No pior momento da pandemia e ainda sem a retomada do pagamento do auxílio emergencial, a aprovação do presidente Jair Bolsonaro aparece abaixo do patamar de 30% da população, segundo pesquisa do IPEC (Inteligência, Pesquisa e Consultoria). O levantamento, realizado entre 18 e 23 de fevereiro, aponta que 28% dos entrevistados consideram a gestão Bolsonaro ótima ou boa, enquanto 39% avaliam como ruim ou péssima. Segundo os dados do IPEC, o eleitorado evangélico é a principal base de apoio a Bolsonaro, que tem avaliação positiva de 38% neste segmento. A margem de erro é de dois pontos.
Em levantamentos de institutos como Datafolha e Ibope em 2020, o nível de aprovação geral do governo Bolsonaro quase sempre ultrapassava um terço da população. Em dezembro, apesar do aumento de mortes em decorrência da Covid-19 após as eleições municipais, o presidente manteve 37% de aprovação. Já no fim de janeiro, primeiro mês após o fim do pagamento das parcelas de R$ 300 do auxílio emergencial, o Datafolha apontou queda nas avaliações positivas, com 31% considerando o governo ótimo ou bom, e rejeição na casa de 40%. A retomada do auxílio, agora em quatro parcelas de R$ 250 cada, faz parte da PEC Emergencial no Senado.
O IPEC, instituto formado por executivos que deixaram o Ibope após o encerramento das atividades com pesquisas de opinião pública, aponta ainda neste levantamento que, para 87% dos brasileiros, há alguma expectativa de pagamento do auxílio emergencial “até a situação econômica voltar ao normal” — o que pressupõe um prazo maior do que os quatro meses do planejamento do governo federal. Segundo a pesquisa, 72% concordam totalmente com esta visão; 15% concordam em parte.
91% do nordeste
O maior clamor por uma disponibilização prolongada do auxílio vem do Nordeste, onde 91% concordam total ou parcialmente que o benefício deve ser pago até que o cenário econômico esteja em normalidade. As regiões Norte/Centro-Oeste e Sudeste aparecem com 87% de concordância parcial ou total neste item, enquanto o Sul tem 80%.
No recorte por renda, 93% dos que têm renda mensal de até um salário mínimo — parcela da população à qual o benefício é majoritariamente destinado — concordam, ao menos de forma parcial, que o auxílio deve durar até uma normalidade econômica. Ontem, a divulgação do PIB de 2020 pelo IBGE apontou que o país não se recuperou do impacto da pandemia da Covid-19, fechando o ano com um rombo de 4,1%. Na última semana, Bolsonaro afirmou que o benefício “custa caro” e representa “um endividamento enorme”, ao justificar que a União não poderia pagar o auxílio indefinidamente.
Para a cientista política Luciana Veiga, professora da Unirio, o cenário atual de baixa aprovação, na medida em que traz preocupações para Bolsonaro em seu projeto de reeleição em 2022, pode estimular o presidente a tentar um prolongamento do benefício, contrariando suas próprias declarações e as projeções da área econômica, comandada pelo ministro Paulo Guedes. A especialista observa que, segundo a pesquisa do IPEC, nos estratos de menor remuneração e no Nordeste a avaliação do governo como regular fica acima da média nacional.
— O que Bolsonaro faz com o auxílio não é conquistar eleitores que não gostam dele, mas sim trazer o que está nesse bloco do regular. É um eleitor muito prático, menos apegado a questões ideológicas, e que pode oscilar a depender do impacto do governo federal em sua vida. É aí que entra o auxílio. Por outro lado, este eleitor também é mais pressionado pelo cenário da Saúde, já que depende da rede pública — avaliou Veiga.
A CEO do IPEC, Márcia Cavalari, afirma que a análise dos resultados deve levar em consideração o contexto à época da realização das pesquisas. O levantamento do IPEC, que ouviu 2.002 pessoas presencialmente em 143 municípios, ocorreu nos dias que se seguiram à primeira ameaça de Bolsonaro de trocar o comando da Petrobras por insatisfação com aumentos nos preços de combustíveis, o que gerou reação negativa do mercado, com forte queda no valor das ações da empresa. O anúncio da demissão de Roberto Castelo Branco da presidência da petroleira ocorreu no dia 19, durante a realização da pesquisa.
— Esta é uma das possíveis hipóteses para que a rejeição ao governo seja mais alta entre os eleitores com maior remuneração do que entre os mais pobres. Para o segmento de menor renda, a troca pode não ter soado tão ruim, por conta do discurso de baratear o combustível — afirmou Márcia.
Entre os eleitores que declaram renda mensal superior a cinco salários mínimos, 47% disseram considerar o governo ruim ou péssimo, enquanto 24% consideram ótimo ou bom. Entre os mais pobres, com renda de até um salário mínimo, o nível de aprovação é semelhante (26%), mas o percentual dos que rejeitam o governo é bem menor: 38%.
Acenos conservadores
A parcela evangélica do eleitorado apresenta, na pesquisa do IPEC, um desenho inverso em relação à avaliação geral do governo. Neste segmento, é o percentual de avaliações como ótimo ou bom que se aproxima da faixa de 40% dos entrevistados — e não a rejeição, como ocorre no recorte mais amplo da pesquisa. Entre os evangélicos, 27% consideram o governo ruim ou péssimo. É a menor taxa de rejeição registrada em todo o levantamento.
Para a cientista política Luciana Veiga, a situação se explica pelo fato de Bolsonaro se manter “sem inconsistências” na defesa da chamada pauta de costumes ao longo do mandato — o que difere, segundo a especialista, do comportamento oscilante em outras bandeiras, como a agenda econômica liberal e a pauta anticorrupção. Nos dois primeiros anos de governo, Bolsonaro procurou fazer acenos recorrentes a lideranças evangélicas que atuam em igrejas espalhadas pelo país, e que já o haviam apoiado durante as eleições de 2018. O presidente tem prometido que indicará um evangélico para a próxima vaga que se abrirá no Supremo Tribunal Federal (STF), em julho, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.
O GLOBO
Está fácil de encontrar, IPeC – Instituto de pesquisas Cananeia, basta ir no Google.
Ah! É o que pesquisa a vida selvagem?
Muito grato, amigo! Kkkk
Existe esse IPEC? Não encontrei.
A igreja evangelica ao apoiar institucionalmente um representante político principalmente com o perfil de Bolsonaro, bate com a porta na cara de muitos simpatizantes.
A reportagem informa que a maioria que apoia o Bolsonaro são pobres e o país tem mais pobres ou ricos?
Mais uma pesquisa direcionada para o que eles querem.
Basta medir a popularidade de cada um dos candidatos mas ruas para confirmar quem tem mais apoio.
Gosto muito do BG, mas você poderia meu amigo, ter mais sensibilidade no que tange as reportagens que falam contra Bolsonaro, colocar pelo menos em mais destaque a fonte; G1, Folha, estadão. Vamos começar e reportar mais conexão política, jovem pan e Gazeta do povo para equilibrar.
Os evangélicos representando aquela maioria que escolheu Barrabás.
Há muito que os evangélicos trocaram a Cruz e o Amor pela Pi$tola e o Ódio. O inferno está em festa!
O Globo?
O GLOBO????
ISSO NÃO É UMA FONTE CONFIÁVEL!
O DINHEIRO SUMIU O GLOBO VAI FALAR BEMMMM.
Gugu aquele seu comentário iniciado com um Aí, aí, aí, fez um estrago da gota na sua credibilidade.
Os EVANGÉLICOS estão enganados. O presidente Rachadinha é católico. Ele não é enviado de Deus. Deus não compactua com sacanagens nem com falas sem misericórdia.
Olha só a fonte. O GLOBO.. kkk mito 2022
Evangélicos, protestantes.
Sou evangélico, graças a Deus. E meu voto esse daí jamais terá.
Nunca se converteu.
A direita tem mais opções!
Ontem um pesquisa deu 41% de aprovação. Hoje caiu para 30 %?? Façam o teste das ruas, é a melhor pesquisa.
Quando se imagina que estes(as) pessoas, vendem casa, carro, dão quase toda sua renda para algumas destas Seitas Malditas (?), para proporcionar aos Edir e Silas da vida uma vida nababesca, esperar o que, pobres coitados.
Eu continuo 100% BOLSONARO.
MITO TEM RAZÃO.
MITO 2022
Tu és muito abestalhado
Em nome de Jesus . Uma parte da casta evangélica está indo de mãos dadas para o precipício com o jacaré ? Doido . Oremos !
Não digas o nome de Jesus em vão, seu blasfemador.
Vergonha para os evangélicos.