Embora tenha definido apoio das Forças Armadas a governos estaduais durante as eleições, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta quarta-feira (14) que é contra a permanência do exército nas ruas por períodos prolongados.
“Temos que tomar cuidado para não banalizar a atuação da GLO [garantia de lei e ordem, instrumento que permite a convocação das forças para apoio à segurança pública]”, afirmou o ministro em entrevista no Rio.
A declaração foi feita após questionamentos sobre o desejo do governo do Rio em manter o exército nas ruas após a eleição. As Forças Armadas já vêm contribuindo com o patrulhamento da capital do estado durante o período dos jogos.
Jungmann disse que ainda não há um pedido formal do governo do estado ao presidente Michel Temer, mas já houve conversas com os ministérios da Defesa e da Justiça sobre o tema.
Segundo ele, sua pasta se comprometeu a ajudar com treinamento e apoio logístico, mas a prerrogativa de definir sobre o deslocamento de pessoal é da Presidência da República.
O ministro, porém, citou o México como um exemplo de que a permanência do exército no patrulhamento de cidades por muito tempo pode ser prejudicial.
“O soldado não tem a formação de policial. Não tem também a informação. Quando entra em uma comunidade, ele não sabe distinguir quem é quem”, argumentou.
Durante a eleição, soldados do exército vão ajudar no patrulhamento de locais de votação e no transporte de urnas. O ministro não soube precisar, porém, quantos serão os locais nem o contingente necessário.
Folha Press
– A função específica do Exército, como instituição das Forças Armadas, não é o de policiamento ostensivo como as polícias militares. Na verdade a tática operacional do militar das forças armadas é a de preservar a defesa dos limites fronteiriços, da defesa interna contra invasões estrangeiras e, excepcionalmente, a pacificação urbana.
– Não é possível a atuação em área urbana como atividade de rotina exatamente porque esta atividade não é cabível para um grupo operacional que age com ação e objetivo e não com negociação e "deixa disso"… sem levar em consideração que o arsenal das Forças Armadas é exclusivo para combate e com efeitos letais.
– Se poderes instituídos não interferissem com "benevolências" aos foras-da-lei… principalmente com os de menoridade, creio que a força policial militar tinha uma atuação reflexiva muito mais eficiente e também providencial. Este é que é o problema!!!
Vai com essa conversa afiada ministro fraco, os bandidos agradecem. Estão manda as tropas sair do Haiti e Libano.