Seguindo um movimento nacional, os Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte vão cruzar os braços nesta quarta-feira, dia 15 de março. Durante a paralisação, as visitas, escoltas e atendimento externo nas unidades estarão suspensos, sendo mantido apenas 30% do efetivo em atividade para serviços essenciais.
A paralisação nacional é um movimento organizado pela Federação Nacional dos Servidores Penitenciários (Fenaspen) em prol da PEC 308/04, que cria a Polícia Penal no âmbito da união, dos estados e do Distrito Federal. Além disso, a categoria também luta contra a Reforma da Previdência.
Em Natal-RN, haverá um ato público, a partir das 8h30, saindo da frente do shopping Midway Mall com destino à Governadoria.
“Trata-se de um movimento nacional, mas aqui no Estado os Agentes Penitenciários querem também conscientizar a sociedade sobre a realidade do Sistema Penitenciário do Rio Grande do Norte e as condições em que a categoria vive”, explica Vilma Batista, presidente do Sindasp-RN.
De acordo com ela, os Agentes Penitenciários pretendem ainda cobrar do Governo do Estado questões como: Implantação dos níveis; revisão anual; reajuste das diárias operacionais; acompanhamento do planejamento e execução do plano diretor; acompanhamento dos trâmites e elaboração dos processos na Sejuc, que visam aquisição de materiais permanente, manutenção, capacitação dos servidores e armamentos e demais equipamentos para segurança da categoria e das unidades prisionais do Estado.
O Hamas declarou nesta sexta-feira, 29, que está utilizando os reféns de Israel como escudos humanos, durante a incursão israelense na Cidade de Gaza.
O porta-voz militar do grupo terrorista, Abu Obeida, afirmou que os cativos israelenses permanecem mantidos ao lado dos extremistas, nos locais de confronto, submetidos aos mesmos perigos.
“Nós preservaremos a vida dos reféns na medida do possível”, declarou Obeida. “Eles permanecerão com nossos combatentes nos lugares de confronto, expostos aos mesmos riscos.”
A declaração ocorre em meio à intensificação das operações das Forças de Defesa de Israel (FDI), que já iniciaram as etapas preliminares de uma ofensiva terrestre na cidade de Gaza.
O local, que foi cenário de combates intensos no início da guerra, volta a ser tratado como ponto estratégico central do Hamas, relata o The Jerusalem Post.
Na terça-feira (26), o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu autorizou os planos militares para retomar o controle da cidade de Gaza e ordenou a reabertura das negociações sobre os reféns, sob condições impostas por Israel.
A decisão foi tomada depois de semanas de mobilização de familiares das vítimas e de alertas de autoridades de segurança sobre o risco à vida dos sequestradores.
Além disso, o Hamas anunciou que, caso algum refém morra em consequência das ações israelenses, divulgará a identidade da vítima, incluindo nome, fotografia e provas do óbito.
O CEO Piotr Szczerek, empresário polonês que viralizou nas redes sociais após tomar o boné que o tenista Kamil Majchrzak havia dado a um fã mirim, se pronunciou pela primeira vez após ser duramente criticado pela atitude. O caso ocorreu durante o US Open.
Segundo o Yahoo Entertainment, o executivo tentou justificar o episódio em um comunicado. Sem pedir desculpas, o CEO reafirmou a decisão de ficar com o presente.
“Sim, eu peguei. Fiz isso com pressa. Mas a vida é assim: primeiro a chegar, primeiro a ser servido. Eu entendo que algumas pessoas possam não gostar, mas, por favor, não transformemos isso em um escândalo global por causa de um boné. Se você tivesse sido mais rápido, ele seria seu”, declarou o polonês.
Ainda de acordo com o portal, o empresário chegou a ameaçar processar internautas que o insultassem nas redes sociais: “Lembrem-se de que insultar uma figura pública pode gerar responsabilidade legal.”
A postura, no entanto, só aumentou a indignação. Usuários das redes sociais voltaram a criticá-lo com palavras como “idiota” e “covarde”, afirmando que ele envergonhou a empresa onde trabalha. “Só um idiota covarde arrancaria um boné das mãos de uma criança”, resumiu um internauta.
Final feliz para o fã mirim
Apesar da frustração inicial, a repercussão teve um desfecho positivo para o garoto, identificado como Brock.
O próprio Kamil Majchrzak fez questão de reparar o gesto. “Depois da partida, não percebi que meu boné não havia chegado ao menino”, explicou o tenista nas redes sociais.
Ele pediu ajuda aos seguidores para encontrar o fã e, no sábado (30/8), publicou um vídeo ao lado de Brock, que finalmente recebeu o acessório diretamente das mãos do atleta.
Um terremoto de magnitude 6,0 atingiu o Afeganistão nesta segunda-feira (1º) e deixou mais de 800 pessoas mortas, segundo a mídia estatal do país. Outros 2,8 mil ficaram feridas segundo a agência de notícias Reuters.
“O número de mortos e feridos é alto, mas como a área é de difícil acesso, nossas equipes ainda estão no local”, afirmou em comunicado o porta-voz do ministério da Saúde, Sharafat Zaman.
Os tremores atingiram a província de Kunar que tem histórico de terremotos e enchentes. Segundo o governo, o local é remoto e difícil de realizar buscas.
Centenas de feridos foram levados ao hospital afirmou o chefe de informações local. Equipes de resgate vasculhavam os escombros das casas em busca de sobreviventes.
O terremoto ocorreu a uma profundidade de 10 km, arrasando casas de barro e pedra na fronteira com a região de Khyber Pakhtunkhwa, no Paquistão, disseram autoridades.
O Afeganistão é propenso a terremotos mortais, especialmente na cordilheira Hindu Kush, onde as placas tectônicas da Índia e da Eurásia se encontram.
Uma série de terremotos no oeste do país matou mais de 1.000 pessoas no ano passado.
A Sinqia, empresa que conecta os bancos ao sistema Pix, foi alvo de um ataque hacker na tarde de sexta-feira, que resultou no desvio de R$ 670 milhões, segundo fontes, um montante maior do que o estimado inicialmente.
Deste total, R$ 630 milhões eram do HSBC e R$ 40 milhões da Sociedade de Crédito Direto Artta. Os criminosos tentaram desviar mais recursos, em montante superior a R$ 1 bilhão, mas foram barrados pela ação do Banco Central (BC).
O episódio ocorre exatamente dois meses após a fraude na C&M Software, outra empresa responsável por fazer a ligação entre bancos e fintechs ao sistema de meio de pagamento do BC. Na avaliação de especialistas, o novo caso movido a problemas com empresas de tecnologia expõe brechas que apontam a necessidade de aprimorar regras e supervisão do sistema.
R$ 366 milhões bloqueados
Do total de recursos desviados, R$ 366 milhões já foram bloqueados. As equipes envolvidas seguem mobilizadas para recuperar o restante do valor roubado, e a Polícia Federal investiga o caso. A Sinqia está sem acesso ao ambiente Pix.
Em nota, a empresa afirmou que investiga o caso e trabalha para reconstruir os sistemas afetados em um novo ambiente com monitoramento e controles aprimorados. “Depois que o ambiente for reconstruído e estivermos confiantes de que está pronto para ser colocado de volta em funcionamento, o Banco Central irá revisá-lo e aprová-lo antes de colocá-lo novamente on-line.”
Contas não foram afetadas, diz HSBC
O HSBC afirmou que identificou transações financeiras via Pix em uma conta de um provedor do banco. E acrescentou que a operação não afetou contas de clientes ou fundos, pois o impacto teria ocorrido exclusivamente no sistema do provedor.
“O banco esclarece ainda que medidas foram tomadas para bloquear essas transações no ambiente do provedor. O HSBC reafirma o compromisso com a segurança de dados e está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”, afirmou.
A Artta confirmou, em nota, o ataque e disse que o incidente atingiu contas que mantém diretamente no BC para liquidação interbancária, sem impacto para os clientes. “Não houve ataque ao ambiente da Artta nem às contas de nossos clientes”, afirmou.
Foco em regulação e supervisão
No começo de julho, um ataque à C&M foi facilitado, segundo os investigadores, por um funcionário da empresa que repassou credenciais aos criminosos. Naquele caso, foram desviados mais de R$ 800 milhões. Dois meses depois do desvio, o trabalho para rever a totalidade dos recursos ainda continua.
Embora o sistema do BC não tenha sido invadido em nenhum dos dois episódios, técnicos ouvidos sob reserva avaliam que os ataques colocam os problemas de regulação e supervisão do órgão em evidência, sobretudo devido à redução crônica de pessoal e às limitações financeiras.
O quadro de funcionários do BC vem passando por redução drástica nos últimos anos, com aposentadorias e perda de talentos para outros órgãos ou para o setor privado. Mas as atribuições do regulador aumentam devido ao crescimento e diversificação das instituições reguladas e dos modelos de negócios.
Provedores de serviço de tecnologia
O advogado Aylton Gonçalves, especialista em regulação financeira, avalia que o novo ataque mostra que pessoas envolvidas em atividades ilícitas parecem ter compreendido dois elementos importantes quanto ao mercado de provedores de serviços de tecnologia: a concentração, com apenas sete empresas ativas, e a a dependência operacional de instituições reguladas pelo BC, considerando que várias precisam dessas empresas para seus negócios. Ele reforça que é importante o BC avançar na supervisão e regulação dessas empresas:
— É muito importante que a supervisão dessas empresas seja mais robusta. Além disso, é possível pensar na necessidade de que a regulação avance quanto à prevenção a fraudes e segurança cibernética — disse.
Algumas limitações da carreira no BC, porém, podem ser um entrave. O Pix funciona 24h por dia e sete dias por semana, mas não há previsão para pagamento de adicional noturno ou de horas trabalhadas aos fins de semana para o monitoramento. Interlocutores ainda avaliam que é necessário rever regras relativas a instituições reguladas e a empresas de tecnologia — algo que, da mesma forma, demanda recursos e pessoal.
Pessoas com conhecimento no assunto afirmam que, do ponto de vista de segurança, o ideal seria que cada instituição tivesse seu próprio acesso ao sistema do BC, mas reconhecem que seria inviável para as empresas menores devido ao custo. O regulador tem uma rede específica para a comunicação com as instituições financeiras, com criptografia forte e baseadas em certificados digitais.
Os participantes que se conectam diretamente a esta rede por meio de links privados na sede da instituição. Além disso, cada operação tem uma chave única, verificada pelas duas partes (BC e instituição).
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump falou sobre a saúde dele neste domingo (31) após boatos falsos de que teria morrido.
Em uma postagem na rede social Truth Social, o republicano disparou: “Nunca me senti melhor na minha vida”.
Trump ainda escreveu que “(Washington) DC é uma zona livre de crime”.
Fim de semana de folga jogando golfe
Trump viajou da Casa Branca neste domingo (31) para seu clube de golfe na Virgínia pelo segundo dia consecutivo.
No sábado (30), o republicano foi alvo de uma onda de boatos nas redes sociais que diziam que ele teria morrido.
De acordo com dados do Google Trends, tanto no Brasil quanto nos EUA, o termo “Trump” e buscas relacionadas como, por exemplo, “Donald Trump morreu?” registraram aumento de 1000% nas últimas 11 horas e lideram em volume de pesquisa. Os termos também apareceram entre os “Assuntos do Momento” na rede social X.
Apesar do frenesi nas redes, Trump foi visto no próprio sábado pelo pool de repórteres da Casa Branca ao embarcar no comboio presidencial para jogar golfe em seu campo privado, na Virgínia, neste fim de semana de feriado do Dia do Trabalho nos EUA.
Muito bem Trump,muita saúde para o senhor, esses são meus votos, porque o senhor não vai morrer tão cedo, espero segura esse canal dos impostos, até que esse bandido Lula entregue os ponto, e entender que o homem americano é uma raça bem superior, em todos os termos.
O bispo Dom Adair José Guimarães pediu intercessão de Nossa Senhora de Aparecida contra o comunismo em evento realizado no Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília (DF), na noite desse sábado (30/8).
A declaração foi dada durante o evento católico Desperta Brasil, que durou até a manhã de domingo (31/8). Ao lado do Frei Gilson, religioso que acumula milhões de seguidores nas redes sociais, o bispo Dom Adair, da Diocese de Formosa (GO), disse: “Pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida venha sobre vós a benção que nos impede de ter fome, guerra, doença e o comunismo”, declarou o bispo.
As palavras renderam aplausos dos mais de 80 mil fiéis presentes no evento. Já nas mídias sociais, o público se dividia entre críticas e elogios, a depender da rede.
Não é a primeira vez que Dom Adair José Guimarães se destaca pelas suas falas. Em outubro do ano passado, o bispo declarou que o Brasil vivia uma ditadura por, segundo ele, perseguir os manifestantes presos pelos atos democráticos de 8 de Janeiro.
O Sargento Manassés, da Polícia Militar do RN, deu uma sonora bronca nos pais de duas crianças no Conjunto José Sarney, na Zona Norte de Natal. O motivo? Eles estavam consumindo maconha na frente dos filhos. O vídeo foi publicado pelo próprio sargento nas redes sociais.
“A partir de hoje, vocês vão fumar maconha na casa do c******! Tá entendendo? Se eu passar aqui e sentir pelo menos um cheiro de maconha com uma criança aqui você perde a guarda”, diz o militar à mãe da criança.
Na publicação feita no Instagram, o sargento escreveu: “Que tipo de referência estamos dando aos nossos filhos? Hoje é algo normal fumar maconha. Lembro que minha falecida mãe sofria chacota em Mãe Luiza por causa do meu irmão que usava maconha. Eu cresci vendo ele fazendo o baseado, mas nunca fumando dentro de casa. Hoje quem fazia chacota dela, vive com viciados na família. Que tipo de sociedade estamos construindo?”
Uma confusão foi registrada neste domingo (31) na área do entorno do Praia Shopping, em Natal.
Segundo testemunhas, uma mulher flagrou o companheiro acompanhado de outra no local. O episódio resultou em discussão e danos a um veículo, que teve os vidros quebrados.
Ainda de acordo com relatos, as duas mulheres também entraram em confronto físico. A informação é do Blog de Gustavo Negreiros.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, entre 10h e 18h. Segundo a decisão, a visita deve cumprir todas as condições legais e judiciais já impostas ao réu.
A visita acontece um dia antes do início do julgamento no STF de Bolsonaro e outros sete réus por suposta trama golpista após as eleições de 2022. O ex-presidente está em prisão domiciliar desde 4 de agosto.
A decisão determina que todos os veículos que saírem da residência de Bolsonaro deverão ser revistados.
“Ressalto que, nos termos da decisão de 30/8/2025 acima referida, serão realizadas vistorias nos habitáculos e porta-malas de todos os veículos que saírem da residência do réu”, afirma o despacho.
O monitoramento também será feito na área externa durante a visita, conforme a decisão do último dia 30.
Damares chegou a solicitar também uma visita pela comissão de Direitos Humanos do Senado, mas foi atendida no pedido de visita individual. Aos aliados a senadora e ex-ministra de Bolsonaro disse que irá orar com a família antes do início do julgamento.
Na terça-feira, além de Bolsonaro, outros sete réus apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como integrantes do “núcleo crucial” do suposto golpe são julgados pela Suprema Corte. Eles não precisarão comparecer presencialmente.
Lincoln Gakiya é promotor do Gaeco de Presidente Prudente, do Ministério Público de São Paulo | Foto: Reprodução/X
O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que há mais de duas décadas se dedica a combater o Primeiro Comando da Capital (PCC), está pessimista quanto ao sucesso da missão. A facção, nascida em presídios de São Paulo, já expandiu sua atuação para 28 países e consolidou presença no tráfico de drogas, além de ter influência na economia e política no Brasil.
Gakiya integra o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo em Presidente Prudente. Ele afirma que o PCC nunca foi tão poderoso quanto atualmente, seja em faturamento, presença global ou capacidade de atuação na economia formal.
Narcoestado
Em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste sábado, 30, Gakiya diz ser impossível rastrear em quantas atividades do mercado formal o PCC já se infiltrou. O promotor ressalta que, sem uma agência nacional para unificar o combate ao crime organizado, existe o risco de o Brasil transformar-se em um narcoestado em até três décadas.
“O PCC já pode ser classificado como uma organização mafiosa”, destaca. “Não precisa mais da ostensividade da violência, exibindo fuzis e praticando crimes cinematográficos. Ele já passou dessa fase, está ganhando muito dinheiro, principalmente com o tráfico internacional de cocaína para a Europa.”
O retorno do dinheiro ilegal exige inserção na economia formal, frequentemente por meio de empresas legítimas com funcionários e serviços reais, o que dificulta o rastreamento pelas autoridades. Gakyia conta que, há pelo menos dez anos, o PCC começou a lavar dinheiro por meio da compra de postos de gasolina e concessionárias de veículos
“Antigamente, o PCC montava empresas de fachada, mais simples de detectar. Agora, as empresas são lícitas, têm funcionários, prestam serviços reais e têm capital da facção”, relata. “É muito difícil dimensionar em que negócios o PCC está. É mais fácil dizer em qual ramo da economia ele não está.”
A respeito da sobreposição entre ações do Ministério Público e da Polícia Federal (PF), Gakiya diz que a falta de integração entre órgãos é um obstáculo significativo. “O maior desafio do Brasil, hoje, em termos de segurança pública, é coordenação e integração.” Ele defende a criação de uma agência para coordenar e tornar mais eficiente o combate ao crime organizado.
Criação de uma agência antimáfia
“Sou a favor da criação de uma agência antimáfia. Nós já temos máfia no Brasil, o PCC já é uma organização mafiosa.” A proposta consistiria em um órgão composto por todas as instituições. Atualmente, não há subordinação entre as instituições, “cada uma tem seu ramo de atuação, suas expectativas, sua formação e gera muita disputa institucional”.
O diretor da PF, Andrei Rodrigues, já afirmou em público ser contrário à criação de uma agência antimáfia, sob o argumento de que a própria instituição cumpre esse papel. Entretanto, Gakyia rebate: “se tivesse suprido o papel de fazer essa integração entre as instituições, não estaríamos no estado que estamos agora”.
Estado paralelo
O promotor alerta que o país vive um processo de consolidação de um Estado paralelo, com o risco de se tornar um narcoestado em até 30 anos, caso nenhuma medida seja adotada. “O crime organizado está num processo de crescimento exponencial”, ressalta. “E ninguém sabe onde isso vai chegar.”
Um narcoestado envolve o domínio da política institucional. “Quando o crime começa a dominar as prefeituras, as câmaras municipais, e depois a ter influência sobre os governos estaduais, pode chegar a eleger um presidente ou então ter ligações diretas com o presidente”, explicou Gakyia. “É isso que precisamos evitar.”
Uma consolidação de influência, aliás, pode estar em curso. “No ano que vem, teremos campanhas e é bem possível que o PCC também esteja financiando algum candidato.” A facção “tem todo o interesse, estando na economia formal, de participar dessa fatia do bolo, ou seja, de licitações ou dos negócios públicos”, diz o promotor. “Quando você elege representante, seja no Legislativo, seja no Executivo, você vai cobrar a conta depois.”
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