Finanças

Brasileiro fica milionário comprando dogecoin

Foto: Rodrigo Ramos

De Maringá, no Paraná, para Los Angeles, nos Estados Unidos — com os bolsos cheios de dogecoin. Glauber Contessoto, 33, é mais um jovem que fez fortuna apostando em criptoativos. Ou, mais do que isso, é a personificação da insatisfação do pequeno investidor de varejo com o mercado financeiro. Mas vamos por partes.

Glauber e a família se mudaram para os Estados Unidos em 1994, quando ele tinha 6 anos. À época, seu pai, que é cantor de ópera, recebeu uma bolsa para estudar música no estado de Massachusetts, transferindo posteriormente os estudos para Maryland, em cidade próxima à capital Washington D.C.

“Na minha família, só meu pai fez faculdade. Quando chegamos em Maryland, fomos para a igreja e minha mãe começou a buscar trabalho com a comunidade brasileira, limpando casas. A gente morava num apartamento pequeno e eu dividia quarto com a minha irmã”, lembra Contessoto, mesclando palavras em português e inglês.

Ele conta que, quando tinha 15 anos, seus pais se divorciaram e ele se mudou novamente, para o estado da Virgínia, mas logo voltou para Maryland. Sem grande interesse pelos estudos, deixou a escola e tentou se virar trabalhando em redes de fast food como Pizza Hut e Taco Bell.

Neste período, estimulado pelo crescimento da internet e pela massificação do hip-hop, seu gênero musical preferido, começou a enveredar pela área de produção audiovisual. Aprendeu a captar e editar vídeos, seguindo tutoriais no YouTube, e buscou parcerias com jovens artistas para produzir conteúdo.

Conheceu, então, um rapper da sua área chamado Lambo Anlo. Os dois logo ficaram amigos e passaram a trabalhar juntos, com Glauber cuidando da carreira do músico. “Fizemos muitas coisas legais em 2, 3 anos, mas ele não estourou. Decidi, então, que precisávamos ir para Nova York ou Los Angeles”, diz.

O jovem escolheu a Califórnia e atravessou o país atrás do seu sonho — criar um selo de rap. À procura de trabalho, precisou dormir por mais de um ano em sofás de amigos, até que conseguiu um contrato para Anlo com a gravadora Rostrum Records e um emprego “normal” como videomaker em uma produtora.

“Em 2018 tive meu primeiro trabalho de verdade, fazendo vídeos sobre a cultura hip-hop. Comecei ganhando US$ 36 mil por ano. Em 2019 esse valor foi para US$ 45 mil e, em 2020, para US$ 60 mil. Estava conseguindo juntar um dinheiro e não queria que ficasse parado no banco”, afirma.

Quando ele fez sua primeira transferência de US$ 5 mil para a corretora Robinhood, em 2019, as ações da Tesla despencavam com o mercado preocupado com a capacidade da empresa de crescer. Esse foi o primeiro “all-in” de Contessoto. “Não tinha dúvidas que o futuro desse mercado seriam os carros elétricos”, diz. Os papéis dispararam.

Após o crash da pandemia, decidiu diversificar. Comprou, por exemplo, ações da empresa de cruzeiros Carnival Cruise Line, que haviam despencado por conta do fechamento da economia americana. Nessa altura, conheceu também os subfóruns de investimento do Reddit e fez parte do fenômeno GameStop.

“Quando soube do short squeeze de GameStop, não gostei da tese inicialmente porque eram lojas físicas de jogos, algo ultrapassado. Depois entendi que era um movimento dos pequenos investidores se juntando contra os bilionários de Wall Street e decidi investir. Mas, como comprei na alta, perdi dinheiro com o ativo”, conta.

“Ainda no Reddit, descobri o mundo dos criptoativos e criei minha tese de investimento à volta do dogecoin. Pensei assim: se o bitcoin é o ouro digital, porque é finito, o que será o dólar digital? Dogecoin! A minha geração se formou com memes e Elon Musk está apoiando essa cripto.”

Depois dessa revelação, Glauber vendeu todas as posições que tinha em outros ativos, ligou para familiares para pedir dinheiro, utilizou o limite de compra a descoberto da Robinhood e, no dia 5 de fevereiro, comprou cerca de US$ 200 mil em dogecoin, o que lhe rendeu 5 milhões de moedas (a US$ 0,04 cada).

Paralelamente, os criptoativos viveram um boom de valorização no primeiro trimestre de 2021 e o dogecoin chegou a avançar 12.000% no ano, para US$ 0,72 na máxima em 7 de maio. Ou seja, em menos de três meses, o investidor se tornou milionário apostando em uma memecripto.

(O Robinhood, que tinha emprestado limite para Contessoto dar all-in em DOGE, vendeu automaticamente 1 milhão de moedas para cobrir a dívida, o que deixou o total em 4 milhões de moedas.)

“No começo, eu ficava toda hora conferindo o saldo, mas já havia pedido registro de marcas como Slumdoge Millionaire e Dogecoin Millionaire, porque sabia que o ativo ia se valorizar e queria fazer disso uma marca. Deslanchou finalmente no início de abril e, no dia 15, 69 dias após meu aporte inicial, fiquei milionário. Liguei para a minha mãe chorando, dizendo que ela não precisava mais trabalhar”, diz.

Desde então, e com a “ajuda” do mesmo Elon Musk que defendia os criptoativos com tuítes e memes, o mercado vem se desvalorizando. No dia 27 de maio, cada DOGE valia US$ 0,33, o que dá a Glauber um patrimônio de US$ 1,3 milhão. Mas ele não parece muito preocupado com a correção nos preços.

“Continuo comprando, porque acho que estes movimentos são parte da dinâmica do mercado. Eu acredito que dogecoin pode valer US$ 1, US$ 2, US$ 3 e que o Musk apontou os problemas na mineração do bitcoin para que as pessoas procurem outras soluções, como DOGE.”

O videomaker também pondera que existe uma questão tributária importante. Se ele quisesse realizar seu lucro agora, pagaria 40% em impostos. Quando a transação completar um ano, este valor diminui para 15%. “O que é mais um ano de trabalho? Eu não era ninguém e virei alguém da noite para o dia.”

Além de ajudar a família, Glauber quer investir em três vertentes profissionais: um selo de rap, para abrigar Lambo e outros rappers de talento; um canal de YouTube para falar de cultura hip-hop; e uma companhia, a Dogecoin Millionaire, para produzir conteúdo sobre criptoativos.

Questionado sobre qual será sua próxima aposta, ele diz que segue firme com DOGE. “Muitas pessoas têm falado comigo sobre criptomoedas novas, mas eu digo para terem cuidado. Elas surgem todos os dias e podem ser esquemas. Dogecoin foi lançada em 2013, tem histórico”, defende.

Ao mesmo tempo, em relação ao risco de se investir em ativos sem grande tese por trás, ele vislumbra grandes mudanças no mercado financeiro. “Tudo que a gente conhece sobre investimentos vai mudar. A minha geração não quer ficar rica aos 50, e sim agora. Não temos tempo para esperar.”

CNN Brasil

 

 

Opinião dos leitores

  1. Vai nessa é uma boa o caba fica rico ligeirinho. Eu tenho minha moeda virtual PIRAMICOINDE você fica rico em dois tempos.

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“Ações do Governo do Brasil são ameaça à segurança nacional, à política externa e à economia dos EUA”, diz comunicado da Casa Branca ao confirmar tarifaço de 50%; leia a íntegra

Foto: Eduardo Munoz/Reuters; Ricardo Stuckert/Divulgação via Reuters

O comunicado da Casa Branca divulgado assim que Donald Trump assinou o decreto que tornou oficial o tarifaço de 50% a produtos brasileiros exportados aos EUA diz que a ordem executiva foi motivada por práticas do governo brasileiro que estariam prejudicando empresas americanas, violando direitos de liberdade de expressão de cidadãos dos EUA e comprometendo interesses estratégicos do país.

LEIA TAMBÉM: Trump assina decreto que oficializa tarifas de 50% ao Brasil.

Veja o comunicado da Casa Branca na íntegra

ENFRENTANDO UMA EMERGÊNCIA NACIONAL: Hoje, o Presidente Donald J. Trump assinou uma Ordem Executiva implementando uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, elevando o total da tarifa para 50%, para lidar com políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos.

A Ordem declara uma nova emergência nacional usando a autoridade do Presidente sob a Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional de 1977 (IEEPA) e estabelece uma tarifa adicional de 40% para enfrentar as políticas e ações incomuns e extraordinárias do Governo do Brasil que prejudicam empresas americanas, os direitos de liberdade de expressão de cidadãos americanos, a política externa dos EUA e a economia americana.

A Ordem conclui que a perseguição política, intimidação, assédio, censura e processos judiciais contra o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e milhares de seus apoiadores constituem graves abusos de direitos humanos que minaram o Estado de Direito no Brasil.

USANDO INFLUÊNCIA PARA PROTEGER NOSSOS INTERESSES: O Presidente Trump reafirmou consistentemente seu compromisso de defender a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos contra ameaças estrangeiras, incluindo a proteção da liberdade de expressão, a defesa de empresas americanas contra coerção censória ilegal e a responsabilização de violadores de direitos humanos por seu comportamento fora da lei.

Recentemente, membros do Governo do Brasil tomaram ações sem precedentes para coagir de forma tirânica e arbitrária empresas americanas a censurar discurso político, remover usuários de plataformas, entregar dados sensíveis de usuários americanos ou alterar suas políticas de moderação de conteúdo sob pena de multas extraordinárias, processos criminais, congelamento de ativos ou exclusão total do mercado brasileiro. Isso compromete não apenas a viabilidade das operações comerciais de empresas americanas no Brasil, mas também a política dos Estados Unidos de promover eleições livres e justas e proteger direitos humanos fundamentais dentro e fora do país.

Por exemplo, desde 2019, o Ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Alexandre de Moraes, tem abusado de sua autoridade judicial para ameaçar, perseguir e intimidar milhares de seus opositores políticos, proteger aliados corruptos e suprimir dissidências, frequentemente em coordenação com outros membros do STF, em prejuízo de empresas americanas que operam no Brasil.

O Ministro Moraes emitiu unilateralmente centenas de ordens para censurar secretamente seus críticos políticos. Quando empresas americanas se recusaram a cumprir essas ordens, ele impôs multas substanciais, ordenou a exclusão dessas empresas do mercado de redes sociais no Brasil, ameaçou seus executivos com processos criminais e, em um caso, congelou os ativos de uma empresa americana no Brasil para forçar o cumprimento.

De fato, além de prender indivíduos sem julgamento por postagens em redes sociais, o Ministro Moraes está atualmente supervisionando o processo criminal do Governo do Brasil contra Paulo Figueiredo, residente nos EUA, por declarações feitas em solo americano, e apoiou investigações criminais contra outros cidadãos americanos após eles denunciarem suas graves violações de direitos humanos e corrupção.

O Presidente Trump está defendendo empresas americanas contra extorsão, protegendo cidadãos americanos contra perseguição política, salvaguardando a liberdade de expressão americana contra censura e protegendo a economia americana de ser sujeita a decretos arbitrários de um juiz estrangeiro tirânico.

COLOCANDO A AMÉRICA EM PRIMEIRO LUGAR: Ao impor essas tarifas para enfrentar as ações imprudentes do Governo do Brasil, o Presidente Trump está protegendo a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos contra uma ameaça estrangeira. Em linha com seu mandato eleitoral, o Presidente Trump também tomou outras medidas para alcançar a paz por meio da força e garantir que a política externa reflita os valores, a soberania e a segurança dos EUA.

No primeiro dia de mandato, o Presidente Trump assinou uma “Diretiva de Política América Primeiro” ao Secretário de Estado, declarando que a política externa dos Estados Unidos deve sempre priorizar os interesses da América e de seus cidadãos.

Em conformidade com essa diretiva, em 28 de maio de 2025, o Secretário Rubio anunciou uma política de restrição de vistos direcionada a estrangeiros responsáveis pela censura de expressão protegida nos Estados Unidos.

De acordo com essa política, em 18 de julho, o Presidente Trump ordenou ao Secretário Rubio que revogasse os vistos pertencentes ao Ministro Moraes, seus aliados no Tribunal e seus familiares imediatos por seu papel em permitir as violações de direitos humanos contra brasileiros e violações de liberdade de expressão contra americanos.

Preservar e proteger os direitos de liberdade de expressão de todos os americanos e defender empresas americanas contra censura forçada continuará sendo prioridade na estratégia de política externa América Primeiro do Presidente Trump.

O Presidente Trump já utilizou tarifas com sucesso no passado para promover os interesses da América e enfrentar outras ameaças urgentes à segurança nacional, e está fazendo isso novamente hoje.

Com informações de g1

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Trump assina decreto que oficializa tarifas de 50% ao Brasil

Foto: REUTERS/Nathan Howard

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) um decreto executivo que oficializa a tarifa de 50% sobre os produtos brasileiros.

No documento, Trump cita que a ordem é justificada por uma “emergência nacional” em razão das políticas e ações “incomuns” e “extraordinárias” do governo brasileiro que, segundo o republicano, prejudicam empresas americanas, os direitos de liberdade de expressão dos cidadãos dos EUA e a política externa e a economia do país, de modo geral.

Trump também cita como justificativa para a medida o que considera como “perseguição, intimidação, assédio, censura e processo politicamente motivado” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Com os motivos considerados acima, a Casa Branca informou que a decisão foi tomada com base na Lei de Poderes Econômicos de Emergência Internacional, de 1977, que confere ao presidente dos EUA o poder de tomar medidas extremas em tempos de emergência nacional.

“O presidente Trump tem reafirmado consistentemente seu compromisso de defender a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos contra ameaças estrangeiras, inclusive salvaguardando a liberdade de expressão, protegendo empresas americanas de censura coercitiva ilegal e responsabilizando violadores de direitos humanos por seu comportamento ilegal”, diz o documento.

CNN Brasil

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Igor Cabral está em cela de centro de triagem com outros seis presos, aguardando transferência para presídio

Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29, anos está no CRT, em Parnamirim – Foto: Reprodução / Seap

O homem que foi preso após aplicar mais de 60 socos dentro de um elevador em Natal ainda não foi transferido para um presídio. Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), o ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, de 29 anos, está no Centro de Recebimento e Triagem (CRT), localizado em Parnamirim, na Grande Natal.

No CRT, Igor está recolhido numa cela junto com outros seis presos. De acordo com a Seap, o ex-jogador de basquete está passando pela avaliação de uma equipe multidisciplinar antes de ir para um presídio, onde ficará de forma definitiva à disposição do Poder Judiciário. Segundo a Seap, todos os presos passam pelo CRT antes de ir para a cadeia.

Entre os procedimentos pelos quais Igor está passando, está a realização de exames de saúde. É averiguado se ele toma remédios de uso contínuo e se está em tratamento para alguma doença. Também é atualizada a vacinação e é realizada uma avaliação psicológica. O preso também recebe orientações sobre como se comportar no sistema prisional e é avaliado por policiais penais sobre comportamento e vida pregressa. É investigado, por exemplo, sobre possível conexão com organizações criminosas – para preservação do sistema prisional.

De acordo com a Seap, Igor Cabral deverá ficar no CRT pelos próximos dias. Depois, ele será transferido para algum presídio – que ainda não está definido. De acordo com a Secretaria, só após a triagem é que se saberá o local definitivo para onde o homem será levado.

Agora RN

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Ao aplicar Lei Magnitsky, EUA citam Bolsonaro e dizem que Moraes faz caça às bruxas, autorizou detenções preventivas arbitrárias e suprimiu liberdade de expressão

Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

Ao justificar a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), o governo dos Estados Unidos afirmou que o ministro brasileiro autorizou detenções preventivas arbitrárias e suprimiu liberdade de expressão.

“Alexandre de Moraes assumiu a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”, disse o Secretário do Tesouro, Scott Bessent.

“Moraes é responsável por uma campanha opressiva de censura, detenções arbitrárias que violam os direitos humanos e processos politizados — inclusive contra o ex-presidente Jair Bolsonaro”, adicionou.

“A ação de hoje deixa claro que o Tesouro continuará a responsabilizar aqueles que ameaçam os interesses dos EUA e as liberdades de nossos cidadãos”, concluiu.

A declaração do Departamento do Tesouro afirma ainda que Moraes “tem como alvo políticos da oposição, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro; jornalistas; jornais; plataformas de mídia social dos EUA; e outras empresas americanas e internacionais”. A CNN entrou em contato com o STF e com a Advocacia-Geral da União e não obteve retorno até a publicação da matéria.

CNN Brasil

Opinião dos leitores

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Além do tarifaço, Brasil pode sofrer sanções dos EUA por comércio com a Rússia, dizem senadores que viajaram a Washington

Foto: Reprodução/GloboNews

Os senadores brasileiros que viajaram a Washington para tentar abrir um canal de diálogo com o Congresso e com o setor privado norte-americano afirmaram nesta quarta-feira (30) que a relação comercial do Brasil com a Rússia pode gerar uma nova tensão com os EUA.

“Há outra crise pior que pode nos atingir em 90 dias”, afirmou o senador Carlos Viana (Podemos-MG) a jornalistas.

“Tanto republicanos quanto democratas foram firmes em dizer que vão aprovar uma lei que vai criar sanções automáticas para todos os países que fazem negócios com a Rússia”, completou.

A comitiva reforçou que esse é um dos pontos que serão abordados com o governo brasileiro, reiterando que a leitura dos parlamentares norte-americanos é que os países que continuam a fazer negócio com Putin estão ajudando a intensificar o conflito entre Moscou e a Ucrânia.

“Eles estão preocupados em acabar com a guerra [com a Ucrânia], e eles acham que quem compra da Rússia dá munição para a guerra continuar”, afirmou a senadora Tereza Cristina (PP-MS).

A importação de combustível da Rússia por parte de vários países pelo mundo tem sido um tema sensível entre republicanos e democratas nos Estados Unidos. No caso do Brasil, a maior importação diz respeito a combustíveis e fertilizantes.

Mais cedo nesta quarta-feira (30), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, impôs uma “multa” à Índia como forma de penalidade pelas negociações de equipamentos militares e energia do país com a Rússia.

“Embora a Índia seja nossa amiga, ao longo dos anos fizemos relativamente poucos negócios com eles porque suas tarifas são altíssimas, entre as mais altas do mundo, e eles têm barreiras comerciais não monetárias mais rigorosas e incômodas do que qualquer país”, afirmou o republicano em uma publicação no Truth Social.

Trump afirmou, ainda, que a Índia também sempre comprou a grande maioria de seus equipamentos militares e de energia da Rússia, juntamente com a China, reiterando que o comércio entre os dois países acontece mesmo em um momento em que o mundo quer que Moscou “pare com a matança na Ucrânia”.

“Tudo isso não é bom! A Índia, portanto, pagará uma tarifa de 25% mais uma multa pelo citado acima, começando a partir de 1º de agosto”, completou o republicano.

g1

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Show de Pablo é cancelado. Projeto ‘À Vontade’ substitui dentro da programação musical dos 167 anos de Ceará-Mirim

Foto: divulgação

A Prefeitura de Ceará-Mirim informa que, em razão do trágico acidente que vitimou uma integrante da equipe do cantor Pablo, o show do artista – que seria uma das atrações do aniversário de 167 anos de emancipação política do município – está oficialmente cancelado.

Em solidariedade a Pablo, seus familiares, equipe e fãs, reforçamos nosso respeito e sentimentos diante deste momento de dor e luto.

Diante da situação, a Prefeitura anuncia que o show de encerramento da programação será mantido com uma nova atração: o Projeto À Vontade, reunindo três grandes nomes da música nordestina – Luan Estilizado, Raí Saia Rodada e Zezo – em uma apresentação especial, que promete emocionar e animar o público com muito forró, sofrência e tradição.

As comemorações continuam na quarta-feira (30) com uma programação diversificada ao longo do dia. Às 16h, será celebrada a Missa de Ação de Graças no Santuário Nossa Senhora da Conceição, um momento especial de fé em homenagem ao aniversário da cidade.

Mais tarde, a partir das 20h, o Parque da Cidade volta a ser palco de grandes apresentações. Estão confirmados os shows de Henry Freitas, À Vontade, Luiz Almir, Amazan e Fernandinha, encerrando com chave de ouro as festividades pelos 167 anos de Ceará-Mirim.

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Geral

EUA sancionam Moraes com lei Magnitsky, usada pelos EUA para punir estrangeiros; entenda

 Foto: Reuters/Adriano Machado

O governo dos Estados Unidos sancionou nesta quarta-feira (30) o ministro do STF Alexandre de Moraes com a lei Magnisky, utilizada para punir estrangeiros. A decisão foi publicada pelo Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros.

Por ora, o anúncio feito pelo governo americano se limita à revogação dos vistos do ministro, de “seus aliados no tribunal, bem como de seus familiares próximos”, segundo Rubio.

Para justificar a medida, o secretário americano citou o processo que corre no STF contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que é tornou réu por tentativa de golpe de Estado após perder as eleições para Lula (PT) em 2022.

EU anunciam Lei Magnitsky para Alexandre de Moraes — Foto: Reprodução

Em maio, durante uma audiência na Câmara dos EUA, Rubio foi questionado por um parlamentar trumpista se o governo considerava aplicar sanções contra Moraes com base na Lei Magnitsky.

“Isso está sendo analisado neste momento, e há uma grande, grande possibilidade de que aconteça”, disse o secretário, à época.

Entenda a lei Magnitsky

Lei Magnitsky permite que os Estados Unidos imponham sanções a cidadãos estrangeiros. O objetivo é punir pessoas acusadas de violações graves de direitos humanos ou de corrupção em larga escala.

  • A legislação foi criada em homenagem ao advogado russo Sergei Magnitsky, que morreu na prisão após denunciar um esquema de desvio de dinheiro por membros do governo da Rússia.
  • O texto foi aprovado pelo Congresso americano e sancionado pelo então presidente Barack Obama em 2012.
  • Inicialmente, a proposta visava punir oligarcas e autoridades russas envolvidas na morte do advogado.
  • Em 2016, houve o entendimento de que a lei poderia ser usada também em outros casos de corrupção, vínculos com o crime organizado e violações mais amplas de direitos humanos.
  • No mesmo ano, a legislação foi ampliada e passou a ser considerada de alcance global.
  • Desde então, dezenas de pessoas já foram alvo de sanções com base na Lei Magnitsky.
g1

Opinião dos leitores

  1. Esse pessoal parece não querer entender.
    Leiam a carta, leiam a carta.
    Parem de teimosia.
    Não dá para brigar com os Estados Unidos, não dá.
    Vai lascar a população toda, e vcs vão se lascar também, ou seja!
    Praquê tanto estudos, Praquê tantos esforços, trabalho para chegar ao mais alto nível do cargo, para depois virar nisso??
    Valeu a pena?
    É melhor jair engatando marcha ré para que o nosso querido Brasil e todos os brasileiros vivam em paz.
    Se continuar a teimosia, esse vai ser só o primeiro, vem mais chumbo grosso pra cima de nós todos, sem exerção.

  2. 👉Moraes à revista New Yorker: pressão dos EUA só fará efeito se ‘porta-aviões chegar até o Lago Paranoá’, em Brasília. 👉Qual foi o meio utilizado, não sei, “MAIS” parece que chegou.

  3. Perguntinha retórica. Digamos que vc tenha uma montanha de provas irrefutáveis contra o ministro do STF. Numa democracia funcional, isso provocaria a destituição do mesmo, se fossem apresentadas. No Brasil, alguém tem garantias institicionais de se fazer isso sem ser preso, censurado, exilado ou impossbiitado de movimentar dinheiro? Infelizmente a correção de muita coisa que está em curso poder vir por um meio externo, que deve ter lá os seus interesses.

    1. Se Deus quiser, MUITOS outros receberão esse presente de Natal antecipado 👍

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Geral

Família e defesa de Igor Cabral emitem nota sobre o caso da tentativa de feminicídio contra a ex-namorada

Foto: reprodução

A família e a defesa de Igor Cabral emitiram uma nota sobre o caso da tentativa de feminicídio contra Juliana Garcia. A nota afirma que familiares lamentam profundamente o ocorrido e que a Justiça já está atuando. A nota também reforça que os familiares não têm responsabilidade sobre os atos cometidos.

Leia a íntegra da nota:

NOTA À IMPRENSA E À SOCIEDADE

Em face dos recentes eventos amplamente divulgados pela mídia, os familiares e a defesa de IGOR CABRAL vêm a público manifestar-se.

Lamentamos profundamente o ocorrido e reiteramos que a Justiça já está atuando. O acusado encontra-se à disposição das autoridades competentes e será julgado conforme o nosso Ordenamento Jurídico, com todas as garantias asseguradas a qualquer acusado, conforme o princípio do devido processo legal.

É necessário esclarecer que o endereço divulgado em algumas matérias e redes sociais não pertence ao jovem envolvido no caso. Trata-se de um ambiente estritamente comercial, local de trabalho de familiares, que não tem qualquer relação com o ocorrido. A exposição indevida deste local tem causado transtornos, ameaças e constrangimentos a pessoas que não têm qualquer envolvimento com a situação, violando o direito à privacidade e à imagem, conforme assegurado pela Constituição Federal.

Reforçamos que os familiares não têm responsabilidade sobre os atos cometidos. São cidadãos comuns, trabalhadores, que foram igualmente surpreendidos com os fatos e estão profundamente consternados. É imperativo que possam continuar exercendo seus direitos ao trabalho e à dignidade, sem serem punidos por algo que não fizeram.

Diante disso, solicitamos respeitosamente à imprensa, aos cidadãos e à sociedade em geral que permitam a eles viver em paz, sem perseguições, julgamentos ou exposição indevida, pois não cometeram nenhum crime. O foco do caso está sob apuração pelas autoridades competentes. O investigado se colocou à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos necessários. A Defesa acompanha o caso com responsabilidade e confia no devido processo legal para o esclarecimento dos fatos.

Em respeito às partes envolvidas, não serão concedidos outros pronunciamentos no momento, restringindo-se as manifestações aos autos do Inquérito Policial e ulterior Processo Penal.

Agradecemos a  compreensão e o respeito neste momento tão delicado para todos os envolvidos.
Natal/RN, 30 de julho de 2025

Atenciosamente,

Defesa técnica e familiares.

Opinião dos leitores

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Geral

EUA devem aplicar Lei Magnitsky contra autoridades do Brasil nesta quarta (30)

Foto: REUTERS/Kevin Mohatt

O governo dos Estados Unidos deve aplicar a Lei Magnitsky nesta quarta-feira (30) contra autoridades do Brasil, segundo apuração de Lourival Sant’Anna, analista de Internacional da CNN.

A medida surge em meio a impasse sobre o tarifaço, que deve entrar em vigor no dia 1° de agosto.

A lei prevê sanções que podem ser impostas a agentes que reprimem denúncias de corrupção, cerceiam liberdades fundamentais ou atuam contra eleições democráticas.

O que é a Lei Magnitsky?

A Lei Magnitsky é um dispositivo da legislação americana que permite que os Estados Unidos imponham sanções econômicas a acusados de corrupção ou graves violações de direitos humanos.

Aprovada durante o governo de Barack Obama, em 2012, a lei prevê sanções como o bloqueio de contas bancárias e de bens em solo norte-americano, além da proibição de entrada no país.

Essa legislação foi criada após a morte de Sergei Magnitsky, advogado russo que denunciou um esquema de corrupção envolvendo autoridades de seu país. Ele morreu em uma prisão de Moscou, em 2009.

Inicialmente, a lei tinha como foco punir os responsáveis pela morte do advogado. Porém, em 2016, uma emenda ampliou seu alcance, permitindo que qualquer pessoa envolvida em corrupção ou abusos contra os direitos humanos pudesse ser incluída na lista de sanções.

Quem pode ser punido pela lei?

Para que sanções sejam aplicadas contra indivíduos estrangeiros, o presidente dos Estados Unidos deve apresentar provas confiáveis de infrações, incluindo execuções extrajudiciais, tortura e outras violações graves dos direitos humanos.

Essas medidas podem ser impostas a agentes que reprimem denúncias de corrupção, cerceiam liberdades fundamentais ou atuam contra eleições democráticas.

Funcionários de governos e seus associados podem ser sancionados caso estejam envolvidos em esquemas de corrupção significativa, como desvio de recursos públicos, suborno e lavagem de dinheiro.

A lei também prevê punições para quem financiar ou apoiar materialmente essas atividades ilícitas, garantindo que os responsáveis sejam impedidos de movimentar bens e acessar o sistema financeiro dos EUA.

Os alvos da Lei Magnitsky são incluídos na lista de Cidadãos Especialmente Designados e Pessoas Bloqueadas (SDN list) da OFAC (Agência de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA, na sigla em inglês).

Quais são as sanções previstas?

Quem entra na lista pode enfrentar bloqueio de bens e contas bancárias no país, além de ter o visto cancelado e ser proibido de entrar nos EUA.

Essas medidas são usadas contra pessoas, empresas ou organizações envolvidas em crimes financeiros ou violações de direitos humanos.

Para sair da lista, é preciso provar que não teve ligação com as atividades ilegais que levaram à punição, que já respondeu na Justiça por isso ou que mudou de comportamento de forma significativa.

Em alguns casos, as sanções podem ser retiradas se o governo americano entender que isso é importante para a segurança do país. O presidente deve avisar o Congresso com pelo menos 15 dias de antecedência antes de tomar essa decisão.

CNN Brasil

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Brasil

PoderData: Governo Lula é desaprovado por 53% e aprovado por 42%

Foto: Reprodução

As taxas de aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 79 anos, tiveram uma leve melhora. De maio a julho, os percentuais oscilaram favoravelmente ao petista, que surfa no discurso da soberania depois do tarifaço imposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump (Partido Republicano), sobre os produtos brasileiros.

A pesquisa do PoderData feita de 26 a 28 de julho mostra que o governo é hoje desaprovado por 53% dos eleitores. A taxa oscilou 3 pontos percentuais para baixo em 2 meses. No mesmo período, a aprovação foi de 39% para 42%. A distância entre as taxas positiva e negativa caiu de 17 pontos percentuais para 11 pontos percentuais.

Com a desaprovação em alta há aproximadamente 1 ano, como mostram as curvas do gráfico acima, é a 1ª vez que os percentuais oscilam favoravelmente ao governo. Isso se deve, em parte, pelas tarifas anunciadas por Trump sobre os produtos brasileiros, justificadas pelo tratamento que o Poder Judiciário brasileiro deu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no processo em que ele responde por tentativa de golpe de Estado, e a relação comercial entre os 2 países –que considera discrepante.

Há um mérito na estratégia de comunicação do governo, que tem conseguido, a partir das justificativas apresentadas por Trump para o tarifaço, emplacar o discurso da soberania, que se assemelha a momentos de Copa do Mundo, quando o sentimento nacionalista do brasileiro fica mais vívido.

Apesar de ser comum ouvir reclamações de brasileiros sobre o país, a população costuma se unir quando a disputa é contra um agente estrangeiro. Um caso recente de patriotismo e fora da política foi a disputa pelo Oscar do filme “Ainda Estou Aqui”. O sentimento nacionalista tomou conta do país, que estava em período de Carnaval, e brasileiros dominaram as redes e as ruas em defesa e torcida pelo longa e pela protagonista Fernanda Torres, indicada na categoria de melhor atriz.

A leve melhora nos números do governo reacende o debate sobre a corrida ao Planalto em 2026 com uma possível reeleição do presidente Lula. Integrantes da esquerda afirmam que o Brasil deve repetir o cenário visto no Canadá e na Austrália, onde as declarações de Trump reverteram as vantagens de candidatos que tinham afinidade com o norte-americano e levaram à vitória de seus opositores –o chamado efeito anti-Trump.

Só que é preciso levar em conta que as falas do presidente norte-americano nesses casos se deram no meio dos debates eleitorais, causando esse efeito realmente positivo para os candidatos vitoriosos no Canadá e na Austrália –que eram críticos da Casa Branca.

No Brasil, o processo eleitoral será ainda daqui a mais de 1 ano (o 1º turno é em 4 de outubro de 2026). O imbróglio econômico continua a ser um desafio para o governo, que não entendeu como lidar com o deficit federal. Basta ver a trajetória da dívida pública, o aumento constante das despesas (Lula deve anunciar mais 6 programas sociais até as eleições) e sem quase nenhum corte relevante de gastos.

Tudo considerado, no Brasil, o tarifaço de Trump tem um efeito rebote para os Bolsonaros e ajuda Lula neste momento. No médio e no longo prazo, não se sabe.

A pesquisa foi realizada pelo PoderData, empresa do grupo Poder360 Jornalismo, com recursos próprios. Os dados foram coletados de 26 a 28 de julho de 2025, por meio de ligações para celulares e telefones fixos. Foram 2.500 entrevistas em 182 municípios nas 27 unidades da Federação. A margem de erro é de 2 pontos percentuais. O intervalo de confiança é de 95%.

Para chegar a 2.500 entrevistas que preencham proporcionalmente (conforme aparecem na sociedade) os grupos por sexo, idade, renda, escolaridade e localização geográfica, o PoderData faz dezenas de milhares de telefonemas. Muitas vezes, são mais de 100 mil ligações até que sejam encontrados os entrevistados que representem de forma fiel o conjunto da população.

Poder 360

Opinião dos leitores

  1. Diferença entre aprovação e desaprovação caiu 6 pontos e o folhetim de 5ª me sai com essa manchete.

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