Política

CCJ do Senado aprova exigência de renúncia seis meses antes para chefes do Executivo tentarem reeleição

Duas propostas de emenda à Constituição que alteram regras eleitorais foram aprovadas, nesta quinta-feira, pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado. Uma das propostas torna obrigatória a renúncia dos chefes de Poder Executivo que se candidatem à reeleição, seis meses antes do pleito. A outra, veda o terceiro mandato de prefeitos, o que por vezes se torna possível por meio da mudança de domicílio eleitoral ao fim do segundo mandato. Os textos seguem para análise do plenário.

A exigência de afastamento consta de substitutivo do senador Luiz Henrique (PMDB-SC) à PEC apresentada pelo do ex-senador Wilson Santiago (PMDB-PB). A proposta original determinava a desincompatibilização do presidente, do governador e do prefeito como condição para a candidatura à reeleição. Na versão original, o autor propôs o “afastamento do cargo” em vez de renúncia. Para o relator, no entanto, a redação poderia dar margem a interpretações de que esse afastamento não seria definitivo.

Luiz Henrique (PMDB-SC) argumenta que, desde a instituição da reeleição, já foram realizadas eleições para presidente da República, governador e prefeito em número suficiente para permitir concluir, pela experiência, que é inadequado o chefe do Executivo concorrer à reeleição sem se afastar do cargo.

Em sua opinião, “a reeleição introduziu um viés quase insuperável em favor da continuidade da administração” e a dificuldade de distinção entre os papéis de candidato e de mandatário produz um favorecimento incompatível com um processo eleitoral realmente democrático, ainda que o governante-candidato aja de boa-fé e não abuse do poder que detém. O relator também menciona que já houve muitos casos de abuso de poder por candidatos à reeleição.

Prefeitos itinerantes

A proposta apresentada pelo senador João Vicente Claudino (PTB-PI), que veda o terceiro mandato de prefeitos, foi aprovada com modificações propostas pelo relator, senador Valdir Raupp (PMDB-RO). O texto original visa impedir a prática dos chamados prefeitos itinerantes – que mudam de domicílio eleitoral no último ano do segundo mandato para tentar um terceiro mandato em município vizinho.

Raupp concorda com a necessidade de norma para acabar com essa prática, mas discorda da medida punitiva de perda de mandato, proposta pelo autor. O senador pondera que a mudança de domicílio eleitoral é um ato lícito e, por isso, não pode motivar a perda de um mandato. O que fere a Constituição, diz ele, “é a perpetuação no poder e o apoderamento de unidades federadas para a formação de clãs políticos ou hegemonias familiares”.

O foco, ressalta, deve ser o veto ao terceiro mandato. Assim, ele propõe incluir parágrafo ao artigo 14 da Constituição para prever que presidente da República, governadores, prefeitos “e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente, vedado o terceiro mandato consecutivo, ainda que em circunscrição diversa”.

Durante a reunião, o senador José Pimentel (PT-CE) propôs um acréscimo a essa redação, para deixar explícito tratar-se de proibição de terceiro mandato para o mesmo cargo. Essa emenda foi aprovada pela CCJ.

— Se não for feita esta modificação, governadores que cumpriram dois mandatos no Executivo não poderão concorrer ao Senado, por exemplo — justificou.

O Globo

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VÍDEO: Cláudio Castro divulga imagens de câmera corporal, mostrando momento que PM baleado pelo CV é salvo por colegas

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, divulgou nas redes sociais imagens de câmera corporal que mostram o momento em que o sargento Walner Santana, integrante do Batalhão de Ações com Cães (BAC), foi atingido durante confronto com criminosos armados do Comando Vermelho, durante a megaoperação realizada no Rio de Janeiro, na última terça-feira (28/10).

De acordo com o governador do RJ, “o sargento Santana foi operado e está bem”, informou na postagem que deu mais detalhes de como ocorreu: “Durante a operação, ele foi baleado e, mesmo sob forte ataque dos narcoterroristas, seus companheiros não o deixaram para trás. Aplicaram técnicas de APH e conseguiram salvá-lo”.

Por fim, Cláudio Castro exaltou e parabenizou o trabalho dos policiais: “É assim que nossos policiais agem. Profissionalismo, coragem e união definem o trabalho do Batalhão de Ações com Cães da PMRJ e de toda a Polícia Militar do RJ. Todo o meu orgulho e respeito a esses heróis!”

Assista:

 

 

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Estado de São Paulo registra menor número de homicídios e latrocínios desde 2001

Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

O estado de São Paulo registrou entre janeiro e setembro de 2025 o menor número de homicídios e latrocínios desde 2001, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP).

Foram 1.819 homicídios dolosos, uma queda de 2,2% em relação a 2024, e 102 latrocínios, redução de 22,1%. A Região Metropolitana teve o menor número de mortes (373), seguida pela capital (376) e pelo interior (1.070).

Dados de homicídio doloso no estado de SP. | Divulgação

Dados de homicídio doloso no estado de SP. | Imagem: Divulgação

Roubo seguido de morte

Os latrocínios (roubo seguido de morte) também apresentaram retração. O total caiu de 131 casos em 2024 para 102 em 2025 -uma redução de 22,1%.

No interior, a queda foi ainda mais expressiva, passando de 62 para 45 ocorrências, uma diminuição de 27,4%.

Dados de latrocínios no estado de SP. | Divulgação

Dados de latrocínios no estado de SP. Imagem: Divulgação

Os gráficos mostram tendência de queda no números de homicídios dolosos e latrocínios desde 2019. Em 2001, o Estado registrava mais de 9 mil homicídios; hoje, o número caiu para menos de 2 mil. Já os latrocínios, que chegaram a 424 casos em 2003, somam 102 em 2025.

De acordo com a SSP, os resultados refletem investimentos em tecnologia, inteligência policial e integração entre forças de segurança. Apesar da melhora geral, o número de feminicídios cresceu 5,2%, totalizando 182 casos, nove a mais que no mesmo período do ano anterior.

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Governo Fátima deixa Mossoró sem atendimentos obstétricos por falta de pagamento e prejudica partos em mais de 60 municípios

Por falta de pagamento do Governo Fátima Bezerra (PT) os atendimentos obstétricos em Mossoró foram paralisados, provocando um colapso na rede de partos de mais de 60 municípios do Oeste potiguar, Vale do Açu e parte do Ceará.

O Hospital da Mulher, a Maternidade Almeida Castro (APAMIM) — que formam o eixo materno-infantil de referência da região — estão com o serviço estadual suspenso por tempo indeterminado.

De acordo com os profissionais, o motivo da paralisação é grave: falta de pagamento.

O obstetra Wanderley Fernandes confirmou que os plantões estavam sendo mantidos sem contrato formal, por confiança e compromisso com o Estado, mas a situação se tornou insustentável.

Enquanto isso, o Hospital da Mulher, apresentado como símbolo da saúde estadual, está sem obstetras e sem realizar partos.

O prédio virou um elefante branco, parado, enquanto gestantes de toda a região ficam sem assistência.

A situação é alarmante: centenas de mulheres grávidas estão sem atendimento de urgência em toda a região Oeste. E, até o momento, o Governo do Estado não apresentou nenhuma resposta sobre o atraso nos pagamentos ou o prazo para normalização dos serviços.

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73% dos moradores do Rio apoiam novas operações em favelas, aponta pesquisa

Foto: Fabiano Rocha / Agência O Globo

Uma pesquisa Genial/Quaest mostra que 73% dos moradores do estado do Rio de Janeiro defendem que a polícia continue realizando operações em comunidades, morros e favelas. O apoio vem mesmo após a megaoperação nos complexos do Alemão e da Penha, que terminou com mais de 100 mortos na última terça-feira (28).

O levantamento aponta que a aprovação é ampla entre diferentes grupos sociais, mas cresce entre eleitores de direita e centro, além de pessoas com renda superior a cinco salários mínimos. Já entre os que se identificam com a esquerda, a adesão é menor, por preocupações com abusos e o uso excessivo da força.

De acordo com a pesquisa, 64% dos entrevistados aprovam a ação no Alemão e na Penha, e 58% a consideram um sucesso. Ao todo, 1,5 mil pessoas foram ouvidas, com margem de erro de três pontos percentuais.

A operação mobilizou 2,5 mil agentes e resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, além de 81 presos e 93 fuzis apreendidos. O governo do Rio classificou a ação como “estratégica e indispensável”, enquanto entidades de direitos humanos denunciaram letalidade recorde.

Com informações do Metrópoles

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[VÍDEO] Ator Marco Nanini opina sobre megaoperação no Rio: “Combate ao crime se faz com inclusão, não com armas”

 

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Vídeo: Reprodução/Instagram @luizbacci

O ator Marco Nanini usou o palco do Teatro João Caetano, no Centro do Rio de Janeiro, na noite da última sexta-feira (31), para se manifestar sobre a megaoperação policial que marcou a semana na capital fluminense.

Ao fim da apresentação de sua peça, o artista, visivelmente emocionado, criticou o cenário de violência e afirmou que o Rio “não merece viver essa barbárie”. Nanini classificou os últimos dias como “brutais” para a história da cidade e defendeu uma abordagem diferente para o combate ao crime: “O combate ao crime se faz com inclusão e não com armas”.

Antes de encerrar os agradecimentos, o ator reforçou que a saída para reduzir a criminalidade está no investimento em cultura e educação, e não apenas em ações policiais.

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Governo Lula é desaprovado por 59% dos evangélicos, aponta pesquisa

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Levantamento divulgado nesta terça-feira (28) pela Paraná Pesquisas mostra que 59,4% dos eleitores evangélicos desaprovam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Entre os católicos, a aprovação é de 50,5%, enquanto o apoio mais alto vem de pessoas de outras religiões (57,6%).

O estudo também revela que o petista mantém forte aprovação no Nordeste (61,4%), mas enfrenta rejeição no Sul (59,2%) e no Sudeste (52,6%). No geral, 47,9% dos brasileiros aprovam a gestão, contra 49,2% que desaprovam — uma queda de 7,5 pontos na taxa de rejeição desde agosto.

Por faixa etária, Lula tem maior aprovação entre jovens de 16 a 24 anos (54,5%) e entre idosos acima de 60 (51,8%), enquanto a desaprovação é mais alta entre adultos de 25 a 44 anos.

A pesquisa ouviu 2.020 eleitores em 162 municípios entre os dias 21 e 24 de outubro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Com informações da Gazeta do Povo

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Passageiro morre após desembarcar de avião com falha técnica

Foto: Pixabay

Um passageiro morreu após um voo da GOL Linhas Aéreas, que seguia de Guarulhos (SP) para Recife (PE), realizar um pouso alternado no Aeroporto de Confins (MG) neste sábado (1). A aeronave apresentou uma falha técnica no sistema de refrigeração, e a temperatura dentro da cabine chegou a 32°C.

Segundo a companhia, o comandante decidiu desviar a rota por segurança. Após o pouso e desembarque, o homem passou mal no terminal e recebeu atendimento médico, mas não resistiu. A causa da morte foi declarada como indeterminada.

Em nota, a GOL afirmou que o procedimento seguiu todos os protocolos de segurança e lamentou o ocorrido. A empresa também informou estar prestando apoio à família da vítima.

Veja nota na íntegra:

“A GOL informa que a aeronave do voo G3 1878 deste sábado (01/11), entre Guarulhos (GRU) e Recife (REC), apresentou falha técnica na refrigeração de cabine, com a temperatura a bordo chegando a 32ºC. O comandante alternou prontamente e pousou no aeroporto de Confins (CNF), onde todos os clientes desembarcaram.

A decisão de alternar segue os protocolos de segurança da Companhia.

Após o desembarque, já no terminal, um passageiro passou mal e foi prontamente atendido pela equipe médica do aeroporto. A companhia foi informada que foi declarado o óbito por causa indeterminada.

A Companhia lamenta profundamente e está oferecendo todo o apoio à família.”

Com informações da CNN Brasil

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Política

Governo troca apadrinhados do Centrão por indicados do PT em cargos estratégicos

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O governo federal iniciou uma série de demissões de apadrinhados do Centrão em cargos de segundo e terceiro escalões, abrindo espaço para novos indicados ligados ao PT. Apesar do discurso de retaliação a partidos que se distanciaram das pautas do Planalto, parlamentares veem outro objetivo: fortalecer a presença petista em estruturas com peso político e eleitoral para 2026.

A informação é da coluna da Andreza Matais, do Metrópoles. As vagas, com salários que variam entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, foram abertas em órgãos como Caixa Econômica, Codevasf, Correios, Iphan, Ministério da Agricultura e Dnit. O comando dessas instituições, porém, segue sob influência de legendas do Centrão, como PP, União Brasil, PSD, MDB e PL.

Nos bastidores, deputados afirmam que a troca é menos uma retaliação e mais uma estratégia de reposicionamento político do PT, mirando o controle de cargos que terão papel crucial na articulação regional e na distribuição de recursos.

O movimento reacendeu em Brasília uma velha provocação: a de que o Partido dos Trabalhadores estaria retomando o “apetite por cargos” que, em 1999, fez o ex-governador Anthony Garotinho apelidar a sigla de “partido da boquinha”.

Com informações do Metrópoles

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Geral

Lula volta para a defensiva com operação no Rio e sofre ataque em redes, Congresso e estados

Foto: Adriano Machado/Reuters

A megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos, reacendeu o debate sobre segurança pública e colocou o presidente Lula (PT) novamente na defensiva. A ação, considerada a mais letal da história, recebeu aprovação de 57% dos moradores da capital e da região metropolitana, segundo o Datafolha, e unificou o discurso da direita em torno do endurecimento contra o crime.

Lula, que costuma adotar tom crítico a operações desse tipo, evitou questionar a ação comandada pelo governador Cláudio Castro (PL) e defendeu “trabalho coordenado” para enfrentar o tráfico sem colocar inocentes em risco. O silêncio calculado, porém, não impediu ataques nas redes e críticas de governadores oposicionistas, que criaram o “Consórcio da Paz” para reforçar a agenda de segurança.

A reação também chegou ao Congresso. O governo destacou nas redes a sanção de uma lei que prevê prisão para quem ameaçar autoridades que combatem o crime — proposta de autoria do ex-juiz Sergio Moro (União Brasil-PR). A medida, vista como um gesto incomum vindo da esquerda, buscou conter o desgaste político.

Aliados de Lula admitem preocupação com o impacto da crise na popularidade do presidente, mas apostam em reforçar o discurso de combate ao crime com inteligência, citando operações integradas como a Carbono Oculto, em São Paulo. Enquanto isso, a direita tenta transformar o tema da segurança em bandeira eleitoral para 2026.

Com informações da Folha de S.Paulo

Opinião dos leitores

  1. Essa tão falada “carbono oculto” foi considerado um sucesso pelos governistas, porém, entretanto, não diminuiu uma vírgula a atuação das facções criminosas, continuam todas livres e operantes.

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Comando Vermelho copia milícia e lucra com gás, internet e transporte em favelas

Foto: Alaor Filho/Estadão

O Comando Vermelho (CV) transformou o domínio de comunidades do Rio de Janeiro em um negócio altamente lucrativo, seguindo o modelo das milícias. Segundo investigações da Polícia Civil, a facção passou a cobrar taxas sobre serviços básicos, como gás, internet, transporte alternativo e até aplicativos de corrida, impondo monopólios dentro das favelas.

De acordo com o delegado André Neves, diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada, o tráfico percebeu que o controle territorial gera mais lucro do que a venda de drogas. “Nos complexos da Penha e do Alemão, tudo é deles. Essa lógica miliciana se espalhou, e as taxas rendem milhões por mês”, afirmou.

Em algumas comunidades, um botijão de gás pode custar até R$ 150 — bem acima da média estadual — e mototaxistas pagam valores semanais para circular. Comerciantes e prestadores de serviço também são obrigados a contribuir com “doações” ou pagamentos regulares.

O novo modelo de exploração tem impulsionado a expansão do CV, que avança sobre áreas antes controladas por milícias, especialmente na zona oeste carioca. “Quanto mais área dominada, mais receita garantida”, resume um policial que atua no setor de inteligência.

Com informações do Estadão

Opinião dos leitores

  1. Eu continuo tendo a curiosidade de saber porque essas operações mira só o Comando Vermelho? Porque essas operações não se estenstende às outras facções criminosas?

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