Saúde

Brasil atinge marca de 400 mil mortes pela Covid-19

A tragédia da Covid-19 no Brasil não é visível apenas na impressionante marca, atingida nesta quinta-feira (29), de 400.021 óbitos, segundo o consórcio dos veículos de imprensa. Em meio a falta de vacinas e um governo questionado em CPI por sua ação na pandemia, o peso do novo coronavírus sobre o sistema de saúde também surge em outro indicador — uma em cada cinco mortes notificadas no país (21,7%) desde março do ano passado é decorrente da doença.

O índice foi calculado a partir de dados da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen), entidade que representa todos os cartórios do país. A primeira morte provocada pela pandemia, segundo registros oficiais, ocorreu no dia 17 de março do ano passado. Desde aquele mês, o Brasil contabilizou 1.843.281 óbitos totais. A associação assinala que os cartórios são responsáveis pelo fornecimento de dados — e o número, portanto, pode estar defasado — mas a relação de um quinto deve permanecer.

Apesar do percentual elevado, pesquisadores entrevistados pelo GLOBO acreditam que ela pode ser ainda maior: a subnotificação ainda é alta no país, já que muitos infectados pelo coronavírus morrem em casa, sem recorrer ao atendimento médico, devido ao colapso do sistema hospitalar. Há, também, óbitos por Covid-19 que são registrados como síndrome respiratória aguda grave (SRAG) sem causa determinada.

A escalada da pandemia é comprovada por seguidos recordes batidos nas últimas semanas. Desde a chegada do coronavírus no Brasil, houve 18 ocasiões em que o país registrou mais de 3 mil mortes diárias em decorrência da doença — 13 vezes em abril e cinco em março deste ano.

O Brasil é o segundo país em óbitos acumulados, atrás apenas dos EUA (cerca de 575 mil), e também o segundo no registro de novas ocorrências da Covid-19 na última semana, ranking liderado agora pela Índia. A taxa de letalidade mais que dobrou, de 2% no final de 2020, para 4,4% na semana passada.

Platô elevado

Um boletim divulgado nesta quarta-feira pela Fiocruz demonstra sinais tímidos de queda no número de casos (-1,5% ao dia) e óbitos (-1,8% diários) por Covid-19 no país. Para Barcellos, seria um indicativo de que o Brasil teria atingido ao pico da pandemia. No entanto, como a reprodução do coronavírus ainda é acelerada, não há tendência de queda na curva epidemiológica.

— Isso significaria que chegamos a um platô, da mesma forma como na primeira onda, em meados de 2020. A diferença é que, desta vez, estacionamos em um índice muito mais elevado. No ano passado, eram cerca de mil óbitos por dia. Agora, atingimos até 3 mil — alerta. — A lição que deveríamos ter aprendido é que este momento deve ser o de reorganização de serviços, e não de flexibilização total.

Outro obstáculo é a circulação de variantes do coronavírus, especialmente a P.1, que emergiu na Amazônia em novembro do ano passado. Um estudo divulgado na quarta-feira (28) pela Secretaria estadual de Saúde de São Paulo indicou que a variante foi detectada em 90% de 1.439 sequenciamentos genéticos analisados pelo Instituto Adolfo Lutz (SP).

A primeira onda do coronavírus demorou meses para atingir o país inteiro, destaca Barcellos. A P.1. cumpriu o mesmo trajeto em semanas. Não está comprovado se a variante é mais letal, mas, segundo pesquisadores, a velocidade do contágio poderia atrasar a erradicação da pandemia.

Com informações via O Globo

 

Opinião dos leitores

  1. Como estará a construção da cela de Estado Maior no presidio de Bangu 8? Espero que em ritmo acelerado. Pois vai receber alguns inquilinos logo logo.

  2. O Brasil segue melhorando, a despeiito de lacradores, comunistas e cientifista. E daí que o Pr. demorou um ano para acreditar nas vacinas? Era só uma gripezinha.

  3. Os “coronalovers” têm 400 mil motivos para comemorar. Mas, não lembram que muitas dessas mortes ocorreram por falta de leitos de UTI, de respiradores e de investimentos na saude em geral, porque governadores de oposição desviaram os bilhões que receberam do governo federal. Mas, o Brasil está saindo dessa, estamos vacinando mais de 1 milhão de pessoas por dia e o governo Bolsonaro já adquiriu mais de 500 milhões de doses de vacinas.

    1. Na ranking de vacinação, estamos na posição 57 entre todos os países do mundo. Não adianta dizer que comprou 500 milhões de doses, se não chega esse semestre. Enquanto vários países já estão voltando ao “normal”, o Brasil é chacota mundial e morrendo mais de 2mil pessoas por dia.

    2. Somos o 4° pais em vacinação no mundo. Ultrapassamos nesses dias o Reino Unido, país rico e PRODUTOR de vacina. Se quer atacar o presidente, meu caro, pelo menos NÃO MINTA. Faça como esse seu “cumpanhero”, que se limita a repetir essa frase fora do contexto mas DIGA A VERDADE.

    3. A ordem de vacinação mundial no momento é: EUA, China, Índia, Brasil e Reino Unido. Estamos muito bem nesse aspecto.

  4. Muitas mortes poderiam ter sido evitadas se os governadores de oposição tivessem deixado a politicagem de lado e tivessem feito sua parte, aplicando NA SAUDE os bilhões que receberam do governo Bolsonaro. Alem das mortes, a ação equivocada desses governadores trouxe outros problemas. Graças ao fechamento das escolas, o número de crianças e adolescentes sem acesso a educação no Brasil saltou de 1,1 milhão em 2019 para 5,1 milhões em 2020, de acordo com o estudo Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – um Alerta sobre os Impactos da Pandemia da Covid-19 na Educação, lançado nesta quinta-feira (29) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). E também temos graves problemas na economia, com muitas empresas fechando as portas e muita gente perdendo seu sustento.

    1. O que tem haver uma coisa com a outra? A matéria fala sobre as 400.000 mortes causadas pela covid em pouco mais de 1 ano e não sobre acesso de crianças e adolescentes à educação ou sobre economia. Deixa de ser alienado, os governadores erraram, mas o presidente foi negacionista, ou você esqueceu os fatos? 70 milhões de doses deixadas de comprar da Pfizer em junho do ano passado, declarações como: “vou arrumar vacina onde? Só se for na casa da sua mãe” sendo que na outra semana foi conseguido as vacinas, “o Brasil é um grande mercado, as empresas que venham atrás”, o Brasil não corra atrás das vacinas pra ver se as empresas vem. Taí os EUA como exemplo, mudaram de presidente, o número de mortes caíram.

    2. Ô brasileiro, meu comentário abordou as mortes e os problemas na educação e economia, todos causados pelas ações irresponsáveis dos governadores de oposição. Use de boa fé nos seus comentários.

  5. É o presente antecipado deste governo irresponsável e incompetente para o dia do trabalhador e dia das mães. 400 mil mortos, 400 mil famílias chorando a perda de seus entes e milhares de mães que não poderão estar com seus filhos nos dias das mães. Graças a irresponsabilidade criminosa de um governo sob o comando de alguém que quando questionado há um ano atrás sobre o já absurdo 5 mil mortes, respondeu e daí? Não foi só a resposta que fez pouco caso das mortes, mas os atos subsequentes que nos levam ao número estarrecedor de 400 mil mortes. E o país assiste omisso e inoperante a fábrica de mortes que se tornou o Brasil e ao descaso e desrespeito diário deste governo. A última foi ter 100 mil vacinas guardadas sem ninguém saber. Precisam cair fora antes que cheguemos a 500 mil mortos. O Brasil não pode aceitar a banalização do cemitério que se tornou o país.

    1. Falou um monte de mentiras achando que as pessoas vão entrar nessa.

    2. Qual a mentira ruminador? Que com 5 mil mortos ele debochou? Que tinha guardado sem saber 100 mil doses de vacinas, enquanto milhares passaram do prazo de receber a segunda dose ou que o Brasil atingiu as 400 mil mortes (ou seria assassinatos) hoje?

    3. Esse mi mi mi da esquerda não tem mais quem aguente. Dá até preguiça.

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Geral

Tarifas de Trump sobre o Brasil são ‘mais um latido que uma mordida’, diz The Economist

Foto: AFP

Com uma economia relativamente fechada, a tarifa de 50% imposta por Donald Trump sobre produtos brasileiros provavelmente já teria efeito limitado. Com a isenção de 700 itens anunciada pelo governo americano, o golpe será ainda mais leve, avalia a revista britânica The Economist, que classifica que as tarifas de Trump sobre o Brasil são mais um ‘latido do que uma mordida’.

A revista lembra que a maior economia da América Latina é relativamente fechada e que suas exportações representaram menos de um quinto do Produto Interno Bruto (PIB) no ano passado. No México, as exportações representam um terço do PIB e em alguns países asiáticos, como Vietnã e Tailândia, equivalem a 70%. Hoje, diz a revista, o Brasil é menos dependente dos EUA em relação às exportações, enquanto crescem os laços comerciais com a China.

Com as isenções anunciadas, diz a Economist, quase metade das exportações brasileiras para os Estados Unidos serão poupadas, estima a TS Lombard, empresa de pesquisa de investimentos. Como resultado, o Itaú Unibanco espera que a alíquota tarifária efetiva fique em torno de 30%, enquanto o Goldman Sachs manteve sua previsão de crescimento do PIB para este ano inalterada em 2,3%, citando as isenções, aponta a revista.

Setores como café, carne e frutas, que ficaram fora da lista de isenções, sentirão de forma mais intensa os efeitos do tarifaço — e as exportações desses itens já apontam queda em meio à incerteza dos clientes para fechar novos pedidos.

Mas o país diversificou seus mercados, diz a Economist, e mesmo os setores mais afetados podem se mostrar resilientes. A União Europeia, por exemplo, continua sendo a maior compradora de café brasileiro.

As vendas para o Leste Asiático, Oriente Médio e Norte da África aumentaram 25% e 61%, respectivamente, no ano passado. O comércio com a China continua crescendo. O país já compra a maior parte da carne bovina brasileira e, em 2 de agosto, aprovou importações de 183 novas empresas brasileiras de café.

Além disso, observa a revista, o pacote de ajuda que o governo brasileiro promete a empresas exportadoras trará ainda mais alívio. E ainda há esperança de que as tarifas possam ser amenizadas. A alta dos preços nos Estados Unidos pode pressionar a Casa Branca a mudar de rumo, avalia a Economist.

Indignação política de Trump

A revista cita o fato de Trump ‘estar indignado’ com o fato de seu aliado, Jair Bolsonaro, ex-presidente de extrema direita do Brasil, estar sendo julgado, acusado de planejar um suposto golpe. As tarifas, alegou ele, foram uma resposta a essa “caça às bruxas”. E aponta que o motivo da tarifa excessiva sobre o Brasil não foi econômico, já que os Estados Unidos têm superávit no comércio com o Brasil.

O governo brasileiro, lembra a revista, não chegou a retaliar os Estados Unidos, e as palavras do presidente Lula defendendo a soberania do país trouxeram melhora em sua popularidade. Lula desafiou Trump e afirmou que o Brasil não será “tutelado” por potências estrangeiras, nem se “humilhará” diante de um “imperador” indesejado, observa o texto da Economist.

O Globo

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Economia

Governo e setor imobiliário discutem nova solução para financiar moradias

Foto: Ilustração gerada por inteligência artificial

Enquanto o governo federal estuda a possibilidade de acabar com o direcionamento da poupança ao financiamento imobiliário como uma solução para aumentar a disponibilidade de crédito para moradias no Brasil, o setor privado tem ressalva à proposta e sugere alternativa a este modelo.

Segundo apuração da CNN, há uma reunião marcada para segunda-feira (11) entre membros do Ministério da Fazenda e representantes do setor imobiliário para debater o tema.

Hoje, 65% dos recursos captados pelos bancos da poupança precisam ser direcionados ao crédito imobiliário; 15% estão livres para operações mais rentáveis; e 20% ficam com o BC (Banco Central) na forma de compulsório.

A proposta estudada pelo governo é permitir a livre utilização dos recursos pelos bancos em operações rentáveis, com a contrapartida de as instituições concederem crédito imobiliário em montante equivalente ao captado. A informação foi revelada pela Folha de S. Paulo e confirmada pela CNN.

O setor privado vê a mudança como abrupta e teme danos ao sistema.

A proposta alternativa do segmento prevê manter o percentual do direcionamento da poupança em 65% e liberar gradualmente três quartos do que hoje é compulsório — equivalente a 15% do total da poupança.

Para garantir a segurança do sistema após a liberação do compulsório, a pedida é uma linha de redesconto.

Basicamente, caso um banco tenha escassez de capital, poderia recorrer a esta fonte, que teria juro equivalente ao da poupança, utilizando títulos públicos como garantia.

Atualmente o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) acumula em torno de R$ 750 bilhões. Com a liberação de três quartos do compulsório, o crédito imobiliário ganharia um impulso em torno de R$ 115 bilhões.

O restante do valor do compulsório seria utilizado, na proposta do setor privado, para testar gradualmente o modelo em estudo pelo governo federal, em que há liberação do valor para captação com a contrapartida de concessão de crédito em igual montante.

CNN

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Geral

Centrão acelera pauta própria após prisão de Bolsonaro e preocupa governo Lula

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

A decretação da prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que completa uma semana nesta segunda-feira (11), gerou um motim de aliados no Congresso Nacional e consequências políticas para governo, oposição e centrão.

A avaliação de integrantes do Executivo é a de que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), saiu fragilizado no processo de debelar o protesto bolsonarista, o que gera um temor de instabilidade no Congresso Nacional, cenário nunca desejado por nenhum governo.

O centrão aproveitou a turbulência e conseguiu colocar na ordem do dia mais uma proposta de blindar congressistas contra ações do STF (Supremo Tribunal Federal).

Já a oposição se reagrupou na unificação de um discurso contra o ministro Alexandre de Moraes, o autor da ordem de prisão, e conseguiu acenos de que algum projeto de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro será discutido.

Após cerca de 30 horas sem conseguir abrir uma sessão devido à ocupação da Mesa da Câmara, Motta só conseguiu voltar à cadeira de presidente no final da noite de quarta (6), por meio de um acordo costurado pelo antecessor, padrinho de sua candidatura e líder do centrão, Arthur Lira (PP-AL).

A volta à ribalta do ex, e o desfecho atabalhoado da retomada física do plenário, em que quase se perdeu em meio ao empurra-empurra de deputados, sendo jogado de lá para cá por aliados e bolsonaristas, acabou gerando em integrantes do governo Lula a impressão de que Motta pode não consegui controlar o plenário daqui para frente.

Isso liga o alerta em relação ao avanço da pauta prioritária do Palácio do Planalto no Legislativo, que é centrada em medidas com vistas a melhorar a avaliação da gestão petista às vésperas do ano eleitoral.

O governo tem como carro-chefe de suas medidas atuais a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda.

Num primeiro momento, integrantes do governo elogiaram a postura de Motta, assim como a do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), de convocar reunião de líderes partidários e indicar que seriam punidos os parlamentares que não desocupassem o plenário da Casa.

Isso chegou a ser discutido em reunião no Palácio do Planalto entre todos os ministros do PT e lideranças da legenda, na quarta-feira (6), um encontro que já estava marcado para a discussão de conjuntura política.

Um dos petistas presentes, inclusive, afirmou que o governo deveria aproveitar aquele momento para “se aproximar de vez” dos dois parlamentares, isolando o bolsonarismo. Segundo relatos de participantes, foi feito o diagnóstico de que o governo deveria se afastar dessa crise e direcionar o foco à sua agenda.

A avaliação positiva sobre o presidente da Câmara, no entanto, foi mudando ao longo da noite de quarta diante do recuo de Motta em punir de imediato os bolsonaristas e da dificuldade em retomar o plenário da Casa, passando a impressão de que o deputado não tem força política suficiente e depende de Lira para manter controle do plenário.

No final desta sexta-feira (8), a Mesa da Câmara decidiu enviar para a Corregedoria da Casa todos os casos de parlamentares representados por partidos políticos. Só após um parecer do órgão, a Casa irá decidir se sugere ou não o afastamento do mandato de amotinados ao Conselho de Ética.

Um aliado do petista diz ainda que Motta sofre muita pressão do senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro, e que o deputado precisa se descolar de seu padrinho político para conseguir exercer a presidência da Câmara.

Nesta sexta (8), Lula se queixou da postura dos bolsonaristas dizendo que eles são traidores da pátria e deveriam “ter impeachment”.

Do lado da oposição, também houve um reagrupamento no discurso. Aliados de Lula vinham desde julho tocando nas redes sociais uma ofensiva classificando o Congresso e o bolsonarismo como defensores de ricos e de privilégios, campanha à qual, após o tarifaço anunciado por Donald Trump, foi acrescentada a defesa da soberania nacional.

Isso vinha gerando bate-cabeças entre oposicionistas, que foram forçados a atuarem na defensiva.

As sucessivas ordens de Moraes contra Bolsonaro —primeiro, a tornozeleira eletrônica e, depois, a prisão domiciliar—, porém, voltaram a inflamar e unificar o bolsonarismo, ao menos no discurso, o que possibilitou o motim que paralisou os plenários de Câmara e Senado por cerca de dois dias.

Se a bandeira do impeachment de Moraes não emplacou na cúpula do Congresso, a discussão de alguma anistia voltou a ser considerada possível, embora as versões variem a depender dos grupos políticos ouvidos.

Folha de S.Paulo

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Geral

Governo rebate novas críticas dos EUA: “Ataque frontal à soberania”

Foto: Brendan Smialowski, Evaristo SA/AFP

O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, rebateu na noite deste sábado (9) a nova postagem da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, nas redes sociais, na qual o vice-secretário de Estado norte-americano, Christopher Landau, faz ataques ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Procurado pelo Metrópoles, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) disse que essa manifestação caracteriza um “novo ataque frontal à soberania brasileira e a uma democracia que, recentemente, derrotou uma tentativa de golpe de Estado”. A pasta reiterou, ainda, que o Brasil “não se curvará a pressões, venham de onde vierem”.

O governo brasileiro manifestou, também, “absoluto rechaço às reiteradas ingerências do governo norte-americano em assuntos internos do Brasil”, e que sempre se posicionará contra ataques falsos, como as da postagem do subsecretário de Estado dos EUA.

No X (ex-Twitter), o perfil da embaixada dos EUA no Brasil republicou a versão traduzida do texto postado por Landau, onde ele afirma que “um único ministro do STF usurpou o poder ditatorial” para ameaçar líderes do Legislativo e Executivo no Brasil.

Críticas a Moraes

Landau, número 2 do secretário Marco Rubio, disse querer retomar a amizade com a nação brasileira, mas que se encontra em um “beco sem saída” por causa do “usurpador” (referindo-se a Moraes) que se “reveste do Estado de Direito, enquanto os demais poderes afirmam estar imponentes para reagir”.

A publicação cobrou a história da humanidade, em que, segundo Landau, não há precedentes para que um único juiz, não eleito, tenha assumido o controle de sua nação. “Se alguém conhecer um precedente na história humana em que um único juiz, não eleito, tenha assumido o controle do destino de sua nação, por favor, avise. Queremos restaurar nossa amizade histórica com a grande nação do Brasil!”, diz o texto.

Apesar de não ter o nome citado, essa é mais uma declaração que se soma ao ataques contra o Ministro do STF, Alexandre Moraes, que é alvo da Lei Magnitsky. A medida tem entre as punições previstas o bloqueio de bens e contas nos EUA e a proibição de entrada em território norte-americano.

O endurecimento das críticas se dá em um momento em que o governo de Donald Trump tem confrontado decisões de Moraes no julgamento sobre o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na suposta tentativa de golpe de Estado. Também estão no radar do republicano determinações que ordenaram a remoção de conteúdos nas redes sociais de bolsonaristas investigados.

Metrópoles

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Geral

Apenas 6% dos celulares furtados ou roubados no RN são recuperados pela polícia

Imagem: Freepik

Dados do Anuário Brasileiro da Segurança Pública apontam que o RN recuperou, em 2024, 6% do total de ocorrências de celulares furtados/roubados. A cidade de Natal, inclusive, ficou em 14º entre as 20 cidades com as maiores taxas de aparelhos subtraídos por 100 mil habitantes.

Nacionalmente, segundo o Anuário Brasileiro da Segurança Pública, cerca de 8% dos aparelhos celulares roubados conseguem ser recuperados pelas forças policiais e de segurança pública.

Segundo os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o Estado registrou 16.005 ocorrências de roubos e furtos de celulares em 2024, número 10% menor do que em 2023, quando 17.849 ocorrências foram registradas. Já quando se trata de recuperação de celulares, o Estado registrou 1.059 recuperações em 2024 contra 971 em 2023, aumento de 9%.

A Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesed) informou que os números do Anuário estão desatualizados. Segundo a pasta, a recuperação de celulares, ano passado, atingiu 1.840 aparelhos. Até junho de 2025, 575 celulares já foram recuperados pelas polícias do RN.

Segundo informações publicadas pela Polícia Civil, delegacias do Estado têm apostado em operações de recuperação de celulares. As operações “Recupera”, “Reset” e a “Return”, em cidades como Natal, Parnamirim, Caicó e João Câmara, têm focado na devolução dos aparelhos aos respectivos donos.

Reportagem completa na Tribuna do Norte

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ABC perde para o Caxias-RS por 1 a 0

Foto: Porthus Junior/Agência RBS

O ABC foi derrotado pelo líder da Série C, o Caxias-RS, jogando no Rio Grande do Sul neste sábado (9).

O gol da vitória do time gaúcho foi marcado por Alan, aos 38 minutos do segundo tempo e ampliou a vantagem na liderança do campeonato.

A derrota deixa o ABC na 15ª posição com 17 pontos, mas o Alvinegro pode entrar no Z-4 a depender dos outros resultados do complemento da rodada.

O ABC volta a campo no sábado (16), às 19h30, diante do Guarani, no Frasqueirão.

Opinião dos leitores

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CASA CAIU: prefeito de Canguaretama deve ser cassado por ação de denuncia de esquema de caixa 2 com doações via Pix

A Coligação “Unidos pelo Trabalho” ajuizou Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) contra o atual prefeito de Canguaretama, Leandro Varela, seu vice, Erivan de Souza Lima, e outros envolvidos, por suposto abuso de poder econômico e arrecadação ilícita de recursos para campanha, através de doações via Pix não declaradas à Justiça Eleitoral.

De acordo com a ação, os investigados teriam financiado eventos de grande porte, com estrutura de trios elétricos, paredões de som, combustível e outros sem que os gastos fossem devidamente registrados na prestação de contas oficial da campanha. A denúncia aponta que recursos teriam sido enviados por eleitores à conta de uma empresa de fachada através de chave Pix ligada ao operador financeiro da campanha, hoje secretário do município.

Além da ausência de registros desses valores e serviços na prestação de contas — que declarou gastos incompatíveis com a magnitude dos eventos —, os autores da ação sustentam que houve tentativa de ocultar a origem dos recursos e que o esquema foi articulado com a colaboração de pessoas próximas ao candidato, as quais formavam o núcleo da sua equipe de campanha e agora ocupam posições estratégicas na atual gestão.

A coligação busca a cassação dos mandatos eletivos do prefeito e do vice-prefeito, bem como, a decretação da inelegibilidade dos envolvidos por oito anos, por abuso de poder e fraude à legislação eleitoral. Também foi solicitada medida liminar para quebra de sigilo bancário e fiscal, além de busca e apreensão de documentos e aparelhos eletrônicos dos investigados, a fim de comprovar a suposta prática de caixa dois e ocultação de despesas de campanha.

A ação tramita na 11ª Zona Eleitoral do Rio Grande do Norte.

Opinião dos leitores

  1. Sou Canguaretamense e não votei nele, mas tá fazendo um excelente trabalho. Isso aí é perseguição

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Relatório do Tesouro Nacional indica dívida pública do Brasil fora de controle

Imagem: Acervo JBr

A trajetória da dívida pública bruta do governo federal (ou DBGG, como é chamada nos relatórios públicos) poderá atingir um pico em 2028 — com o valor correspondendo a 84,3% do Produto Interno Bruto (PIB). É o que mostra o Relatório de Projeções Fiscais, divulgado pelo Tesouro Nacional neste mês.

Infográfico: reprodução/CNN

Para analistas ouvidos pela CNN, os números sinalizam que a dívida pública está fora de controle, e que as atuais regras são “insustentáveis” para conter o agravamento da situação fiscal.

Em entrevista à CNN, o economista Reginaldo Nogueira, diretor nacional do Ibmec, afirmou que, pelo andar da carruagem fiscal, o país está chegando a um ponto em que a reversão saudável dessa porcentagem será impossível: “O Brasil está ficando sem tempo. […] Nossa dívida está muito maior do que conseguimos carregar”.

Em maio deste ano, a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou a perspectiva da nota de crédito do Brasil de “positiva” para “estável”. De acordo com a agência, o rebaixamento da perspectiva se devia a três fatores: progresso mais lento que o esperado nas reformas estruturais, rigidez dos gastos públicos e, veja só: preocupação com a capacidade de pagamento da dívida.

Para Marcos Pestana, diretor-executivo da IFI (Instituição Fiscal Independente do Senado), o cenário caminha um estrangulamento absoluto em 2027. “100% do orçamento da receita disponível será tomado por despesas obrigatórias. Não haverá nenhuma margem para discricionariedade”.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

    1. E com os próprios ‘sócios’ do Brics querendo conversar com Trump.

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Cervejaria Raffe anuncia novidade no setor Leste da Arena, o “Clube Raffe”

A Casa de Apostas Arena das Dunas recebe neste domingo (10/08) uma novidade para o torcedor do setor Leste: o Clube Raffe. O projeto oferecerá uma experiência de atendimento diferenciada antes e durante o jogo, com mais conforto, serviços exclusivos e atrações para toda a família.

Localizado no lounge do setor Leste, o Clube Raffe conta com área climatizada, bares e banheiros exclusivos, assentos reservados na arquibancada Leste inferior, além de um espaço infantil com brinquedos e jogos. No pré-jogo e no intervalo, o ambiente será animado com DJ set ao vivo, criando uma atmosfera festiva antes e durante a partida.

O acesso ao Clube Raffe será limitado a 200 torcedores por jogo e custará R$30 a mais no valor do ingresso. As vendas serão realizadas somente no local, no dia da partida.

A iniciativa busca atender a um público que mantém o espírito vibrante da torcida do setor Leste, mas que deseja assistir aos jogos com mais conforto, segurança e serviços adicionais.

Mais informações: @cervejariaraffe e @casadeapostas.arenadasdunas

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Geral

Corregedor prevê conclusão de parecer sobre ocupação na Câmara até quarta-feira (13)

Foto: José Cruz/Agência Brasil

O deputado federal Diego Coronel (PSD-BA), corregedor da Câmara dos Deputados, disse em entrevista à CNN que deve concluir, até a próxima quarta-feira (13), o parecer sobre o caso dos deputados que ocuparam a mesa diretora da casa, na última terça-feira (5).

O corregedor deve indicar as possíveis punições cabíveis e, em seguida, os casos devem ser analisados pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

As denúncias foram encaminhadas à Corregedoria Parlamentar pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) e citam nominalmente 14 deputados do PL (Partido Liberal), PP (Partido Progressista) e do Novo.

Há possibilidade de que o número de deputados aumente, já que uma das petições enviadas pede apuração de todos os envolvidos.

Já estão na lista os deputados Allan Garcês (PP-MA), Bia Kicis (PL-DF), Carlos Jordy (PL-RJ), Carol de Toni (PL-SC), Domingos Sávio (PL-MG), Julia Zanatta (PL-SC), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Marco Feliciano (PL-SP), Marcos Polon (PL-MS), Nikolas Ferreira (PL-MG), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Zucco (PL-RS) e Zé Trovão (PL-SC).

A oposição ocupou o plenário da Casa por mais de 24 horas nesta semana. O movimento começou na terça-feira (5) em protesto à prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Após uma série de conversas, os trabalhos foram retomados em uma sessão tumultuada e sem votação.

Também à CNN, o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que defenderia uma “punição pedagógica” de parlamentares que obstruíram os trabalhos, para que esse tipo de manifestação não volte a acontecer.

CNN Brasil

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