhosa esse post. Passou um filme na minha cabeça. SHOW
Outra coisa essa dos Trapalhões no Rio Grande a gente debaixo de chuve e sol esperando foi demais. É os lanterninhas com andando pelo cinema. Se lembra?
Bruno, maravilha esse artigo. A emoção beteu
Bruno, bons tempos de morro branco na cigarreira de Paulo. Só faltou contar as 'dobra' no ônibus na curva do machadão e as peladas em frente da casa de Kleiber Jr. Abç. Sérgio Toupeira.
Amigo, não para…por favor!!!!
Foi muito bom parar tudo aqui no trabalho e ler tudo isso… UM MEGA "FLASH BACK" que fez muito bem ao coração…
Obrigada por tanta inspiração…Walew. Bj
Bons tempos…….
A vida é sempre bela, amo tudo, gosto de tudo, mas, quando olho para trás sinto que realmente vivi, participei, ia para todos os shows, lembro no Palácio dos Esportes Raul Seixas doidaço, dizia que ia mijar e passava um século para voltar kkk, lembro dos lanches na Praça Cívica, acho que era Passaporte Lanches, das batucadas na Praia do Meio num bar de Ãngelo Burrão, em frente abri um meu chamado Nugrau Lanches Bar, lembro de um carnaval com Garibaldi prefeito, na praia dos artistas, com trios da Bahia, um sucesso, dos blocos de elite, sai no Kuxixo, mascote dos Deuses, sai no Puxa-Saco, meu irmão Fernandinho era do Ressaka, lembro da AABB e a gente entrando de pirú por trás, arriscando até a morrer para não perder os aniversários de 15 anos, a gente escalava um muro enorme e entrava por uma janelinha e o povo olhava a gente e na maior cara de pau só queríamos saber os garçons, lembro do Aero, do carnaval no América todo mundo rodando, rodando e a gente esperando uma gata para pegar no braço e sair rodando também, quando terminava o baile a música ainda ficava zoando, lembro da praia dos artistas e a gente passava, parava e ficava paquerando, da Galeria do Povo, de Topo gigio no Rex, sessões de cinema no Nordeste, Rio Grande e até um na Ribeira que passava só putaria e a gente ia bater punheta kkk, lembro dos jogos de frescobol na praia dos artistas, da época da praia do Forte, das corridas de carro lá e na área militar na Roberto Freire, do surf na Pipa e em Ponta Negra, das boates La Prision, Liverpool, Pool, tantas coisas, tudo muito legal de relembrar, feliz continuo, feliz fui, feliz sempre serei…
Muito boas lembranças, Bruno! Isso faz até agente puxar da memória e lembrar de mais: as festas à fantasia na granja de Ricardo Abreu; as copas do mundo em que tinham comemorações depois dos jogos na praia, chaplin e até no antigo volley club da afonso pena; O Tob's no CCAB, que em seguida veio o Sanduíche, de D. Anúbia, onde lanchávamos antes de irmos à aula noturna do pré do Marista; As festas nos "Natais" da pool; Reveillons no Rogéria's Recepções, onde depois todos se encontravam no café da manhã do Hotel Tirol, o bloco Kiloucura de Muriú e os "assaltos" nas casas nos carnavais, onde o bom era levar arrozina, comprada na vila da praia, para nos sujarmos no final, e assim vai…. Bons tempos, graças a Deus bem vividos por todos nós!
Valeu Brunão. Um dos posts disse que vc era muito chato. Ainda é.KKKKK. Mais chato mesmo é Pisca. KKKKK. Brincadeiras a parte, você discorreu sobre um tempo que nossos filhos com certeza não teram o prazer de desfrutar. Um tempo em que todo mundo se conhecia em Natal e principalmente em Genipabu. Saudades do Jern's de nossa época e do Forró Classe A. Show de Lobão no Pavilhão das Dunas, fomos de Brasilia. LAnche como o do primeiro Barramares com três tipos de molho a escolher e bebida só Old Eight., O professor era para grandes ocasiões. Por fim parabéns e continue. Forte Abraço.
Não poderemos deixar de esquecer que você fez muito sucesso nas festas do Berlim Bar.
Parabéns!!!!!! Muito bom!!!!!
Adorei o texto, me faz lembrar momentos felizes na minha vida. Fiz parte da família salesiana, estudei de 1979 a 1990, onde concluí o segundo grau. As maiores lembranças dessa época do salesiano foram os jogos de espiribol e as corridas de tampinhas, e quem lembra dá estória dos fantasmas numa oficina ao lado do colégio, prejuízo para os padres…Parabéns pelas lembranças.
Tudo muito perfeito e viajado na memória; muitas dessas participando com a turma em Genipabu; lembro como se fosse hj !!!
Adorei ,tenho lembranças boas de tudo isso…parabéns pelo blog #superindico
Bruno,vai vai longe cara! Vai em frente e Sucesso.Saudades dos velhos tempos que não voltam.!
meus sinceros parabéns por tão boa memória.
Lembremos ainda dos jern's, jogos primavera, futebolcard's, doce de coco de nascimento, os confeitos de milton e o sorvete de zé na porta do salé, padre prata, via praça e via alecrim, barramares, tob's, desfile dos carros dos filhinhos de papai na praia dos artistas, do postinho da praia do meio, do gramil, bar "é nosso " em areia preta, alberi x ubirajara, hélcio x hélio show, espiribol no salé, livraria clima, fotógrafo deodato e sua roupa cinza, psyu, chefões, domingueira do aero, marinho chagas vindo de férias na praia dos artistas, o brazeiro, o saravá, jerimim café, clube "o mirante" da ladeira do sol, da boate calabouço, souza silva alô deus, lojas quatro quatrocentos na rio branco, lobrás, samburá, hip drivin, quero quero, qualquer coisa, o bem, augusta e o "boy da área" da praia dos artistas!
um abraço, felipe.
Legal, faltou muita coisa mas, não pararias de escrever! SHOW DE BOLA O POST!.
Viví tudo isso, menos SALÉ E MARISTA pq fui MUINICIPAL E ETFRN MAS SE MISTURAVAM.
PARABÉNS!
Quantas lembranças boas e saudáveis! Natal das antigas ou de hj continua sendo linda como sempre!!! Melhor lugar para se morar não há! Adorei o texto! Parabéns!
Revivi meus melhores momentos lendo esta coluna!! Voltou como um flashback, lembrei me tb q estudei no salesiano mesma época q vc! E sinceramente, vc era muito chato. Mas que tempo bons q só voltam na lembrança, adorei. Parabens por ter viraaado o baú de muitas pessoas nesse momento.
Era amiga, Era!!! O Verbo diz tudo!! kkk Valeu!!
que bela materia!!! me lembrei de Pe. Prata que homem surpreendente! e Pe. Marinho com seus assobios para jogarmos o chiclete fora na hora da capela todas as manhãs kkkkkkkkkkkkkk e o professor Idalmo de Religião que não lembra!!! a escada rolante da lobrás!! pôxa que saudades… minhas amigas então! .. o velho tênis REDLEY….
Parabéns cara, muito bom, muito bom mesmo!!!
Eita cabra véi danado, KKKKKKKKKKKKKKKKK
Mais nada a dizer. Em cinco minutos de leitura tudo veio a minha mente. Só acrescento um fato bem nosso. Morávamos no Mirassol (até seus pais se mudarem para Morro Branco, pra bem pertinho do churrasquinho de Seu Pedrinho) onde também morava Alexandre (filho de Maia e Dalila) e estudávamos no Salé da LEDS de padre Marinho. Bons tempos esses anos 80/90 que não voltam mais. Mas as excelentes lembranças não se foram. Mais uma vez, parabéns BG.
Cara, você me fez lembrar coisas que já estavam esquecidas há tempos!!!
Escada rolante da Lobrás, kkk, demais!
perfeito. só que acho que a única escada rolante da cidade era na americana, não? Depois apareceu também nas Casas Pernambucanas. E quem não comprou disco vinil da discofitas, não era gente. Já que você citou Salesiano e Marista, não esqueça da eterna rivalidade entre os dois, principalmente em época de jern's. Ah, sem falar naquelas rimas ridículas: Colégio Santo Antonio Marista – entra burro e sai artista; Colégio Salesiano São José: entra homem e sai mulher! bons tempos!