Economia

Bira Rocha: ‘Caern deve ser privatizada, mas é insuficiente diante do rombo no Estado’

O empresário Abelírio Rocha não ficou por longos período em cada um dos cargos públicos que ocupou. Mas acumulou experiência ao comandar a Secretaria Nacional de Irrigação e as Secretarias Estaduais de Agricultura e, depois, de Planejamento. Além disso, presidiu a Federação das Indústria do Rio Grande do Norte (Fiern). Coube a Bira Rocha, como é conhecido, conduzir uma ampla reforma administrativa no Estado, em 1995, no início do primeiro governo Garibaldi Filho. Na época, havia desequilíbrio financeiro e risco de colapso, diante do déficit nas contas públicas.

Foram apenas cinco meses no cargo de secretário de Planejamento. Mas um período suficiente para executar um ajuste que extinguiu empresas, mudou regimes tributários, cortou 40% dos cargos comissionados e definiu mecanismos rígidos de controle das despesas. A meta era chegar ao fim do primeiro semestre com o equilíbrio das contas. Um mês antes, o objetivo foi atingido.

Agora, com o Estado em uma situação ainda mais grave, ele considera que não há alternativa que não seja o novo governo, também nos primeiros meses, adotar medidas duras para diminuir despesas e aumentar receitas. Bira Rocha defende a privatização da Caern, mas reconhece que a venda da companhia a investidores privados não seria suficiente para o Estado voltar a pagar em dia os servidores e investir. “O Estado está com um buraco tão grande, que só a Caern privatizada não consegue tapar”, comentou.

Com relação à chegada de Jair Bolsonaro à Presidência, Bira Rocha afirma que o plano de levar o economista Paulo Guedes para conduzir a retomada do crescimento e Sérgio Moro para o combate à insegurança foram escolhas acertadas para o momento.

Quais as perspectivas para o novo governo federal a partir em 2019?
A eleição de Jair Bolsonaro foi como uma marreta que derrubou o bunker da velha política. Algo semelhante à queda do Muro de Berlim. O que vai ser construído em cima destes destroços? Não sabermos, porque está cedo. Ele sinaliza que vai tomar algumas medidas. Sabe que se elegeu em linha direta com o povo. Chamou grandes economistas, como Paulo Guedes, e deu autonomia. Isso pode significar crescimento econômico, o que trará emprego para o país, hoje com 14 milhões de desempregados. Além disso, decidiu colocar Sérgio Moro em um Ministério que será estratégico, uma vez que terá a atribuição de combater a corrupção e a violência. Então, montou o governo com base nestas duas escolhas. Se isso funcionar bem, ele estará sendo coerente com o que disse na campanha. Isso dará, a partir dos entulhos do “muro” derrubado, uma nova perspectiva para o Brasil. A dúvida é sobre a resistência no Congresso Nacional e — por que não dizer? — também no Judiciário e em outras áreas, que podem continuar como antigamente.

Pode haver barreiras para implementar as medidas que são considera necessárias à retomada do crescimento?
Isso. Mas vamos saber daqui a cinco ou seis meses. Se ele conseguir enfrentar o Congresso… Parece que houve alguma renovação no Congresso, mas não sei se as mentes foram renovadas. Seja como for, se o futuro presidente conseguir, haverá uma perspectiva muito positiva para o país. E, por consequência, para os Estados, afinal estamos em uma federação, ou seja, todos no mesmo barco. Caso contrário, não sei o que vai acontecer. O eleitor fez sua parte ao mostrar que está insatisfeito. O presidente montou duas equipes, uma para a economia e outra para segurança e Justiça, exatamente para ir ao encontro do desejo do povo. Uma pode impulsionar a retomada dos empregos e outra o enfrentamento da insegurança.

A escolha da equipe econômica, com economistas que tiveram formação na Escola de Chicago, que se notabiliza pelo liberalismo, foi acertada?
Foi a mais acertada para o momento. O bem-estar, o emprego e a renda não têm ideologia. Pode ser de esquerda, de direita, liberal ou não. Independente destas questões ideológicas, a população quer voltar a ter uma expectativa, reconquistar o que já teve. Os mais atingidos pela situação [da crise na economia do país] foram aqueles que chegaram a um patamar de vida razoável, ou seja, à classe média ou, estando na classe média, melhoraram. Mas [com a crise] caíram de padrão. Apenas não caíram de padrão os que estão no pico da pirâmide ou os que têm renda [proveniente] do Bolsa Família. Mas os demais caíram [o nível de consumo]. E não se conformam de terem alguma coisa em um dia e, no noutro, não mais. Deixaram de ter dinheiro para as férias, para uma viagem com a família… Se ele conseguir reabilitar [o crescimento da renda e do emprego], fará o que o país quer. Claro que até chegar onde já estivemos, vai demorar. Precisará de dois ou três governos. O “muro” era muito forte, o entulho é grande para tirar de uma hora para outra.

Como deve ser a relação do governo federal, particularmente da nova equipe econômica, com os Estados, que estão em situação quase de calamidade fiscal?
Deve ser uniforme. Não pode discriminar. Se discriminar, estará errado. Mas uns precisam de uma ajuda maior, dependendo do grau da “doença”. O Espírito Santo, por exemplo, não precisa de nada. Fez o dever de casa e está equilibrado há muito tempo. Tem dinheiro para investir, está se desenvolvendo, sem atraso nenhum. Evidentemente que a situação calamitosa está no Rio de Janeiro. Calamitosa nas finanças, na segurança e na corrupção. Esse é, pelo que vejo, o pior caso. Mas tem o Rio Grande do Sul em má situação. Minas Gerais, também. E Rio Grande do Norte, em péssima situação. Mas [a ajuda do governo federal] tem que ser mais ou menos uniforme. Isso não é fácil de fazer, porque exige recurso. O país não tem essa disponibilidade. Os recursos só estarão disponíveis se houver as reformas, principalmente as da Previdência, a tributária e a política.

Então, tocar essas reformas seria a principal contribuição do próximo presidente aos Estados?
Quando se diz “tocar as reformas”, um dos itens básico é privatizar o que pode ser privatizado para deixar de tirar do tesouro do Estado. Com isso, haverá caixa para investimentos. Aqui, tivemos o caso típico da Cosern, que vivia do caixa do Estado e não recolhia ICMS. Privatizada, deixou de receber recursos públicos e ainda ajuda a suprir o Estado com a contribuição dos tributos, que a certa altura foi suficiente para todo o custeio da Educação. O governo do PT aceita isto?

A privatização da Caern seria uma das medidas para enfrentar a crise do Estado?
Em parte. O Estado está com um buraco tão grande, que só a Caern privatizada não consegue tapar. Quando a Cosern foi privatizada, os recursos não foram para tapar buraco. Foram para investir em algo que assegurou ao Rio Grande do Norte o que está aí com as adutoras. O Estado tem uma rede de adutoras muito grande. Na época, construiu estrategicamente obras de recursos hídricos. Assegurou a conclusão da Barragem Santa Cruz (no município de Apodi, região Oeste) e depois o Estado foi ressarcido. Se não fossem essas obras, a seca teria consequências ainda mais graves. Também foi usado [recursos da privatização da Cosern] na reforma e ampliação do Aeroporto de Parnamirim. Poucos lembram mas não havia voos internacionais por falta de condições do aeroporto. O investimento feito melhorou essa infraestrutura. Hoje, se privatizar a Caern talvez não dê nem para o buraco da Previdência. A situação, então, está pior.

Ficou mais difícil conseguir enfrentar a crise do desajuste fiscal do Estado?
Sei que [o governo] está fazendo leilões de bens imóveis e tinha que fazer. Não faz sentido ter bens imóveis [do Estado] em Natal. A Caern seria a “joia da coroa”. Mas a privatização precisaria de requisitos, entre os quais ter uma agência reguladora que faça cumprir as normas e preserve a função social [na atuação da empresa que presta o serviço público].

Tribuna do Norte

Opinião dos leitores

  1. Temos que ter cuidado ao falar sobre o assunto. Dentro da legislação atual (lei 11.445/2007, que trata da Política Nacional de Saneamento) e do Art. 30 da Constituição Federal, os serviços de saneamento básico são MUNICIPAIS, diferente dos setores elétrico e de telecomunicações.

    Além disso alguns contratos de prestação de serviços com os municípios já preveem a retomada dos mesmos pelo poder concedente, inclusive, no caso do RN o de Natal. Vejam o que ocorreu com a CEDAE (Rio de Janeiro), onde tal procedimento está praticamente inviabilizado e o desastre da venda da COSAMA (Companhia de Saneamento do Estado do Amazonas).

    Mesmo sendo contra a privatização, em função de entender que o melhor é agir como a maior parcela do mundo desenvolvido, onde esse serviço não é privatizado ou está sendo reestatizado, em função da sua peculiar característica. No entanto, já passou o tempo do Estado ter rentabilidade com a venda de parte do controle acionário CAERN, conforme o estado de São Paulo fez com a SABESP, possibilitando uma gestão mais efetiva, livre da politicagem paroquial potiguar e profissionalizando a empresa.

  2. Poderia começar cobrando os impostos que esses empresários de devem e não venha com a história que não tem dinheiro para pagar.

  3. Ajuste fiscal? Ele fez uma reforma administrativa capenga e mal formulada, extinguindo algumas empresas públicas e autarquias, sem demitir um único servidor público. Ficaram pendurados na Datanorte, sem trabalhar e ganhando (incorporado) as funções que exerciam nos órgãos de origem.

  4. Esses empresários são uns parasitas mesmo !!!
    De tudo quetem tirar proveito! !!
    Se ja não bastasse o Fernando Bezerra que surrupiou o ABC FC todinho, tomando a sede da rua Potengi com a Afonso Pena; depois a sede CT de Morro Branco e depois uma banda do CT de Ponta Negra, agira vem esse outro querendo comprar o património dos potiguares.

    1. A orquestra dos empresários de nomes e sobrenomes já estão afinando os instrumentos para o canto da sereia que diz quanto pior, melhor!
      Por conta disso a quase custo zero, querem o velho estádio Juvenal Lamartine, a face direita da Via Costeira (sentido Areia Preta x Ponta Negra), o terreno do DER na Romualdo Galvão, as duas margens da continuação da Prudente de Morais, o terreno da Ceasa e a Caern para a consumação de seus interesses pessoais e de seus grupos de amigos nacionais e estrangeiros, em detrimento aos interesses do estado.
      É muito conveniente eles pregarem o caos como meio de persuasão e de convencimento popular em vez de se demostrarem a boa vontade e juntamente com o governo trazerem soluções para a sanidade financeira e administrativa da Caern, hoje fonte de muita ambição dos pseudos empresários que dizem só querem o melhor para o velho e expropriado RN, e na verdade só querem o patrimônio do estado e que o resto vá as favas.

    2. Olhe pensamento do individuo… Culpando o empresario e ainda chamando de parasita… Se nao fosse a gente, esse estado estaria pior que a venezuela!! Mas já que vcs não querem privatizar, não querem que venda nenhum imovel, que tal sermos democraticos? vamos combinar assim: quem não quer fazer nada disso, vai rachar o rombo do estado que pode chegar em 3 bilhões? ou vc pensa que dinheiro dar em pé de mamão?

  5. Vai conversar merda em outro canto seu animal, vc vem falar da merda do governo Bolsonaro com nova política? Qual delas com Rogério Marinho e Jacome? Com investigados?? Se vc é bom pq não demorou nós cargos????

  6. Fatinha gopi né doida não, Zé ruela. Nós votô nela pra manter a caern de pé, com nóis. Kkkkkkk

    1. E é? E quem vai bancar esse rombo? Você? Espera pra ver. Ideologia não paga conta não inocente. Agora quero ver: Ela é contra reforma, retirada de qualquer direito, privatização, etc. Então terá três poções: 1) vai ficar inerte e terminar como Robson 2) vai trair as ideologias para salvar o estado 3) vai contra a realidade do caos e do mercado e será banida. Pode anotar.

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Brasil

Lei Taylor Swift: Projeto que amplia punições para cambistas é aprovado na Câmara

Foto: © Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (24) o projeto de lei que cria novas penalidades pela prática do cambismo em eventos esportivos, shows e outros espetáculos.

A proposta, que será enviada ao Senado, inclui três novos tipos de crime na lei de crimes contra a economia popular, como o de falsificar ingressos para competições esportivas, espetáculos musicais, apresentações teatrais, eventos de Carnaval ou quaisquer outros eventos de cultura, lazer e negócios. A pena será de detenção de 1 a 2 anos e multa igual a 100 vezes o valor do ingresso. Segundo o relator, deputado Luiz Gastão (PSD-CE), já há previsão na Lei do Esporte contra o cambismo, mas exclusivamente para eventos esportivos.

Para a atividade típica de cambismo ligada à venda de ingressos fora dos locais autorizados por preço superior ao fixado, o projeto prevê detenção de 1 a 2 anos e multa correspondente a 50 vezes o valor dos ingressos. Quem fornecer, desviar ou facilitar a distribuição de ingressos para venda nesse cambismo, o texto aprovado estipula pena de detenção de 1 a 3 anos e multa de 100 vezes o valor dos ingressos.

Segundo o projeto, o ingresso deverá conter a data da compra e o seu valor final, incluindo eventuais taxas, quando aplicáveis. Para as vendas on-line, a empresa responsável pela comercialização dos ingressos deverá providenciar “gerenciamento de fila” para a compra e colocar em seu site informações adequadas e claras sobre o evento, além do valor dos ingressos e a forma e prazo para devolução e reembolso de ingressos.

Fonte: Agência Brasil

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Brasil

Reforma: Governo propõe que cigarros, bebidas alcoólicas, refrigerantes, carros e petróleo tenham imposto mais alto

Foto: Agência Brasil / Reprodução

O governo federal propôs, junto com os estados, que o imposto seletivo, chamado de “imposto do pecado”, seja cobrado sobre cigarros, bebidas alcoólicas, sobre bebidas açucaradas, veículos poluentes e sobre a extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural.

A proposta consta em projeto de regulamentação da reforma tributária sobre o consumo.

O objetivo é que bens e serviços que sejam prejudiciais à saúde e ao meio ambiente tenham um imposto maior do que o restante da economia.

“O presente Projeto especifica os produtos sobre os quais o Imposto Seletivo incidirá, bem como a forma pela qual se dará a tributação sobre cada categoria de produto. As alíquotas a serem aplicadas serão definidas posteriormente por lei ordinária”, diz o texto do projeto.

Deste modo, não é possível saber até o momento, entretanto, se a cobrança do imposto do pecado aumentará a carga tributária (valor cobrado em impostos) em relação ao sistema atual — nos quais esses produtos já têm uma taxação mais alta.

O Sindicato Nacional da Indústria das Cervejas (Sindicerv), que reúne 85% das fabricantes nacionais, estima que uma lata de cerveja contém, atualmente, cerca de 56% em impostos federais e estaduais.

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), a carga tributária dos seguintes produtos é a seguinte:

  • vinho é de cerca de 44% (nacional) e de 58% (importados).
  • vodka e wiskie: 67%.
  • cachaça: quase 82%
  • refrigerantes: cerca de 45%

 

O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou que, em 2017, a carga tributária sobre os cigarros variou entre 69% a 83% do preço total.

Segundo a Associação dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a carga tributária sobre carros varia entre 37% e 44% do valor do automóvel.

Fonte: g1

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Polícia

Vigilante é morto a tiros em frente a unidade de saúde no bairro Bom Jardim em Mossoró

Foto: Reprodução

Um homicídio com características de execução, aconteceu por volta das 07h30 desta quinta-feira (25) em frente ao PAM (unidade de saúde) do bairro Bom Jardim, em Mossoró, na região Oeste do RN.

A vítima foi o servidor público municipal José Holanda Filho de 56 anos, que trabalhava como vigilante no PAM. De acordo com informações da Polícia Militar que foi acionada para o local, o vigilante estava em frente ao local de trabalho quando dois homens chegaram em um carro de cor prata renderam a vítima e atiraram a queima-roupa de escopeta calibre 12 e pistola, em seguida fugiram sem deixar pistas.

Até o momento não há informações sobre a motivação do crime. A perícia não encontrou cápsulas ou estojos, nem arma no local do crime. Os disparos foram efeturados a curta distância e atingiram costas, braço e peito.

De acordo com a Polícia Civil, em fevereiro do corrente ano, José Holanda se envolveu em uma ocorrência de disparos de arma de fogo em via pública, no momento em que uma guarnição da GCM passava na região dos Abolições.

Ele acabou sendo detido e conduzido à delegacia da Polícia Civil de plantão, onde foi autuado e em seguida liberado. A pistola dele ficou apreendida. A perícia criminal do Itep, realizou os procedimentos no local do homicídio e em seguida recolheu o corpo para exames necroscópicos no IML do órgão. Mossoró chega aos 35 homicídios em 2024. A DHPP vai investigar o caso.

Fonte: Blog Fim da Linha

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Geral

Amigos e familiares contestam versão da polícia sobre morte de psicóloga

Foto: Reprodução

Amigos e familiares de Fabiana Veras, conhecida como “Faby” entre os mais próximos, contestam a versão divulgada pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte a respeito da motivação do crime e o envolvimento do suspeito com a vítima.

Uma amiga da psicóloga, que preferiu não se identificar, conversou com exclusividade com a equipe de reportagem do Novo Notícias e revelou que a profissional nunca havia falado acerca de João Batista Carvalho: “A gente não conhecia e nunca tinha ouvido falar dele. Ela nunca comentava sobre essa pessoa. Descobrimos a identidade do autor no mesmo dia do veredito, juntamente com a impressa e investigação envolvida”.

A Polícia Civil, durante coletiva nesta quarta-feira (23), divulgou que o suspeito teria um relacionamento com uma amiga da psicóloga e que estava tentando uma reaproximação, mas Fabiana estaria negando-se a ajudá-lo. Questionada sobre a versão da Polícia, a amiga contesta: “Essa informação acerca de ser uma amiga próxima que tinha um relacionamento com ele não procede, tratava-se de uma paciente dela”.

Contou ainda que não conheciam e nunca haviam ouvido falar no suspeito: “Os rumores entre a família giram em torno do próprio consultório. Afinal, Fabiana era uma profissional muito responsável, sigilosa e respeitava excessivamente a conduta ética da Psicologia. Se fosse algo envolvendo um caso clínico, possivelmente ninguém saberia. O que está acontecendo nas redes sociais é que muitas pessoas estão falando sobre o autor e associando o mesmo à academia que ela treinava e até mesmo a um possível relacionamento afetivo e, se de fato fosse isso, nós amigas, já teríamos tido conhecimento por ela mesma, por se tratar de um vínculo mais próximo, mas isso não ocorreu”.

A amiga relata que o criminoso provavelmente transferiu toda a responsabilidade do fim do relacionamento para a então psicóloga: “Uma pessoa para cometer um crime dessa natureza, com tanta premeditação, precisa ser no mínimo movido pelo ódio. Ele provou em todo momento isso. Possivelmente tenha sido influenciado por decisões da ex companheira que ocorreram em função do acompanhamento psicológico realizado. Fabiana muito provavelmente estaria trabalhando o encerramento do ciclo do relacionamento com a sua paciente e, certamente, ele não aceitava isso. Então ele colocou ela como culpada de tudo, é o que acreditamos. Os próprios familiares afirmam que o vínculo entre ambos era único e exclusivamente profissional”.

A amiga fez questão de enaltecer as qualidades da psicóloga que foi brutalmente assassinada: “Fabiana era uma menina linda, de luz, aonde ela chegava ela trazia alegria, ela era muito líder. Sorria com tudo, fazia de tudo para que todos ficassem bem! Em relação à família, era uma mãe super cuidadosa, cuidava muito bem da filha e era muito prestativa e carinhosa de todos. Ela vai fazer muita falta, aliás, já está fazendo”.

Fonte: Novo Notícias

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Carnaval 2024

Sancionada lei que torna patrimônio cultural os blocos de carnaval

Foto: Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quarta-feira (24), o projeto de lei (PL) que reconhece como manifestação da cultura nacional blocos e bandas de carnaval. O texto do PL nº 3.724/2021 foi aprovado em março pela Comissão de Educação e Cultura do Senado, em decisão terminativa, ou seja, sem votação no plenário da Casa.

Para a relatora do projeto, senadora Augusta Brito (PT-CE), os blocos e bandas de carnaval são manifestações que “refletem a grandeza de nossa diversidade cultural”. Em seu relatório ela citou o Mela-Mela, em cidades do Nordeste, como Beberibe e Camocim, no Ceará; os Caretas, em Guiratinga, no Mato Grosso; e os tradicionais Bate-bolas nos subúrbios cariocas

De acordo com o texto aprovado, o reconhecimento como manifestação da cultura nacional inclui desfiles, músicas, práticas e tradições dos blocos e bandas. O poder público também terá o dever de garantir a livre atividade desses grupos e a realização de seus desfiles carnavalescos.

As escolas de samba já foram reconhecidas como manifestação da cultura nacional, pela Lei 14.567, de 2023.

Trabalhadores em arquivos

Lula também sancionou o projeto que cria medidas especiais de proteção ao trabalho realizado em arquivos, bibliotecas, museus e centros de documentação e memória. O PL nº 5.009/2019, aprovado no início deste mês pelo Senado, altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para prever medidas de saúde e segurança aos trabalhadores nesses ambientes, devido à constante exposição a agentes nocivos causadores de doenças, principalmente respiratórias.

De acordo com a análise da senadora Teresa Leitão (PT-PE), relatora do PL, por ser realizado em ambientes fechados, com pouca ou quase nenhuma exposição solar ou ventilação, a atividade poderá submeter o trabalhador a fatores físicos, como umidade, químicos, como poeira, e biológicos, como bactérias e fungos.

O texto prevê, entretanto, que a caracterização do trabalho realizado nesses ambientes como medida especial de proteção não implicará, de forma automática, sua inclusão no quadro de atividades consideradas insalubres pelo Ministério do Trabalho. Caberá à pasta analisar a oportunidade e a conveniência dessa inclusão a partir da análise das atividades desempenhadas e do ambiente de trabalho dos profissionais da área.

Por sua vez, a caracterização e a classificação de eventual insalubridade somente serão efetivadas a partir de perícia do médico ou engenheiro do trabalho. Por fim, o adicional de remuneração ao trabalhador, decorrentes das condições de insalubridade, será devido apenas a partir da inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados pelo Ministério do Trabalho.

Vale do Panema

O presidente sancionou o PL nº 3.144/2021 que define a região turística Vale do Panema, em São Paulo, como Área Especial de Interesse Turístico. A região, próxima à divisa de São Paulo com o Paraná, compreende o reservatório da Usina Hidrelétrica de Jurumirim e seu entorno, que abrange os municípios paulistas de Piraju, Cerqueira César, Arandu, Tejupá, Avaré, Paranapanema, Itaí, Taquarituba, Itatinga e Angatuba.

O relator do projeto, senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), avaliou que a região cumpre os requisitos para ser considerada uma área especial em razão do turismo náutico e pesqueiro, uma das principais atividades econômicas da região. Ele citou atrativos como a Praia dos Holandeses, a Praia Branca e a Enseada Azul.

As Áreas Especiais de Interesse Turístico são trechos contínuos do território nacional, inclusive suas águas territoriais, a serem preservados e valorizados no sentido cultural e natural, e destinados à realização de planos e projetos de desenvolvimento turístico. O texto foi aprovado no início deste mês no Senado.

Fonte: Agência Brasil

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Geral

VÍDEO: Sepultamento do corpo da psicóloga Fabiana Veras é marcado por forte comoção


Vídeo: Novo Notícias

O sepultamento do corpo da psicóloga Fabiana Veras, de 42 anos, que foi assassinada na última terça-feira (23), aconteceu na manhã desta quinta-feira (25) no Cemitério Público de Campo Grande, município do Médio Oeste potiguar.

A solenidade foi marcada pela comoção e clamor por justiça de familiares e amigos.

Novo Notícias

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Meio Ambiente

Barragem Santa Cruz do Apodi ultrapassa 80% da sua capacidade total

Foto: Divulgação

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), realiza o monitoramento dos principais reservatórios responsáveis pelo abastecimento e atendimento às diversas necessidades de uso dos municípios potiguares. O Relatório dos Volumes dos Principais Reservatórios do RN, divulgado nesta quinta-feira (25), indica que a barragem Santa Cruz do Apodi, segundo maior manancial do RN, acumula 480.374.300 m³, percentualmente, 80,10% da sua capacidade total, que é de 599.712.000 m³.

O açude Corredor, localizado em Antônio Martins, completou 100% da sua capacidade e sangrou nesta quarta-feira (24). O reservatório possui capacidade para 4.643.000 m³.

A barragem Umari, localizada em Upanema, acumula 288.288.490 m³, correspondentes a 98,45% da sua capacidade total, que é de 292.813.650 m³. Faltam 15 centímetros para o manancial sangrar.

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do RN, acumula 1.869.196.042 m³, equivalentes a 78,77% da sua capacidade total, que é de 2.373.066.000 m³.

As reservas hídricas superficiais totais, que correspondem à somatória dos volumes das reservas hídricas dos reservatórios monitorados pelo Igarn, acumulam 3.368.280.410 m³, equivalentes a 74,47% da capacidade total do RN, que é de 4.522.931.699 m³.

Outros reservatórios já ultrapassam os 90% da sua capacidade total, são eles: o açude público de Cruzeta, que está com 92,73%; Gangorra, em Rafael Fernandes, com 96,40%; e Morcego, em Campo Grande, com 96,85%.

Açudes que já sangraram nesta quadra chuvosa, o Santa Cruz do Trairi, está com 98,49%; e o açude público de Currais Novos, acumula 99,61% da sua capacidade total.

Os mananciais monitorados pelo Igarn, com capacidades superiores a 5 milhões de metros cúbicos,  que permanecem com 100% da sua capacidade, são: Mendubim, em Assu; Marechal Dutra (Gargalheiras), em Acari; Trairi, em Tangará; Campo Grande, em São Paulo do Potengi; Pataxó, em Ipanguaçu; Dourado, Currais Novos; Apanha Peixe, em Caraúbas; o açude público de Riacho da Cruz; Santo Antônio de Caraúbas, em Caraúbas; Passagem, em Rodolfo Fernandes; Beldroega, em Paraú; Malhada Vermelha, em Severiano Melo; e o açude público de Encanto.

Outros mananciais monitorados que permanecem sangrando, são: Novo Angicos, em Angicos; Riachão, em Rodolfo Fernandes; Curraes, em Itaú; Pinga, em Cerro Corá; Tesoura, em Francisco Dantas; Dinamarca, em Serra Negra do Norte; Sossego, em Rodolfo Fernandes; e Francisco Cardoso (Mulungu), em Currais Novos.

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Geral

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM VEREADOR: Carol Pires, Afrânio, Leo Lima, Gabriel Cesar e Irani são os mais lembrados

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM também avaliou com os entrevistados em quem votariam para vereador.

Os mais citados foram: Carol Pires 3,8%, Afranio 3,6%, Leo Lima 2,4%, Gabriel César 2,2% e Irani Guedes 2%. Confira lista completa abaixo:

A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de abril, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e registrada no TSE com o número:  RN 00509/2024.

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Geral

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM: 25% da população se identifica politicamente de direita e 8% esquerda

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM também avaliou com os entrevistados como se identificam politicamente.

 

25,6% de direita, 8,4% esquerda, 2,8% centro, 0,8% centro direita e 0,4% centro esquerda. 34,4% não se identificam com nenhum e 27,6% não sabe dizer.

 

A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de abril, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e registrada no TSE com o número:  RN 00509/2024.

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Geral

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM LIDERANÇA: Prefeito Taveira é a maior liderança política para 27% da população

 

PESQUISA CONSULT/ BG/ PARNAMIRIM também avaliou com os entrevistados a maior liderança política do município. O prefeito Taveira foi o mais citado por 27,6%, seguido de Nilda com 6%, Katia Pires, 1,6% e Salatiel 1,4%.

 

A pesquisa foi realizada nos dias 17 e 18 de abril, com 500 entrevistas, margem de erro de 4,38% e registrada no TSE com o número:  RN 00509/2024.

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