A Caixa anunciou que teve contratados R$ 4,24 bilhões em créditos pelo Programa de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) nesta segunda-feira, e que recebeu do Ministério da Economia um acréscimo de limite, que passou a ser de R$ 5,9 bilhões.
Junto com o Pronampe, o banco oferece também o Fundo de Aval para as Micro e Pequenas Empresas (Fampe), em parceria com o Sebrae para microempreendedores individuais e micro e pequenas empresas, sendo que as duas linhas superaram R$ 6 bilhões em fomento ao segmento.
“Ajudar os pequenos empresários, tão importantes para o nosso País, faz parte da vocação da Caixa, especialmente nesse período de pandemia em que o consumo e a renda são afetados”, diz o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
O banco público anunciou também para agosto um novo aplicativo voltado para as micro e pequenas empresas, em que o cliente precisará ir à agência apenas para assinatura do contrato, mas análise e liberação do crédito ocorrerá digitalmente.
Na semana passada, o Banco do Brasil (BB) obteve autorização do Ministério da Economia para ampliar o orçamento do Pronampe em R$ 1,24 bilhão. O limite que a instituição pode emprestar passou para R$ 4,98 bilhões. A autorização vem dois dias depois que o Banco do Brasil havia emprestado totalmente o limite anterior, de R$ 3,74 bilhões. Até agora, cerca de 60 mil pequenos negócios foram beneficiados com o Pronampe, que empresta até 30% do faturamento do ano anterior a micro e pequenas empresas.
As linhas do Pronampe têm prazo de 36 meses, com oito meses de carência para o pagamento da primeira parcela. Dessa forma, o tomador só começa a pagar o financiamento no nono mês, desembolsando 28 prestações com juros máximos equivalentes à taxa Selic (juros básicos da economia) mais 1,25% ao ano. Com a Selic em 2,25% ao ano, a taxa máxima soma 3,5% ao ano.
O Pronampe tem 85% de garantia do Fundo Garantidor de Operações (FGO), que cobre até 85% de eventuais calotes. Nos financiamentos do Banco do Brasil, os 15% restantes ficam a cargo da instituição financeira.
Pronampe no Itaú
O dinheiro do Pronampe se esgotou em meia hora na manhã desta segunda-feira no Itaú Unibanco. Ao todo foram desembolsados R$ 3,7 bilhões – R$ 700 milhões a mais do que os previstos inicialmente. Em três dias acessarem o crédito 37 mil micro e pequenas empresas clientes do banco, que contrataram via aplicativo.
O desembolso feito pelo maior banco privado do País ocorre após alguns problemas técnicos, que obrigaram a operação a ser suspensa para ajustes na conexão com o Banco do Brasil (BB), o administrador da linha.
“Além de sermos o primeiro banco privado a oferecer a linha, nos preocupamos também em disponibilizar aos clientes uma experiência totalmente digital, com contratação do crédito direto pelo app Itaú Empresas no celular, evitando a necessidade de o cliente ter que se deslocar até o banco. Tivemos alguma instabilidade nos sistemas em razão do alto volume dessa demanda, mas, ainda assim pudemos disponibilizar um volume recorde de contratações”, afirma em nota, o diretor executivo comercial do Banco de Varejo do Itaú Unibanco, Carlos Vanzo.
Até sexta-feira, o Itaú já havia concedido 70% dos R$ 3 bilhões disponíveis para a linha. “Finalizamos a concessão dos 30% restantes, que correspondiam a R$ 1 bilhão na primeira meia hora de operação nesta segunda-feira. Tivemos ainda um valor extra de R$ 700 milhões, solicitado durante o final de semana ao Banco do Brasil, administrador da linha, também já totalmente concedido aos nossos clientes neste mesmo período”, destaca Vanzo, na nota à imprensa.
TRIBUNA DO NORTE
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