Foragido desde a última terça-feira, quando teve início a Operação Os Intocáveis, o ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope) Adriano Magalhães da Nóbrega, de 42 anos, é, hoje, um dos homens mais procurados do país. Foi numa guerra travada entre os herdeiros do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, assassinado em 28 de setembro de 2004, que ele começou a se envolver com o crime organizado. De segurança de contraventor a matador de aluguel, virou, segundo investigadores, chefe do Escritório do Crime, grupo suspeito de participação em vários crimes no estado, inclusive o homicídio da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 14 de março do ano passado.
Um levantamento do GLOBO mostra que Adriano, procurado inclusive pela Interpol, teve, ao longo dos anos, uma vida dupla: por um lado, era denunciado por crimes como assassinatos e grilagem de terra; por outro, tinha forte atuação nas ruas como PM. Um relatório da Subsecretaria de Inteligência (da extinta Secretaria de Segurança) e da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) mostra que, cinco anos antes de ser expulso da polícia, o ex-oficial apareceu na investigação de uma tentativa de assassinato. O documento, de outubro de 2011, cita um ataque ao pecuarista Rogério Mesquita, em 10 de maio de 2008. Vários tiros de fuzil e pistola foram disparados contra o carro da vítima, que estava com mulher e filhos em Cachoeira de Macacu.
Vítima intimidada
Segundo as investigações mencionadas no relatório, Rogério sobreviveu, reconheceu e denunciou Adriano, e passou a ser perseguido. Dois dias depois do atentado, o ex-PM foi à casa da vítima, que trabalhava para o contraventor Maninho. Em depoimento à Draco, Rogério disse que Adriano, muito nervoso, tentou intimidá-lo: “E aí, paraíba, tentaram te pegar? Que história é essa que estão comentando que você disse que eu tentei de matar? Tu sabe que, se fosse eu, tu tava morto”, teria dito Adriano.
Com medo daquele que até hoje é considerado um dos melhores atiradores que já passaram pelo Bope, Rogério, que tinha sobrevivido a quatro tiros, respondeu que não sabia quem estava por trás da tentativa de assassinato. O pecuarista, no entanto, sabia. A Adriano, ele admitiu apenas que buscava justiça. O ex-capitão ainda teria tentado demovê-lo da ideia de dar prosseguimento à investigação, e procurou a mulher de Rogério. De acordo com o relatório da Subsecretaria de Inteligência e da Draco, no encontro, ela perguntou a Adriano por que, além do marido, foi alvo do ataque, juntamente com os filhos. Está registrado que o ex-PM lhe deu a seguinte resposta: “No Iraque, quando se quer matar uma pessoa, explode-se um quarteirão inteiro, por isso é a lei do cão”.
Rogério, amigo de infância de Maninho, administrava os bens do bicheiro, inclusive um haras. Adriano, na época, trabalhava como segurança de José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal, também bicheiro e marido de Shanna Harouche Garcia Lopes, filha de Maninho. O casal não estaria satisfeito com o trabalho do pecuarista. De acordo com o relatório, Rogério ficou em meio a uma disputa pela herança do contraventor. O Ministério Público do Rio denunciou Adriano e outras pessoas por suspeita de participação no atentado, mas, na Justiça, as testemunhas não fizeram o reconhecimento dos acusados.
Em 28 de janeiro de 2009, oito meses depois do ataque, Rogério, então com 54 anos, foi assassinado em plena luz do dia, às 11h47m, na esquina das ruas Visconde de Pirajá e Maria Quitéria, a cerca de cem metros da Praia de Ipanema. Um homem desceu da garupa de uma moto o matou com um tiro na nuca. Rogério havia acabado de sair de uma academia de ginástica.
Em 16 de setembro de 2011, Zé Personal também foi morto, supostamente por conta da disputa pelo espólio de Maninho, que incluía o controle de máquinas caça-níqueis. O assassinato é um dos 19 crimes que, atribuídos à contravenção, voltaram a ser investigados, após longo tempo de inquéritos parados na Delegacia de Homicídios da Capital.
Adriano foi expulso da PM em 30 de dezembro de 2013, após responder a um conselho de justificação por ligação com o jogo do bicho.
HOMENAGEM
Quando foi homenageado com a maior condecoração concedida pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), a Medalha Tiradentes, por iniciativa do então deputado estadual Flávio Bolsonaro (à época filiado ao PP, hoje senador eleito pelo PSL), o então policial militar Adriano Magalhães da Nóbrega estava preso por suspeita de homicídio.
A Mãe e esposa de Adriano Magalhães trabalharam no gabinete de Flávio Bolsonaro.
Gente boníssima
Seria a mesma globo cujo artistas viviam de fazer selfs com João de deus?
É a mesma globo que não moveu uma palha para descobrir quem pagou os advogados de Adélio?
É a mesma globo que saiu insinuando que a morte de Marielle foi encomendada por a, b e c que até hoje não foram relacionados ao crime?
Existe alguma prova da ligação de Flávio com essas pessoas?
Quem não aceita diminuir a menor idade penal é Flávio?
Quem não aceita aumentar a pena dos bandidos e acabar com as reduções das penas é Flávio?
Quem não apoia o cidadão poder ter arma para se defender é Flávio?
Quem criou a audiência de custódia para soltar bandido logo depois de ser preso foi Flávio?
Quem deixou terrorista italiano, com várias mortes nas costas, seguro no Brasil foi Flávio?
Se 01 dessas resposta chegar, comprovadamente ao nome de Flávio Bolsonaro, podemos voltar a discutir, senão, deixa de choro, parem de mimimi e vão trabalhar desocupados mentirosos.
O mensageiro não invalida a mensagem. Nada disso que você falou retira o fato de Flávio Bolsonaro ter louvado miliciano. Não tenho bandido de estimação. O pau que desce no couro de quem louva terrorista italiano deve descer no couro de quem louva terrorista miliciano.
Ora, ora, a nossa Assembléia prestou homenagem ao medico e hoje presidiário Roger Abdalmassir. Quem foi o deputado que propôs??