El País
Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por muito tempo se vangloriava de ter sua própria bancada, que o alçou à presidência da Câmara em 2015. Era um baixo clero com mais de cem aliados de diversos partidos juntamente com seus correligionários e colegas que fez ao longo de quatro mandatos consecutivos e alegadas estratégias conjuntas para arrecadar fundos de campanha. Por isso, a cena que se via no plenário da Câmara dos Deputados que o cassou nesta segunda-feira era, até alguns meses atrás, inimaginável: Cunha quase unanimemente abandonado. Com exceção de Carlos Marun (PMDB-MS) e de Edson Moreira (PR-MG) – dois parlamentares em primeiro mandato que se tornaram quase guarda-costas dele -, pouquíssimos se aproximavam do ex-presidente da Casa. Apenas esses dois discursaram em sua defesa.
Esse isolamento resultou no placar de 450 votos a favor de sua cassação, apenas 10 contrários e 9 abstenções. O número foi bem superior aos 257 necessários para que ele fosse cassado. Foi o sétimo parlamentar a perder o mandato desde 2001, quando o Conselho de Ética foi criado. Com a cassação, Cunha se tornou fica-suja e fica inelegível até 2027. Sem o cargo eletivo e, consecutivamente, sem a prerrogativa de foro privilegiado, os cinco processos que tramitam contra o peemedebista no Supremo Tribunal Federal (STF) deverão ser enviados ao juiz de primeira instância Sergio Moro, o responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba. Era tudo o que ele não queria.
De todo-poderoso a abandonado, agora ele deve se tornar um homem-bomba, com potencial de abalar toda a classe política brasileira. O temor de parte de seus aliados é que, para se livrar de punições duras, como a prisão, o peemedebista faça um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal e entregue alguns de seus colegas em eventuais irregularidades. Ele nega que fará qualquer acordo (“Quem faz delação é criminoso e eu não sou criminoso”, repetiu após a cassação),mas diz que contará toda a história do impeachment de Dilma Rousseff em um livro no qual pretende relatar conversas com todos os políticos com quem conviveu neste período. Inclusive o atual presidente Michel Temer (PMDB) e um de seus principais auxiliares, Moreira Franco. Nada foi gravado. “Tenho uma boa memória”, disse o ex-deputado ao fim da sessão. Desempregado, Cunha afirma que sua primeira ocupação agora será buscar uma editora que queira publicar esse livro, com o qual ele afirma que pretende “ganhar muito dinheiro”. Depois vai pensar no que fazer.
Caiu mais um canalha.
Se ele for preso, ai sim vai ter muito tempo pra escrever. Pela quantidade de crimes que ele cometeu se fosse preso de verdade da pra ele conta a historia do brasil inteirinha.
O que eu acho mais legal nesse cabaré, perdão, nessa casa, é que existe o "Conselho de Ética"…
Quem danado vai querer ler o que esse meliante diz? se de cada 4 palavras 3 não é verdade? Na Biblia tá escrito:
Quem pratica a fraude não habitará no meu santuário;
o mentiroso não permanecerá na minha presença.
Salmos 101:7
Nesse meio podre, ninguém é amigo de ninguém . Lobos devorando lobos, e haja estômago para tanta patifaria !