Acostumados a enxergarem apenas o alheio, o senador José Agripino (DEM) e deputado estadual Fernando Mineiro (PT) são mais parecidos do que pensam.
Agripino está acostumado a dar pitaco sobre qualquer coisa que aconteça no governo federal. Para o senador, as coisas sempre estão ruins. Tudo é motivo de crítica e cobranças veladas. Com a situação da presidente Dilma Rousseff indo de mal a pior, o senador tem até aumentado suas críticas, apresentando receita pronta para todos os problemas.
O que ninguém vê o senador fazer é sugerir essas mesmas receitas para sua correligionária, a governadora Rosalba Ciarlini, cujo governo bate recorde de desaprovação.
Por que Agripino não comenta a crise? Por que não sugere mudanças? Por que não critica o desgoverno?
Comenta não. Mas tem quem faça por ele. Para isso há o deputado estadual Fernando Mineiro, que descobre todas as mazelas do governo estadual, mas não é capaz de fazer o caminho inverso: pergunte-lhe o que ele acha do governo de Dilma que vai ser sempre as mil maravilhas.
Perguntem a Mineiro o que ele pensa sobre a crise no andar de cima. Capaz dele dizer não há crise e que tudo não passa de invenção da imprensa golpista.
O senador e o deputado, opositores ferrenhos, poderiam se unir numa parceria política que tem tudo para dar certo. Mesmo que a preferência seja por ser pedra, o telhado de vidro é para todos.
Foto: Divulgação
Concordo com o texto sem tirar uma vírgula. São duas figuras que não fazem falta ao nosso RN, Claro que se juntas a ele outros do PMDB, PSB, PR, PSOL, PSTU, PDT, PSD, P…..
Cobrar coerência de político é o mesmo que querer que um rio passe duas vezes no mesmo lugar. Mineiro é esse político que temos aí: bica aqui, azara acolá, e assim vai esticando sua permanência. A nota do senador José Agripino, explicando seus 27 anos de atuação, foi de uma singeleza agripinal. Pífia. ,Mostrei a nota à minha governanta trilíngue (sem trema), Laudicéia, que esticou suas sobrancelhas o mais que pode, e disse: "Seu Paulo, esse senador é o ó!".
parabens pelo comentario,nota 10.
Creio que o sábio blogueiro já sabe, mas o nome disso é FISIOLOGISMO. É política apenas pra benefício próprio. Ou seja, quem está no poder nunca vai achar nada ruim, ao passo que quem tá do lado de fora acha que tá tudo ruim pra poder entrar pra comer da papa.
Política no Brasil é ÚNICA e EXCLUSIVAMENTE feita pra isso. E o meio pra o atingimento deste objetivos é a ELEIÇÃO. É aí onde nós, o povo – que evidentemente deveria ser esclarecido – temos todo o poder.
Então, como o povo não é esclarecido e se elegem apenas os mesmos ou parentes destes e o fim de tudo é a IMPUNIDADE, os cachorros ladram e a banda passa.
É mais ou menos por aí.
Quem não lembra do senador José Agripino que durante o governo de FHC foi um dos articuladores e defensores da CPMF com o pretesto de que era para a saúde, nesta época a alíquota chegou a ser de 0,38%, no governo de Lula o mesmo senador foi contra a manutenção da CPMF, mesmo com o argumento de que a CPMF por incidir sobre a movimentação finaceira tinha se tornado um espetacular instrumento de combate a sonegação fiscal e corrupção, o detalhe é que neste caso a proposta era de uma manutenção com a alíquota de 0,1%, mas mesmo assim o senador José Agripino foi contra esquecendo que anos atrás havia aprovado a CPMF com uma alíquota de 0,38%.