Economia

Carne foi o principal componente que influenciou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O principal componente que influenciou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2019 foi a carne, com impacto 0,86% no índice, que representou, também, o maior efeito individual no ano. No acumulado do ano, a alta ficou em 32,40%, sendo que a maior parte, 27,61%, se concentrou no último bimestre de 2019, o que foi o suficiente para que o IPCA fechasse o ano passado em 4,31%, a maior taxa desde 2016, e superior ao centro da meta de inflação de 4,25% fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

Em dezembro, o indicador registrou a maior alta para o mês, desde 2002, de 1,15%, enquanto em novembro tinha sido de 0,51%.

Como a carne têm um peso grande no indicador, a influência é maior no índice. Somente em dezembro, os preços tiveram alta de 18,06%, que acabam refletindo em outros componentes do IPCA.

“Ela [carne] tem um efeito grande na parte de alimentação fora do domicílio, porque gera uma inflação de custos para bares e restaurantes, assim como, tem efeito também em outras proteínas e alimentos, como no caso dos pescados e frangos. As pessoas buscam substituir a carne por outros produtos e isso acaba encarecendo os preços também [dos outros produtos]”, explicou o gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pedro Kislanov da Costa.

Segundo Pedro Kislanov, o INPC, sem o impacto da carne, teria ficado em 3,54% no ano. “Nota-se que teve um efeito grande sobre o resultado, mas no final das contas, ele ficou muito próximo do centro da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional, que foi de 4,25%. O resultado do ano foi de 4,31%, então, ficou dentro do esperado pelo governo e pelo Banco Central”, observou.

No início do ano, o indicador também sofreu impacto de outro componente do grupo alimentação e bebidas. O feijão carioca acumulou elevação de 105% no primeiro trimestre. No fim do ano, os preços voltaram a subir e fecharam o ano com elevação de 55,99%. “Nos três primeiros meses do ano, a gente teve uma questão climática de excesso de chuvas, que prejudicou a colheita. Com isso, o feijão acumulou uma alta de 105% nos três primeiros meses. Depois ao longo do ano a gente observa deflação com uma segunda safra do feijão, mas no final do ano o feijão retomou uma trajetória de alta. Ficou com mais de 20% neste mês de dezembro, fechando o ano com quase 56% de alta”, disse, acrescentando que será preciso aguardar o mês de janeiro para ver se o produto mantém a trajetória na mudança do ano.

No grupo de transportes, que fechou com alta de 3,57%, os maiores efeitos foram com os ônibus urbanos (6,64%) e a gasolina (4,03%). No grupo habitação, o maior impacto foi o preço da energia elétrica, que acumulou alta de 5% em 2019, apesar de ter recuado em quatro meses do ano. De acordo com o IBGE, a mudança de bandeira tarifária influenciou o comportamento desse componente. Desde novembro, vigoram novos valores das bandeiras com a amarela a R$ 1,343, a vermelha patamar 1 em R$ 4,169, e a vermelha patamar 2 em R$ 6,243, a cada 100 quilowatts hora consumidos.

Planos de saúde

Os planos de saúde, com alta de 8,24%, foram um destaque no grupo Saúde e Cuidados Pessoais, que subiu 5,41%. Os planos de saúde têm um peso muito grande dentro do orçamento das famílias e acabaram fechando o ano com alta bem maior do que a alta do próprio IPCA. Em 2019, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) autorizou um reajuste de até 7,35% nas mensalidades dos planos de saúde individuais.

De acordo com Pedro Kislanov, o único grupo a apresentar deflação foi o de artigos de residência, com recuo de 0,36%, causado pelas quedas dos preços de TV, som e informática de 4,41% e de mobiliário, de 1,21%.

Os dez itens mais representativos em termos de impactos de alta representam 59,16% do IPCA, entre eles as carnes, planos de saúde, energia elétrica, ônibus urbano, jogos de azar e gasolina. “A gente percebe muito a presença dos itens monitorados nas principais pressões tanto pela variação acima do índice geral, como também pelo peso no orçamento das famílias. Plano de saúde e energia elétrica são itens com peso maior no orçamento das famílias”, disse o analista do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE André Almeida.

Previsão

Para o gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, Pedro Kislanov, agora é preciso aguardar se em 2020 o comportamento dos preços será o mesmo. No caso da carne, no final de 2019 houve uma restrição na oferta no mercado doméstico, por conta do aumento das exportações, principalmente para a China. “A gente tem um ano todo aí pela frente. Podem ter diversas questões de demandas que podem influenciar os preços tanto da carne quanto dos outros produtos, então, não tem como fazer uma previsão neste momento”.

De acordo com Pedro Kislanov, ainda não se pode garantir que o resultado do IPCA tenha relação com a retomada da economia. Ele porém não afastou a perspectiva de influência em 2020. “Esse resultado do mês de dezembro foi muito influenciado pelas carnes, então, tem mais a ver com uma questão de oferta do que de demanda, que normalmente sinaliza uma retomada da economia. No entanto, a gente tem observado que os dados do PIB melhoraram, a gente teve uma redução da taxa de desocupação, então, pode ser que isso venha, de fato, gerar efeitos no IPCA de 2020”, disse.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980. O indicador se refere às famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, independentemente da fonte, e atinge dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Agência Brasil

Opinião dos leitores

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Educação

Alunos da Maple Bear Natal encerram Hackathon 2025 com apresentações sobre ética nas redes sociais

 

Com criatividade, empatia e consciência digital, os alunos da Maple Bear Natal encerraram nesta quarta-feira (18) a edição 2025 do Hackathon, uma maratona de conhecimento e programação que teve como tema “Convivência e ética no meio digital: como promover a responsabilidade, comunicação consciente e empatia nas redes sociais?”. A última fase do evento aconteceu no auditório da escola, onde os estudantes apresentaram os jogos desenvolvidos ao longo dos últimos dias. Cada grupo foi desafiado a criar, no Scratch, uma solução lúdica para problemas reais vividos na internet.

Em sua sexta edição, o Hackathon da Maple Bear Natal é uma iniciativa pioneira no Nordeste e já se consolidou como parte do calendário pedagógico da instituição. Para a coordenadora pedagógica Luanna Carvalho, os alunos abraçaram a proposta com entusiasmo. “Eles se empenharam demais e internalizaram o tema de forma muito madura. Muitos já passaram por situações difíceis nas redes e trouxeram essas experiências para o jogo como uma forma de transformar e conscientizar”, afirmou. Segundo ela, o desafio permitiu que os jovens refletissem sobre suas atitudes digitais e compreendessem a importância de serem usuários éticos e responsáveis da tecnologia.

Guilherme Barros, de 14 anos, aluno do 8º ano, participou pela quarta vez da maratona e integrou a equipe que desenvolveu o jogo Operação Virtual, sobre como combater o cyberbullying. “Nosso jogo mostra diferentes situações e ensina como agir corretamente para ajudar quem sofre ataques. Isso é algo que acontece muito e é importante sabermos como lidar com isso”, explicou. Para ele, o Hackathon é uma experiência enriquecedora: “Ajuda a gente a colocar nossas ideias em prática, a programar e exercitar a criatividade”.

Para Maria Eduarda Seabra, também aluna do 8º ano, o projeto foi transformador. Sua equipe trabalhou com a ideia de empatia e respeito nas redes sociais. “Muita gente acha que pode falar o que quiser online, mas isso pode machucar os outros. Com esse projeto, eu aprendi a pensar duas vezes antes de escrever alguma coisa. Foi muito importante”, refletiu.

Mais do que um exercício de programação, o Hackathon 2025 reforçou valores essenciais para a formação cidadã dos estudantes em um mundo cada vez mais digital. A proposta está totalmente alinhada à metodologia canadense da Maple Bear Natal, que valoriza o pensamento crítico, a autonomia e a resolução de problemas.

 

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Chuvas

Natal registra 14 pontos críticos após chuvas intensas; cinco vias estão interditadas

Foto: Magnus Nascimento

Após um dia intenso de chuvas em Natal nesta quarta-feira (18), diversos pontos da capital potiguar alagaram dificultando o acesso em algumas vias. No último Boletim, divulgado pela Secretaria de Mobilidade Urbana (STTU) na noite de hoje, 14 pontos estão em observação, sendo 5 pontos instransitáveis e 9 pontos transitáveis. Confira a lista abaixo:

Transitáveis:

  • Av da Integração próximo a BR 101
  • Rua Pres José Gonçalves, lateral da Pulse, Lagoa Nova
  • Rua Cel Norton Chaves com Rua Djalma Maranhão
  • Rua Adolfo Gordo com Av. Cap Mor Gouveia
  • Av Itapetinga, Próximo à Penitenciária
  • Av Ayrton Senna com Av das Alagoas
  • Rua Almino Afonso, próximo a Igreja Bom Jesus
  • Av Interventor Mário Câmara, Entre a Jerônimo Câmara e a Av. Capitão Mor
    Gouveia

Intransitáveis:

  • Av Pres Sarmento (após o mercado)
  • Av. Solange Nunes próximo a Unimetais
  • Av Lima e Silva, entre a Rua dos Caicó com a Av. Interventor Mário Câmara
  • Rua da Saudade com rua Djalma Maranhão
  • Rua Antônio Freire de Lemos com Rua Marcos Augusto Teixeira – Planalto

Tribuna do Norte

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Geral

VÍDEO: SEGRÉ: “Nenhum dos deputados e senadores do PT votou a favor da CPMI do INSS”

O presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, leu em plenário nesta terça-feira (17) o pedido de criação da CPMI que investigará os descontos indevidos em benefícios do INSS.

A comissão, oficialmente criada, será composta por 15 deputados e 15 senadores titulares, com prazo de funcionamento de até 180 dias, embora ainda não tenha data definida para a instalação.

Em entrevista, o comentarista Segre, relatou que nenhum dos parlamentares petistas votou a favor da instalação da cpmi.

Jovem Pan 

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Economia

Copom eleva Selic a 15%, a 2ª maior taxa real de juros no mundo

Foto: Raphael Ribeiro/ Banco Central

O Comitê de Política Monetária do Banco Central decidiu nesta quarta-feira 18, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros de 14,75% para 15% ao ano. Trata-se da Selic mais alta desde julho de 2006, no primeiro mandato do presidente Lula (PT).

No comunicado em que anunciou o resultado, o Copom afirmou que, a se confirmar o cenário esperado, tende a interromper o ciclo de alta na próxima reunião, a fim de “examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado”.

No encontro do fim de julho, os diretores analisarão se o atual nível da taxa de juros, “considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”.

“O Comitê enfatiza que seguirá vigilante, que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e que não hesitará em prosseguir no ciclo de ajuste caso julgue apropriado.”

Antes da reunião, o mercado financeiro estava dividido sobre o que o Copom faria. Parte dos analistas projetava a manutenção da taxa, enquanto outra fração previa o aumento de 0,25 ponto percentual.

Esta é a sétima alta seguida no índice. Foi a quarta reunião do colegiado sob o comando de Gabriel Galípolo, sucessor de Roberto Campos Neto.

Na justificativa para o novo aumento, o Copom afirma que o ambiente externo segue adverso e incerto, em função da conjuntura e da política econômica dos Estados Unidos. No front doméstico, diz o Comitê, os indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho ainda apresentam “algum dinamismo”, mas observa-se “certa moderação no crescimento”.

“O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros”, sustenta o comunicado. “O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho.”

Segundo o Boletim Focus da última segunda-feira 16, elaborado pelo BC após ouvir instituições financeiras, a estimativa de inflação para 2025 recuou de 5,44% para 5,25%. A meta é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima (4,5%) ou para baixo (1,5%).

Com a Selic em 15% ao ano, o Brasil fecha esta quarta-feira com a segunda maior taxa real de juros no mundo, segundo um monitoramento das consultorias MoneYou e Lev Intelligence.

Para calcular o índice real, leva-se em conta a taxa de juros “a mercado” — ou seja, um referencial do que seriam juros tomados em uma operação real — e a inflação projetada para os 12 meses consecutivos.

O Brasil tem uma taxa real de 9,64%, atrás apenas da Turquia, com 14,44%. Completam o top 10 Rússia, com 7,63%; Argentina, com 6,7%; África do Sul, com 5,54%; Indonésia, com 4,31%; Filipinas, com 4,23%; México, com 3,75%; Colômbia, com 3,69%; e Índia, com 2,66%.

Em tese, quando o Copom decide aumentar a Selic, busca desaquecer a demanda: os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, razão pela qual taxas elevadas também dificultam a expansão da economia.

Ao reduzir a taxa, por outro lado, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

Carta Capital 

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Brasil

STF aprova segurança vitalícia a ex-ministros

Foto: Gustavo Moreno/STF

O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria para conceder segurança vitalícia a ministros aposentados da Corte. O julgamento, realizado em plenário virtual, será encerrado nesta quarta-feira (18).

A medida é analisada a partir de um pedido do ministro aposentado Marco Aurélio Mello, que deixou o STF em 2021. O relator do caso é o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.

Barroso disse em seu voto que o cenário atual é mais grave do que em gestões anteriores. Citou o atentado com explosivos ao prédio do STF em novembro de 2024 e ameaças recorrentes a ministros.

Nenhum voto contrário foi registrado. Até o momento, 8 ministros votaram a favor da medida. Confira:

Edson Fachin;
Flávio Dino;
Cristiano Zanin;
Luiz Fux;
André Mendonça;
Gilmar Mendes;
Alexandre de Moraes e
Nunes Marques.

No requerimento, Marco Aurélio afirmou que a proteção não deve ter prazo determinado. Hoje, o plano de segurança do STF prevê proteção a ex-ministros por até 6 anos –3 prorrogáveis por mais 3.

A decisão do STF ocorre em meio a um debate mais amplo sobre os gastos com segurança no Judiciário.

Em 2025, tribunais superiores contrataram agentes privados por quase R$ 129 milhões, sendo R$ 42 milhões apenas com o Supremo. O valor chama atenção porque o STF já conta com uma Polícia Judicial própria.

Poder 360 

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Geral

VÍDEO: O climão que Lula causou no G7 ao interromper premiê do Canadá por falha na tradução

 

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva protagonizou um momento um tanto quanto constrangedor nesta terça-feira, 17, na cúpula do G7, que reúne os sete países mais industrializados do mundo, em Kananaskis, no Canadá. O Brasil, que não faz parte do grupo, foi convidado ao encontro. À mesa com outros líderes, como o francês Emmanuel Macron, o petista teve problemas com a tradução simultânea.

O primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, dá o pontapé inicial da reunião e explica: “Nós vamos esperar um minuto pela tradução”. Pouco tempo depois, o premiê pergunta se “funcionou”. A voz de Lula surge com uma reclamação: “Tem que falar aí”, cobrou da equipe de tradução. O canadense, que não entendeu a crítica do petista, pergunta: “Posso ir?”, no sentido de começar o discurso. Ele é, então, interrompido pelo brasileiro, que cobra: “Tem que falar aí, a intérprete tem que falar. Não está saindo (o som)“.

“Manda falar qualquer coisa para ver se o som sai aqui. Não está saindo aqui”, demanda Lula, sob risos de descontração de Carney e de Macron.

Em seguida, o premiê pergunta mais uma vez: “Funcionou? Está funcionando agora com a tradução ou o som? Senhor presidente?”. Lula, que não entende inglês, nem responde o questionamento e fala, de novo, com os intérpretes: “Muito baixo, Sérgio. Muito baixo”. Notando o problema, Carney afirma que o equipamento de Lula será trocado e acrescenta: “Desculpas, senhor presidente”.

Fora da pose

Não é a primeira vez, no entanto, que Lula dá uma escorregada no G7. Ele se distraiu também nesta terça-feira enquanto participava da foto oficial do encontro de líderes do G7, grupo que reúne os sete países mais industrializados do mundo, e precisou ser chamado à atenção para retornar à pose. Ele manteve o foco até ser chamado pelo presidente do Conselho Europeu, António Costa, que já ocupou o cargo de primeiro-ministro de Portugal. Com a premiê da Itália, Giorgia Meloni, no meio, os dois começaram a conversar em frente às câmeras.

O bate-papo durou poucos segundos, já que os outros líderes perceberam a desatenção do brasileiro. Em clima descontraído, Macron e Carney começaram a chamá-lo: “Lula, Lula, Lula”, disseram, sob riso do restante dos governantes, incluindo o premiê britânico, Keir Starmer, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que estava ao lado de Lula, também deu uma risadinha.

Veja 

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Brasil

Lula errado em três guerras

Foto: Foto: Ricardo Stuckert / PR

No jogo de beisebol, quando o rebatedor erra três tentativas de acertar a bola, sofre um strike out e deixa o campo de jogo. Infelizmente isso não ocorre quando um presidente da República se posiciona de forma errada nas três guerras cruciais travadas atualmente por Israel e Ucrânia.

Lula participou do encontro do G7 fora de foco, conversando na hora de tirar foto, causando ruído por causa de falta de tradução e confrontando posições óbvias manifestadas pelo grupo. O petista resumiu em seu perfil no X os posicionamentos manifestados na reunião, e não acertou em nenhum.

“Todos nesta sala sabem que, no conflito na Ucrânia, nenhum dos lados conseguirá atingir seus objetivos pela via militar. Só o diálogo entre as partes pode conduzir a um cessar-fogo e pavimentar o caminho para uma paz duradoura”, disse o presidente brasileiro sobre a invasão russa.

A posição do petista não é novidade. Como destacou o presidente francês, Emmanuel Macron, durante encontro de Estado com Lula no início do mês, Ucrânia e Rússia “não podem ser tratados em pé de igualdade“ nesse conflito, que foi iniciado pelos russos e só persiste por causa deles.

Gaza
Lula erra também no conflito israelense contra o Hamas, ao dizer o seguinte:

“Em Gaza, nada justifica a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra. Ainda há países ainda que resistem em reconhecer o Estado palestino, o que evidencia sua seletividade na defesa do direito e da justiça.”

Não há matança indiscriminada de mulheres e crianças em Gaza, pelo contrário. As Forças de Defesa de Israel (FDI) alertaram a população civil sobre suas ofensivas ao longo de todo o conflito, mas os terroristas do Hamas usam a população como escudo, exatamente para alimentar discursos como o de Lula.

Irã
Por último, o petista se posicionou de forma equivocada sobre o conflito israelense contra o regime iraniano, que ameaça Israel há anos com a possibilidade de conseguir uma arma nuclear.

“Os recentes ataques de Israel ao Irã ameaçam fazer do Oriente Médio um único campo de batalha, com consequências globais inestimáveis”, comentou Lula, atribuindo aos israelenses a iniciativa de atacar o Irã, quando na verdade eles se defendem da ameaça de “desaparecer do mapa”.

É de se notar que, ao mesmo tempo em que toma o lado dos líderes mais autoritários do mundo, Lula siga fazendo seu discurso em defesa da democracia e das instituições no Brasil.

Só acredita quem não está prestando atenção aos parâmetros aplicados pelo petista em relação aos conflitos travados no mundo atualmente.

O Antagonista 

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Mundo

Trump não confirma ataque ao Irã, mas diz que é tarde para conversas

Foto: REUTERS/Evelyn Hockstein

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se recusou nesta quarta-feira (18) a responder perguntas dos repórteres sobre se os EUA planejavam atacar o Irã ou suas instalações nucleares. Trump disse que os iranianos entraram em contato, mas ele sente que “é muito tarde para conversar”.

“Há uma grande diferença entre agora e uma semana atrás”, disse Trump a repórteres do lado de fora da Casa Branca. “Ninguém sabe o que vou fazer.”

O presidente disse que o Irã havia proposto comparecer à Casa Branca para conversas, no entanto, ele não forneceu mais detalhes. Trump descreveu ainda o Irã como totalmente indefeso e sem qualquer defesa aérea.

Os EUA têm fornecido apoio defensivo a Israel desde o início dos ataques com mísseis na semana passada. Mas Trump voltou a usar a palavra “nós” para descrever a ação militar no Irã.

“Nada está terminado até que termine. Sabe, a guerra é muito complexa. Muitas coisas ruins podem acontecer. Muitas reviravoltas são feitas. Então, eu não sei. Eu não diria que já vencemos alguma coisa. Eu diria que, com certeza, fizemos muito progresso”, disse ele.

O presidente sugeriu que o conflito poderia acabar em breve, dizendo em determinado momento que não “sabia por quanto tempo ele ainda vai durar”.

Ele acrescentou: “A próxima semana será muito importante. Talvez menos.”

CNN Brasil 

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Política

Tarcísio descarta candidatura presidencial sem apoio de Bolsonaro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), descarta disputar o Palácio do Planalto em 2026 sem o apoio de Jair Bolsonaro (PL).

Nos últimos meses, partidos como MDB e PSD têm defendido que o governador é o único nome de direita como capacidade de atrair apoios de centro.

Segundo relatos feitos , Tarcísio repete que hoje é candidato à reeleição ao governo de São Paulo. E que só disputaria a sucessão presidencial se fosse um pedido de Bolsonaro.

Mesmo diante do cenário de impopularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o entorno do governador reconhece que a disputa presidencial será difícil. E que não haveria espaço para uma terceira via, diante da polarização entre Lula e Bolsonaro. Ou seja, somente um nome com o apoio de Bolsonaro teria capacidade de enfrentar o petista.

No Palácio do Planalto, a avaliação é de que Tarcísio seria um candidato mais difícil de enfrentar do que um familiar de Bolsonaro.

Hoje, Tarcísio tem um nível de rejeição baixo, mas também é pouco conhecido. Por isso, o ideal, na visão de assessores paulistas, é de que Bolsonaro fizesse a escolha até janeiro.

O ex-presidente, no entanto, já sinalizou que não tem pressa para escolher seu substituto, já que está inelegível e com pouca chance de reverter a sua situação eleitoral.

Assim, caso Bolsonaro deixe a escolha para o segundo bimestre de 2026, Tarcísio já avisou que disputará a reeleição, uma vez que ele precisaria deixar o governo de São Paulo até abril.

CNN Brasil 

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