Judiciário

ABORTO: Hospital interrompe gestação de menina de 11 anos em SC após recomendação do MPF

Foto: UFSC

A menina de 11 anos que teve o aborto negado pela Justiça catarinense, teve a gestação interrompida nesta quarta-feira, 22. A informação foi divulgada pelo Ministério Público Federal (MPF) no início da tarde desta quinta-feira, 23.

Em nota, o MPF afirma que o Hospital Universitário (HU) Polydoro Ernani de São Thiago, vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina, que havia negado a realização do aborto inicialmente à garota, foi procurado na quarta-feira, 22, pela mãe e pela criança, e que “adotou as providências para interrupção da gestação da menor“.

VEJA MAIS: REVIRAVOLTA: Deputado afirma que menina “estuprada” que engravidou aos 11 anos foi de um menino de 13 anos que ela se relacionava

“O Ministério Público Federal (MPF), considerando a grande repercussão do caso envolvendo menor vítima de estupro e, que teve a interrupção legal da gestação negada pelo serviço de saúde, vem informar o acatamento parcial da recomendação expedida nesta quarta-feira (22) ao Hospital Universitário (HU) Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O hospital comunicou ao MPF, no prazo estabelecido, que foi procurado pela paciente e sua representante legal e adotou as providências para a interrupção da gestação da menor”, informou o comunicado.

Na quarta-feira, o MPF enviou uma recomendação ao Hospital Universitário para que a unidade realizasse o aborto, e fixou o prazo de até meio-dia desta quinta-feira para que o HU se manifestasse sobre a recomendação.

No documento, a procuradora Daniele Cardoso Escobar, que assina a recomendação, argumentou que, no caso de aborto legal, não há restrições relacionadas à idade gestacional ou ao peso do feto que pudessem impedir a interrupção da gravidez.

O HU foi procurado pela vítima para realizar o aborto no início de maio, quando a criança estava com 22 semanas de gestação. O hospital, porém, negou a ela o procedimento alegando que as normas da unidade permitem a interrupção da gravidez só até a 20ª semana.

O episódio veio à tona na última segunda-feira, 20, quando gravações de uma audiência mostram a juíza Joana Ribeiro Zimmer, da Comarca de Tijucas (cidade a 30 quilômetros de Florianópolis), e então responsável pelo caso, sugerindo à menina que suportasse a gravidez por mais algumas semanas para conseguir dar à luz ao bebê. Os diálogos foram divulgados em reportagem publicada pelo portal Catarinas e o The Intercept Brasil.

Joana Ribeiro Zimmer já não está mais à frente do caso. No último dia 15, antes da publicação da reportagem, ela foi promovida e transferida para a 1ª Vara Comercial de Brusque.

Com informações de Estadão Conteúdo

Opinião dos leitores

  1. CRIME, ASSASSINATO DE UM SER INDEFESO!!!
    NÃO PASSAM DE ASSASSINOS, TODOS QUE PARTICIPARAM DESSE ATO CRUEL!

  2. Esse caso serve para refletir ate que ponto chega o INDIVIDUALISMO e EGOISMO da nossa humanidade, fruto obviamente do nosso sistema capitalista selvagem. O capitalista selvagem pensa somente em si. O egoista e individualista a mesma coisa. Vou fazer uma ressalva: SE A MENINA DE 11 ANOS CORRIA RISCO DE VIDA, com certeza o Direito nao seria contra, nem a Ciência e nem a Medicina também seria contra e nem o Bom Senso do “homem médio” tambem seria contra e ponto final. Acredito que no caso dessa ressalva só uma pessoa irracional seria contra. Mas tirando a ressalva… AÍ VEM A POLÊMICA. E ela vem, porque cada profissao quer defender suas regras a todo custo e esse egoísmo profissional é um perigo até para a vida das pessoas. O Código penal de 1940, um mero escrito antigo e precisando de atualização urgente para não violar as regras da Medicina. Aí chega a procuradoria da república ( = promotoria federal, para os leigos), pressionada pela MÍDIA, e recomenda a um hospital federal, um aborto (ou um homicídio de bebê?), uma procuradoria que nao entende nada de Medicina, mas deveria entender, porque pensa numa coisa irracional é usar uma letra de lei fria e antiga como o Código penal de 1940, sem embasamento médico-científico atual, de 2022, para se resolver casos jurídicos de 2022! Infelizmente é assim. Mas da mesma forma que defendi, no começo deste comentário, que se a Medicina atesta risco de vida para a criança de 11, o bom senso racional (rei de todas as profissões) é suficiente para justificar o aborto. Mas se a Medicina nao atesta risco de vida para a criança de 11 anos, sinceramente, o egoísmo e individualismo humano desse sistema capitalista selvagem acabou prevalecendo. E em nao havendo risco de vida para a criança de 11 anos, o bebê poderia muito bem nascer (o direito da vida é da Constituição Federal, está acima de qualquer egoísmo humano, esta acima de um codigo penal antigo de 1940!), e o bebê nasceria, seria doado para alguma instituição que se encarregaria de fazer adoção do mesmo (tantas familias aí querendo adotar um bebe, a maioria quer um bebê para adotar, o pior é isso!). E a criança de 11 anos encaminhada para tratamento psicossocial, o qual ela ja teria de fazer independente do aborto individualista e egoísta. RESSALTO QUE DEFENDO ISSO APENAS NO CASO DE A CRIANÇA DE 11 ANOS NÃO CORRER RISCO DE VIDA, POIS SE CORRER, O BOM SENSO MANDA ABORTAR. Nos seres humanos precisamos de tratamento psicologico urgente, estamos muito egoistas, pensando somente em nós mesmos, ao ponto de ter que tirar a vida de um bebê, para a criança de 11 anos nao se sentir incomodada com isso? isso é um absurdo! Para esse tipo de incômodo, ela ja teria que ser submetido de todo jeito a acompanhamento psicossocial, como alias, ela vai precisar agora depois que abortou. E se nao abortasse, ia precisar do mesmo jeito. O que o bebê tem a ver com o crime? PELO AMOR DE DEUS! O pessoal do Direito nao pode sair defendendo tudo o que estudou na faculdade às cegas nao. O direito nao é totalmente independente de outras profissoes como a Medicina nao. Ao contrario, o Direito precisa das regras da medicina em muitos casos e este da menina é um deles! E todas as profissoes precisam do bom senso. Se fosse direito civil, os pais do suposto “estuprador” de 13 anos (13 anos?! pois é ainda tem isso) e os pais da “estuprada” seria responsabilizados civilmente (pagando dinheiro do proprio bolso pelo ilícito), mas como é direito penal (e neste caso, os pais não pode ser responsabilizados), aí infelizmente os pais e maes de ambos os envolvidos não estão na cadeia, mas era o que era pra acontecer, porque se vigiassem melhor os seus filhos, isso nao teria acontecido. Pois é, nosso mundo tá todo errado. Precisa mudar esse codigo penal arcaico para nesses casos, os pais e maes irem pra cadeia. Aí quem foi condenado aí foi o bebê. Mas repito, se a criança de 11 anos corria risco de morrer se nao fizesse o aborto no dia 22/06/22, eu defendo o aborto feito por ela. Afinal, o ideal seria ver a menina e o bebe vivos, caso a menina nao corresse risco de vida. E egoismos feministas que fiquem excluidos dessa história. ô coisa repugnante é o egoísmo feminista! Sim, e outra coisa, mesmo que bebe e menina ficassem vivos, entendo que o codigo penal precisa incluir a cadeia para os pais e as maes de ambos caso o inquerito conclua que houve de fato estupro. E a Midia precisa tambem antes procurar ouvir os médicos antes e nao ficar defendendo bandeira feminista egoista contra a vida de bebes. Esse é o nosso mundo cruel e sinceramente quem nao concordar comigo, é porque é doido mesmo. Aí eu nem converso mais, paro logo a conversar para nao perder meu tempo.

  3. Como fica o caso?
    O assassinato da criança ja choca por si só.
    E agora pior ainda quando se descobriu que a menina nao foi estuprada.
    O pai do bebê tem 13 anos e morava na mesma casa da menina, pois é filho do padrasto da menina.
    A juíza tinha princípios e foi covardemente atacada por sua decisão contrária ao aborto.

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Economia

Imposto de Renda 2025: prazo está quase no fim e 15,2 milhões ainda não declararam

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

A corrida final para a entrega da declaração do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) de 2025, referente ao ano-calendário de 2024, está prestes a acabar. Os contribuintes têm até as 23h59 desta sexta-feira (30) para prestar contas ao Leão.

O prazo para enviar a declaração começou em 17 de março.

De um total de 46,2 milhões de declarações, apenas 31,03 milhões foram entregues à Receita Federal. Ou seja, o Fisco ainda espera receber 15,2 milhões de documentações referentes ao Imposto de Renda (IR) de 2025.

Imposto de Renda 2025

  • Para ser obrigado a declarar, o trabalhador precisa ter recebido rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888 no ano passado.
  • No caso de trabalhador rural, o limite da receita bruta de obrigatoriedade é de R$ 169.440.
  • Estão isentas da declaração as pessoas que receberam até dois salários mínimos mensais durante 2024, salvo se forem enquadradas em outro critério de obrigatoriedade.
  • O cronograma de pagamento dos cinco lotes de restituição começa em 30 de maio e vai até 30 de setembro. O Fisco liberou a consulta referente ao primeiro lote da restituição em 23 de maio.
  • O contribuinte que não fizer ou atrasar o envio da declaração à Receita terá de pagar multa, no valor mínimo de R$ 165,74, e no valor máximo correspondente a 20% do imposto devido sobre a renda.

Neste ano, o primeiro lote da restituição do IRPF repassará R$ 11 bilhões — maior marca da história — para os 6,2 milhões de contribuintes contemplados (apenas os prioritários). No ano passado, foram pagos R$ 9,5 bilhões (recorde anterior).

O processo de restituição do Imposto de Renda é nada mais do que a devolução de valores pagos a mais, que foram retidos pela fonte pagadora (empresas e órgãos públicos) ou autônomos, relacionados ao IR.

Metrópoles

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Geral

Fim da reeleição: divergências sobre mandatos e unificação de datas podem atrasar votação no Senado

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Senado pode demorar a analisar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que extingue a reeleição no Executivo.

O presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), havia sinalizado que poderia colocar a proposta em votação, no plenário da Casa, já nesta semana. Mas senadores afirmam que o texto atual não agrada a Alcolumbre e a uma fatia do Senado.

Embora o cerne do texto encontre consenso, trechos que modificam a duração de mandatos e unificam as eleições municipais e nacionais registram resistências nos corredores da Casa.

Na última quarta-feira (21), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, de forma simbólica (quando não há registro dos votos), a PEC para acabar com a recondução de governantes.

O texto estabelece o fim da reeleição em duas etapas: a partir de 2028 para prefeitos; e de 2030 para presidente e governadores. E vai além:

  • unifica os pleitos municipais e nacionais em uma única data, a partir de 2034;
  • e padroniza a duração de mandatos de todas as funções eletivas em 5 anos — incluindo senadores, que sofreriam uma redução de mais de um terço nos mandatos (8 para 5 anos) a partir das eleições de 2034.

Segundo líderes partidários da Casa, o ajuste no tempo de mandato dos senadores seria a maior causa do descontentamento de Davi Alcolumbre. Ele, apesar disso, tem defendido extinguir a reeleição no Executivo, além de enxergar o avanço da proposta como um dos possíveis marcos de sua gestão à frente do Senado.

Aliados de Alcolumbre afirmam que, diante das divergências, o presidente pode empurrar a análise da proposta para junho ou ainda para o segundo semestre.

Senadores apontam, ainda, que não há certeza de que o texto atual avançaria na Câmara, onde a PEC enfrentaria um caminho mais longo até a aprovação. Entre as críticas de deputados, está a unificação de datas — prejudicial para campanhas municipais, na avaliação de parlamentares.

G1

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Geral

Lula se diz vítima de “canalhice” e promete viagens para “fazer política”

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado (24) que não se pode permitir que a “canalhice” e as “fake news” tomem conta do Brasil.

O petista deu a declaração durante evento de lançamento do Programa Solo Vivo, no Mato Grosso.

Ele falava sobre medidas governamentais que planeja implementar e citou um programa para baratear o gás de cozinha. Afirmou que a medida seria lançada ainda neste mês e que, em junho, iria “começar a andar o país” para impedir que a “verdade seja soterrada”.

“O mês que vem eu vou fazer política nesse país. Mês que vem vou começar a andar esse país porque acho que chegou a hora de a gente assumir a responsabilidade e não permitir que a mentira, a canalhice e a fake news ganhe espaço, e que a verdade seja soterrada nesse país”, afirmou.

O presidente afirmou ainda que fazer com que a verdade se sobreponha à mentira no Brasil é sua “obrigação moral” e defendeu a regulamentação das redes sociais.

“É preciso que a gente discuta com o Congresso Nacional a responsabilidade de regular o uso das empresas. Não é possível que tudo tem controle menos as empresas de aplicativos”, afirmou.

Nesta semana, uma medida econômica do governo Lula se tornou alvo mais uma vez de críticas nas redes sociais.

No final da tarde de quinta-feira (22), o governo anunciou o aumento do IOF para empresas, operações de câmbio e planos de seguros usados como investimento. O mercado reagiu mal à medida, que demonstrou desconfiança em relação ao decreto.

Agentes do setor financeiro acusaram a medida de funcionar como um mecanismo indireto de controle cambial.

Oposição e críticos nas redes sociais fizeram pressão no governo, que horas depois recuou e revogou parte do decreto.

O caso tem semelhanças com a crise do Pix. Em janeiro deste ano, o governo publicou portaria que atualizava regras para o monitoramento de movimentações financeiras pela Receita Federal.

A medida gerou uma repercussão negativa, acompanhada por uma onda de notícias falsas que afirmavam que o governo taxaria o Pix, impulsionada pela oposição. Diante disso, o governo decidiu revogar a portaria.

Outro caso de repercussão negativa para o governo nas redes sociais foi o de ataques à primeira-dama Rosângela a Silva após uma “quebra de protocolo” em viagem à China. De acordo com relato vazado, Janja teria pedido a palavra durante jantar oficial do presidente Lula com o presidente da China, Xi Jinping, em Pequim.

Pelo protocolo, não haveria previsão de falas durante o jantar. Mesmo assim, a primeira-dama resolveu falar e criticou os algoritmos do TikTok, uma rede social chinesa. Conforme apurou a CNN, a situação foi vista como “constrangedora” pelos presentes. O caso teve repercussão nas redes com ataques diretos à primeira-dama.

CNN

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Geral

Eleições internas do PT têm rachas em 18 estados em disputas por 2026

Foto: Zeca Ribeiro e Roberto Casimiro

A menos de dois meses para suas eleições internas, o PT enfrenta impasses sobre quem comandará os diretórios regionais a partir de julho. Além da disputa pela direção nacional, para a qual o ex-prefeito de Araraquara (SP), Edinho Silva, se consolida como favorito, os petistas vivem um cenário de divisão mais acentuada em pelo menos 18 estados. O pano de fundo dessas disputas é a montagem das chapas para as eleições de 2026, com foco nas candidaturas ao Senado e aos governos estaduais.

Com o prazo de inscrição das chapas no Processo de Eleição Direta (PED) encerrado, os rachas se consolidaram. As disputas estaduais têm de dois a sete candidatos.

“Quem controla essa máquina, controla a política no estado. (O posto) é disputado porque significa poder e influência na escolha dos candidatos”, explica o cientista político Paulo Baía, da UFRJ.

No Paraná, o deputado estadual Arilson Chiorato, aliado de Gleisi Hoffmann, ministra de Relações Relações Institucionais e ex-presidente nacional do PT, tenta se manter no cargo. Sua permanência favorecia uma candidatura da ministra ao Senado. Seu principal obstáculo, no entanto, é o deputado federal Zeca Dirceu, que quer presidir o partido e ser senador.

“Tem zero chance de composição, apesar de que eu aceitaria abrir mão caso houvesse um terceiro nome na CNB (a corrente majoritária), mas Arilson não topa. Não pode ficar como está. O resultado de 2024 foi horrível, faltou presidente”, disse Zeca Dirceu.

Já no Ceará, o embate remonta às disputas internas das eleições municipais de Fortaleza, quando a deputada federal Luizianne Lins foi preterida em favor do atual prefeito, Evandro Leitão. Os grupos dos dois voltam a se enfrentar, agora com Evandro na retaguarda. Quem tomou as rédeas das negociações desta vez foram o governador Elmano de Freitas e o deputado José Guimarães, que defendem a permanência de Antônio Filho no diretório estadual. Luizianne, em contrapartida, lançou a vereadora de Fortaleza Adriana Almeida. O impasse adianta a disputa por uma vaga no Senado entre Luizianne e Guimarães.

Vagas ao Senado

Na Bahia, a disputa também envolve o Congresso Nacional. De um lado, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, apadrinhou Jonas Paulo. Do outro, o senador Jaques Wagner apoia o secretário de Finanças do PT no estado, Tássio Brito. Em 2026, Wagner deve concorrer à reeleição, e Rui Costa é dado como certo na disputa por uma vaga. A base do governador Jerônimo Rodrigues, no entanto, inclui outros partidos, que querem espaço na nominata. Parte do PT defende uma chapa puro-sangue, mas essa possibilidade é vista como pouco provável, e Wagner poderia acabar sendo rifado.

Pernambuco e Mato Grosso do Sul também enfrentam dilemas sobre as alianças em 2026. No PT pernambucano, houve tentativa de unir os grupos dos senadores Humberto Costa e Teresa Leitão, mas o acordo não saiu. A falta de entendimento na CNB levou Teresa a lançar seu próprio candidato: o ex-presidente da CUT Messias Melo. Caso seja eleito, a tendência é que o partido se aproxime do prefeito do Recife, João Campos (PSB).

Humberto Costa, aliado da governadora Raquel Lyra (PSD), indicou dois nomes: o secretário-geral da sigla, Sérgio Goiana, e a prefeita de Serra Talhada, Márcia Conrado. O resultado pode indicar o posicionamento do PT no próximo pleito. Hoje, a ala municipal tem secretarias na gestão de Campos, e a estadual está na base de Lyra na Assembleia.

No caso de Mato Grosso do Sul, o impasse gira em torno da manutenção do apoio ao governador Eduardo Riedel (PSDB). A disputa coloca em caminhos opostos o deputado federal Vander Loubet e Humberto Amaducci. Este último se posiciona contra a continuidade da aliança entre o PT e os tucanos. Recentemente, petistas passaram a cogitar o rompimento com Riedel, que tem feito acenos à direita, como a defesa da anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

No Rio, o vice-presidente nacional do PT e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, lançou na semana passada seu filho, Diego Zeidan, à presidência estadual do partido. Na ocasião, afirmou que a sigla deve pleitear uma vaga de vice na chapa à reeleição do prefeito Eduardo Paes (PSD), que tem demonstrado irritação com o PT por falta de apoio em votações na Câmara Municipal. Como resistência a Quaquá, aliados dos deputados federais Benedita da Silva e Lindbergh Farias se reúnem em torno do também parlamentar Reimont, que adota uma postura mais cautelosa:

“Não vamos antecipar onde estaremos. Se formos de Paes, queremos discutir programa, segurança pública.”

Já a principal disputa em São Paulo se dá entre os deputados federal Kiko Celeguim e estadual Antonio Donato.

O Globo

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Geral

Governo Lula quer agência como ‘xerife’ das plataformas digitais

Foto: Reprodução/Flickr/Lula Oficial

O governo Lula definiu, em reunião com participação de nove ministérios na quinta-feira 22, que a Agência Nacional de Proteção de Dados (ANPD) deverá liderar a fiscalização das plataformas digitais, com poderes para aplicar multas e bloquear redes em caso de descumprimento de ordens de remoção de conteúdo. O encontro no Palácio do Planalto marcou o fechamento das principais diretrizes do novo projeto de regulação do ambiente digital.

Até então, havia dúvidas entre integrantes do governo se a função de fiscalização caberia à ANPD, à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) ou até mesmo a uma nova agência. Com a decisão de fortalecer a ANPD, a intenção é transformá-la em uma agência digital, indo além da proteção de dados pessoais.

Substituição do PL das Fake News

A proposta em elaboração substituirá a tramitação do chamado PL das Fake News e será encaminhada ao Congresso. O texto, debatido desde outubro no Ministério da Justiça, foi impulsionado por episódios recentes, um deles evolvendo o PIX e pela defesa pública da regulação das redes, feita pela primeira-dama Rosângela Janja da Silva.

O texto evita mencionar diretamente termos como desinformação ou moderação de conteúdo, preferindo destacar o chamado “dever de prevenção” das empresas diante de conteúdos ilícitos, como abuso infantil, terrorismo, incentivo ao suicídio e violações a direitos do consumidor. O governo Lula pretende basear a atuação da ANPD na legislação já existente, para rebater críticas de censura ou restrição à liberdade de expressão.

Divergências no governo Lula

Durante o encontro no Planalto, ministros divergiram sobre o alcance do poder da ANPD. De acordo com o jornal O globo, para Sidônio Palmeira, da Secretaria de Comunicação Social do Brasil bloqueios de plataformas só deveriam ocorrer mediante decisão judicial. Ricardo Lewandowski, do Ministério da Justiça, defendeu a possibilidade de medidas administrativas mais rígidas.

A Secretaria de Comunicação acredita ser possível encontrar uma solução que respeite a necessidade de resposta judicial, desde que a tramitação seja rápida. O texto final será concluído pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, com consenso entre os ministérios envolvidos, e deve ser enviado ao Congresso nos próximos dias.

Revista Oeste

Opinião dos leitores

  1. O ministro é o cara das audiências de custódia pra liberar vagabundos.
    Agora junto com o lladrão, quer calar a população.

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Esporte

CBF e Seleção vivem domingo agitado com eleição e chegada de Ancelotti

Foto: Joilson Marconne/CBF

Neste domingo (25), o futebol brasileiro vive um dia agitado com dois eventos de grande importância: a eleição do novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a chegada do técnico italiano Carlo Ancelotti ao país para assumir o comando da Seleção Brasileira.

Samir Xaud será presidente da CBF

Samir Xaud, médico e empresário de 41 anos, deve ser eleito presidente da CBF, sucedendo a Ednaldo Rodrigues, que foi recentemente afastado do cargo.

Xaud, que presidia a Federação de Futebol de Roraima, conseguiu o apoio de dez clubes e de 25 das 27 federações estaduais, inviabilizando qualquer candidatura.

Ancelotti chega ao Brasil para assumir a Seleção

Carlo Ancelotti, de 65 anos, desembarca neste domingo no Rio de Janeiro para iniciar sua trajetória como técnico da Seleção Brasileira.

Após uma despedida emocionante do Real Madrid na vitória contra a Real Sociedad, Ancelotti assume o comando da equipe nacional com a missão de liderá-la na Copa do Mundo de 2026.

O comandante italiano anunciará sua primeira convocação como técnico da Seleção Brasileira na segunda-feira (26).

A ideia é de que ele seja apresentado e confirme os nomes para a Data Fifa de junho, na qual o Brasil encara Equador e Paraguai, pelas Eliminatórias.

CNN

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Geral

Número de ações trabalhistas bate recorde em 15 anos

Foto: Divulgação/TST

O número de ações trabalhistas bateu recorde em 2024. A Justiça do Trabalho recebeu mais de 4 milhões de processos, o maior volume em 15 anos. Desse total, 3,6 milhões foram novas ações –um crescimento de 16,1% em relação a 2023.

A marca de novos processos –que exclui recursos e reiterações– não era vista desde 2017, quando foram ajuizadas 3,68 milhões de ações. Os dados são do TST (Tribunal Superior do Trabalho).

Foto: Poder 360

Especialistas ouvidos pelo Poder360 atribuem o avanço das ações à precarização das relações de trabalho e à falta de consenso entre decisões do STF (Supremo Tribunal Federal).

A judicialização cresceu de forma gradual até a aprovação da Reforma Trabalhista (Lei nº 13.467 de 2017). Após as mudanças, o número de ações caiu 20,45% de 2017 para 2018.

Apesar da queda, para a professora-doutora do DTB (Departamento de Direito do Trabalho e da Seguridade Social) da faculdade de direito da USP (Universidade de São Paulo) Julia Lenzi, não houve redução de conflitos. O que se deu foi “temor” com relação a possíveis condenações após as mudanças na CLT.

A reforma havia endurecido o acesso à Justiça do Trabalho, obrigando o trabalhador que perdesse a ação a pagar os custos do processo e os honorários do advogado da outra parte –mesmo se tivesse baixa renda. Isso desestimulou muitas pessoas a entrarem com ações.

De acordo com Lenzi, o que aconteceu foi “um certo resguardo no sentido de esperar como os tribunais iam interpretar aquelas alterações na regulação do trabalho”.

A professora avalia que essas mudanças na legislação trabalhista podem ter alimentado a judicialização ao enfraquecer sindicatos e favorecer negociações individuais.

Com a dispensa da homologação sindical, prevista na reforma trabalhista, o empregado tende a aceitar os termos definidos pelo empregador no momento da rescisão. “E depois, ele judicializa a questão“, disse.

INSEGURANÇA JURÍDICA

Os dados de 2025 já mostram que o aumento na judicialização deve continuar. De janeiro a abril, já foram protocoladas mais de 1,2 milhão de ações trabalhistas novas, alta de 6,38% em relação ao mesmo período de 2024.

Foto: Poder 360

A decisão do STF sobre a pejotização, contudo, pode enfraquecer a Justiça do Trabalho, conforme a professora Maria Tereza Sedek, doutora em Ciência Política pela USP.

“Tem aumentado a insegurança jurídica do empresariado, porque as decisões não têm sido sempre na mesma direção“, afirma.

Ou seja, se cada juiz decide de uma forma, não dá para saber o que está valendo. A instabilidade dificulta a tomada de decisões e afeta as relações, conforme a Sedek.

Poder 360

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Geral

PT tenta, mas falha em campanha favorável a Janja nas redes sociais

Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

O Partido dos Trabalhadores (PT) subiu a tag #EstouComJanja nas redes sociais, de Instagram a TikTok, mas não atingiu o engajamento necessário para, por exemplo, entrar nos assuntos mais comentados do X. A campanha acontece depois de a primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, ser alvo de ataques por comentário durante um jantar com o presidente da China, Xi Jinping.

“A primeira-dama Janja tem se posicionado com firmeza por um ambiente digital mais seguro, especialmente para mulheres, crianças e adolescentes, as maiores vítimas dos crimes virtuais”, diz a publicação divulgada pelo PT ao subir a tag #EstouComJanja.

Alguns nomes importantes da sigla se uniram à campanha favorável à primeira-dama, como a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, e o presidente nacional do PT, senador Humberto Costa (PE).

A tag, no entanto, não engajou entre outros nomes do governo ou do petismo, ficando fora dos assuntos mais comentados das redes sociais. Por outro lado, a tag foi alvo de ataques de opositores, que realizaram comentários preconceituosos contra a primeira-dama.

No Instagram, a tag não atingiu nem 100 publicações em apoio.

Críticas a Janja

A primeira-dama Janja é alvo frequente de críticas nas redes sociais, em especial de oposicionistas ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). As últimas se intensificaram depois da repercussão da fala dela sobre o TikTok, durante jantar com o presidente chinês, Xi Jinping, o que teria gerado um constrangimento diplomático ao Brasil.

O vazamento irritou Lula, que admitiu ter levantado o assunto inicialmente na conversa com Xi Jinping. O chefe do Palácio do Planalto chegou a cobrar auxiliares pelo vazamento de uma conversa privada.

Em contrapartida, Janja usou um evento do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania para se manifestar sobre o assunto. “Não há protocolo que me faça calar se eu tiver uma oportunidade de falar sobre isso com qualquer pessoa que seja. Do maior grau ao menor grau. Do mais alto nível a qualquer cidadão comum”, disse a primeira-dama.

Metrópoles

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Esporte

ABC foi roubado em Londrina e fica no empate

Foto: Rennê Carvalho/ABC FC

Com direito a polêmica na arbitragem, o ABC empatou em 1 a 1 com o Londrina, no Paraná. O time paranaense abriu o placar com Iago Teles, de pênalti. O empate abecedista saiu no início do segundo tempo, com Wendel, de cabeça.

O alvinegro de Natal ainda chegou a virar o jogo, com um gol de Octávio, mas o árbitro anulou e expulsou o lateral do ABC, Lucas Mota. O detalhe é que o gol já havia sido assinalado pela equipe de arbitragem em campo, mas algum “fator externo” teria influenciado para o árbitro ter voltado atrás da marcação.

Em suas redes sociais, o ABC publicou uma nota de repúdio por conta da atuação da arbitragem – confira abaixo:

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Geral

Brasil é uma “nau à deriva” na gestão Lula, diz Rogério Marinho

Foto: Anderson Régis

Durante participação no seminário do projeto Rota 22, realizado neste sábado (24) no município de João Câmara, na região do Mato Grande, no Rio Grande do Norte, o senador Rogério Marinho (PL-RN) fez duras críticas à gestão do governo federal e também apontou problemas na administração estadual.

Em seu discurso, Marinho destacou o que considera serem ações populistas do governo Lula, que segundo ele mascaram a desorganização da máquina pública e favorecem esquemas de corrupção.

“Eles dizem: nós estamos assaltando o Brasil, nós estamos dilapidando o patrimônio da população brasileira, nós estamos implementando ações populistas para resgatar a credibilidade do demiurgo que está sitiado no Palácio do Planalto”, afirmou o senador, numa fala marcada por tom crítico e retórico forte.

Marinho comparou a atual gestão com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, ressaltando que, mesmo em meio à pandemia, Bolsonaro teria mantido o compromisso com a responsabilidade fiscal e a estabilidade da economia nacional.

“Nós tivemos um presidente que comprou insumos, vacinas, que proporcionou ao povo brasileiro a condição de sair mais forte ainda da crise aqui e no mundo inteiro. O processo de retomada nos deu uma posição peculiar. Pela primeira vez, para o brasileiro, nós não só crescemos mais do que a China, mas tivemos uma inflação menor do que a Europa e os Estados Unidos”, declarou.

O senador também chamou atenção para o que considera um retrocesso na saúde financeira das estatais e dos fundos de pensão durante o atual governo, fazendo um contraponto com os resultados obtidos durante o período bolsonarista.

“Nós tínhamos estatais que davam lucro, hoje dão prejuízo. Nós tínhamos fundos de pensão que tinham superávit, e hoje estão imersos em situações vexatórias que vitimam principalmente os seus beneficiários”, concluiu.

98 FM Natal

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