O roubo da carga de R$ 3,4 milhões em aparelhos no Aeroporto Internacional do Galeão neste domingo (15) não foi o único grande roubo de celulares recente no Rio.
Há uma semana, bandidos assaltaram uma carga de iPhones na Avenida Brigadeiro Trompowski, na Zona Norte do Rio, região próxima do aeroporto. O valor da carga roubada, segundo a Polícia Civil, é de R$ 2,6 milhões. No total, os produtos roubados somam R$ 6 milhões.
Segundo a polícia, todo o material foi levado para a Favela Nova Holanda, no Complexo da Maré, na Zona Norte. A Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas apura o caso e o delegado titular da DRFC, Delmir Gouvêa, afirmou ao G1 que o roubo ocorreu na última quarta-feira (11), em plena luz do dia, por volta das 14h30.
“Disseram [testemunhas] que havia três carros e uma van, tinha mais de 10 criminosos, todos de fuzil. Eles renderam a escolta, a escolta fugiu. Estamos apurando a atuação dessa quadrilha”, explicou Delmir. Os dois roubos, segundo ele, podem ter sido cometidos pelo mesmo grupo.
Três homens roubaram celulares de última geração no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, na noite de domingo (15). O material também foi levado para a favela Nova Holanda, na Maré, segundo informações da polícia.
A carga foi roubada do galpão da companhia aérea Gol para a Maré, conforme registrado pelo dispositivo de segurança dos aparelhos.
A concessionária RIOgaleão disse, em nota, que está à disposição para apoiar as investigações dos sobre o assalto ocorrido no terminal de cargas das companhias aéreas nacionais.
O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística (Sindlog) lamentou a perda do material.
“Se considerarmos que o roubo deste domingo, quando levaram os 1 mil Samsungs S9, foi estimado em R$ 3,4 milhões, podemos dizer que mais de R$ 5 milhões em carga roubada, foram levados para dentro da Maré pelos bandidos daquele local. E tudo isso em pouco mais de uma semana”, disse o diretor do sindicato, coronel Venâncio Moura.
Levantamento feito pelo sindicato aponta que os celulares roubados são distribuídos de forma pulverizada: parte é distribuída para lojas dentro de favelas, parte vai para o comércio irregular no Centro, e ainda é possível que alguns aparelhos sejam vendidos em sites.
Segundo informações do Instituto de Segurança Pública (ISP), o Rio registrou 2636 roubos de carga entre janeiro e março de 2018. Só em março, foram 917 registros. Na área da 21ª DP (Bonsucesso), que cobre também o Complexo da Maré, foram 75 roubos registrados no primeiro trimestre.
G1
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