Diversos

Bolsa Família, Fies e Minha Casa: O que mudou com Temer nos programas sociais?

valores-bolsa-familia-2015A criação de programas sociais foi uma das principais marcas dos 13 anos de governos petistas. Para seus apoiadores, a troca de governo traria uma incerteza sobre a continuidade de iniciativas como Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida, Mais Médicos, Prouni e Fies.

Mas seis meses depois da queda de Dilma Rousseff e ascensão de Michel Temer ao comando do país o que aconteceu com esses programas?

Se hoje há um temor de que o ajuste fiscal proposto pelo novo presidente trará um encolhimento do tamanho do Estado brasileiro, potencialmente reduzindo serviços de saúde e educação, as principais vitrines sociais têm sido mantidas pela nova administração federal.

O Bolsa Família, por exemplo, teve seu valor reajustado pouco após a posse de Temer, enquanto o Minha Casa Minha Vida segue em marcha lenta no atendimento às famílias mais pobres – o que já acontecia desde o ano anterior, ainda no governo Dilma.

Confira abaixo o que aconteceu com cada programa.

Bolsa família

Menos de dois meses após sua posse, Temer anunciou um aumento médio de 12,5% do benefício do Bolsa Família – a última correção havia sido feita dois anos antes. O presidente constantemente cita o reajuste para rebater as críticas de que seu governo não prioriza a área social.

Na semana passada, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário anunciou ter feito “o maior pente-fino já realizado em toda a história do Bolsa Família” para combater “irregularidades” e “garantir que o benefício seja destinado a quem realmente precisa”.

Após realizar o cruzamento de diferentes bancos de dados – como INSS, Caged (registros formais de trabalho), registros de óbitos, entre outros -, a pasta anunciou o cancelamento de 469 mil benefícios e o bloqueio de outros 654 mil, o que representa 8% do total de 13,9 milhões de benefícios.

Ex-ministra da área social no governo Dilma, Tereza Campello refuta o ineditismo da medida. Segundo ela, desde 2007, as administrações petistas promoveram cruzamento de dados para identificar inconsistências no programa. Em 2014, por exemplo, 1.290 milhão de benefícios foram cancelados ou bloqueados ainda antes da eleição, afirmou.

Para Campello, o tom do anúncio do novo governo “criminaliza os mais pobres”.

“Todo ano temos a malha-fina do Imposto de Renda e não há esse escarcéu, não chamam de fraude. Esse tom atrapalha a política pública, criminaliza os pobres e incita um ambiente de ódio. Me preocupa que esse ambiente esteja preparando para uma redução do Bolsa Família”, afirmou.

À BBC Brasil, o ministério afirmou que não pretende realizar mudanças no programa.

“Não estamos cortando recursos. Todo esse dinheiro voltará para a área social, seja para aqueles que estão na fila de espera e até, quem sabe, para melhorar os valores repassados”, disse o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, ao anunciar o “pente-fino”.

Minha Casa, Minha Vida

O Minha Casa, Minha Vida – programa que subsidia casas para grupos de menor renda – já havia encolhido no governo Dilma e segue reduzido no de Temer. O principal problema está na faixa 1 do programa, justamente a que atende o segmento mais pobre (famílias com renda mensal de até R$ 1.800, segundo as novas regras do programa).

Nessa faixa, as contratações de novas unidades estão quase paralisadas desde 2015 devido aos cortes de gastos do governo.

As novas unidades contratadas caíram de um recorde de 537 mil em 2013 para apenas 16,9 mil no ano passado e 32,5 mil neste ano, até setembro. O grosso de 2016 foi contratado em maio, justamente quando houve a troca de governo.

A razão da forte queda das contratações é que a faixa 1 custa bem mais caro para a União (que banca até 90% do imóvel) do que as faixas 2 e 3 (renda familiar de R$ 2.351 a R$ 6.500, segundo as novas regras). Nesses dois grupos, a redução das contratações tem sido bem menor.

O atual governo acaba de implementar uma nova faixa (1,5), que já havia sido anunciada por Dilma, para atender famílias com renda até R$ 2.350,00 – ela vai oferecer menos subsídio que a faixa 1, mas mais do que as 2 e 3.

“Nesse momento, o Minha Casa Minha Vida está em uma completa paralisia enquanto programa social. Enquanto crédito habitacional, ele continua funcionando”, critica Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto).

Responsável pelo programa, o Ministério das Cidades informou que “em virtude do atual cenário macroeconômico do país, que impôs restrições de natureza orçamentária e financeira”, a prioridade neste ano é retomar as obras paralisadas e entregar moradias contratadas.

Segundo o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, o governo tem retomado as obras paradas a um ritmo de 4 mil a 5 mil unidades por mês.

“Teve muito atraso de pagamento no governo Dilma, muita empresa não aguentou, teve dificuldade e abandonou as obras”, observa.

Para o próximo ano, a previsão da proposta de Orçamento que tramita no Congresso é de contratação de 170 mil unidades na faixa 1 e 400 mil nas demais.

A expectativa de Boulos e Martins, porém, é que a aprovação da PEC do teto (que prevê que os gastos do governo não poderão subir acima da inflação por vinte anos) deve impactar o futuro do programa. Isso porque, mesmo que a arrecadação se recupere, as despesas não poderão subir no mesmo ritmo.

“Isso é um drama para o setor”, observa Martins.

“Não se trata apenas de dizer que não têm recurso agora, mas de apontar para um congelamento de investimento social pelos próximos 20 anos. A situação com certeza representa um agravamento”, afirma Boulos.

Desde a criação do programa, em 2009, foram contratadas 4,4 milhões de unidades (40% na faixa 1) e entregues 3,076 milhões (35% na faixa 1).

Mais Médicos

Nascido há três anos sob críticas da classe médica brasileira, o programa Mais Médicos hoje é “muito bem avaliado, pelos gestores e pela população, principalmente os profissionais cubanos”, disse à BBC Brasil o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Com 18.240 médicos em 4.058 municípios (73% do total) e em 34 distritos indígenas, o programa está sendo mantido no mesmo tamanho que o herdado da administração petista.

Os profissionais são pagos pela União (bolsa-formação mensal de R$ 11.520) para trabalhar em localidade onde os municípios não conseguem atrair profissionais, seja porque são áreas distantes, consideradas perigosas ou porque o salário que a prefeitura pode pagar não é atrativo.

Apesar do seu sucesso, não há previsão orçamentária para ampliação, embora o ministério acredite que os novos prefeitos eleitos neste ano possam apresentar novas demandas.

Na semana passada, Barros anunciou medidas para tentar estimular o aumento da participação de brasileiros no programa. Hoje, dois terços dos profissionais do Mais Médicos são cubanos, contratados por meio de um convênio com o governo de Cuba. Outros 29% são médicos com diploma brasileiro e 8,4% com diploma de outros países (intercambistas).

Todas as vagas foram primeiro oferecidas para médicos daqui e apenas depois preenchidas por estrangeiros. Mas quando essas posições ficavam vagas novamente, por exemplo por desistência do médico de fora, ela era automaticamente preenchida por outro estrangeiro.

Agora, o governo aproveitou que parte dos cubanos está deixando o país, porque seu contrato de três anos se encerrou, para rastrear mil vagas em postos potencialmente mais atrativos para oferecer mais uma vez aos brasileiros. São vagas nas capitais dos Estados ou nas áreas metropolitanas, de todas regiões do país.

Questionado sobre porque os brasileiros aceitariam essas vagas agora, Barros disse que se trata de “um novo momento”, já que mais profissionais se formaram e entraram no mercado nos últimos anos.

A meta do Ministério da Saúde é realizar 4 mil trocas de médicos estrangeiros por brasileiros em três anos. A intenção agora é abrir editais com oferta de vagas para brasileiros a cada três meses, e dar prazo de 15 dias para eventuais trocas de postos dentro do programa, entre médicos brasileiros.

No momento e ao longo dos próximos meses será realizada a troca de milhares de médicos cubanos, já que o governo de Cuba não permite que esses profissionais fiquem mais de três anos no Brasil (exceções foram abertas para aqueles que formaram família aqui).

A previsão é que a troca deixe as cidades sem médicos por cerca de 40 dias. Segundo Barros, isso é inerente ao sistema do programa, pois Cuba só envia novos médicos quando os que estão no Brasil retornam.

“Esse programa vai continuar até que tenhamos médicos suficientes para ocupar os postos aqui no Brasil. Os municípios não abrem mão”, disse à BBC Brasil o presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde, Mauro Junqueira.

Prouni e Fies

O governo Temer também está dando continuidade aos principais programas petista para acesso de estudantes de baixa renda às instituições privadas de ensino superior, mas o Fies (Financiamento Estudantil) apresentou problemas nos primeiros meses da nova administração devido a atraso nos repasses para cobrir custos administrativos dos bancos que operam os empréstimos para os alunos.

Segundo o Ministério da Educação, esse atraso foi culpa da administração anterior, que não deixou recursos suficientes para execução do programa. Por isso, foi solicitada ao Congresso em agosto, e aprovada em outubro, a liberação de R$ 700 milhões extras. Na semana passada, também foi aprovado que parte do custo administrativo dos bancos seja repassada às universidades, o que deve gerar economia anual de R$ 400 milhões ao governo.

O Fies oferece aos alunos empréstimos subsidiados e com condições especiais, como prazo de carência após a formatura para início do pagamento. A previsão é que os recursos destinados pelo governo para esses empréstimos subam de R$ 18,7 bilhões neste ano para R$ 21 bilhões em 2017, conforme a proposta de orçamento enviada ao Congresso.

Segundo a Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior (ABMES), o atraso na liberação dos recursos “estava impedindo a renovação de cerca de 1,8 milhão de contratos dos alunos do programa, deixando os estudantes em situação irregular, com risco de não poderem frequentar as aulas a partir do primeiro semestre de 2017”.

Ainda segundo a associação, “os alunos continuaram a frequentar as aulas, mas aproximadamente 1,4 mil instituições de ensino superior particulares ficaram sem o repasse por quatro meses”, atraso que somaram “mais de R$ 6 bilhões”.

Outro programa que está sendo mantido é o Prouni (Programa Universidade para Todos). Ele permite que as universidades deem bolsas de 50% e 100% aos alunos em troca de descontos em impostos.

Segundo dados do Ministério da Educação, o número de novas bolsas ofertadas teve pequeno aumento no segundo semestre de 2016 (125,5 mil) em comparação ao mesmo período de 2015 (116 mil), no entanto, a alta foi puxada pelo crescimento das bolsas parciais (de 47.033 para 68.437), enquanto as bolsas integrais, ou seja, que cobrem toda a mensalidade, caíram (de 68.971 para 57.141).

UOL

Opinião dos leitores

  1. ATUALMENTE E POLITICAMENTE ESSE PAÍS NÃO TERÁ RESTABELECIDA A SUA TRANQUILIDADE DE PROGRESSO E HARMONIA SOCIAL, CONTINUA A MESMA POLITICA E DESTINADAS AS MESMAS ÁREIA. DEUS SALVE O PAÍS, DEUS SALVE O BRASIL, DEUS SALVE NOSSA PATRIA.

  2. O encolhimento do tamanho do Estado brasileiro, potencialmente reduzindo serviços de saúde e educação é o que chamamos de NEOLIBERALISMO.
    Reduzir o tamanho do Estado para beneficiar os Empresários pagando juros mais altos na Bolsa de Valores, essa é a verdadeira questão, tirando da frente deles as despesas com a justiça trabalhista e previdenciária.
    Percebem como a FIERN está caladinha?

    1. 1- Para que o Brasil tivesse Neoliberalismo, teria que ter passado pelo Liberalismo, coisa que nunca teve por aqui. O que tem aqui é tara estatizante, misturada com cartorialismo,e protecionismo.
      2- Banqueiros não apontam armas para a cabeça de gestores e os obrigam a contrair dívidas. Governos irresponsáveis é que vivem captando dinheiro no mercado para fechar a sua gastança.
      3- Reduzir o tamanho do Estado. Certamente empreiteiras, dentre outras elites empresariais, jamais iriam gostar disso.
      4- Last, but not least, there is no free lunch.

    1. Vai mudar para pior, pelo menos no lombo dos trabalhadores e do povão em geral.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Ex-tesoureiro do PT em Mato Grosso é preso em Cuiabá por estupro


O ex-tesoureiro do PT em Mato Grosso, Valdebran Carlos Padilha da Silva, de 60 anos, foi preso na manhã desta segunda-feira (18), em sua casa no bairro Jardim Paulista, em Cuiabá. A prisão ocorreu em cumprimento a dois mandados judiciais, após ele ter sido condenado a 15 anos e dois meses de prisão em regime fechado pelos crimes de estupro de vulnerável e abuso sexual contra menores.

De acordo com a decisão judicial que o RepórterMT teve acesso, uma das vítimas é sobrinha da ex-companheira de Valdebran. A ordem de prisão foi expedida pela Justiça e cumprida por equipes policiais. Após a detenção, ele deve ser levado ao Fórum da Capital, onde passará por audiência de custódia.

Valdebran, que ficou nacionalmente conhecido em 2006 pelo “Escândalo dos Aloprados”, chegou a ser preso em 2022 acusado de abusar sexualmente de duas adolescentes em Cuiabá.

O caso atual, porém, envolve crimes sexuais cometidos contra adolescentes, pelos quais o ex-tesoureiro foi julgado e condenado.

‘Escândalo dos Aloprados’

Em 2006, Valdebran foi preso em um hotel com R$ 1,7 milhão, que seriam para pagar dossiê que beneficiaria o PT.

À época ele era filiado à sigla no Estado. Em novembro do mesmo ano, a direção municipal do PT de Cuiabá, o expulsou por conta do caso.

Em 2011, Valdebran foi preso novamente pela Polícia Federal durante operação que investigava um suposto esquema de fraude em licitações e obras da Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

ReporterMT

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Polêmica

Isolda diz que apoiou festa “Bolsonaro na Prisão” do Rolé Vermelho como pessoa, sem destinar recursos públicos e piora situação de Brisa

Foto: reprodução

Está difícil para a vereadora Brisa Bracchi. Depois de ter o mandato ameaçado pelo pedido de cassação protocolado pelo vereador Matheus Faustino, agora foi uma aliada quem deixou a vereadora sozinha no meio do incêndio.

Em reportagem veiculada na InterTV Cabugi, a deputada estadual Isolda Dantas disse que apoiou o evento Rolé Vermelho – Bolsonaro na Cadeia apenas pessoalmente, sem qualquer destinação de recursos públicos e fora do gabinete.

A festa contou com 49 mil reais para pagamento de artistas locais, através de emendas impositivas, de dinheiro público.

A emissora também veiculou o vídeo postado por Brisa nas redes sociais, em que a vereadora afirma que o evento não teve conotação político-partidária, contradiz inclusive o vídeo da mesma reportagem, em que a vereadora afirma que a balada vai comemorar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Parece que Brisa está no meio de um furacão e uma das suas aliadas, para se livrar acabou piorando a situação dela.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

RN

UFRN abre inscrições para empresas receberem consultoria gratuita de alunos de Administração

Foto: divulgação

O Curso de Graduação em Administração da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) está com inscrições abertas para empresas privadas, órgãos públicos e organizações do terceiro setor interessados em receber trabalhos experimentais de consultoria organizacional. As atividades são desenvolvidas por estudantes da disciplina de Prática Profissional, sob a orientação de professores da instituição.

A iniciativa é realizada a cada semestre, envolvendo cerca de 360 alunos distribuídos em 30 equipes. O objetivo é aproximar o meio acadêmico das demandas reais do mercado, oferecendo diagnósticos e soluções personalizadas para desafios administrativos, ao mesmo tempo em que os discentes ganham experiência prática.

As organizações interessadas devem preencher a proposta de consultoria pelo formulário eletrônico https://forms.gle/fy2YHGWRts2jMW34A ou entrar em contato pelo WhatsApp (84) 99982-2290.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

Moraes nega recurso e mantém pena de 14 anos para “Débora do batom”

Foto: reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou, nesta segunda-feira (18/8), um recurso da defesa de Débora Rodrigues dos Santos e manteve a condenação de 14 anos da manicure por participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

A defesa de Débora entrou no STF com embargos infringentes, argumentando a prevalência de votos divergentes dos ministros Luiz Fux e Cristiano Zanin. No caso da manicure da Corte, houve unanimidade pela condenação e discordância sobre os crimes a serem imputados e dosimetria da pena.

A manicure foi condenada pela Primeira Turma do STF pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração de patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Fux votou pela condenação da ré apenas pelo crime de deterioração do patrimônio tombado, absolvendo-a quanto às demais imputações. Contudo, isso configurou apenas 1 voto vencido pela absolvição parcial, não atingindo o número mínimo exigido de dois votos absolutórios próprios.

Já Zanin divergiu exclusivamente quanto à dosimetria da pena, propondo condenação total de 11 anos.

Débora Rodrigues, conhecida como Débora do batom, ficou famosa após pichar a estátua A Justiça, em frente ao STF, com a frase “perdeu, mané”. Ela se tornou símbolo da mobilização de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela redução das penas dos condenados e pela concessão de anistia.

Atualmente, Débora cumpre prisão domiciliar por determinação de Moraes, após acompanhamento da Procuradoria-Geral da República (PGR). Ela utiliza tornozeleira eletrônica e cumpre outras restrições, como a proibição de contato com outros envolvidos nos atos de 8/1, de usar redes sociais e de conceder entrevistas.

Metropoles

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Brasil

EUA alertam para restrições contra Alexandre de Moraes e reforçam risco de sanções internacionais

Foto: divulgação

Autoridades norte-americanas afirmam que Alexandre de Moraes é considerado “tóxico” para empresas e indivíduos que buscam manter relações com os Estados Unidos ou acessar seus mercados.

Segundo o comunicado, nenhuma decisão de tribunais estrangeiros pode anular as sanções impostas pelo governo americano ou proteger pessoas das consequências por descumpri-las.

De acordo com as orientações, pessoas e entidades sob jurisdição dos EUA estão proibidas de manter qualquer relação comercial com Moraes. Já fora do território americano, empresas e indivíduos devem agir com extrema cautela: qualquer apoio material a pessoas consideradas violadoras de direitos humanos pode resultar em novas sanções.

O alerta reforça que o descumprimento dessas restrições pode gerar severas penalidades econômicas e legais, ampliando os riscos para quem ignorar as medidas impostas por Washington.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Política

Erika Hilton quer garantir INSS a pais e mães de santo

Foto: reprodução

A deputada federal Erika Hilton (PSol) protocolou um projeto de lei com o objetivo de incluir autoridades religiosas de matriz africana como segurados individuais da Previdência Social.

O texto propõe que líderes espirituais como yalorixás, babalorixás, mães e pais de santo, mestras e mestres passem a ter os mesmos direitos previdenciários já garantidos a ministros de outras confissões religiosas.

Na justificativa, a parlamentar afirma que a exclusão atual representa “uma profunda injustiça social calcada no racismo institucional e religioso que nega direitos fundamentais a um segmento expressivo da população brasileira”.

Segundo o documento, a legislação previdenciária tem sido aplicada de forma “restritiva”, resultando na negativa de aposentadoria para sacerdotes de terreiros, ilês e barracões, ainda que desempenhem funções equivalentes às de ministros de outras religiões.

Erika Hilton sustenta que a proposta não cria novos benefícios, mas “corrige uma grave e histórica omissão”, ao assegurar isonomia de tratamento entre líderes religiosos, respeitando “a diversidade que forma a identidade nacional”.

Para a deputada, o reconhecimento previdenciário desses líderes se trata de uma medida de reparação histórica frente à “discriminação e à marginalização sofridas por essas comunidades” e ao “racismo institucional”.

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

RN

Morre o empresário e poeta Celso Cruz, aos 69 anos

Foto: divulgação

Faleceu nesta segunda-feira (18), em Natal, o empresário e poeta Celso Cruz, uma das figuras mais queridas e respeitadas da região Seridó. Aos 69 anos, ele deixa um legado marcado pela sensibilidade artística e pela contribuição ao desenvolvimento do turismo local.

Proprietário da tradicional *Pousada do Cruzeiro*, em Currais Novos (RN), Celso teve papel fundamental na valorização do setor turístico da cidade. Sua atuação à frente da pousada, aliada à passagem como *ex-secretário municipal de Turismo*, consolidou seu nome como um dos grandes incentivadores da economia e da cultura locais.

Além do espírito empreendedor, Celso Cruz era reconhecido por sua *alma de poeta*. Com versos carregados de emoção e profundidade, transformou sentimentos e paisagens em palavras que continuam tocando gerações.

A notícia de sua morte causa comoção entre familiares, amigos e admiradores. Celso será lembrado não apenas pelo que construiu, mas por como viveu: com delicadeza, talento e humanidade.

Blog do BG 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

VÍDEO: Após pedido de cassação de mandato, vereadora Brisa nega polêmica sobre evento “Rolé Vermelho” com dinheiro público


Um pedido de cassação do mandato da vereadora Brisa Bracchi (PT) foi protocolado na Câmara Municipal de Natal nesta segunda-feira (18). A solicitação alega que a parlamentar utilizou recursos públicos para custear uma festa com o tema “Bolsonaro na Cadeia”.

Em nota divulgada nas redes sociais, Brisa negou irregularidades e afirmou que o mandato apenas destinou orçamento para contratação de artistas que se apresentaram no evento “Rolé Vermelho”, realizado no último dia 9 de agosto. Segundo ela, o apoio seguiu os trâmites legais e foi feito com “lisura, responsabilidade e transparência”.

“Nosso mandato sempre apoiou a cultura de Natal, incentivando iniciativas em todas as zonas da cidade e valorizando artistas locais. Há uma tentativa de distorcer a verdade, afirmando que os recursos teriam sido destinados a uma ação de caráter partidário, o que não é verdade”, declarou a vereadora.

Brisa também classificou o pedido de cassação como “perseguição política” e citou o vereador Matheus Faustino como responsável por tentar deslegitimar parlamentares do Partido dos Trabalhadores. “Não nos silenciarão”, afirmou.

Confira a nota completa: 

No entanto, vídeos publicados nas redes sociais da própria parlamentar mostram Brisa chamando o público para “comemorar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro”, o que reforça as acusações feitas no pedido.

Confira o vídeo: 

A Câmara Municipal de Natal ainda avaliará se o processo de cassação será instaurado.

Blog do BG 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Geral

Cavaleiros do Forró inicia turnê nos Estados Unidos em agosto

A banda potiguar Cavaleiros do Forró dá início, no dia 28 de agosto, à sua primeira turnê internacional. O grupo, ícone do forró eletrônico, se apresentará em três cidades norte-americanas: Newark (29/8), Pompano Beach (30/8) e Orlando (31/8).

A excursão é organizada pela In Out Produções, empresa sediada em Orlando e especializada na promoção de eventos para a comunidade brasileira nos Estados Unidos. Pela primeira vez, a produtora atua como tour manager de um artista, coordenando toda a agenda da banda no exterior.

Fundada em Natal (RN) há 24 anos, a Cavaleiros do Forró acumula uma trajetória marcada por maratonas de shows — somente em junho deste ano, realizou 40 apresentações durante as festas juninas, dividindo palco com nomes consagrados da música nordestina. Nos EUA, o grupo integra o São JoALL, festival que busca recriar o clima e as tradições do São João para o público brasileiro residente na Flórida e região.

A In Out Produções, comandada por Glaucio e Gabriela Uchoa, junto ao empresário Aleiko Bezerra, já levou a Orlando artistas como Daniel, João Gomes, Mari Fernandez, Menos é Mais, Psirico, Durval Lelys e DJ Guga. Em outubro, será a vez da banda Limão com Mel; e em 16 de novembro, João Gomes retorna à cidade.

De acordo com Glaucio Uchoa, CEO da produtora, “o mais importante é o reconhecimento, não só do público que comparece, mas também dos empresários que procuram a empresa para trazer outros artistas ao nosso cast”. Para Janine Melo, sócia da banda, “essa turnê representa um marco histórico para a Cavaleiros do Forró. Pela primeira vez vamos cantar fora do país, levando nossa música, cultura e energia para brasileiros e estrangeiros que amam o ritmo nordestino. É o resultado de muito trabalho e da confiança dos nossos fãs, que nos impulsionam a sonhar cada vez mais alto.”

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

RN

Terminal Pesqueiro de Natal é leiloado por R$ 21 mil, após 15 anos das obras paralisadas

Foto: Sandro Menezes

O Terminal Pesqueiro Público de Natal, às margens do Rio Potengi, finalmente terá operação plena após mais de uma década de paralisação. Nesta segunda-feira (18), o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) realizou na B3, em São Paulo, o leilão que concedeu a gestão do equipamento à empresa Turque Operações Marítimas Ltda, única habilitada no certame.

A proposta vencedora ofertou outorga de R$ 21 mil e prevê investimentos superiores a R$ 11 milhões já no primeiro ano de contrato, cujo valor total pode ultrapassar R$ 185 milhões ao longo de 20 anos.

O projeto de concessão inclui revitalização, modernização, operação, manutenção e gestão do terminal, com destaque para a instalação de uma fábrica de gelo com capacidade para 60 toneladas/dia, um silo de 180 toneladas e estruturas frigoríficas de processamento.

Segundo o MPA, 90% do investimento inicial (CAPEX) deverá ser executado no primeiro ano, permitindo que os pescadores locais tenham, em pouco tempo, infraestrutura adequada para desembarque, armazenamento e comercialização do pescado em condições sanitárias ideais.

O projeto prevê ainda solução para o acesso ao terminal, atualmente dependente das instalações da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

Atualmente, o terminal não está em operação, e parte do cais é usada de forma improvisada para reparo de embarcações. Construído às margens do Rio Potengi, o espaço teve obras iniciadas em 2009 e interrompidas em 2010, quando estava 95% concluído, permanecendo fechado desde então.

O TPP de Natal possui capacidade para estocar 50 mil quilos de pescado e foi projetado para atender tanto a pesca oceânica quanto a artesanal. O espaço contará também com serviços de beneficiamento primário de peixe e uma fábrica de gelo com produção estimada de 60 toneladas por dia.

O ministro substituto da Pesca e Aquicultura, Édipo Araújo Cruz, ressaltou que o leilão marca um novo ciclo para a economia pesqueira potiguar: “Hoje, viramos a página de um projeto que aguardava sua vocação há mais de uma década. Estamos falando da criação de uma infraestrutura moderna, com logística integrada e qualidade capaz de atender aos mercados interno e externo. Este é um motor de desenvolvimento regional”.

Atualmente, o Brasil conta com cerca de 2 milhões de pescadores e pescadoras, 33 mil aquicultores e mais de 830 empresas do setor, responsáveis pela produção de 1,7 milhão de toneladas de pescado por ano. Apenas a pesca artesanal reúne mais de 1 milhão de trabalhadores diretos e 3 milhões indiretos, com forte presença de mulheres. No Nordeste, a aquicultura tem destaque na produção de camarão, ostras, mexilhões e algas.

Com a concessão, o governo federal e o setor privado esperam fortalecer a cadeia produtiva, gerar empregos e garantir melhores condições de trabalho para pescadores, além de impulsionar a competitividade da pesca no RN e no Brasil. O TPP de Natal se soma a outros terminais em processo de concessão, como os de Aracaju, Santos e Cananéia.

Agora RN 

Comente aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *