Após mais de sete meses de pandemia do novo coronavírus, 4,8 milhões de casos registrados e quase 144 mil mortes, o Brasil deixou nesta quarta (30) o estágio estável e entrou pela primeira vez no desacelerado no monitor de aceleração da Covid-19, da Folha.
A nova classificação foi puxada pelo estado de São Paulo, que também entrou pela primeira vez como desacelerado, após a revisão do modelo, em 3 de setembro.
Estar nesse novo estágio significa que o número de novos casos caiu ao longo do tempo de maneira considerável. O Brasil apresentava-se estável desde 20 de agosto.
O nível anterior, mais grave, indicava que o país contava com número significativo de pessoas sendo infectadas, mas a quantidade de novos casos era constante.
É uma metodologia que pode demorar mais para captar os movimentos da pandemia em relação a outros métodos, como a média móvel de sete dias, adotada por governos e veículos de comunicação.
Por outro lado, a metodologia da Folha tende a trazer mais estabilidade nos resultados.
No pico da pandemia até aqui, em julho, o país registrava mais de 46 mil novos casos diários. Agora, está em 26,5 mil.
A redução do número de casos ocorre mesmo no momento que governadores e prefeitos vêm anunciando pelo país medidas de retomada do comércio, de atividades do lazer e escolares.
A permanência no estágio desacelerado ainda não está garantida para os próximos dias, pois os números do país estão no limiar entre esse patamar e o anterior, o estável.
As medidas de distanciamento social e higienização são sempre apontadas por especialistas como responsáveis por diminuição no número de casos. O uso obrigatório de máscaras, algo que ganhou força apenas com o passar dos meses na pandemia, também é tido como um fator essencial para impedir a disseminação do vírus e o surgimento de novos casos.
Outra possibilidade apontada por especialistas é que as populações mais suscetíveis ou que se arriscam mais já foram infectadas.
O Brasil é o terceiro país com maior número total de casos de Covid-19 no mundo (4,8 milhões), atrás apenas de Estados Unidos (7 milhões) e Índia (6 milhões).
Fator fundamental para a alteração de patamar nacional foi a mudança também do estado de São Paulo, líder nacional em número de casos e de mortes.
FOLHAPRESS
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