O advogado da família do garoto Kevin Beltrán Espada, morto em 20 de fevereiro ao ser atingido por um sinalizador durante a partida entre San Jose e Corinthians, tentou negociar a liberdade dos 12 torcedores corintianos presos em Oruro, na Bolívia, em troca de dinheiro. A denúncia é da revista IstoÉ, que teve acesso à gravações feitas pelo advogado brasileiro Sérgio de Moura Ribeiro Marques, representante dos corintianos, com o advogado boliviano Jorge Ustarez Beltrán.
Jorge Ustarez Beltrán também é tio de Kevin e presta assessoria à família do garoto no processo envolvendo os 12 torcedores corintianos. Segundo a gravação revelada pela revista, ele propôs a Sérgio de Moura Ribeiro Marques dar fim ao processo em troca de R$$ 220 mil (cerca de R$$ 440 mil), que seriam entregues à família de Kevin. Num encontro entre os dois advogados, Jorge Ustarez Beltrán disse ter consciência da inocência dos torcedores que estão presos em Oruro e que tudo poderia ser resolvido de uma maneira prática.
“Se não trabalharmos juntos, não iremos solucionar nem o problema da família de Kevin nem libertar os 12”, disse o boliviano ao brasileiro, em diálogo gravado. “O que propomos a vocês é acabar de vez com esse processo. Os familiares (de Kevin) buscam uma reparação material, civil e isso poderia ser assumido pelo Corinthians.”
Se o acordo fosse aceito, seria feita uma petição declarando a inocência dos 12 acusados e que Kevin estava numa posição no estádio em que não poderia ter sido atingido por um sinalizador disparado pelos torcedores corintianos. Ainda segundo a revista, o Corinthians não aceitou a proposta de pagar essa quantia pedida pelo advogado boliviano.
Foto: Reprodução
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